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Amanda Gloger Turmina

Esperança no viés negativo da atualidade

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Amanda Gloger Turmina

Já faz dois anos que praticamente tudo está voltado para a negatividade. Vem vírus, vai vírus, vem vacina, vai vacina, e as coisas e as pessoas se dividem mais e mais... Aqui falo como alguém que está tentando sobreviver às dificuldades desde que isso começou. E não existe uma frase de impacto boa o suficiente que supere os acontecimentos que levam diariamente a essa negatividade; fora a capacidade humana de “se dar conta” de que ainda existem esperanças.

E isso varia para cada um. Para mim, a esperança está no conhecimento. Eu sou daquelas pessoas que gosta de aprender e não tem uma opinião sem ter antes alguma base. Por muito tempo o meu pensamento foi voltado às coisas que me chamavam atenção, eu estudava, anotava, e saía propagando para quem quisesse saber (algum filósofo ou filósofa disse que conhecimento bom é conhecimento compartilhado, algo do tipo, e isso eu concordo plenamente). Entretanto, até a minha vida adulta, eu deixava de fazer algo muito simples: PERCEBER. Ou seja...dar-me conta das coisas. É aí que mora a diferença entre a teoria e a prática: sabe-se que nenhuma funciona sozinha, e é preciso dosar cada uma de acordo com cada situação. E dentro de uma sociedade de infinitas diversidades, a teoria funciona muito pouco. É necessário olhar para o outro e

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entender o contexto do que ele fala, o sentimento que ele tem; e nisso estão os pontos de vista, as formas de expressão e dentre muitas coisas, a compatibilidade de pensamentos.

Eu não sei exatamente o que eu quero dizer com isso, mas eu sei que está cada vez mais difícil conviver em uma sociedade com tantas pessoas de tantos extremos tão diferentes. Eu sei que a pandemia edificou ainda mais essas diferenças. Eu sei que pensar assim (pensar demais) faz com que eu não me encaixe mais em qualquer grupo de pessoas (eu particularmente nunca me encaixei facilmente em nenhum) e eu sei que isso não me faz melhor ou pior, mas sim, diferente, como todos.

Então, vou trazer um dos meus versos perdidos, daqueles que me despertaram um pouco da tal esperança que vem a calhar de vez em quando, para que de alguma forma eu me expresse mais claramente, sem muitas palavras. Inicialmente eu pensei em publicar apenas ele, mas nessas de pensar e pensar eu acabei escrevendo todo esse texto, ademais sinto a necessidade de ser melhor compreendida e para isso que servem as palavras - e a paciência das pessoas para compreendê-las-. A poesia foi feita há mais de dois anos, enquanto eu passava por um problema que hoje não me importa mais, mas se ele tocar alguma pessoa já vai valer muito a pena. Porque apesar das dificuldades que a humanidade vem tendo, eu espero que todos possam se permitir ter esperança sempre, e seguir tentando.

“Se permita errar Se permita recomeçar Se permita resistir Se permita melhorar Mas não se permita Persistir No erro Sobre tudo Se permita tentar” 21

Graduanda do último semestre de Administração de Empresas na URI Câmpus de Santiago.

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