Revista Nó na Palavra - 2021

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atual é a mesma que na época da revolução industrial, por isso que os jovens que não estudam nem trabalham já estão em 11 milhões no Brasil.

No final do ano a única coisa

importante para a escola são as suas notas, que você obtém fazendo inúmeras provas onde tudo que importa é quantas fórmulas, datas, espécies, pronomes e tipos de rochas você consegue memorizar antes de sentar em uma carteira e colocar o máximo de informações que você conseguir se lembrar em um papel em 1 hora.

Se a escola realmente real-

mente explorasse o potencial dos estudantes, a criatividade seria tão importante ser incentivada como a matemática. O Brasil tem aproximadamente 21 milhões de estudantes do 6° ano até o 3° do médio e sua grande maioria são ensinados da mesma forma. Cada indivíduo tem suas próprias inseguranças, problemas, dificuldades e mesmo assim são educados de uma maneira genérica que não se importa se um aluno é bom escrevendo ou lendo enquanto outro se expressa melhor com músicas e arte.

“Todo mundo é um gênio.

Mas, se você julgar um peixe por sua capacidade de subir

em uma árvore, ele vai gastar toda a sua vida acreditando que é estúpido.” Essa é uma frase de um dos maiores pensadores da história, Albert Einstein, e descreve perfeitamente a educação atual. Milhares de jovens passam a vida toda pensando que são burros e um fracasso simplesmente por não conseguir resolver um problema de matemática, o papel da escola deveria trazer o melhor dos alunos e não reprimi-los.

problemas globais com criatividade e inovação. O tempo passou e a escola não mudou, se ela continuar da maneira que é hoje as consequências podem ser desastrosas no futuro. Cabe à escola formar um cidadão intelectual mas também artístico, criativo, crítico e inovador.

A escola vem preparando alunos para o mesmo futuro por mais de 100 anos, no começo da revolução industrial preparava os alunos para trabalhar em fábricas, assim como melhor ensiná-los do que enfileirar dezenas de crianças sentadas em cadeiras, dar a eles uma breve pausa para comer e voltar para uma caixa de concreto copiando textos de um quadro negro. Talvez esse modelo tenha funcionado na época, mas se passaram séculos, o mundo evoluiu e a educação precisa evoluir também. Senão vamos ficar presos no tempo até ser tarde demais.

ma do Brasil é a educação, é extremamente comum, porém equivocado. O problema da educação precisa ser encarado de múltiplos âmbitos, é insuficiente investir na educação pensando que isso por si só irá diminuir a desigualdade.

No futuro um bom funcioná-

rio não será o que consegue seguir ordens e decorar fatos, mas sim saber resolver os 20

Isabel Bersou Ruão

Para além da educação

O discurso de que o proble-

Um estudo feito pelos soció-

logos Marcelo Medeiros (Ipea/ UnB), Flávio Carvalhaes (UFRJ) e Rogério Barbosa (Centro de Estudos da Metrópole – USP), mostra que, se a partir de 1994, início do Plano Real, tivéssemos um sistema educacional “perfeito” (aquele em que todas as crianças e adolescentes do país estão matriculadas regularmente, não repetem de ano, não evadem da escola e após se formar no ensino médio conseguem emprego), a desigualdade no país em 2018 seria


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