Brasil, Brazil, Breazail: utopias antropofágicas de Rosa Magalhães

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Leopoldina expressava o Esplendor da Arte Baiana; o corpo de passistas da escola, A Prataria Barroca. Aos olhos dos espectadores, um banquete dos mais saborosos.

Imagem 103: Detalhe das baianas giratórias que compunham a alegoria de número 4 do desfile de 2009 da Imperatriz Leopoldinense. Assim como no desfile gresilense de 1993, Rosa Magalhães dialogava com a obra de Arlindo Rodrigues, exaltando um ideal de “baianidade” com todos os colares e balangandãs a que tinha direito. Fonte: https://escolasdesambadoriodejaneiro.blogspot.com.br/2016/12/imperatrizleopoldinense-2009.html. Acesso em 13/03/2018.

VI. 1. 2 – No balanço da expedição O Sul do Brasil, que a autora já havia visitado em produções televisivas (assinou a Produção de Arte da série O Tempo e o Vento, adaptação da trilogia de Érico Veríssimo, exibida pela Rede Globo, em 1985, com direção geral de Paulo José), pouco aparece nos mais de trinta enredos analisados. O destaque, já explorado neste trabalho, é a narrativa de 2006, Um por todos e todos por um, que viaja pelos campos da “Santa e Bela Catarina”354. Longe dos clichês costumeiramente explorados em narrativas que tratam do

354

Expressão presente no samba de enredo composto por Niltinho Tristeza, Amaurizão, Maninho do Ponto e Tuninho Professor. Trata-se de um caso curioso: o governo do estado de Santa Catarina, possível patrocinador do desfile, exigiu a presença de tal verso em todos os sambas concorrentes – impondo, portanto, uma obrigatoriedade. A Imperatriz Leopoldinense aceitou a imposição. O que se conta, porém, é que o patrocínio estatal não apareceu até hoje, resultando, o desfile, em uma apresentação bastante problemática no que tange ao acabamento dos carros alegóricos.

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VIII – Referências bibliográficas

18min
pages 324-336

VII – Conclusão – Utopias antropofágicas

48min
pages 293-323

IX – Anexos

6min
pages 337-342

VI.2.3 –A carne é fraca, é isso aí

6min
pages 285-288

VI.2.4 – Onisuáquisólamento

6min
pages 289-292

VI.2.1-Pirão de areia e sopa de vento

4min
pages 281-282

VI.2.2-Pirataria S/A

2min
pages 283-284

VI. 2 – O panelaço brasileiro

2min
pages 279-280

VI.1.7- O carnaval nosso de cada ano

16min
pages 269-278

VI.1.6 – A folia de cocar

3min
pages 267-268

VI.1.3 – No coração da floresta

2min
page 260

VI.1.5 – O medievo de lá pra cá

4min
pages 265-266

VI.1.1- O sertão que não é só lamento e a mítica Bahia

8min
pages 254-258

VI.1.2 – No balanço da expedição

1min
page 259

VI.1.4 – Pianópolis – Rua do Ouvidor

8min
pages 261-264

V.1.12- Tutti-multinacional

4min
pages 247-250

V.1.11 – Toda a América Pré-Colombiana foi saqueada em suas riquezas

1min
page 246

V.1.10 – Tambor africano, solo feiticeiro

5min
pages 243-245

V.1.9 – Nobreza holandesa

1min
page 242

V.1.8 – Fado tropical

1min
page 241

V.1.7 – Nesse feitiço tem castanhola

2min
pages 239-240

III. 3 – As distopias e o pop-nostalgia

24min
pages 169-181

V.1.4 – Folias geladas

5min
pages 235-237

V.1.3 – Vive la France

12min
pages 229-234

IV. 3 – O céu não é o limite

22min
pages 211-221

V.1.2 – Orientalismos

4min
pages 227-228

IV. 2 - Diários de navegação

31min
pages 187-210

V.1. 1 – Os mitos que enlaçam antigas tradições

2min
page 226

III. 2 – De luta, esperança, amor e paz

19min
pages 157-168

II. 4. 2 - Utopias e heterotopias: Michel Foucault, navegador

23min
pages 122-132

II. 3. 3 – Pau-Brasil

21min
pages 98-108

II. 4. 3 – O heterotópico Carnaval Carioca: invocando Mário de Andrade

22min
pages 133-144

II. 2. 3 – Breazail: metanarrativa metálica

16min
pages 74-80

I – Por mares nunca dantes navegados

1hr
pages 17-43

II. 3. 2 – Cabo Frio, o cenário do clímax

19min
pages 88-97

II. 2. 2 – Uma ilha chamada Brasil?

13min
pages 67-73
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