CARTA A UM IRMÃO
Marcos Vinícius Batista Barbosa
Me desperto A luz já invade o quarto e meus olhos Mas o que primeiro sinto é teu abraço em sono Estás aqui! Ou será que sempre esteves? Talvez, mesmo, estivesses destinado a estar Já não sei ao certo, só me importa que estás. Apertam-se Teus braços ou nossos laços? Não. Ambos Se estreitam, me puxam para perto de ti Não que eu já tenha resistido De alguma forma, me passas segurança de lago Águas claras e tranquilas Já mornas, ao caminhar do Sol Gentilmente tocando minha pele Adentrando meus poros Lavando minha alma Talvez já tenhas entendido Talvez, como disseste, sejamos mesmo irmãos Já que vejo em ti casa De certo, a que senti se delineando a primeira vez que te vi E que hoje posso ver claramente Em verdade, me é palpável Talvez sejam meus olhos Mas, no brilho dos teus, eu vejo fogo 117