SUPERDESPORTIVO
ALFA ROMEO GIULIA SWB ZAGATO
Alta-costura
A Zagato leva mais de 100 anos como um dos melhores alfaiates da casa de Arese. Para celebrar essa longevidade, pegou num Giulia Quadrifoglio, preparou-o a fundo e teceu-lhe um traje à medida. O resultado é simplesmente espetacular. JOSÉ ARMANDO GÓMEZ
D
izem as más-línguas que o SZ de 1989 foi o último Alfa Romeo que valeu a pena, lançado precisamente quando a marca tinha acabado de ser resgatada pela Fiat. Era, de facto, um automóvel excecional: tinha um design magnético, saído da colaboração de Walter da Silva, Robert Opron (o pai do Maserati SM) e Zagato, e contava com o poderoso motor 3.0 V6 do Alfa Romeo 75 potenciado a 210
CV, acoplado a uma caixa manual de seis velocidades desenvolvida pelo departamento de competição da marca e que se encontrava separada do motor, estando posicionada no eixo traseiro (disposição conhecida como transaxle, para equilibrar a repartição de pesos). O SZ custava na época perto de 10 mil contos (cerca de 50 mil euros) e em Portugal foram vendidas poucas unidades, tanto da versão fechada como da cabrio, lançada
POTENCIADO PARA ATINGIR AS PRESTAÇÕES DO GTAM COM 540 CV
4 Carros
em 1992. Longe de ser um sucesso comercial na Europa (nunca o pretendeu ser), acabou por se tornar icónico, dando continuidade ao mito dos anos 60, o que, com o passar dos anos, o transformou numa verdadeira joia e o principal foco de inspiração para o superdesportivo deste mês.
ÚNICO NO MUNDO O novo projeto nasceu em 2021, em plena celebração do centená-
rio da cooperação entre a Zagato e a Alfa Romeo, que começou em 1921 com o TIPO G1. De facto, trata-se de uma ideia do “carroçador” milanês (com a bênção da marca), que se encarregou de todo o desenvolvimento deste exclusiva unidade. Só há uma e já está vendida por um preço que não foi revelado; o seu proprietário é um cliente alemão cuja identidade também não foi desvendada. Zagato sondou os seus clientes
