DEZESSETE
Josiane Alves dos Santos
Sobreviver ao caos E enxergar a luz no fim do túnel Todos os dias Às dezessete horas Luz de palavras Emplastadas de sentimento Sobre o pior e o melhor de mim Palavras que me levem de volta ao útero Esconder essas palavras em uma nota Em um pensamento rápido Que ao sinal verde, tenha se perdido Procurar nas esquinas O equilíbrio de ter tantos anos em tão pouca idade Escrever sobre o vão que existe bem no meio de sua barriga Que é minha barriga Correr o risco de ser mal interpretada Por não ser um eu lírico fálico Correr o risco de ser mal interpretada Sobreviver ao caos E utilizar versos rebuscados Construir véus Para me esconder Entre suas pernas 101