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Racismo e Opressão
RACISMO E OPRESSÃO
Iasmin Santos de Jesus
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Senti na pele Pela primeira vez A dor trazida por meus antepassados Todos negros, feridos, machucados
Estou assim, só senti Doeu, queimou, ardeu como a pior dor Já sentida por mim
Impor-se diante de brancos, ainda em um Brasil escravo Segue sendo difícil, mas de fato, não é impossível!
O racismo existe e destrói Mata vidas e mais vidas todos os dias Quantos Josés e quantas Marias? Quantos negros precisam morrer para isso acabar?
De quanto sangue derramado precisam para, enfim, acreditar? Somos iguais e queremos respeito Somos negros, não mulambos!
Chega! Cansei, quero poder correr na rua e não ser parado Confundido com um bandido apenas por ser preto, magro e alto?
O Brasil está perdido Crianças mortas, apenas por carregar uma mochila nas costas Fardas marcadas com uma bala “Bala perdida”, eles falaram
Como posso acreditar num futuro? Enquanto meu presente está manchado Manchado por pessoas que querem me destruir
Apenas por causa da minha cor Pois grito com orgulho: Sou negra!
Negra como todos aqueles que vieram antes de mim Vou honrar minha cor Quero ver algum branco me chamando de doutor E com toda certeza
Isso é só o começo da minha revolução A minha luta não vai ser em vão Sou preta! Mulher de muito pé no chão
Nordestina arretada, negra e não mulata Nenhum branco vai me dizer não!