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Marisa de Fátima Ourique Lopes
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Vida que segue...
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Marisa de Fátima Ourique Lopes
Quando menos esperamos vem a vida e nos surpreende.
Sim!!! Reviravoltas são necessárias para que saiamos da zona de conforto. Sempre me considerei uma mulher determinada, guerreira e que luta por tudo aquilo que acredita. Ao mesmo tempo em que não consigo ser ingrata com quem me estendeu a mão quando mais precisei. Confesso que tenho uma personalidade forte e que muitas vezes isso incomoda quem pensa diferente. Sempre fui muito receptiva às críticas, pois elas nos sacodem, nos impulsionam a quem sabe ir por outro caminho, que talvez nem tivéssemos percebido e por conta disso, nos acomodamos. Quando menos esperamos vem a vida e nos vira do avesso, nos coloca em prova, em xeque. Envergamos, fraquejamos, esmorecemos, mas não tombamos. A correria do dia a dia, a busca desenfreada pelo consumismo, pelo TER, nos deixa frios, amargos, sedentos pelo materialismo e esquecemos de nós mesmos. Vivemos em função do outro e do outro, sempre como prioridade. Mas, quando menos esperamos vem a vida, e nos mostra na carne que tudo é efêmero, tudo é insignificante diante do estar vivo, do respirar, do caminhar.
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Quando menos esperamos um vírus imperceptível a olho nu vem e bagunça tudo, nos mostra que não somos nada diante da magnitude do SER.
Quando menos esperamos a vida, tão linda, tão perfeita, tão mágica criada por Deus, tem um novo significado, um novo colorido, um novo olhar e começamos a vislumbrá-la com os olhos da alma, da nossa essência, a cada detalhe.
Um simples desabrochar de uma flor, o nascer do sol, o entardecer, tornou-se um verdadeiro espetáculo.
E, como nada é por acaso, vem a vida e nos molda, nos refaz e nos desafia mais uma vez.
Desafio aceito!
Quiçá não precisemos de mais um “puxãozinho de orelha” da maravilhosa, esplendorosa, vida que segue...