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OS 10 COMPACTOS A GASOLINA MAIS POUPADOS Nem mais uma gota
Os preços do combustível e, em especial da gasolina, estão pela hora da morte: encher o depósito custa quase o dobro de há um ano e é impossível que tal facto não se repercuta na economia doméstica. Estar atento aos consumos do carro tornou-se imperativo, de modo que concertámos esta ideia: os 10 compactos (segmento C) a gasolina mais económicos do mercado.
Em tempos económicos convulsos pela falta de componentes na indústria automóvel e conflitos bélicos que originam uma incerteza geral, os preços dos automóveis novos sobem (as entregas a clientes são escassas), como aumenta também a fatura para os manter e sobretudo para os abastecer. A subida do preço dos combustíveis, difícil de entender para o comum dos mortais, chegou ao ponto de que um depósito de 50 litros custa quase mais 50% do que há um ano. Dito de outra forma e pegando no preço da gasolina: o que antes eram 75 € a 1,75 € o li- tro, subiu para mais de 100 €. A gasolina 95 alcançou, durante o mês de junho, os 2,22 €, enquanto a de 98 octanas ou aditivada subiu aos 2,30 €. Agora, e depois do período mais conturbado, começa a diminuir, baixando o patamar dos 2 € em alguns postos. Perante este cenário, ter um carro económico ajuda, e muito.
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O Poder Da Gasolina
Por isso, é crucial olhar com atenção para os modelos com menores consumos ou, se preferir, os mais poupados. Ainda que os Diesel continuem a ser a grande referência nesta matéria, essa errónea decisão administrativa, mediática e até social de “acabar” literalmente com “eles”, relegou-os para o imaginário popular, transpondo o seu peso nas vendas para os homólogos a gasolina.
Nestas páginas dizemos-lhe quais os compactos que menos gastam no panorama automóvel, a partir de consumos oficias, sempre de acordo com a norma vigente, WLTP. Porque cada litro conta, eis as dez propostas mais frugais, cujas contas de quilometragem foram feitas com base no preço médio da “Gasolina 95 Simples” de 1,996 €.





A Gama Ser Atualizada No In Cio De 2023
Toyota Corolla 125h
O modelo japonês não só é o mais poupado deste dossier, como um dos modelos mais vendidos do mercado, ajudando a Toyota a manter-se no quinto lugar de vendas em Portugal. Grande parte do seu sucesso é garantido pela motorização híbrida autorrecarregável gasolina/elétrica, com a qual homologa um consumo médio de 4,5 l/100 km (valor que não é muito difícil de obter com uma condução normal). Este número diz respeito à versão de acesso 1.8 HEV com motor 1.8 híbrido que debita 122 CV. Adicionalmente, oferece uma alternativa mais potente, de 180 CV e 2.0 litros, que também rubrica um consumo contido: 5,2 litros de média. Traduzido em custos, fazer cerca de uma centena de quilómetros com este Corolla 1.8 HEV custa perto de 9 €, enquanto para encher os seus 43 litros de depósito custa quase 86 €. A gama começa nos 29.240 €.






HONDA CIVIC E:HEV
A décima primeira geração do modelo asiático propõe uma revolução geral. Na vertente estética afina a silhueta para formas mais convencionais e refinadas. La dentro exibe maior qualidade percebida e faz-se acompanhar de um espaço para os ocupantes que promete ser líder de segmento, complementado por uma das bagageiras mais capazes da classe, inclusive depois de perder 50 litros face ao antecessor. Contudo, é debaixo do capô que o novo Civic protagoniza uma reviravolta de 180º: na Europa estará apenas disponível numa versão híbrida autorrecarregável de 184 CV (em outros mercados mantém opções a gasolina) que anuncia uma média de consumo de 4,7 l/100 km.
Em comparação com o motor 1.5 VTEC de 182 CV, que movia a anterior geração, a poupança de combustível é superior a um litro. Percorrer 100 km aos comandos do Civic e:HEV implica gastar sensivelmente 9,40 €.
5,1 l/100 km
Fiat Tipo Hybrid 130 Cv Ddct

Em conjunto com a atualização levada a cabo recentemente, a Fiat adicionou à oferta mecânica do Tipo (4,37 metros de comprimento) uma interessante alternativa micro híbrida com rede auxiliar de 48 V que propõe uma peculiaridade: é capaz de mover o conjunto somente em modo elétrico em determinadas situações. Isto só é possível a baixa velocidade para conter o consumo de combustível, reduzindo assim o esforço do seu motor 1.5 Turbo a gasolina de 130 CV. O citado sistema elétrico representa 20 CV adicionais e, em algumas situações, chega a desligar o propulsor de combustão. Em suma, o consumo misto homologado pela marca italiana fica-se por uns salutares 5,1 l/100 km, o que pressupõe um gasto de 10,20 € por cada 100 km. Está à venda apenas com caixa automática e o seu preço arranca nos 32.850 €.
VOLKSWAGEN GOLF 1.0 ETSI 110 CV DSG


Considerado como uma das referências do segmento, a oitava geração Golf é a mais eletrificada da história do modelo graças, em boa parte, aos motores micro-híbridos com tecnologia de 48 V. Uma medida pensada em prol dos consumos que no caso do compacto alemão, por exemplo, permite que numa comparação entre o motor 1.0 eTSI e o 1.0 TSI similar (ambos com 110 CV), o primeiro poupe duas décimas de gasolina. Em concreto, homologa uma média de 5,2 l/km, enquanto a opção sem os 48V regista 5,4 /100 km. Assim, para percorrer 100 km, o 1.0 eTSI precisa de aproximadamente 10,40 €. Importante é o facto de esta versão estar unicamente acoplada à caixa automática de dupla embraiagem DSG, de sete velocidades, bastante eficaz e competente, mas que obriga a despender mais 2.760 € (31.073 € contra 28.311 do 1.0 TSI “normal”). De salientar que a VW comercializa ainda o bloco 1.5 eTSI de 150 CV com consumo idênticos ao 1.0 TSI sem hibridação.



1.0 TSI de 95 CV. A saber: consome 5,2 l/100 km segundo homologação associada ao acabamento Ambition (22.752 €.) Isto significa que, por exemplo, o carro “exige” cerca de 10,40 € para percorrer 100 km, e quase 100 € para encher o depósito de 50 litros. Por curiosidade, na versão de equipamento acima, Style (26.373 €), a média sobe para 5,4 litros.

Š KODA S C A L A 1.0
T S I 95 C V

Koda Tsi 95 Cv



O representante do segmento

C do construtor checo tem por base uma plataforma destinada a modelos do segmento B, como os SEAT Ibiza ou Volkswagen Polo. Ainda assim, a Skoda esticou a carroçaria do Scala até aos 4,36 metros de comprimento, o que permitiu ganhar muito espaço interior e propor uma bagageira com 467 litros de capacidade (um VW Golf ou um SEAT Leon ficam-se pelos 380). A pensar na poupança de combustível, a oferta mecânica deste checo arranca com o propulsor turbo a gasolina



MAZDA 3 E-SKYACTIV-X 2.0 186 CV


Com a chegada do revolucionário motor e-Skyactiv-X, a marca japonesa prescindiu por completo dos motores Diesel na oferta do seu compacto, pois graças à tecnologia de compressão controlada por faísca (SPCCI) consegue rubricar consumos idênticos aos de um propulsor a gasóleo, com o rendimento e as maneiras de uma motorização a gasolina. Esta tecnologia conta ainda com software específico e mais avançado para o sistema micro híbrido de 24V, novo controlo da combustão e redesenho dos pistões. No final, e apesar de ser mais potente que a versão de entrada à gama (186 CV frente aos 122 CV do 2.0 Skyactiv-G, que custa a partir de 31.958 €) contenta-se com médias de 5,3 l/100 km (6 l/100 km para o menos potente). Assim sendo, 100 km no Mazda 3 de 186 CV vão custar perto de 10,50 €, enquanto atestar o depósito de 51 litros representa um custo total de 101,80 €.

antes do restyling. Na prática, para contabilizar 100 km, precisará de gastar 10,80 €, enquanto para encher o depósito de 50 litros, o utilizador terá de desembolsar aproximadamente 100 €. No mercado nacional, o i30 é comercializado nas versões de equipamento Style e N-Line, este último com a possibilidade de associar uma caixa automática de dupla embraiagem DCT, sendo mais caro e com consumos também superiores (6,2 litros). A oferta i30 começa nos 23.911 €.
Hyundai I30


1.0 TGDI 120 CV
Alvo de uma atualização geral em 2021, o compacto coreano (4,34 metros de comprimento) é comercializado no nosso país apenas com o motor 1.0 T-GDi Turbo de 120 CV acoplado a caixa manual de seis velocidades; em alguns mercados europeus esta mesma unidade está disponível em versão microhíbrida (sistema elétrico de 48 V e caixa manual de velocidades inteligente iMT). Ainda assim, a sua média de consumos anunciada é de 5,4 l/100 km (com o sistema microhíbrido e a transmissão inteligente: 5,2 l/100 km). Na verdade, este é precisamente

SEAT LEON 1.0 TSI 110 CV

Embora partilhe a plataforma e sistema de propulsão com o Volkswagen Golf, o compacto de Martorell, mede 4,37 metros de comprimento, propõe a versão 1.0 TSI de 110 CV sem micro hibridação, associada a caixa manual de seis de velocidades, como a mais eficiente. Anuncia um consumo médio de 5,5 l/100 km, a que corresponde perto de 11 € para circular durante 100 km e quase 90 € para completar o seu depósito de 45 litros. O Leon 1.0 TSI anuncia uma autonomia de aproximadamente 820 km e é proposto no mercado português com os níveis de equipamento Style (27.430 €) e FR (29.933). Em relação ao primeiro, que corresponde à nossa escolha, conta de série com elementos como o sistema multimédia com conetividade Full Link, assistente de faixa de rodagem, câmara multifunções, sensores de luz e chuva, faróis LED com função Coming & Leaving Home e sensores de estacionamento.
K I A C E E D 1.0
T-GDI 100-120 CV
Tal como o seu primo-irmão do grupo, o Hyundai i30, o compacto da Kia (4,31 metros de comprimento) aposta, no mercado português, no bloco turbo 1.0 T-GDI a gasolina de 120 CV sem qualquer sistema híbrido. No fundo, como a tecnologia microhíbrida obrigaria a subir os preços finais de forma substancial, a marca coreana decidiu manter a mesma receita da anterior geração Ceed, ou seja, sem o di d spos s a caixa m anunncia de 21. 50 0 que par o de d p pós ún únicica a ve e te tecncnol o og o dispositivo elétrico de 48V. Assim, o 1.0 T-GDI de 120 CV, associado a caixa manual de seis velocidades, no nível de equipamento Sport anuncia uma média de consumo de 5,6 l/100 km e custa a partir de 21.500 € (c/ campanha de desconto associada), o que significa que para fazer 100 quilómetros são precisos 11,20 € e para encher o depósito de 50 litros perto de 110 €. Por curiosidade, referir que a única versão da gama que usufrui de mecânica micro-híbrida com tecnologia de 48 V é o turbodiesel 1.6 CRDi de 115 CV.





5,6 l/100 km
FORD FOCUS 1.0 ECOBOOST MHEV 155

Outro dos compactos que recebe este ano uma ligeira renovação. Além de modificar ligeiramente a aparência e de melhorar consideravelmente em conetividade (integra ecrã central de 13,2”) e segurança, passa a propor mais versões microhíbridas. Uma delas é a 1.0 Ecoboost MHEV de 155 CV acoplada a caixa automática, uma tentadora novidade, é um facto, no entanto, se pretende um Focus ainda mais eficiente, o melhor será adquiri-lo com transmissão manual. Com esta condição, tanto o 155 CV como a versão de entrada 1.0 EcoBoost MHEV de 125 CV homologam um consumo de 5,7 l/100 km, ambos com o acabamento ST Line, sendo que o primeiro custa 33.427 € e o segundo 32.210 €. Percorrer 100 km vai custar qualquer coisa como 11,40 € e encher o depósito de 52 litros pouco menos de 105 €.
5,7 l/100 km