Esperança no viés negativo da atualidade Amanda Gloger Turmina
J
á faz dois anos que praticamente tudo está voltado para a negatividade. Vem vírus, vai vírus, vem vacina, vai vacina, e as coisas e as pessoas se dividem mais e mais... Aqui falo como alguém que está
tentando sobreviver às dificuldades desde que isso começou. E não existe uma frase de impacto boa o suficiente que supere os acontecimentos que levam diariamente a essa negatividade; fora a capacidade humana de “se dar conta” de que ainda existem esperanças.
E isso varia para cada um. Para mim, a esperança está no conhecimento. Eu sou daquelas pessoas que gosta de aprender e não tem uma opinião sem ter antes alguma base. Por muito tempo o meu pensamento foi voltado às coisas que me chamavam atenção, eu estudava, anotava, e saía propagando para quem quisesse saber (algum filósofo ou filósofa disse que conhecimento bom é conhecimento compartilhado, algo do tipo, e isso eu concordo plenamente). Entretanto, até a minha vida adulta, eu deixava de fazer algo muito simples: PERCEBER. Ou seja...dar-me conta das coisas. É aí que mora a diferença entre a teoria e a prática: sabe-se que nenhuma funciona sozinha, e é preciso dosar cada uma de acordo com cada situação. E dentro de uma sociedade de infinitas diversidades, a teoria funciona muito pouco. É necessário olhar para o outro e
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