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Nas entrelinhas e entre as costelas Isabela Oliveira Carlosso
N
esse teatro fajuto Por que a costela e não o barro? Que dívida essa?
Que livro que engana e machuca Que preço caro Que palavras sujas Por que não as queimas na mesma chama que foram queimadas liberdades e sonhos tuas protegidas Mentes muito grandes Sonhos muito puros Para quem carregava o peso fêmeo Por que não cala as bocas equivocadas e perece as mãos? Todas as malditas mãos Que ingrata raça Que rapidamente esquece suas origens Tal teatro incoerente e injusto em que pequenos corações com cortes profundos feridas enormes e o sangue manchado