SUPERDESPORTIVO COM 1.063 CV E TRAÇÃO INTEGRAL, SPRINTA DE 0-200 KM/H EM 7 SEGUNDOS
MERCEDES-AMG ONE
Fórmula 1 de estrada A Mercedes-Benz demorou sensivelmente cinco anos a desenvolver um dos automóveis mais complexos da sua história: o desafio de fazer um carro de estrada a partir de um monolugar de F1 foi difícil, mas foi alcançado. JOSÉ ARMANDO GÓMEZ
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os anos 70, a Ford transladou o motor de um GT40 para um furgão Transit, nos anos 90, também do século XX, a Renault desenvolveu uma Espace com 900 CV com o propulsor de um F1 e, praticamente no final do século, a BMW colocou o V12 de Le Mans no primeiro protótipo do X5. Estes são apenas alguns exemplos para se tentar perceber onde chega o expoente máximo da tecnologia de competição num carro de estrada. A diferença é que aqui foi desenvolvido e produzido algo mais do
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que um mero veículo de exibição. Quando a Mercedes-Benz ganhou três duplas de títulos consecutivos na F1 (sendo campeões de pilotos e construtores), e aos quais ainda iria juntar mais quatro, abriram-se muitas portas para um projeto tão ambicioso e complexo como aquele que lhe mostramos nestas páginas. Foi apresentado como Project One e seria um hiperdesportivo equipado com a mecânica do monolugar com o qual Lewis Hamilton havia sido campeão em 2015. No entanto, isto tem pouco de sim-
O interior tem espaço para dois ocupantes. A posição de condução é extrema, com um volante inspirado no de Formula 1.
FICHA TÉCNICA MERCEDES-AMG ONE TIPO DE MOTOR Híbrido gasolina/elétrico, V6 turbo CILINDRADA 1.599 cm3 POTÊNCIA 1.063 CV BINÁRIO MÁXIMO N.D. V. MÁXIMA 352 km/h (limitada) ACELERAÇÃO 7 seg. (0-200 km/h) CONSUMO MISTO N.D. DIMENSÕES (C/L/A) 4.756 / 2.010 / 1.261 mm PNEUS 285/35 ZR19 (del) 335/30 ZR20 (tras) PESO 1.770 kg DEPÓSITO N.D. PREÇO +2,5 milhões de euros (estimado) LANÇAMENTO Junho 2022
ples, por mais fantástico que pareça. É precisa muita mão-de-obra e dispendiosos equipamentos informáticos para arrancar um F1. Imagine o desafio tecnológico que pressupõe reduzir tudo isto a um simples botão Start/Stop para tirá-lo de uma garagem sem necessitar de um exército atrás. Cinco anos foi o tempo que a Mercedes gastou para converter um monolugar da atual era num carro de estrada.
TRAÇÃO TOTAL De facto, até o melhoraram. Aos dois motores elétricos da unidade