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A Via Expressa para Novas Competências
Tabela 2.1 Retornos mincerianos de cursos superiores em países da ALC, 2000 a 2010 (%)
Qualquer curso superior
País Argentina
Início dos anos 2000
Início dos anos 2010
Curso Superior de Curta Duração
Bacharelado
Final dos Início dos anos Início dos anos 2010 anos 2000 2010
Final dos anos 2010
Início Início Final dos dos anos dos anos anos 2000 2010 2010
56
60
58
72
70
70
32
48
Chile
42
150
142
118
216
198
178
64
62
48
Peru
80
56
62
126
94
110
42
30
32
Equador
132
98
88
136
100
96
26
52
44
México
80
84
86
80
82
90
70
46
44
Uruguai
82
74
60
122
92
72
38
56
46
Nicarágua
120
110
100
148
114
104
18
62
74
El Salvador
98
134
102
120
142
98
66
106
110
Honduras
106
128
104
110
132
106
54
46
76
Costa Rica
106
112
126
114
114
142
46
92
36
Paraguai
128
94
116
182
124
134
74
60
80
Bolívia
196
84
106
236
78
108
152
92
100
ALC
111
98
93
139
112
109
57
63
60
Fonte: Kutscher e Urzúa (2020), documento de apoio escrito para este livro, baseado na Base de Dados Socioeconômicos para a América Latina e o Caribe (SEDLAC). Nota: A tabela informa o retorno de cursos superiores em relação à alternativa de um diploma de ensino médio. A estimativa do modelo de Mincer também considera o potencial impacto da auto seleção no emprego. O conjunto de controles inclui experiência no mercado de trabalho, idade e seu quadrado, indicadores de área urbana e indicadores de região. Argentina (2003), Bolívia (2000), Chile (2000), Costa Rica (2001), El Salvador (2000), Equador (2003), Honduras (2002), México (2004), Nicarágua (2001), Panamá (2001), Paraguai (2003), Peru (2000) e Uruguai (2000). Argentina (2010), Bolívia (2011), Chile (2011), Costa Rica (2010), El Salvador (2010), Equador (2010), Honduras (2010), México (2010), Nicarágua (2009), Panamá (2010), Paraguai (2010), Peru (2010) e Uruguai (2011). Argentina (2016), Bolívia (2016), Chile (2015), Costa Rica (2016), El Salvador (2016), Equador (2016), Honduras (2016), México (2016), Nicarágua (2014; dados posteriores não disponíveis), Panamá (2016), Paraguai (2016), Peru (2016) e Uruguai (2016). ALC = América Latina e Caribe.
Um grupo de comparação mais exigente seria o daqueles que iniciam – mas não concluem - um curso de bacharelado, ou seja, que abandonam um curso de bacharelado. A Figura 2.3 apresenta os resultados, que indicam que, na maioria dos países, os retornos são mais altos para CSCDs do que para bacharelados incompletos. Assim, em relação à evasão de um curso de bacharelado, os CSCDs surgem como uma alternativa financeiramente superior (com exceção do Chile e do Peru, onde a diferença entre os retornos não é significativamente diferente de zero).17 Embora seja informativa, essa análise não captura totalmente alguns elementos críticos, tais como mensalidades e custos de oportunidade de cursar o ensino superior. E os resultados podem mascarar uma heterogeneidade considerável nos retornos dos cursos de bacharelado e CSCDs, por exemplo, entre instituições e áreas acadêmicas.16 A próxima seção investiga mais detalhadamente o grau de heterogeneidade dos retornos do ensino superior.