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Isabela Oliveira Carlosso
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Nas entrelinhas e entre as costelas
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Isabela Oliveira Carlosso
Nesse teatro fajuto Por que a costela e não o barro? Que dívida essa? Que livro que engana e machuca Que preço caro Que palavras sujas Por que não as queimas na mesma chama que foram queimadas liberdades e sonhos tuas protegidas Mentes muito grandes Sonhos muito puros Para quem carregava o peso fêmeo Por que não cala as bocas equivocadas e perece as mãos? Todas as malditas mãos Que ingrata raça Que rapidamente esquece suas origens
Tal teatro incoerente e injusto em que pequenos corações com cortes profundos feridas enormes e o sangue manchado
de antepassadas dores Não tem o privilégio de entender Este tal sonho chamado escolha De essa tal mentira contada De essa liberdade inventada Que ironia Pois presa nas pequenas cabeças
Privilégios tão aclamados e justificados Não ocultam a dor da transparência do mundo Que não perdoa Que não explica Que palavra nenhuma concerta As que já foram escritas Mal lidas Convenientes aos que não querem entender, aos que nem tentam e que escavam as entrelinhas em busca das brechas na linha tênue entre o certo e o errado que ignoram o fato da enorme tendência de cada um estar de um lado 115
A certeza mais viril da Terra É a força da posse da bagagem que carrega uma Mulher.
Estudante,16 anos, adora ler e escrever.