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Com outra energia

A sexta geração do Astra olha para o futuro não só a partir de um desenho claramente disruptivo com o seu antecessor, mas também acolhendo novas motorizações como esta híbrida plug-in de excelente rendimento, tanto em prestações como em consumos. Com o acabamento GS Line assume-se como a versão topo de gama.

Série Cruiseadaptativocontrol

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PREÇO: 42.275 €

Rivais

PEUGEOT 308 GT PLUG-IN HYBRID 180 E-EAT8

TIPO DE MOTOR CILINDRADA POTÊNCIA TOTAL CONSUMO (WLTP) PREÇO

SEAT LEON 1.4 E-HYBRID 204 CV DSG FR

Gasolina, 4 cilindros em linha, turbo + elétrico

1.598 cm3

180 CV

1,1 l/100 km (misto)

41.600 €

O primo-irmão francês também conta com a versão hibrida plug-in de 180 CV. As principais diferenças são o design e o posto de condução.

TIPO DE MOTOR CILINDRADA POTÊNCIA TOTAL CONSUMO PREÇO

Gasolina, 4 cilindros em linha, turbo + elétrico

1.395 cm3

204 CV

1,0 l/100 km (misto)

38.194 €

A proposta espanhola é mais acessível e o motor anuncia potência bem superior. Além disso, a bagageira tem muito mais espaço que a do Astra PHEV.

LED

1.250 €

Osegmento compacto continua a ser estratégico em muitos mercados europeus. O Astra não é alheio à tremenda competitividade na categoria, e na sexta geração que ganhou forma com a Opel já dentro do universo Stellantis promete sucesso. Mudança de rumo que chega com um aspeto sofisticado (na secção dianteira destaque para o Opel Vizor), a todos os níveis muito mais apelativo. A nova carroçaria cresce em largura e comprimento, e amplia a dis- tância entre eixos. Aproveitando estas cotas, o seu habitáculo oferece boa altura e largura a bordo (o espaço entre filas é algo justo) com uma bagageira que, apesar de perder 70 litros (face ao resto da gama devido à colocação da bateria), apresenta uma capacidade bastante aproveitável. Propõe ainda práticos locais para arrumos no interior.

Os bancos são confortáveis, se bem que atrás o assento fique um pouco mais baixo que o desejável. Aos comandos, a Opel aposta numa envolvência bem diferente daquela que encontramos no novo Peugeot 308, por exemplo, com o qual partilha a plataforma. No modelo alemão, o volante tem um tamanho e um desenho convencional (o francês aposta na conceção i-Cockpit com um volante de pequenas dimensões), e está longe de integrar todas as funções no ecrã central, até porque debaixo deste existe uma série de botões físicos, como o ar condicionado, de manuseamento mais simples e cómodo.

Apoio Digital

Felizmente nenhuma destas mudanças constituiu um entrave para que o Astra não tenha abraçado a digitalização: o tablier Pure Panel integra instrumentação e ecrã central (ambos de 10”) sob uma mesma estrutura orientada para o condutor; transmite boa impressão pese a simplicidade de alguns gráficos, sobretudo no painel de instrumentos.

Ainda assim, a experiência do sistema multimédia é boa, podendo incluir, em opção, elementos como o novo Head-up display para projetar diversa informação no para-brisas, ou o dispositivo de visão 360º para facilitar o estacionamento.

Em sintonia com este ambicioso equipamento, o compacto alemão aposta em acabamentos com boa apresentação, com materiais macios ao toque apenas na parte superior do tablier. A zona inferior e os painéis das portas exibem plásticos mais rijos (distantes daqueles que encontramos no novo 308) e os botões dos vidros elétricos foram herdados dos Peugeot do início dos anos 2000.

ESTREIA PLUG-IN

A nova plataforma do Astra permitiu a entrada de novas motorizações eletrificadas, como esta híbrida plug-in que combina um propulsor a gasolina 1.6 turbo e outro elétrico para uma potência total de 180 CV. Mais tarde, lá para 2023, haverá outra variante de 225 CV e inlcuive um Astra elétrico puro.

Este esquema mecânico proporciona uma entrega de potência consistente: 7,6 segundos dos 0 aos 100 km/h é um bom registo; ganha velocidade com celeridade e de forma sólida e os consumos são satisfatórios. Nos primeiros 450 km do teste, carregando quase por completo a bateria de 12,4 kWh em duas ocasiões, alcançámos 5 l/100 km de média. Mesmo sem carga na bateria obtivemos uns positivos 6,6 l/100 km, combinando trajetos de todos os tipos. A verdade é que mesmo que não disponha de energia elétrica, o Astra apoia-se bastante no motor elétrico, o que o ajuda bastante.

Sobre a consola encontramos um comutador que permite alternar entre os vários modos de condução, elétrico (homologa 59 km, valor muito próximo daquilo que

Ao Volante Transmite Seguran A E Robustez

se consegue alcançar na cidade. Em estrada e autoestrada são cerca de 40 km), híbrido ou sport. Além disso, no ecrã conta com a função e-Save para preservar o estado da bateria.

Trav O Melhor Vel

Mais do que testado em outros plug-in do grupo, o sistema de travagem funciona com suavidade e só o dosear do travão podia ser melhorável em situações de pouca pressão sobre o pedal.

Em tudo o resto, o Astra é impecável em equilíbrio de suspensões e dinâmica ao volante, oferecendo a confiança de um compacto de classe superior, capaz de competir com os melhores do segmento.

JUAN PABLO ESTEBAN PAULO CALISTO

Conclus O

O Astra anterior já era um automóvel bastante equilibrado, sensação que se mantém neste novo embora com mais atrativo estético e tecnológico. Nota bem positiva para o motor híbrido plug-in, que sem abusar das prestações anda bem e gasta pouco. No interior, digitalização sensata com espaço para comandos físicos... felizmente. Menos bom, o preço desta versão.

O carregador de série é de 3,7 kW: demora 3,5 horas até aos 100%. Com opcional de 7,4 kW baixa para duas horas.

1. Os grafismos não são dos mais modernos, mas têm boa visualização. A velocidade instantânea surge em branco/ azul, consoante funcione o motor térmico ou elétrico.

2. Existe condução semiautónoma com o Intelli-Drive 2.0: cruise control preditivo e manutenção na faixa de rodagem. 3. O ecrã central é bastante rápido e personalizável.

Equipamento

SÉRIE Airbags frontais, laterais (dianteiros) e de cortina; controlos de estabilidade e tração; aviso de colisão frontal com travagem automática de emergência e deteção de peões e ciclistas; aviso de saída de faixa de rodagem, deteção do cansaço do condutor; adaptação inteligente de velocidade; ajuda ao arranque sem subida; cruise control adaptativo com stop/start; sensor de pressão dos pneus; faróis Full LED; controlo automático dos máximos; faróis de nevoeiro de LED; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros com câmara panorâmica 360º; sensores de chuva e luz; ar condicionado automático bizona; retrovisores elétricos aquecidos, travão de estacionamento elétrico; acesso e arranque sem chave; volante multifunções em pele; tejadilho pintado a preto; pedais desportivos; painel de instrumentos digital de 10’’; sistema multimédia com ecrã tátil de 10’’, entradas USB; Bluetooth e funções Apple CarPlay e Android Auto; chamada de emergência e-Call; cabo de carregamento de 3,7 kW; e jantes em liga leve de 17 polegadas.

OPCIONAIS Pintura metalizada (550 €); volante e bancos dianteiros aquecidos (200 €); sistema multimédia com navegação (800 €); faróis Intellilux LED Matrix Pixel (1.250 €); Intelli-Drive 1.0 – inclui deteção traseira de obstáculos, assistente de posicionamento na faixa de rodagem, assistente de mudança de faixa e alerta de ângulo morto (550 €); carregamento por indução para telemóvel (150 €); alarme (400 €); cabo de carregamento de 7,4 kW (300 €), jantes de 18” Pentagon bi-ton (450 €).

Bancos Dianteiros Com Certifica O

AUDI A3 SPORTBACK 2.0 TDI

S TRONIC S LINE VS. PEUGEOT 308

GT 1.5 BLUEHDI EAT8

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