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Antonio de Castro Prandini “Escola para quê?” e os jovens que não estudam nem trabalham

As escolas não conseguem se adaptar aos tempos modernos já que o pensamento das juventudes vai mudando cada vez mais rápido, com o questionamento do porquê de estarem fazendo atividades e como seriam inseridos no mercado de trabalho após sua formatura. Sem falar que existem jovens que vão estudar enquanto trabalham nas horas livres, o que também os limita a não descobrir outros hobbies e paixões além do que eles veem nos estudos. Por tanto, não existe um jeito exato de como melhorar o sistema educacional, mas ele também não está bom ou acessível para todos. Não por culpa da escola, mas sim por conta da pressão que muitos adolescentes sentem de serem inseridos cedo no mercado de trabalho e abandonar os estudos.

Antonio Prandini

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“Escola para quê?” e os jovens que não estudam nem trabalham

Algo muito debatido nos tempos atuais é “Escola para quê?”. Esse é um tópico muito recorrente. Para entender melhor precisamos analisar mais profundamente os tópicos que levam a essa discussão, como exemplo, os “nem-nens”. Jovens que não estudam e nem trabalham, um conceito que é conhecido por pesquisadores a mais de uma década.

Para o Banco Mundial eles representam cerca de 11 milhões (20% dos jovens) de pessoas na faixa dos 15 aos 29 anos. Dados de 2015 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do IBGE, um a cada cinco jovens não estão na escola, em treinamento ou trabalhando.

Algo que temos que ressaltar é que isso não acontece por escolha desses jovens. Segundo o estudo “Se já é difícil, imagina para mim”, existem diversas coisas que deixam esses jovens chamados de “nem-nens”.

Aprimeira delas é o que as autoras chamam de barreiras à motivação interna, ela consiste na falta de aspiração e predisposição para voltar aos estudos ou ao trabalho. Nesse motivo, o principal grupo encontrado são as mulheres casadas e com filhos pequenos, vivendo sob normas que reforçam o papel de “cuidadoras” nesta sociedade, esse papel que restringe as oportunidades econômicas. Em 2013, 59,1% dos “nem-nens” eram representados por mulheres de 15 a 17 anos. O segundo “grupo” que as autoras citam, estão os jovens que querem voltar a estudar ou trabalhar, mas não tomaram providencias por falta de recursos e ferramentas. Muitos dos jovens entrevistados se inscreveram no Enem ou enviaram currículos, mas não deram continuidade. E para finalizar temos os jovens que embora tenham se esforçado para retomar estudos ou achar um trabalho, desistiram por barreiras técnicas, como, desafios de conciliar um emprego e a sala de aula, poucos recursos financeiros ou qualificação e até mesmo falta de transporte público seguro para locomoção. No final desta pesquisa, após ouvir as frustrações e necessidades desses jovens, as pesquisadoras recomendaram ações de política pública para aumentar a capacidade desses jovens levarem adiante os objetivos e projetos de vida. Segundo as autoras, para conseguir elevar a oferta de cursos técnicos com o objetivo de viabilizar a participação desses jovens no mercado de trabalho, é preciso facilitar o acesso a informações sobre oportunidades e como elas podem mudar vidas, criar um sentimento de pertencimento e preparação nesses jovens que acreditam que essas oportunidades não são disponíveis para eles e por último, oferecer programas de mentoria para que esses jovens consigam lidar com as dificuldades associadas ao cumprimento de objetivos. Após tudo que foi apresentado e