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Sophia Martins e Galiano Evasão Escolar

País”, no Brasil, 11 milhões de jovens, quase um quarto da população entre 15 e 29 anos, nem estudam nem trabalham. Existe um estudo chamado “Se já é difícil, imagina para mim…”, que diz que esse problema ocorre principalmente por questões financeiras e de gênero, e afeta principalmente mulheres, sendo elas 66% dos nem-nens. Os jovens nem-nens possuem algumas razões por estarem nessa situação como: falta de motivação para retomar os estudos; os que têm alguma iniciativa mas não têm as ferramentas precisas; não conseguem trabalhar e estudar ao mesmo tempo… Com isso, podemos concluir algumas coisas. Que o ensino remoto fragilizou intensamente a saúde mental de alunos e atrapalhou o ensino; que a educação deixou de ser uma solução para a desigualdade no Brasil devido aos números extremamente baixos de alfabetização; que mesmo a escola sendo um lugar para acolhimento não investem o dinheiro necessário nela; que existe um grande desequilíbrio entre as escolas privadas e públicas e que infelizmente um quarto da população Brasileira nem estuda nem trabalha.

Sophia Martins e Galiano

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Evasão escolar

É inegável que, ao nos perguntarmos por qual motivo nos dirigimos ao colégio, ainda na infância, o discurso pouco muda. Frequentamos esse espaço para nossa formação profissional para vida adulta, garantindo o básico da aprendizagem de conhecimento, habilidades e valores necessários à socialização. No entanto, a conscientização de grande parte da população não coincide com a evasão escolar, sendo a maior parte das escolas públicas. Afinal, o que leva esses jovens estudantes a deixarem a escola? Todavia, o espaço escolar público é extremamente oposto e desigual em suas condições se comparado ao particular. Os diversos motivos para deixar os estudos não são poucos, isso vindo de diversas camadas sociais, porém, muito mais de classes sociais mais baixas. É preciso ter em mente que jovens geralmente no ensino médio podem estar passando por pressão familiar ou até mesmo sentimento pessoal. Em determinada faixa etária, esses indivíduos têm como preocupação maior se inserir cedo no mercado de trabalho, devido à dificuldade financeira vivida pela família já de muito tempo. No próprio contexto atual e pandêmico, isso tem sido forte preocupação para jovens de baixa renda. Só no primeiro ano de pandemia do coronavírus, por exemplo, mais de 172 mil alunos deixaram de frequentar a escola, segundo a OMS, entre seis e dezessete anos de idade. Esse número tem apenas aumentado conforme os anos, e a pobreza populacional só é mais um dos colaboradores para esse problema. Levando em consideração esses aspectos, concluímos que o principal fator para essa evasão ainda no primeiro ano do ensino médio é principalmente a crise de valores na sociedade moderna. É possível pontuarmos outras variadas circunstâncias que estão associadas ao desinteresse dos estudantes, por falta de acesso ao básico. E ainda esse sendo um dos principais problemas sociais no Brasil, muito pouco abordado para discussões, a educação não decola como uma preocupação para o Estado.