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Maria Luísa Barbosa Nunes Desigualdade educacional brasileira

desenvolvimento é fundamental para a motivação dos jovens estudantes. Porém, por muitas vezes não se adequarem às individualidades e diferenças dos estudantes, acabam incentivando essa evasão. Segundo um estudo realizado pelo portal Observador, três em cada dez jovens não gostam de frequentar a escola. Ele aponta que, além da insatisfação com o pouco tempo de intervalo, grande parte dos alunos, queixam uma monotonia nas aulas que desmotivam a participação, e a vontade de ir para a escola. Em concordância, um artigo publicado pela Escola Caminhar mostra que uma frustração indigesta é despertada nos estudantes uma vez que outras habilidades que talvez sejam norteadoras para alguns alunos, como música, desenho, dança e etc, não são valorizadas.

Como apresentado, são muitos os motivos que levam os alunos a perder o interesse no processo de aprendizagem. Analisamos, então, que tornar as escolas um ambiente interessante seria o ideal para uma melhora nos índices de evasão do Brasil. Isso, porém, não soluciona o problema, uma vez que, como mencionado, a desigualdade de renda, a falta de estrutura familiar, a necessidade de trabalho entre outras, também interferem nas oportunidades desses jovens. A busca por um ambiente escolar mais acolhedor e afetivo talvez preencha as camadas de desinteresse dos alunos, ou pelo menos encurte a distância entre eles e os estudos.

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Maria Luísa Barbosa Nunes

Desigualdade

Educacional Brasileira

O capitalismo no Brasil é um sistema que divide a nossa sociedade, exalta a elite, causa de forma avassaladora a desigualdade da população e de forma direta impacta na educação brasileira. Uma educação de qualidade deveria ser um direito para todos, mas isso não ocorre, pelo contrário, a classe com menos privilégios econômicos continua com pouca base para adentrar no mercado de trabalho e isso favorece a permanência da disparidade social.

De acordo com o site futura. org, 258 milhões de jovens e crianças não têm acesso à uma educação de qualidade, principalmente pessoas com menos recursos financeiros, negros, trans e mulheres, que sofrem com a desigualdade racial e de gênero. Assim essa diferença causa o afastamento do sistema educacional e, consequentemente, a falta de oportunidades para os jovens ingressarem no mercado de trabalho.

Em contrapartida, a escola não cria situações de motivação e implementação de projetos que de fato ajudem os jovens a descobrir suas habilidades e perspectivas para o futuro. As instituições escolares, apesar de promoverem caminhos de acesso ao mercado de trabalho, tem, como principal objetivo, formar intelectualmente os jovens, para serem autônomos, se posicionarem no mundo e receberem mais motivação para continuar nas escolas.

Mas, não há investimento na escolarização de qualidade para as classes sociais mais carentes, o que reforça o distanciamento de acesso à educação e a repetição de um ciclo vicioso em fortalecer constantemente a desigualdade. Uma mudança efetiva para começar a combater a desigualdade educacional brasileira