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V.1.9 – Nobreza holandesa

maneira indireta ou suavizada em enredos como o de 2002 (no setor dedicado ao romance O Guarani, onde se viam alguns arcabuzes) e o de 2012 (quando a autora trata do tráfico negreiro de maneira mais aprofundada, descrevendo a crueldade com que os cativos eram embarcados nos tumbeiros, depois de serem obrigados a passar por “batismos forçados” – o momento em que recebiam um nome cristão). Há que se destacar, ainda, o diálogo com um autor da literatura portuguesa, Gil Vicente, no título do enredo de 1995.

V. 1. 9 – Nobreza holandesa

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Pouco ainda precisa ser dito sobre a presença holandesa no enredo de 1999, quando a carnavalesca, por meio das ilustrações do Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae, apresentou, na Marquês de Sapucaí, um multicolorido retrato do Brasil Holandês administrado por Maurício de Nassau. Mas é interessante observar que, ao final da narrativa, há um salto geográfico (expresso no salto das onças que se projetavam para fora do chassi da última alegoria?) para a Polônia, onde, em uma biblioteca de Cracóvia (imagem 96), os volumes da obra encomendada por Nassau foram reencontrados, no século XX.

Imagem 96: Sétimo carro alegórico do desfile de 1999 da Imperatriz Leopoldinense, que expressava o “descobrimento”, no contexto do pós-Segunda Guerra, dos volumes do Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae no interior da Biblioteca Jaguelônica, em Cracóvia, na Polônia. Foto: Wigder Frota. Acervo pessoal.

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