Revista Brasil Engenharia ed 01/2020

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BRASIL ENGENHARIA I METRÔ

TRANSPORTE I ENGENHARIA

Metrôs, espinha dorsal da mobilidade móvel e das cidades sustentáveis ELEONORA PAZOS* FOTO: UITP

O

que se denomina hoje de “comunidade móvel” ou “mobile community” consiste no deslocamento de pessoas vinculadas por interesses ou objetivos compartilhados que interagem, independente da sua localização, usando a tecnologia da informação com o acesso remoto às diferentes infraestruturas existentes. Este é o novo cidadão dos espaços urbanos, conectado e também preocupado com a sustentabilidade da sua cidade. O metrô é a resposta para a mobilidade deste novo perfil de cidadão. Originalmente projetados para combater o congestionamento nas metrópoles os sistemas de metrô conquistaram o apoio dos políticos, da comunidade empresarial e dos usuários que deles se utilizam, por demonstrarem sua notável capacidade de ajudar a acomodar o crescimento dos centros urbanos promovendo o desenvolvimento econômico e melhorando a qualidade de vida da população. Os sistemas metroferroviários são investimentos eficazes a longo prazo para tornar as cidades sustentáveis, resilientes e inteligentes. A mobilidade coletiva é fornecida por vários modos de transporte, desde o transporte ferroviário tradicional, veículos rodoviários de todos os modelos e tamanhos, os chamados “sistemas não convencionais” (teleféricos, people mover…) até a mobilidade compartilhada mais personalizada, como táxis, compartilhamento de carros etc., cada

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um com seus próprios recursos operacionais e níveis de desempenho. O UITP reconhece que todos os tipos de ações coletivas e compartilhadas de transporte têm um papel a desempenhar nas cidades e nas regiões em combinação com modos ativos como o ciclismo e o caminhar. Somente a integração bem projetada e perfeita de todos os modos complementares adequados ao local e aos seus requisitos oferecerão aos cidadãos opções de qualidade para a escolha de transporte público ou de transporte compartilhado no lugar do transporte individual. O DESENVOLVIMENTO DOS METRÔS NO MUNDO Os primeiros sistemas ferroviários urbanos com alta capacidade tipo metrô, ou seja, com via exclusiva, totalmente protegidos contra interferências de terceiros, remontam

a 1863 em Londres. Os metrôs se desenvolveram principalmente no mundo ocidental, na União Soviética, em partes da Ásia e da América do Sul na segunda metade do século 20. Desde o novo milênio até 2018, o desenvolvimento dos metrôs no mundo tem sido exponencial, com 79 novas cidades o adotando, principalmente na Ásia, mas também na África e no Oriente Médio, refletindo as tendências globais de urbanização e desenvolvimento econômico. Com as previsões da demanda global por mobilidade urbana dobradas em 2050, o potencial de desenvolvimento de metrôs é considerável. De 2019 a 2024, a infraestrutura metropolitana global deverá crescer 40%, com mais 25 cidades abrindo sua primeira linha (Doha, Sydney, Macau, Quito, Riyad, Hanói, Thessaloniki etc.) e outras 60 novas linhas inaugurando linhas em redes existentes.

Figura 1 - Fonte: UITP Knowledge Brief: Benefits of Metro

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