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ATUALIDADe
HONDA: APOSTA TRIPLA
De uma assentada, a Honda prepara‑se para lançar no mercado europeu três novos SUV: ZR‑V, e:Ny1 e CR‑V. Começando pelo primeiro, trata‑se de uma espécie de crossover do Civic para o segmento C. Munido da nova imagem da marca, o ZR‑V distingue‑se no exterior pelos grupos óticos dianteiros e traseiros mais esguios e proteções nas cavas das rodas. A bordo, o tablier caracteriza‑se por linhas mais horizontais e pela integração das saídas de ventilação numa faixa a meio, e pelo novo sistema multimédia em posição superior. Na consola central, o comando da caixa de velocidades está resumido a um conjunto de botões, tal como já acontece com outros modelos da Honda. O motor é o mesmo híbrido do Civic, um 2.0 e:HEV com 184 CV. Passando para o e:Ny1, cuja estreia deverá ocorrer até ao final do ano, assume uma imagem bastante semelhante à do HR‑V europeu e foi desenvolvido com base na plataforma ‘e:N Architecture F’ para modelos de tração dianteira. Lá dentro, a marca procurou oferecer espaço e funcionalidade num modelo compacto, graças a ergonomia mais eficaz, múltiplos espaços de arrumação, carregamento sem fios para smartphones ou um ecrã central de 15,1” para o infoentretenimento. O motor sem emissões debita 204 CV e 310 Nm de binário, com a bateria de iões de lítio a oferecer uma autonomia WLTP de até 412 km. Por último, a nova geração CR‑V na especificação europeia, onde estará apenas disponível nas versões híbrida e:HEV e híbrida plug‑in e:PHEV. Face ao modelo norte‑americano (lançado em 2022) o CR‑V europeu diferencia‑se por alterações no para‑choques, grelha dianteira e um logótipo específico que distingue variante híbrida da híbrida plug‑in (autonomia elétrica de 82 km). Ambas contam com um motor 2.0 a gasolina, do qual a marca não especificou a potência, nem capacidades das baterias.
8 Carros
FÓRUM NISSAN DA MOBILIDADE INTELIGENTE
Nissan promove discussão sobre o futuro da locomoção elétrica Na sua sétima edição, o Fórum Nissan da Mobilidade Inteligente reuniu onze especialistas para discutir o futuro da mobilidade em aspetos como a condução autónoma, as novas tecnologias ou a preocupação geoestratégica de matérias ‑primas sustentáveis. Marca com longa tradição na locomoção elétrica – o Leaf já comemorou 13 anos de existência – a Nissan procura com este evento ajudar a criar uma maior consciencialização para um tema que não se resume apenas ao automóvel. A este respeito, João Botas, diretor‑geral da Nissan Portugal, é claro, “o compromisso da Nissan não se esgota na venda dos automóveis. Queremos atingir a completa neutralidade carbónica em 2050, em toda a atividade da marca, incluindo a atividade industrial”. Neste sentido, a escassez de matérias‑primas para a produção de sistemas de armazenamento de energia, incluindo as próprias baterias dos carros elétricos, assume um papel preponderante em todo o desenrolar do processo, destacando‑se neste particular a dependência da china como explicou James Mills, Consultor Principal da Benchmarck Minerais Intelligence, “toda a indústria depende da China, que foi
extremamente proactiva, nas duas últimas décadas, para garantir a disponibilidade das matérias‑primas, mesmo que essas não sejam extraídas no território chinês”. Uma preocupação que a Nissan está a tentar minimizar com o desenvolvimento da tecnologia de baterias de estado sólido (lançamento previsto para 2028) que permitirão, não só, uma redução dos custos, como maiores autonomias e tempos de carregamento três vezes mais rápidos que os atuais. Noutra vertente, e talvez o ponto de maior discussão e um dos que tem levantado maior celeuma em relação à mobilidade elétrica, foi o da condução autónoma. “Vamos mesmo ter automóveis que conduzem sozinhos?”. A esta pergunta, Maarten Sierhuis, vice‑presidente e Diretor Global do Alliance Innovation Lab de Silicon Valley, é perentório: “sim, mas ainda estamos a dez anos de distância”. Para tal, estão a ser criados e implementados sistemas de computação cada vez mais potentes que transformarão o automóvel num objeto capaz de comunicar com o mundo em redor e com os outros utentes da rodovia de forma a torna‑lo totalmente autónomo.