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Natureza urbana

A Honda rema contra a maré com a última geração do HR-V, um SUV essencialmente urbano, único na sua espécie, com um singular sistema de propulsão híbrido. Permite alcançar consumos realmente reduzidos sem depender de tomadas e ligações à corrente.

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PREÇO: 35.250 €

Rival

TOYOTA C-HR 1.8 VVT-I HYBRID COMFORT

Apesar da sua veterania, o CH-R continua a ser um dos SUV urbanos mais eficientes e bem-sucedidos.

Também se destaca a nível dinâmico, mas não está tão bem equipado nem oferece a habitabilidade do HR-V.

FaróisdeLED

Série

Adefinição de ‘SUV urbano’ assenta como uma luva ao novo Honda HR-V. Na sua terceira geração, o modelo japonês volta a apostar no formato de pequeno jipe com dimensões compactas, mas desta vez com um foco ain- da mais cosmopolita. Enquanto o seu antecessor chegou a estar disponível com motor Diesel de 120 CV e dois a gasolina de 130 e 182 CV, com os quais se sentia francamente confortável em estrada, este novo modelo limita a oferta mecânica a uma só opção híbrida não plug-in a gasolina. Trata-se de um conjunto formado por um propulsor atmosférico (sem turbo) 1.5, um segundo elétrico e uma pequena bateria de iões de lítio que, no total, debitam 131 CV. Associa tração dianteira e caixa automática de transmissão fixa.

É um sistema tão singular como o do Honda Jazz e:HEV, mas mais potente, ainda que não chegue aos valores do conjunto do CR-V e:HEV, cujo funcionamento segue os mesmos princípios. O objetivo deste compêndio, pelo menos na maioria do tempo, é mover o carro através da parte elétrica, que recebe a energia gerada pelo motor térmico, se bem que em situações onde é precisa mais potência seja o motor de combustão a mover as rodas. Na teoria parece complexo, mas na prática estamos perante um

Ficha T Cnica

HONDA HR-V 1.5 HEV ELEGANCE

TIPO DE MOTOR Gasolina, 4 cilindros em linha, atmosférico

CILINDRADA 1.498 cm3

POTÊNCIA 107 CV entre as 6.000 e as 6.400 rpm

BINÁRIO MÁXIMO 131 Nm entre as 4.500 e as 5.000 rpm

TRANSMISSÃO Dianteira, caixa auto. 1 velocidade (e:CVT)

SISTEMA ELÉTRICO

TIPO DE MOTOR Dois motores elétricos

POTÊNCIA MÁXIMA 131 CV (96 kW)

BINÁRIO MÁXIMO 253 Nm

BATERIA Iões de lítio, 1 kWh

SISTEMA HÍBRIDO

POTÊNCIA TOTAL 131 CV

BINÁRIO MÁXIMO) 253 Nm

V. MÁXIMA 170 km/h

ACELERAÇÃO 10,6 s (0 a 100 km/h)

CONSUMO (WLTP) 5,4 l/100 km (misto)

EMISSÕES CO2 (WLTP) 122 g/km

DIMENSÕES (C/L/A) 4.340 / 1.790 / 1.582 mm

PNEUS 225/50 R18

PESO 1.455 kg

BAGAGEIRA 335 - 1.274 l

PREÇO 35.250 €

GAMA DESDE 41.750 €

I.CIRCULAÇÃO (IUC) 138,51 €

LANÇAMENTO Fevereiro de 2022

SUV muito fácil de conduzir.

É o próprio sistema que escolhe o modo de propulsão (elétrico, híbrido ou térmico) de acordo com a condução em cada momento, sempre priorizando a eficiência para reduzir ao mínimo o gasto de gasolina.

Consumos Realistas

Segundo a marca, o consumo médio combinado em ciclo WLTP é de 5,4 l/100 km. Pois bem, o valor real que obtivemos em percurso misto foi idêntico. Não é comum que um carro rubrique o consumo médio homologado, mas este Honda tro dos limites legais, para registar essa média. Nem sequer é preciso selecionar o modo de condução ECO, com o qual a resposta do acelerador fica menos imediata e o ar condicionado deixa de funcionar na plenitude das suas capacidades. O modo padrão, denominado Normal, permite manter os consumos abaixo dos 5,5 l/100 km, podendo-se, inclusive, melhorar em trajetos puramente urbanos.

Neste tipo de percurso, o conjunto híbrido funciona quase sempre em modo elétrico, em parte porque aproveita a energia recuperada nas travagens e desacelerações através do esquema regenerativo. De facto, este esquema e a suavidade de condução elétrica fazem do HR-V um conjunto confortável de usar em cidade, pois permite conduzir

ALMA CITADINA

Contudo, em estrada, o novo HR-V não é brilhante. Os seus 131 CV são suficientes para rolar em autoestrada a velocidades moderadas com quatro ocupantes a bordo, aproveitando o seu espaçoso habitáculo, mas não se sente à vontade em vias rápidas, nem a ultrapassar ou recuperar. Mais. O ruído que produz ao acelerar a fundo não acompanha e é esforçado, fruto da peculiar caixa de velocidades (idêntico ao de um modelo que utiliza uma caixa automática de variação contínua): a velocidade a que rolamos não corresponde ao ruído produzido.

Neste cenário, o consumo sobe de forma drástica, para valores aci- ma dos 7 l/100 km, que contrastam com os excelentes valores rubricados no perímetro urbano. Em grande medida, é aqui que se torna evidente que prefere o pára-arranca citadino do que enfrentar longas tiradas em estradas sinuosas de uma via por sentido.

Conclus O

Está melhor equipado de série que grande parte dos seus rivais, melhor construído por dentro, tem um dos interiores mais amplos do segmento e é um dos SUV mais frugais da sua categoria, pelo menos em cidade. Em estrada pode melhorar, e muito. A bagageira é apenas correta e o seu preço algo elevado. Todavia, no âmbito urbano é a nova referência da classe.

1. Instrumentação parcialmente digital; é simples, mas fornece muita informação. Além disso, lê-se bem.

2. A parte esquerda do painel de instrumentos conta com várias vistas, incluindo uma para supervisionar o fluxo de energia do conjunto híbrido.

3. Ecrã multimédia tátil de 9”, bem posicionado, de manuseamento rápido e intuitivo e com botões físicos para ativar as funções chave.

EQUIPAMENTO e 18

SÉRIE Airbags frontais, laterais (dianteiros) e de cortina; controlos de estabilidade e tração; sistema de travagem atenuante de colisões; controlo de aceleração atenuante de colisões à frente a atrás; assistência à manutenção na faixa de rodagem; reconhecimento dos sinais de trânsito; limitador inteligente de velocidade; cruise control adaptativo; ajuda ao arranque sem subida; controlo de descidas íngremes; sensor de pressão dos pneus; faróis de LED; acendimento automático das luzes de máximos; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; câmara de auxílio ao estacionamento; sensores de chuva e luz; alarme; ar condicionado automático; retrovisores elétricos aquecidos, vidros elétricos; travão de estacionamento elétrico; acesso e arranque sem chave; bancos dianteiros aquecidos, banco do condutor com regulação em altura; estofos em tecido; volante multifunções em pele; pintura metalizada; sistema multimédia Honda Connect com ecrã tátil de 9’’, entradas USB; Bluetooth e funções Apple CarPlay e Android Auto; chamada de emergência e-Call; e jantes em liga leve de 18 polegadas.

OPCIONAIS Pintura a dois tons (651 €).

GENEROSO ESPAÇO TRASEIRO; O BANCO (MAGIC SEATS) REBATE COMO NO CINEMA, PARA CARREGAR OBJETOS MAIORES

ALFA ROMEO TONALE 1.5 HYBRID

SPECIALE

Renascimento italiano

O Tonale é o terceiro episódio da recente história da Alfa Romeo e, é necessário dizê-lo, é o mais importante. Posiciona-se num segmento chave, o dos SUV compactos, para rivalizar com Audi Q3, BMW X1 e Mercedes-Benz GLA, entre outros. Para tal, recorre a uma esbelta carroçaria de 4,52 metros de comprimento s planos da Alfa Romeo vão-se materializando pouco a pouco. Os Giulia e Stelvio lançados há cerca de cinco anos alcançaram, quando comparados com os seus principais rivais, vendas discretas. Apesar de tudo, foram capazes de trazer a marca de Arese de volta à cena automobilística, primeiro, para tentar lutar no segmento premium e, segundo, para continuar a ampliar a sua gama de produtos com modelos como o destas páginas.que enaltece os traços clássicos da marca italiana: grelha, grupos óticos finos, jantes tipo Teledial…

BEM APETRECHADO

Modosdecondução

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