II. 3. 3 – Pau-Brasil Rio de Janeiro, 18 de outubro de 2017. Na semana passada, os protótipos (o primeiro modelo de cada fantasia de ala a ser apresentada no desfile vindouro) da Acadêmicos do Cubango foram oficialmente finalizados e fotografados para divulgação. Não houve qualquer descanso, porém, para o autor-carnavalesco (ou seria um “carnavalesco-autor”?): já pensando nos adereços do carro abre-alas, um grande veleiro, caminhava, 31 graus na cuca, pelos arredores da Uruguaiana, centro em convulsão do Rio, carregando, ao lado de minha mãe, sacolas com organzas, filós e tules - material para fazer mar. Eis que me deparo, na esquina com a rua Buenos Aires, com uma gigantesca pintura a colorir a lateral de um prédio (imagem 33). Inúmeros troncos cortados, vazando, os interiores vermelhos de uma floresta a sangrar. Talvez Amazônia, talvez pau-brasil. Não sei da autoria como não sei do dono da mala, preciso voltar. Registrei a foto para o andar da tese:
Imagem 33: No centro fervente do Rio, em 18/10/2017, os troncos escorrem vermelhos. Foto do autor.
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