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esforços para contribuir, naquilo que podiam, visando a manutenção do Seminário – um ambiente abençoado que recebe todos os dias novo sopro de esperança para que as vocações sejam despertadas.
Felizmente, esse sopro é constante e, portanto, se renova. Fácil lembrar a referência que o Pe. David Fiametti (em memória) disse em entrevista para a Revista Cristo Rei: “Descrevo o meu chamado vocacional a partir da imagem de uma fogueira que está apagada, as cinzas cobrem as brasas. Sobre essa fogueira, quase apagando, vem um vento muito forte que leva as cinzas embora e a chama é acesa novamente”. O despertar vocacional, muitas vezes, acontece desta maneira: uma inquietação que o jovem já nutre em seu coração, mas precisa o Espírito Santo soprar para que faça arder esse desejo pelo Reino.
É momento de comemorar e é tempo de celebrar, sem dúvida. Mas também é ocasião propícia a um convite: você que lê este editorial, já pensou em colaborar na sua casa ou na comunidade de fé para o despertar vocacional? Quem sabe você ajude a soprar para longe as cinzas e novamente torne incandescente o coração dos jovens ao chamado de Jesus. Coragem! Você pode animar vocações.
ESCRITÓRIO
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Fone/Fax: (45) 3252-1728 revista.cristorei@gmail.com
BISPO DIOCESANO
D. João Carlos Seneme
DIRETOR RESPONSÁVEL
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DEPARTAMENTO COMERCIAL
Ana Maria Araujo
Fone: (45) 3252-1728
EDITOR
Paulo Weber Junior (SRTE/PR - 6.790) jornalistapaulo@gmail.com
DIAGR AMAÇÃO
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Toledo, Marechal Cândido Rondon, Palotina, Guaíra, Assis Chateaubriand, Jesuítas, Tupãssi, Terra Roxa, Nova Santa Rosa, Nova Aurora, Iracema do Oeste, Entre Rios do Oeste, Pato Bragado, Mercedes, Quatro Pontes, São Pedro do Iguaçu, Ouro Verde do Oeste, Formosa do Oeste e Maripá.
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“Eis o tempo favorável, eis o dia da salvação”! (2Cor 6,2). As palavras de São Paulo dirigidas à comunidade de Corinto abrem o caminho da Quaresma, tempo de graça que o Senhor Jesus nos concede para retornar a Ele com todo o coração e recomeçar uma vida nova apesar de nossos fracassos. É um tempo de germinação, de um crescimento lento, um milagre da graça que tudo transforma e faz renascer a vida.
Durante a Quaresma, a Palavra de Deus, a oração e a caridade são os pontos fundamentais que sustentam a nossa fé. Os gestos de caridade, as orações, os frutos do jejum deste tempo de cuidado com nosso corpo e alma nos ajudarão a celebrar as festividades da Páscoa: tempo de vida nova, repleto de esperança.
Tudo isso nos leva à conversão. Palavra temida nos dias atuais que privilegia a vida sem sofrimentos ou privações. A conversão, mudança de rota, é um convite que Deus nos faz, uma oportunidade de reconciliar-nos conosco mesmos e com Ele. Deus não nos promete uma vida sem sofrimento ou dificuldade porque ela não existe. Ele nos assegura sua proximidade, carinho e conforto na vivência do dia a dia. Jesus deve passar pelo caminho da cruz para depois experimentar a explosão de vida que vem através da Páscoa.
Carregamos dentro de nós esse desejo de mudança, de conversão. Nada do que existe ao nosso redor pode nos completar totalmente. Por isso o desejo de conversão é o movimento de busca, a sede que nos impulsa a buscar água, o empenho em ir ao encontro do outro que partilha conosco a
vida e o mundo; é a busca incansável de Deus.
Na Bíblia a palavra “conversão” indica a busca e o desejo de Deus, procurar o seu rosto, dirigir o nosso coração para Ele. Atitude que exige de nós mudança de rota, rever o caminho e se, preciso, retomar outra direção. O cristão precisa de Deus como precisa de oxigênio. Devemos sentir falta de Deus como sentimos falta do ar.
Para nós, cristãos, a meta da conversão é a Páscoa: encontro com o Senhor da vida que vence a morte. No Evangelho, Jesus fala: “Desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco” (Lc 22,15). Jesus se dirige aos seus discípulos pouco antes de celebrar a última Páscoa da antiga aliança para instaurar a primeira Páscoa da nova aliança. Na Páscoa hebraica se comia o cordeiro. Na Páscoa da nova aliança é o próprio Jesus que se oferece como alimento: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).
Celebrar a Páscoa hoje exige da comunidade cristã retornar a Deus, aproximar-se da mesa eucarística, caminhar renovados pelo Cristo Ressuscitado. Durante a caminhada quaresmal tivemos inúmeras ocasiões para nos reconciliar com Deus recebendo o seu perdão. Tivemos a oportunidade de reconhecer os nossos limites e os nossos pecados.
O próprio Cristo nos convida a sua mesa onde ele mesmo é alimento para nossa vida. “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém come deste pão viverá eternamente”. Fortifi cados por Cristo podemos continuar caminhando, vivendo nossas vidas com entusiasmo, glorificando a Deus e testemunhando a todos a alegria do Cristo Ressuscitado.
Nestes tempos fortes de graça, Quaresma e Páscoa, Deus vem ao nosso encontro para renovar nossa vida, regenerar a adesão a Cristo, morto e ressuscitado. Tornar-se cristão é sempre um desafio que requer empenho e abertura de coração, capacidade de deixar conduzir por Cristo, conformando-se com Ele, para construir uma comunidade e um mundo melhor. Este processo teve início no nosso Batismo que deverá ser renovado sempre através do nosso esforço na escuta e acolhida da Palavra que salva. É para essa renovação que nos dirigimos. Precisamos dela para sermos alegres testemunhas do Cristo Ressuscitado no mundo hoje.
Como é bom se de tempos em tempos cada pessoa pudesse parar um pouco e visitar a sua própria história. Como está sendo bom para a Diocese de Toledo ter esse momento de reencontro com a sua própria história vocacional e que tem no serviço realizado pelo Seminário São Cura d’Ars, de Quatro Pontes, uma de suas expressões vigorosas em prol da formação humana. Esse tempo oportuno de pausa faz olhar para todo o esforço empreendido por aqueles que assumiram suas responsabilidades e, com muito sacrifício, deram as respostas possíveis para cada período, mas sempre no tempo de Deus. Igualmente, é oportuno perceber que esse compromisso pela busca em fazer o melhor pelas vocações se renova ano após ano e pela graça tudo acontece.
Costurar os principais tempos desta rica e próspera história, sobretudo abençoada por Deus, para dar rosto aos 40 anos do Seminário São Cura d’Ars, tem um fio condutor que envolve incontável número de pessoas. São aquelas que confiaram seus filhos ao discernimento vocacional diocesano, bem como são tantas outras que colaboraram com o devido acompanhamento daqueles jovens que hoje exercem seu ministério sacerdotal ou seguem em suas vocações leigas.
Um documentário que visa valorizar todo esse esforço humano, na certeza de que Deus sempre esteve
e permanece presente, está sendo produzido e deve ser lançado no dia 26 deste mês de março. Participam do documentário desde o primeiro reitor, Pe. Braz Tarcysio Pauli, Pe. Geraldo Marino Ferreira, Pe. Mauro Cassimiro, e inclusive Pe. José Aparecido Bilha, que pouco antes de seu falecimento em 21 de novembro do ano passado, havia concedido entrevista. O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, também deixa a sua mensagem no documentário. “Há uma responsabilida-
de de toda Diocese com este espaço de evangelização dos nossos jovens que se preparam para o sacerdócio”, salienta.
Ainda no dia 26, na Igreja Nossa Senhora da Glória, em Quatro Pontes, haverá missa às 10h. Para a celebração, ex-seminaristas já ensaiam os cantos e pretendem participar ativamente da Liturgia do dia, inclusive com o momento de entronização da imagem de São Cura d’Ars. Já os atuais seminaristas deverão contribuir como cerimoniários nos demais serviços junto ao altar. Em seguida, a grande participação da comunidade no almoço, que tem como prato principal o costelão assado ao fogo de chão, seguido do sorteio da ação entre amigos. Outros eventos estão programados para abril (dia 5, missa crismal), julho e outubro. “Estou muito contente de poder olhar para essa história do Seminário e ver que é plenamente uma obra de Deus porque se mantém de pé nesses 40 anos, pelo sonho de uma Diocese que tem o seu Seminário”, comenta o reitor, Pe. Marcelo Ribeiro da Silva. Todo esse esforço nas comemorações expressa louvor a Deus pelas graças alcançadas neste período e quer valorizar a casa de formação que esboça a vitalidade e alegria próprias dos adolescentes, que são divertidos, descontraídos, mas muito responsáveis quando são desafiados.
As comemorações desta data estão centradas no lema “Formar homens livres e misericordiosos para o pastoreio na Diocese de Toledo”. Para compreender o significado que reúne esse lema, o reitor do Seminário São Cura d’Ars, Pe. Marcelo Ribeiro da Silva, explica cada um desses elementos que se entrelaçam no sentido da formação oferecida pelo Seminário. De acordo com ele, essa frase indica a identidade que sintetiza o caminho formativo.
Por isso mesmo, a primeira delas é “formar”, indicando a ação principal do Seminário. Este é o lugar que pretende ajudar com que uma pessoa alcance uma identidade clara como cristão, como homem, como religioso. Formar é acompanhar alguém a descobrir quem ele é. “O Seminário Menor faz a ponte entre o menino que ele é e o homem que ele precisará descobrir para ser”, explica Pe. Marcelo. Neste sentido, formar tem o significado de dar todo o apoio possível, seja em nível humano e espiritual, para que essa pessoa consiga dar forma ao sentimento que traz dentro si; que consiga dar um nome e expressão; que consiga transformar essa vontade em um projeto de vida.
“É ajudar com que alguém dê forma à identidade que traz dentro dele e que ele quer descobrir”, completa.
Em seguida da palavra “formar”, o lema aponta o destinatário e suas qualidades: “homens livres e misericor-
diosos”. O reitor do Seminário sublinha que a palavra “homem” foi incluída aqui porque a identidade masculina é uma identidade a ser construída, a ser descoberta, sobretudo nos tempos de hoje. “É ajudar com que uma pessoa se descubra com a dignidade que tem, numa identidade clara, que olhe para si e goste de si, que se respeite”, afirma. Em “livres”, o olhar é para a qualidade das relações que esse menino, que vai ser um homem, precisa aprender. Na palavra “livres”, Pe. Marcelo destaca que está se dizendo sobre a qualidade dos vínculos que ele vai estabelecer. “Não
é só ser um religioso, mas é ser um homem livre que aprende a estabelecer vínculos com as pessoas. E começa pelos vínculos familiares. Trabalhamos, primeiro, para que eles amem as suas famílias nos limites que elas têm; que eles aceitem, que eles acolham; que aprendam a falar com os pais no sentido de mandar um abraço, mandar ‘eu te amo mãe, eu te amo pai’, essas coisas básicas que os adolescentes têm um pouco de medo, de vergonha”, comenta.
“Livres” também ganha o sentido para que possam estabelecer relações
de amizades. “Sem amizade não dá para construir uma identidade sadia de um padre que aprenda a se fazer amigo, porque nas amizades ele vai ter o amor das pessoas. E livres para estabelecer relações com as comunidades, para que ele seja de todos e esteja a serviço; esteja próximo das pessoas. Livre é um modo de falar da qualidade do vínculo que um padre precisa ter”, considera.
Na palavra “misericordiosos” está sintetizada a vida espiritual desse homem que a Igreja precisa. Uma pessoa que tenha no coração o sentimento que guiou a vida de Jesus, que é a misericórdia. Busca-se na formação seminarística que ele aprenda a olhar as pessoas com esse sentimento de acolhida, de trazer esperança às pessoas que, às vezes, se sentem tão derrotadas em suas misé-
rias e precisam encontrar no padre um cordis , um coração amoroso.
“Formar um coração misericordioso é a força de todo o nosso empenho e tudo isso em direção ao Pastoreio na Diocese. Entendemos ‘pastoreio’ como cuidado de um povo. Independente o que você vai fazer, a Pastoral é o cuidado das pessoas,
seja pelos Sacramentos, sejam pelas atividades pastorais, seja pela evangelização”, pontua.
O lema, portanto, resume a fi nalidade do Seminário, que é um local que visa contribuir para que este seminarista se descubra como homem na sua dignidade e que, se descobrindo como homem digno, se doe com liberdade e misericórdia. “Se não nos descobrirmos, o que poderemos oferecer? Quem não ama aquilo que é, o que oferecerá?”, questiona o reitor.
Para visitar a história, é necessário perceber o movimento cultural ocorrido neste tempo que vem forjando um novo jeito de despertar vocações ao sacerdócio. Antigamente, os adolescentes eram oriundos de famílias com uma experi-
ência do campo. Hoje, os adolescentes vivem uma experiência de realidade urbana, com todos os recursos tecnológicos possíveis e acesso à informação. As famílias também diminuíram com o passar dos anos e ganharam destaque outras possibilidades profissionais.
Na leitura de Pe. Milton Wermann, diretor espiritual do Seminário São Cura d’Ars, a realidade vocacional passa por essas transformações, mas é preciso continuar a missão. Com seus 41 anos de sacerdócio, ele afirma: “Cada tempo tem as suas particularidades.
Nós estamos agora num tempo aonde a tecnologia está muito presente. Mas as vocações existem. É preciso descobri-las. É um trabalho que deve ser feito constantemente, pois Deus continua
passando e chamando”.
Para que possam brotar novas vocações, Pe. Milton louva o trabalho realizado com os coroinhas e acólitos, bem como considera que é necessário incentivo e testemunho da família, comunidade e dos próprios seminaristas e sacerdotes. “Oração e testemunho são muito importantes”, avalia.
Com a celebração dos 40 anos do Seminário, ele se sente muito feliz ao recordar a passagem de tantos jovens
pela casa de formação. “Alguns são sacerdotes, outros são pais de família. Isso é motivo de alegria e de ver que vale a pena o trabalho do Seminário. Faz três anos que estou participando um pouco mais de perto. É gratifi cante ver que
novas vocações vão surgindo e jovens que dão seu sim ao chamado do Senhor. Eu afirmo que é muito importante rezar, de modo especial neste Ano Vocacional, pelo menos um mistério do Terço pelas vocações”, salienta.
Um seminário não é feito apenas de paredes. A estrutura física é um ambiente necessário, mas que só cumpre sua finalidade se conta com recursos humanos capacitados para esta atividade. Pessoas com formações em áreas que visam contribuir no discernimento vocacional dos garotos. Afinal, além das aulas no ensino regular, pois fazem o ensino médio, eles também contam aulas no ambiente do seminário, ministradas por leigos, padres e religiosos que auxiliam processo formativo geral. São aqueles que se dedicam em oferecer as chamadas disciplinas ministeriais, as quais favorecem o amadurecimento dessa vocação. Os garotos aprendem métodos de estudos, organização, redação, iniciação cristã, iniciação à vida espiritual, formação vocacional, entre outras que formam um conjunto de conteúdos com a proposta de ajudar em seus passos na caminhada.
Uma das linhas formativas que o Seminário São Cura d’Ars vem adotando passa pelo ícone da misericórdia. Segundo o reitor, Pe. Marcelo, esse é um caminho para superar as intolerâncias e os sofrimentos das pessoas, pois elas
esperam isso dos seus padres. Logo, as obras de misericórdia são estimuladas junto aos seminaristas com atividades mensais de contato com as pessoas em situação de fragilidade.
Em visita à Fazenda da Esperança Cristo Rei, cada seminarista conheceu a realidade daqueles que querem deixar a dependência química e vícios, e depois eles relatam a experiência e como se sentiram nesse ambiente. “Outro dia
fizemos a obra de misericórdia ao visitar os enfermos em Toledo. Tivemos a companhia dos Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC) da Paróquia Santa Rita de Cássia. Em outro momento, fomos ao cemitério de Quatro Pontes, rezar pelos padres falecidos”, conta Pe. Marcelo. “Na organização desses momentos, precisamos preparar o coração dos meninos porque se lida com preconceitos, com as gracinhas que eles fazem, com a imaturidade juvenil própria da idade, e também prepará-los para o contato com as pobrezas humanas. Essas atividades vão configurando um jeito mais compassivo, manso”, avalia.
Nesse itinerário, são incluídas as reflexões sobre as Bem-aventuranças, pois para pensar na misericórdia, esse é um caminho possível. “As Bem-aventuranças são muito importante para nós no sentido de formar esse espírito, percebendo que sempre nos identificamos com uma delas no processo formativo”, diz. Mas o centro dessa história é que os próprios seminaristas trazem sua vida à reflexão, com as experiências positivas e negativas. Assim, são conduzidos a ler a sua história com misericórdia.
Antes de ser um seminário para o público masculino, o ambiente era um colégio de irmãs religiosas de 1960 a 1972. Logo em seguida, transformou-se no centro de formação para os leigos da Diocese de Toledo, especialmente atendendo o Movimento de Cursilhos de Cristandade, no período de 1972-1981.
Pe. Braz Tarcysio Pauli foi designado para preparar o ambiente do Seminário em 1982, visando acolher vocacionados. Isso incluiu um esforço para adequar quartos, salas, cozinha, lavanderia, entre outros espaços. Ele escreveu uma carta para a Alemanha, assinada pelo vigário-geral na época, Pe. Odilo Rockenbach (1929-2012), pedindo ajuda financeira para fazer a primeira pintura da casa, comprar móveis dos quartos e outros investimentos em salas de estudos e de jogos.
Pe. Braz: “Sempre pensamos que ficou um legado. Claro, foi o começo e os resultados foram acontecendo ao longo do período. Se não chegaram a ser padres, ao menos se prepararam bem para a vida e prestam um serviço muito bom nas comunidades. É sinal que não foi em vão aquilo que fizemos no passado. Acredito que o objetivo foi alcançado”.
Cura d’Ars. Rito de bênção às instalações, conduzido pelo terceiro bispo diocesano de Toledo, D. Lúcio Ignácio Baumgaertner, acompanhado por Pe. Hugo José Rhoden (1953-2017) e Pe. Braz Tarcysio Pauli.
8 reitores
7 diretores espirituais
+ de 100 colaboradores
+ de 530 seminaristas
Criatividade para atrair e manter os vocacionados no Seminário. Por meio de carta, Pe. Cido (em memória), tomou a iniciativa de escrever uma carta e enviá-la pelo Correio em busca da resposta da família que morava no sítio e tinha um garoto que estava prestes a ingressar no seminário. Era questão de meses para retornar a resposta. Esse era o desafio vencido com os recursos disponíveis para chegar a números, como por exemplo, no segundo decênio quando passaram pelo Seminário mais de 200 seminaristas. “Nas missas vocacionais, realizadas nas comunidades, eles se apresentavam com muito prazer como seminaristas da Diocese de Toledo. Isso me dava muita alegria”, afirmou Pe. Cido na sua última entrevista para o documentário do Seminário.
Início do ano: a chegada dos garotos. Eles chegam com os pais, vão até o quarto para desfazer a mala e começam arrumar suas roupas no seu novo lar. Cada um aparece com uma expressão, que pode ser de preocupação, receio, incerteza ou até mesmo insegurança por se soltar do “cordão umbilical” da família. O atual reitor, Pe. Marcelo, revela que o momento mais dolorido é ver os pais entrando no carro e retornando para casa, após os terem deixado no seminário. O mesmo expressa o atual assistente no Seminário, Lucas Barbosa. “Vendo aquela cena dos pais indo embora, aí eu pensei: ‘agora a coisa começou’”.
A proximidade com a família é fundamental.
Paróquias e a Pastoral Vocacional têm um vínculo muito próximo com o Seminário. Despertam com mais força os animadores vocacionais para encontrar os garotos nas paróquias. “É de admirar o trabalho realizado pelos primeiros reitores e perceber como conseguiram dar conta do recado”, comenta Pe. Marcelo.
Graças ao bom Deus, incontável número de leigos apoiam as iniciativas vocacionais e se oferecem na ajuda ao Seminário de modo muito intenso nas promoções e eventos.
“O que cada fiel pode fazer pelo seminário”? Segundo Pe. Marcelo Ribeiro da Silva, atual reitor, primeiro é ter o amor pela casa de formação, pois ela é a porta de entrada das vocações da Diocese de Toledo. Em segundo lugar, que o fiel saiba que já o faz. Todo dizimista colabora igualmente com os seminários diocesanos. “Mas outro ponto que acredito ser importante: para que o seminário continue tendo esse valor, que os fiéis deem a oportunidade da juventude conhecer esta casa. É assim que surgem as vocações. Em síntese: reze, saiba que você contribui sempre e ofereça oportunidade para que a juventude de hoje conheça o Seminário. Nós fazemos questão que o Seminário seja uma casa da juventude da Diocese, uma casa dos adolescentes, entre eles coroinhas e acólitos, e nós gostamos que venham. Na construção de visão de mundo de um adolescente que está tão fechado no bloco da sua família, escola ou até mesmo do seu celular (risos), se ele não recebe uma oportunidade de conhecer, como despertará essa vocação?”, conclui.
A Celebração Eucarística, por excelência, acontece no domingo. Não por uma questão de imposição ou organização institucional. O domingo, no Novo Testamento, é o Dia do Senhor. É impossível esgotar a temática proposta neste breve artigo, mas alguns elementos podem ser indicados.
O relato de Emaús (Lc 24,13-35) nos apresenta duas pessoas sem esperança, no primeiro dia da semana, deparando-se com o Ressuscitado e ganhando novo sentido. Tal experiência se concretiza na fração do pão, contudo, passa primeiro pela dimensão da reunião comunitária e pela explicação das Escrituras. A experiência do Cenáculo, segundo João 20,19-29, mostra os discípulos com medo, mas no encontro com o Ressuscitado, “aos oito dias”, no primeiro dia da semana, são fortalecidos pelos Espírito e enviados em missão. Componentes como a reunião da comunidade, a presença do Senhor, a fé dos discípulos, a paz conferida pelo Cristo, a recordação da Paixão e o dever da reconciliação estão presentes. Em Atos dos Apóstolos (20,7-12), vemos o testemunho da reunião da comunidade com Paulo para partir o pão, especificamente, no domingo. Na Carta aos Hebreus (10,2425), o autor exorta os fiéis à necessária
Na Celebração Eucarística, a participação dos fiéis nos mistérios da fé participação na reunião comunitário do domingo, como uma forma de comunhão e mútuo fortalecimento entre os irmãos e irmãs. E no Livro do Apocalipse, temos o domingo sendo chamado de Dia do Senhor pela primeira vez. Trata-se do dia em que João foi arrebatado pelo Espírito de Deus e teve a sua visão iluminada, pela qual pode ver a história da Igreja de maneira dinâmica e pascal. Por fim, nota-se que o domingo é o
dia fundamental da reunião dos cristãos, para a partilha da Palavra e da Eucaristia, alimentando-se do Espírito de Deus, ajudando-se mutuamente e se preparando para a vida, que é missão.
Leonardo Ribeiro de Souza Castro Colaborador na Paróquia São Francisco de Assis Assis Chateaubriand | PR
Seminaristas da Diocese de Toledo, da Arquidiocese de Cascavel e da Diocese de Foz do Iguaçu participaram de um retiro espiritual em comum. Ele foi realizado de 17 a 21 de fevereiro último. O evento reuniu 52 seminaristas das etapas do Discipulado (Filosofia) e Configuração (Teologia) que estão nos seminários diocesanos do Oeste do Estado.
O retiro espiritual foi realizado no Centro de Formação – Instituto São João Paulo II, em Toledo. Estes cinco dias fortes de espiritualidade e encontro
pessoal com Cristo foram assessorados pelo Jesuíta, Pe. Raniéri de Araújo Gonçalves. Através dos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola, os seminaris-
tas buscaram vivenciar e refletir a sua caminhada vocacional, buscando criar mais intimidade com o chamado e com Aquele que os chamou, o próprio Jesus.
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A chegada da data de ordenação diaconal do seminarista Leonardo Ribeiro de Souza Castro enche a Diocese de Toledo de alegria pelo fruto da vocação que está prestes a confirmar seu sim no primeiro grau do Sacramento da Ordem. Desde o ingresso no seminário à conclusão dos estudos de Filosofia e Teologia, Leonardo trilhou um caminho que lhe apresentou desafios, mas sobretudo a força para superá-los. Ele é uma resposta da Igreja que pede a Deus que não deixe seu povo desamparado. E assim, se prepara para a celebração com o rito de ordenação neste dia 18 de março, às 15h, na Igreja Menino Deus, em Toledo, para a qual todos estão convidados a unirem-se em oração e louvor ao Senhor.
Leonardo (27 anos), é filho dos comerciantes Benedito e Ângela. Ele tem um irmão, o Rafael (19 anos) que também realiza seu discernimento vocacional no
Seminário Maria Mãe da Igreja em Toledo. “Eu me isento dessa ‘culpa’ porque não motivei diretamente o Rafael, não falei nada (risos). Entendo que a caminhada deve ser dele. Mas é claro, o que orientei é que ele sempre participasse da comunidade”, comenta brevemente.
Natural de Assis Chateaubriand, com origem na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, Leonardo teve uma vivência muito próxima da comunidade de fé por conta
do testemunho de seus pais. “Eu fui criado no ambiente de Igreja. Eu era aquela criança que ficava passando no colo das pessoas durante os encontros, porque meus pais participavam desses momentos do Cursilho, ECC (Encontro de Casais com Cristo) e outras iniciativas. Mas chegou um momento que senti necessidade de assumir meu papel dentro da Igreja”, lembra com muito carinho daquela época.
Leonardo, vendo os pais com seus compromissos, desejava para si esse tipo de experiência e assim começou a participar de grupo de jovens onde fez amizades. Dedicado aos estudos, com 15 anos passou a pensar na vocação sacerdotal. “Eu pensava: onde vou me realizar? E isso me levou a conversar com o pároco e com o vigário da minha Paróquia”, diz. Eram Pe. Nelton Hemkemeier e Pe. Jauri Strieder. “Eu dizia a eles que quando participava de alguma atividade na paróquia me sentia muito bem. Depois, dizia: quando penso em profissões e futuro, me vejo sendo feliz, mas parece que nada faz arder o coração. Interessante que mesmo assim eu não tinha essa possibilidade de ser padre, para ver como a cultura vocacional é importante. Chegou o ponto em que parei para conversar comigo mesmo para entender o que mais me tocava e que talvez me inquietasse mais, e era justamente a vida ministerial. Comecei a dar mais atenção ao serviço que o padre presta à comunidade e tudo o que ele faz pelas pessoas. Isso começou a mexer mais comigo”, garante. Leonardo já havia sido aprovado em vestibulares para Arquitetura e Psicologia e, por pouco, para Engenharia Civil. “Foi nessas conversas que fui fazendo o discernimento vocacional. Após dois anos de caminhada, ingressei no Semi-
nário”, recorda.
Quando toda essa história chegou aos pais, houve uma surpresa. “Foi na época em que saiu a aprovação para Psicologia. Meu pai disse: ‘Então é o que você quer (...)’. Eu falei que sim, mas que tinha outra situação que estava me provocando, mexendo comigo e já havia algum tempo e era uma inquietação vocacional. Estávamos em volta da mesa, num fi m de semana. Ele perguntou se era uma profissão e eu respondi que não, mas um modo de vida. Eu disse a ele sentir que Deus está me chamando a ser padre. Ele fi-
cou surpreso e lembrou de todo o investimento nos estudos. Relutou um pouco no início, mas em seguida manifestou apoio. A mãe sempre receptiva”, lembra. E essa é uma situação que acontece em muitas famílias.
Hoje, compreendendo melhor a relevância do serviço vocacional e o devido acompanhamento, Leonardo compara
com o quantitativo quando ingressou no Seminário. Eles eram em 21 seminaristas, dos quais foram ordenados Pe. Anderson Sgarbossa, Pe. Jociel de Almeida, Pe. David Fiametti (em memória). “Destes 21, tivemos 17 que fizeram um processo de saída do Seminário. Mas a caminha é isso: um processo de discernimento, e sabemos que nem todos chegarão a esse momento”, pondera. Nesta linha de chegada da formação, mas que ao mesmo tempo dá início à sua missão, Leonardo busca no Evangelho de São João a inspiração do seu lema ministerial: “Para que todos tenham vida” (Jo 10,10b). Sem dúvida, um texto inspirador para uma vocação que, assim como as demais, deve gerar vida na comunidade de fé e na sociedade em geral.
Está marcado para o dia 4 deste mês de março, encontro diocesano voltado a agentes da Pastoral da Saúde. As atividades terão início às 8h, com café de boas-vindas, com programação tendo por local o Centro de Formação – Instituto São João Paulo II, em Toledo.
O evento está em consonância com a caminhada da Igreja no Paraná e atende a um pedido do Regional Sul 2. Na Diocese de Toledo, a proposta de articulação é que a Pastoral da Saúde atue conjuntamente com a Pastoral dos Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC).
Durante o encontro diocesano serão abordados temas como: Conceitos Pastoral, Saúde e Pastoral da Saúde, con-
templando sua missão, visão e valores. Pe. André Boffo Mendes, assessor desta Pastoral, falará sobre as dimensões de atuação, especialmente solidária, inspirada na presença de Jesus, o Bom Pastor, junto dos doentes.
A professora Célia Steim destacará as dimensões: Comunitária (Educação para a Saúde), pontuando as campanhas possíveis ao longo do ano; Política-Institucional (sociotransformadora) e a presença nos Conselhos Municipais de Direito.
Por fim, Pe. André e Célia ainda falarão sobre a formação da Equipe Diocesana e os responsáveis nos Decanatos para fazer parte da coordenação diocesana.
Embora seja uma tradição, muitos fiéis se perguntam: “O que posso fazer nessa Quaresma em preparação para a Páscoa”? Quais práticas poderiam ser adotadas nesse período para realizar a caminhada de conversão?
A Diocese de Toledo colocou à sua disposição um roteiro que visa contribuir com a sua caminhada quaresmal. São propostas bastante relevantes para vivenciar esse tempo propício que vai se configurando num itinerário de fé.
Nesse caminho, penitência e oração são essenciais para chegar à Semana Santa, sempre tendo examinando a consciência naquilo que ainda é necessário vencer entre pecados e vícios. Afinal, muitos pedem a graça e a misericórdia para viver a santidade e todos precisam passar pela conversão.
Nas preces, os fiéis rezam pedindo os dons da sabedoria na vivência deste tempo quaresmal; pedem conversão por meio da prática da caridade; rezam pelo despertar para ter o
coração aberto, acolhedor e disposto na prática do bem e da solidariedade.
O jejum e a esmola cabem na dimensão moral e ética da humana
relação com Deus. “Não existe uma relação que me aproxima de Deus que não se expanda ao próximo. É uma consequência de verdadeira fé”, disse Pe. Hélio Bamberg, pároco da Catedral ao confirmar que fé e caridade são os pontos de referência da Quaresma.
Neste tempo também se busca a conversão pela fraternidade. A Campanha da Fraternidade 2023 quer estimular gestos concretos de partilha e assim, com a Quaresma, encontram deparam-se com tem tantas formas de caridade. Por exemplo, a fraternidade na família. Pe. Hélio citou na sua homilia de Quarta-feira de Cinzas que a bondade, o amor, a dedicação, a doação, a educação cristã dos fi lhos são gestos de caridade na família. Na
sociedade: gestos de fraternidade com a justiça, o acolhimento a outra pessoa, a sensibilidade com o mais necessitado são formas de caridade. “Essa caridade não se esgota nesses 40 dias. Não se trata de em 40 dias fazer alguma coisa. É uma tentativa de conversão para uma vida cristã. O jejum e a esmola é uma prática com todo seu valor disciplinar, espiritual, ético. Contudo, se não levar à fraternidade, estamos perdendo tempo e não estamos nos conformando a Jesus compaixão, a Jesus misericórdia. O Tempo da Quaresma é oportuno para retomar uma vida de conversão que valha para todos os dias, todos os meses, todos os anos da nossa vida”, pontuou.
1. Partilhar do muito ou do pouco que tenho com aqueles que mais necessitam;
2. Jejuar em atitude solidária com aqueles que pela miséria são obrigados ao jejum;
3. Converter o resultado do meu jejum e da penitência quaresmal em favor de quem precisa (a oferta deverá ser entregue no Domingo de Ramos (2/04) nas celebrações da matriz ou capelas);
4. Questionar o meu próprio estilo de vida e de alimentação;
5. Abolir o desperdício de alimentos, estabelecendo práticas de reaproveitamento saudável;
6. Participar mais ativamente das discussões de políticas públicas, se possível, acompanhando os conselhos municipais de direitos (humanos, da criança e do adolescente, da juventude, da pessoa idosa, de saúde...);
7. Praticar o voluntariado;
8. Envolver-me nos trabalhos e nas ações que já existem na comunidade, como as pastorais sociais, a Cáritas, etc.;
9. Preparar uma refeição saudável e nutritiva no domingo de Páscoa e convidar uma família carente;
10. Tomar maior conhecimento e envolver-me nas iniciativas públicas (governamentais ou não) de combate à fome e à pobreza em meu município.
A Pastoral do Auxílio Fraterno repassou mais de 263 toneladas de alimentos a famílias em situação de vulnerabilidade ao longo do ano passado. O dado foi apresentado durante o lançamento da Campanha da Fraternidade 2023, com o tema “Fraternidade e Fome”, que tem por finalidade incentivar a reflexão deste assunto no contexto da Quaresma.
“A história dos cinco pães e dois peixes mostra o impossível na lógica do mundo, mas na lógica de Cristo surge o novo: a partilha. Papa Francisco nos diz que é necessário esclarecer a relação da Santa Missa com o compromisso social. Para que a missa aconteça na vida real, o que ela significa na fé, na celebração, é necessária a partilha concreta. Senão, corremos o risco de invalidar o próprio Sacramento”, destacou o vigário-geral da Diocese de Toledo, Pe. Hélio José Bamberg, ao receber os jornalistas no evento de lançamento da Campanha realizado na Cúria Diocesana no último dia 17 de fevereiro.
A estatística do Auxílio Fraterno, que está presente em 20 paróquias da Diocese, expressa a caridade dos fiéis católicos e pessoas de boa vontade que sentem o imperativo cristão “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16), o qual fundamenta o lema da Campanha da Fraternidade deste ano.
“Para entendermos a Campanha da Fraternidade é preciso entender a Quaresma, que é um convite de voltar-se para Deus: a conversão. Nesse período de 40 dias, a tradição milenar nos convida ao jejum, oração e esmola. A oração nos leva à intimidade com Deus. O jejum e a esmola nos dão o sentido comunitário e social do encontro com Deus. Não há uma verdadeira fé sem verdadeira caridade. Desta forma a CF nos traz uma proposta concreta do jejum e da esmola, ou seja, a comunhão com Deus implica na comunhão com o próximo. Não tem
como vivenciar a Quaresma sem a solidariedade”, salientou Pe. Hélio.
Somente em 2022, o Auxílio Fraterno atendeu cerca de 5 mil famílias em situação de vulnerabilidade, tais como a falta de alimento. Mas é importante perceber, conforme a base de dados do Governo Federal, em 19 cidades da região há mais de 8,5 mil famílias em situação de extrema pobreza. Além de alimentos, o serviço da Igreja a essas pessoas chega na forma de acolhimento, escuta, entrega de roupas, formação por meio de cursos e demais encaminhamentos que vão desde à saúde e educação aos Sacramentos. “A Quaresma não se esgota na Campanha da Fraternidade, pois nos aponta a fé. E a CF não se reduz ao Tempo da Quaresma, pois a caridade é no dia a dia, todos os dias da vida. ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’ é o imperativo da ordem de Cristo para toda a vida dos cristãos. Significa mudar a lógica do pensamento mundano do acúmulo e do egoísmo para a lógica da partilha e da fraternidade”, acrescenta Pe. Hélio.
Por sua vez, o coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, Pe. André Boffo Mendes, divulgou que mais de 8 mil pessoas estão no Cadastro Único
para programas sociais do Governo Federal nos 19 municípios da região diocesana, muitas delas em situação de insegurança alimentar e nutricional. “Quando falamos em fome, o conceito de fome e carência de alimentos precisa ser alargado: especialmente em nossa região que é tão produtiva e ostenta números tão expressivos na produção agropecuária, até podemos no senso comum imaginar que na nossa região não temos problema com a fome. Mas quando vamos refletir a fome na sua essência, purificando um pouco nossos conceitos, percebemos que essa realidade é de todos nós. Talvez não próxima à nossa casa, mas em solidariedade como cristãos, é uma realidade estendida a todos nós. A reflexão sobre a insegurança alimentar, que tem diferença em relação ao conceito de fome, abre um leque vasto”, afirmou.
A apresentação da proposta Quaresmal e da Campanha da Fraternidade foi acompanhada pela coordenadora diocesana do Auxílio Fraterno, Maria Inês Borges Mânica, e pelas integrantes da Cáritas Diocesana e da articulação da CF 2023 na Diocese, Marinês Bettega e Jéssica Gomes.
PASTORAL DO AUXÍLIO FRATERNO - CATEDRAL
O Auxílio Fraterno (AF) em nossa Paróquia vem admiravelmente crescendo. Como gesto concreto, objetiva o resgate da dignidade pessoal e comunitária de muitas famílias que passam por situação de vulnerabilidade social. Abrindo suas portas para atendimento, de segunda a quinta-feira, a quem quer que seja. Com a ampla ajuda do nosso pároco, Pe. Hélio Bamberg, que também é assessor diocesano da Pastoral do Auxílio Fraterno, foi possível esta organização que, cada vez mais, vem se desenvolvendo e se organizando com paciência e sucesso.
Tudo se tornou possível, através de uma equipe em torno de 15 voluntários juntamente com o Pároco, que
expressam seu amor/serviço, em prol dos mais necessitados. Olhando para o próximo com compaixão, como já dizia São Paulo, em sua carta aos fiéis de Tessalônica (4,9): “...a respeito da caridade fraterna, não temos necessidade de vos escrever, porquanto vós mesmos aprendestes de Deus a vos amar uns aos outros...”. Essa conexão com Deus fez desta Pastoral um exemplo admirável.
Esse trabalho consiste na doação de roupas, alimentos e outros itens. Mensalmente, são entregues em torno de 80 cestas básicas para as famílias cadastradas e, entre elas, 37 são destinadas para nossos irmãos imigrantes. Cestas e roupas também são destinadas à Paróquia São Pedro e São Paulo, Paróquia Santa Rita de Cássia, bem como à Fazenda da Esperança. Como se sabe, não somente na Paróquia Cristo Rei (Catedral), essas doações ocorrem, mas, igualmente à Casa de Maria que, por sua vez, tem
outras tantas famílias cadastradas e assistidas.
Através dos encontros decanais do AF, houve muitas ideias que foram compartilhadas e agora, aplicadas em nossa comunidade. É o caso do curso de corte e costura profissionalizante em que muitas mães aprenderam confeccionar e ajustar diversas peças de roupas através das máquinas de costura, que haviam sido doadas para estes fins. Enfim, temos nos empenhado também aos moradores de
rua, fornecendo banheiros, com banhos diários, posto que nos procuram por muitos motivos. Alguns, além de assistidos, também são encaminhados para tratamento dentário. Em caso de extrema necessidade recebem coletes e cadeiras de rodas e outros.
Assim sendo, temos esperança que o AF possa atingir ainda mais famílias da nossa Paróquia. Estamos envolvendo esses nossos irmãos na Liturgia e pretendemos formar um coral para que possam se sentir acolhidos e amados na Igreja, conforme o apelo do Papa Francisco, em sua encíclica Fratelli Tutti (sobre a fraternidade e a amizade social), sempre tem batido nessa tecla da “fraternidade” como resposta aos problemas do mundo, ou seja, o clamor da multidão dos dias atuais necessita de uma Igreja em saída.
Atenção pais e mães que queiram permitir que suas filhas conheçam uma casa de formação religiosa feminina. A Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família tem um convite destinado à adolescente ou jovem que deseja conhecer um caminho vocacional. No dia 19 deste mês de março, as portas da casa de formação estarão abertas para recebê-las ao encontro vocacional que tem como tema “A graça de ser chamado por Deus”.
A programação terá início às 8h e seguirá com muitas atividades de oração e descontração até 16h. O Noviciado São José, à
Rua Santa Rosa, 860 – Vila Industrial, em Toledo, é o local deste encontro. Interessadas podem fazer contato com a Ir. Sueli, pelo telefone (46) 9-9979-2867. Este encontro segue a proposta do Noviciado São José que já reuniu adolescentes de paroquias pertencentes a Diocese de Toledo no último dia 11 de fevereiro. O primeiro encontro vocacional do ano abordou o tema “Criando o meu projeto de vida”. Foi um lindo momento de partilha de vida, oração, fraternidade e reflexão. A programação foi concluída com uma visita à Gruta de Nossa Senhora de Lourdes.
A Pastoral da Juventude partilha com os leitores da Revista Cristo Rei o encontro diocesano realizado em fevereiro, que reuniu representantes dos grupos de base da PJ da Diocese de Toledo. Encontro teve como base o tema da Campanha da Fraternidade – “Fraternidade e Fome”, abordado pelos assessores diocesanos Cleyton Silva, Thiago Menezes, Jennifer Teixeira, Marinês Bettega e Thaís Coelho.
Eles trabalharam atividades para conscientização e para desenvolvimento do senso crítico dos participantes perante o assunto, sendo utilizada
a metodologia da “ver, julgar e agir”. Conforme a metodologia, no “ver” foram analisadas as diferentes realidades do Brasil na questão da fome. No “julgar”, os assessores realizaram a provocação aos participantes para debater o tema, levantar propósitos que possam ajudar na sua comunidade. E no “agir”, todos foram chamados a sair de suas “tendas” para levar o assunto aos seus grupos e agir para que esse tema se torne menos frequente na sociedade.
Reflexão no grupo sobre o tema da Campanha da Fraternidade Preparação de atividades durante o evento Jovens participam de dinâmicas no encontro Jovens atenderam ao chamado e debateram o tema da fome em evento diocesanoOs encontros de Catequese, na sua ampla maioria, começam neste mês de março e os ambientes nas comunidades paroquias ou de capelas passam a ser tomados pela vitalidade deste público. O material utilizado para os encontros é a tradicional coleção “Crescer em Comunhão”, da Editora Vozes.
Em vista da importância deste material, será realizada uma live
diocesana com a coordenadora estadual da Catequese, Débora Pupo. Evento imperdível que pode ser acompanhado pelo catequista a partir de onde estiver. O convite é da coordenação diocesana da Animação Bíblico-catequética, da Diocese de Toledo.
“Além de ser atual coordenado-
ra da Catequese no Regional Sul 2 (Igreja no Paraná), Débora também é mentora dos subsídios Crescer em Comunhão, os quais estão presentes na educação da fé de nossos catequizandos (crianças, adolescentes e jovens)”, salienta o coordenador diocesano da Animação Bíblico-catequética, Fernando da Rocha. Segundo ele, a live é para os catequistas, catequizandos, familiares, lideranças, padres, religiosos. “Trata-se de uma importante conversa sobre o material que é um dos instrumentos na ação educativa na Catequese”, completa.
A transmissão desta live será no dia 7 deste mês de março, às 20h.
Cursilhistas da Diocese de Toledo participaram da 40ª Assembleia Regional do Grupo Executivo Regional (GER Sul2-PR1) do Movimento de Cursilhos de Cristandade. A assembleia foi realizada de 10 a 12 de fevereiro, em Cascavel.
O tema que envolveu os participantes foi “Sinodalidade na missão do MCC”, com o lema “Preservar a unidade de Espírito” (Ef 4,3) e “Praticar a verdade em Amor” (Ef 4,15). A dimensão trabalhada no evento foi “Martírio: testemunho de fé, resposta e missão”.
Inspirados na Assembleia do GER e nas diretrizes do Movimento, também o Grupo Executivo Diocesano (GED) do Movimento de Cursilhos de Cristandade na Diocese de Toledo, realizou a sua assembleia no último dia 25 de fevereiro. Na próxima edição da Revista Cristo Rei, teremos um detalhamento de toda a Assembleia do GED.
O primeiro encontro diocesano da Animação Bíblico-catequética com coordenações decanais e paroquiais marcou o alinhamento das orientações visando as atividades programadas para este ano de 2023. Além das mais recentes atualizações no cronograma proposto, os coordenadores participaram da partilha sobre as atividades propostas para o Ano Vocacional e para a Campanha da Fraternidade. Pe. Juarez Pereira de Oliveira e Jennifer Teixeira, respectivamente, fizeram a devida abordagem a estes assuntos que se entrelaçam na caminhada catequética, tendo em vista que farão parte dos encontros com crianças, adolescentes, jovens e adultos como motivação a algumas iniciativas possíveis.
Na atualização do cronograma diocesano da Animação Bíblico-catequética, houve uma alteração nos encontros formativos do Grupo de Reflexão Catequética (Grecat). A terceira etapa programada para o dia 19 de agosto está cancelada, com reagendamento a ser feito, em razão da programação para aquela data com a celebração de ordenação presbiteral
daquele que será ordenado diácono, Leonardo Ribeiro de Souza Castro. A proposta do Grecat é a formação continuada tendo como conteúdo o Evangelho de São Lucas. O primeiro encontro do ano será no dia 15 de abril, sendo presencial nos Decanatos.
Já a Escola Catequética Companheiros de Emaús tem seu primeiro encontro de 2023 programado para o período de 24 a 26 deste mês de março. Trata-se da 9ª etapa desta 13ª turma de cursistas. O tema da etapa será “Catequese junto às pessoas com deficiência”.
Antecipando este momento, está programada uma live com o tema “A Catequese no desenvolvimento das capacidades das pessoas com deficiência”. Ela será no dia 18 deste mês de março e é voltada a todos os catequistas. Acesse o canal “Diocese de Toledo” no Youtube e acompanhe.
Recentemente, no final de fevereiro (25 e 26), a coordenação diocesana da Animação Bíblico-catequética participou de um encontro formativo em Curitiba que abordou o “Ministério de Catequista – estudo e esclarecimento sobre o itinerário formativo”. As novidades sobre esse assunto serão apresentadas nas próximas edições da Revista Cristo Rei.
Imagine um grupo de catequistas que retornou ainda mais motivado para a missão após ter participado do encontro Catequistas Brasil? Esse é o grupo de catequistas da Paróquia São Vicente Palotti, de Palotina, que viveu uma experiência incrível no encontro com a participação de 2 mil catequistas, realizado no Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho de Almeida, junto ao Santuário de Aparecida (SP). Foram três dias de inspiração, motivação e conhecimento.
A ideia da participação do Congresso do Catequistas Brasil surgiu num encontro de catequistas na Paróquia São Vicente Pallotti, a partir da motivação feita pelas catequistas Vera e Leonida. “Entusiasmadas em conhecer e participar deste evento, estendemos o convite a todos os catequistas. Devido ao custo elevado da participação do encontro, como o transporte e a estadia, muitos não puderam participar. Contamos com a generosa colaboração do nosso pároco, Pe. Manuel de Pierre Primo, juntamente com o conselho de economia paroquial no transporte para esse evento”, contam. Assim, embarcaram rumo ao encontro 11 catequistas que representaram a paróquia e tiveram a oportunidade de conhecer e trocar experiencias com catequistas do Brasil intei-
ro. Palestras motivadoras e inovadoras, dinâmicas, estudo de documentos essenciais da Igreja, espiritualidade do catequista, integração da Catequese e família, missão vocacional do catequista, coordenação da Catequese, foram temas incluídos na programação. O cronograma contemplava mais de 60 palestras e uma feira expôs diversos livros para o aprofundamento dos temas apresentados. “Ficamos maravilhados em participar de um evento como este, com palestrantes de alto conhecimento dos documentos da Igreja e propagadores através de seus livros, compartilhando projetos e experiências que deram certo em suas comunidades”, contam.
Nos três dias do evento, houve espaço para uma abordagem sobre a integração da criança dentro da Igreja, com uma Liturgia descomplicada e acessível,
fazendo com que ela compreenda o Mistério da Eucaristia. Certamente, voltaram corações ardentes na missão ainda mais motivados pelas experiências que agora são lapidadas para a realidade local.
A Comunidade Nossa Senhora da Esperança (CNSE) é um movimento de apoio espiritual e religioso para viúvas, viúvos e pessoas sós. Baseou-se na experiência do Pe. Caffarel que, ao longo da 2ª Guerra Mundial, atendeu um pedido das jovens viúvas francesas (das Equipes de Nossa Senhora), cujos maridos haviam falecido em campos de batalha, iniciando com elas um trabalho de apoio no campo espiritual. Foi trazido e organizado no Brasil, por dona Nancy Moncau, e em fevereiro completou 20 anos. Hoje espalha-se por muitos estados brasileiros constituindo dezenas de grupos que buscam na CNSE viver a espiritualidade em pequenas comunidades de vida, de fé e amor.
A proposta básica desse movimento é oferecer apoio espiritual e religioso às viúvas e viúvos em geral e também às pessoas sós, ou seja, solteiras(os), acima de 40 anos; separadas(os) que continuam sós.
Em Toledo o movimento iniciou em 27 de abril de 2006. Conta com orientação gerais e material próprio além da retaguarda de casais e viúvas ligadas às Equipes de Nossa Senhora, de quem esse novo movimento é “filhote”.
Seu funcionamento é extremamente simples. Basta se agrupar em oito ou dez pessoas, que morem de preferência no mesmo bairro ou paróquia, com o acompanhamento de um sacerdote ou uma religiosa e, na falta desses, um diácono, ou seminarista, já cursando Teologia. Nesses grupos com objetivos claros e bem definidos, buscar-se-á uma convivência amiga e fraterna, de tal maneira que seja instrumento de superação das dificuldades próprias de quem vive esse estado de vida.
Nos planos espiritual e religioso a preocupação primeira é louvar e
servir a Deus, buscando com insistência novos caminhos que levem a Cristo, nosso redentor e salvador. Ao mesmo tempo, sob o olhar materno de Nossa Senhora da Esperança procurar-se-á renovar a confiança de uma vida digna, alegre e feliz. As reuniões são mensais e ocorrem nas casas dos participantes.
“Deus não quer que estejamos sós” e esse movimento nos convida a fazer uma ligação cada vez maior com Deus e com essas pessoas que
também vivem a experiência da viuvez e da solidão. Convidamos você a fazer essa experiência conosco, pois as CNSE oferecem um convívio harmônico e fraternal nesses grupos, que são verdadeiras comunidades de fé, amizade, oração e também de lazer.
Coordenadores de pastorais, também as viúvas, (os) e pessoas sós que quiserem outras informações, basta entrar em contato com a Coordenação Regional ou local, com Clenar Viezzer Formighieri (45) 99919-0056 e Maria Dilonê Pizzato (45) 99944-9911.
Na conclusão da Quaresma, os fiéis celebrarão a Páscoa, e o Tríduo Pascal é essa direção para a qual caminham os católicos. Como uma forma de contribuir para que as comunidades estejam mais preparadas para celebrar este tempo tão importante para a Igreja, que é o Tempo Pascal, a Pastoral Litúrgica da Diocese de Toledo reuniu coordenadores paroquiais e Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC) em torno do tema “A Mistagogia do Tríduo Pascal”. O tema foi abordado pelo mestre em Teologia, Arnaldo Temochko, que também é especialista em Música Ritual e pós-graduando em Liturgia, da Arquidiocese de Curitiba. Arnaldo tem contribuído na assessoria de muitos encontros da Pastoral Litúrgica e nesta edição da Revista Cristo Rei, apresenta sua reflexão acerca do tema proposto no encontro diocesano.
Revista Cristo Rei – É para o Tríduo Pascal que os católicos se direcionam nesta Quaresma. Qual é a tônica na compreensão desse momento?
Arnaldo – O Tríduo Pascal é o coração do Ano Litúrgico e está no coração da nossa fé. Por isso que vem esse tempo de preparação com a Quaresma e depois um tempo de prolongamento que é o Tempo Pascal. A Quaresma, o Tríduo e o Tempo Pascal formam o que chamamos de Ciclo da Páscoa. Por isso, a mistago-
Pe. Sérgio fez a acolhida aos participantes e direcionou a programação gia faz com que tenhamos condições de mergulhar nessas celebrações. E aliás, a mistagogia é isso: é pela celebração que entramos no mistério que celebramos. No coração da oração Eucaristia temos a narrativa da Última Ceia. Quando no final o padre diz “mistério da fé”, a Assembleia responde uma Confissão de Fé: “Anunciamos a tua Morte e proclamamos a tua ressurreição. Vinde Senhor, Jesus (até que Ele volte)”. Esse é o mistério central da nossa fé. Tudo na nossa fé é conduz para celebração desse mistério; todos os Sacramentos, todos os sacramentais e a Eucaristia que é o memorial supremo desse mistério.
RCR – A própria espiritualidade dá esse direcionamento. Alguns elementos favorecem essa cami-
nhada. O que considera importante?
Arnaldo – Os elementos dessas celebrações são diversos. Mas poderíamos falar da escuta da Palavra que é um elemento central em todas as celebrações litúrgicas da Igreja, mas sobretudo nessas celebrações do Tríduo Pascal. As leituras da Quinta-feira Santa, por exemplo, narram a primeira Páscoa, o lava pés – que no Evangelho de João também é um sinal da própria Eucaristia. A ação litúrgica da Sexta-feira Santa é uma celebração da Palavra, porque não celebramos a Eucaristia, mas nos reunimos nesta ocasião basicamente para ouvir o Evangelho da Paixão e para adorar a cruz. Esses são os elementos centrais desta celebração. E depois, na Vigília Pascal, temos oito leituras que narram a história da Salvação e que nos levam à narrativa da Ressurreição. No fundo, eu digo que tem um fio de ouro que costura toda a Bíblia que é a ressurreição de Jesus no domingo.
RCR – Por isso compreender essa conexão dos profetas à ressurreição, do Antigo com o Novo Testamento?
Arnaldo – A Liturgia da Igreja que
consegue fazer essa conexão. Em cada celebração litúrgica escutamos a primeira leitura do Antigo Testamento, que é favorecida pela meditação do Salmo Responsorial, e sobretudo ela vai ter uma conexão com o Evangelho. Podemos dizer que a primeira leitura é uma sombra daquilo que no Evangelho vai ser revelar plenamente em Jesus Cristo. A meditação da Palavra de Deus na Liturgia é o lugar privilegiado para compreendermos melhor a Sagrada Escritura. Por que digo isso? Porque, às vezes, encontramos, inclusive dentro da nossa Igreja, algumas reflexões da Palavra que vão muito numa linha, digamos, “racionalista”. É importante lembrar que a Sagrada Escritura não é um livro de Geografia ou um livro de Biologia; ela é um livro da nossa fé, pois guarda os tesouros da nossa fé. Precisamos saber nos aproximar da Sagrada Escritura e na celebração litúrgica da Igreja é o lugar onde aprendemos a ler a Bíblia de forma orante.
RCR – Na Assembleia Diocesana de 2022, foi indicado que é preciso levar os fiéis a compreender melhor os ritos e, dentre eles, a escuta da Palavra. Mas muitos pediam que os ritos fossem explicados durante a celebração. Qual a relevância disso?
Arnaldo – Isso passa pela formação litúrgica do povo de Deus. O Papa Francisco escre-
veu a Carta Apostólica Desiderio desideravi sobre a formação litúrgica. É justamente sobre isso que a Carta menciona: para que os fiéis tenham condições de participar das celebrações. Depois da reforma litúrgica do Concílio, a Igreja, como mãe, procura resgatar essa dimensão da participação ativa consciente, frutuosa, interna e externa. São Bento falava em unir a mente o que pronunciamos com a boca. Temos que sair do “piloto automático” e só vamos alcançar isso através da própria Liturgia. Não adianta, por exemplo, encher a missa de comentários ou explicações de cunho racionalista. Acabamos nos iludindo ao imaginar que isso levará a uma participação melhor, ao contrário, vai deturpar o que é a missa. Sabemos que a missa não é uma aula, mas uma celebração. Papa Bento XVI dizia que a melhor catequese sobre a missa é uma missa bem celebrada. E uma missa bem celebrada é celebrarmos os ritos da Igreja. A Liturgia é uma ação de Cristo e o povo cristão só pode celebrá-la
na medida em que está unido a Cristo. Os ritos que temos nas celebrações são uma porta de entrada para o Mistério Pascal. Por isso que não podemos introduzir na Liturgia algo que acho bonito ou um canto porque eu gosto. A Liturgia é a fé da Igreja em ato. Por isso cuidamos dos ritos.
Entre os dias 10 e 12 de fevereiro, foi realizada no Seminário Maria Mãe da Igreja, em Toledo, a Assembleia Geral do Movimento Eclesial Renovação Carismática Católica do Estado do Paraná (RCC Paraná). A Assembleia iniciou com Adoração ao Santíssimo Sacramento. A programação seguiu com um dia formativo para os novos presidentes dos conselhos arqui/diocesanos da RCC para este biênio 2023/2024.
Entre os temas formativos, foram tratados assuntos sobre o ministério do coordenador arqui/diocesano, tesouraria, aspectos legais de uma associação, secretariado, escritório de contabilidade, ministerialidade orgânica, entre outros.
Na Celebração Eucarística, presidida pelo Pe. Humberto Lisboa Nonata Gema, coordenador do Ministério Cristo Sacerdote da RCC Paraná, da Arquidiocese de Londrina, em sua homilia ele percorreu a reflexão sobre o servo que se prostra diante do Senhor. As atividades da sexta-feira encerraram-se com o atendimento dos coordenadores arqui/ diocesanos pelo Ministério de Oração por Cura e Libertação e a reunião dos coordenadores de ministérios e serviços com o presidente da RCC Paraná, Miguel Machinski Junior.
No dia seguinte, a Santa Missa foi presidida pelo Pe. Juarez Pereira de
Oliveira, reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja e assessor eclesiástico da RCC na Diocese de Toledo. A Assembleia Ordinária seguiu com a pauta que contemplou a homologação das novas coordenações do Ministério para Crianças e Adolescentes, Edlene Banachi da RCC Cornélio Procópio, e Ministério Universidades Renovadas, com Emanuele Vitória Ribas Bressan, da RCC Cascavel. O evento contou ainda com pregação e oração sobre unidade e pastoreio.
Entre os temas, a ênfase se deu nas questões estatutárias para os presidentes dos conselhos diocesanos e ministerialidade orgânica, um trabalho conjunto na caminhada da Igreja.
Entre os assuntos pautados também se destacaram o repasse da Reunião do Conselho Nacional da RCC (realizada de 21 a 25 de janeiro em Aparecida, São Paulo) e a apresentação dos projetos para o ano de 2023 feita pelos coordenadores de ministérios. Também foram tratadas as questões da 20ª edição da Missão Jesus no Litoral e do Congresso Estadual da RCC Paraná que acontecerá no Centro de Eventos em Londrina, de 8 a 10 de setembro. A Noite Carismática, deste segundo dia de assembleia, prestou homenagem ao Monsenhor Jonas Abib, fundador da Comunidade Canção Nova que faleceu em dezembro do ano passado.
No domingo, Pe. Juarez Pereira de Oliveira presidiu a Eucaristia e, na sequência foi realizada uma pregação sobre a palavra norteadora para o ano de 2023: “Desperta tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará” (Ef 5,14b). Entre momentos de partilha, oração e direcionamentos, foi discutido e aprovado o estatuto da RCC para as arqui/ dioceses e os demais ministérios apresentaram seus projetos. A Assembleia Geral encerrou com a certeza de que os participantes retornaram mais motivados com à ação de levantar e se colocar em marcha, avante!
De acordo com o dicionário Aurélio, Missão tem o significado de “propósito, uma função específica que se confere a alguém para fazer algo, um compromisso”. Para nós cristãos, missão significa propagar o Evangelho de Jesus Cristo a todas as criaturas.
O serviço, a missão, a evangelização brotam no seio da família enquanto propósito de divulgar a fé, de pregar e anunciar a Boa Nova por meio da Palavra do Senhor.
Para D. Ricardo Hoepers, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, “viver a missionariedade é ter a consciência do chamado de Deus para nossa família e nos colocar sempre à disposição da missão que nos for confiada”.
Primordialmente, uma das primeiras missões da família é ser igreja doméstica, é ser fortaleza, segurança e alicerce frente aos desafios e aos antivalores cristãos que assolam a sociedade de forma avassaladora atualmente. Ser escola dos valores cristãos, é uma tarefa, por vezes, muito difícil, pois as evoluções tecnológicas disputam os mecanismos que as famílias utilizam para que os valores se mantenham ativos e permanentes.
À
João Paulo II, afirma que a “família que reza unida, permanece unida”, ou seja, a oração é um viés, um elo valioso que sustenta as famílias proporcionando-as enfrentar os revezes impostos pela vida (Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, nº 41).
Portanto, duas maneiras para que as famílias permaneçam unidas são uma boa educação para os filhos e sua vida em oração. Conforme a mesma Carta Apostólica, rezar o terço é uma maneira de invocar de Deus o dom da paz, pois é Ele que pode agir em nós para que sejamos instrumentos de paz nos nossos lares (cf. nº 6). Essa paz começa com todos nós que esta-
“Duas maneiras para que as famílias permaneçam unidas são uma boa educação para os filhos e sua vida em oração. Conforme a Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, rezar o terço é uma maneira de invocar de Deus o dom da paz, pois é Ele que pode agir em nós para que sejamos instrumentos de paz nos nossos lares (cf. nº 6)”.
mos lendo esse texto. Somos agentes da paz. Permitamos que Jesus adentre em nosso coração e assim faça morada em nosso lar.
Neste ano de 2023, a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) lançou o subsídio Hora da Família que objetiva refletir sobre a temática “Família, casa da missão”. Este apresenta reflexões que promoverão o aprofundamento da dimensão missionária da fé e servirão de amparo às famílias que buscam compreender minuciosamente sobre a missão familiar. O subsídio de 2023 é o quarto publicado no formato de encontros mensais, pensado para auxiliar famílias, grupos
da Pastoral Familiar e de Movimentos Eclesiais de todo o País.
Diante desta ênfase para o ano na Pastoral Familiar, que é voltada para o pilar da Missionariedade (cf. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil), o subsídio Hora da Família apresenta alguns temas para juntos refletirmos sobre: Famílias missionárias; Jesus Cristo missionário do Pai; De Cristo evangelizador a uma Igreja Missionária; O Espírito Santo protagonista da missão; Os caminhos da missão e a família; Todo cristão é missionário; Idosos e enfermos missionários; Família e espiritualidade missionário; Família, casa da missão.
A exemplo da Sagrada família de Nazaré, Jesus, Maria e José, que nossas famílias sejam “igreja doméstica”, fortalecidas na fé e no exemplo de serem imagem e semelhança de Deus, evangelizando e sendo “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14).
Joari Vieira da Silva e Sueli Correia de B. Silva
Casal coordenador diocesano da Pastoral Familiar
Este ano comemoramos dez anos do Pontificado do Papa Francisco. Neste texto celebrativo iremos conferir que suas intuições a respeito da Economia não “vieram do nada”, mas são fruto de uma longa caminhada existencial, fruto de sua biografia, e de sua sensibilidade para escutar as realidades vigentes que esmolam: cuidado, acolhida, discernimento e misericórdia.
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires no dia 17 de dezembro de 1936 no bairro das Flores. Seus pais eram de origem ítalo-portenha, filhos de imigrantes italianos que chegaram à Argentina no final da década de 20. Seu pai, Mario Bergoglio trabalhava na ferroviária como contabilista e sua mãe, Regina Maria Sivori cuidava da casa dando uma atenção especial à educação dos filhos, que por sinal eram cinco: Jorge Mario Bergoglio (o mais velho) Oscar Adrián, Marta Regina, Alberto Horacio e Maria Elena. Aos 21 anos de idade ingressou no Seminário Diocesano de Buenos Aires em Villa Devoto. Neste mesmo ano (1957) teve uma enfermidade muito forte (pneumonia) o que acarretou a retirada parcial de seu pulmão direito. No ano seguinte (1958) decidiu entrar na Companhia de Jesus, isso porque dentro de si sempre buscava “algo mais (...), mas não sabia o quê”1 e foi então, que nos jesuítas três aspectos o chamaram atenção, tanto que carrega consigo até hoje: ‘o espírito missionário, a comunidade e a disciplina’. Estes aspectos podem ser observados nas ações e nas palavras de Bergoglio até hoje como bispo de Roma.
Nesta brevíssima biografia, vale a pena destacar que sobre a sua própria identidade, o Bispo de Roma afirmou serenamente após um breve instante de silêncio: “Eu sou um pecador. Esta é a melhor definição. E não é um modo de dizer, um gênero literário. Sou um pecador”. O Pontífi ce ainda complementa: “Sou um pecador para quem o Senhor olhou. O meu brasão episcopal, Miserando atque eligendo (Eleito pela Misericórdia), senti-a sempre como muito verdadeira em mim” (Francisco, L´Osservatore Romano, 2013).
No dia 20 de maio de 1992, o Papa São João Paulo II nomeou-o bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires. D. Jorge Mario Bergoglio foi nomeado vigário episcopal na região de sua terra natal (Flores) e logo em seguida (21 de dezembro de 1993) tornou-se vigário-geral da Arquidiocese de Buenos Aires. Após quatro anos virou arcebispo coadjutor na mesma Arquidiocese, assumindo-a em 28 de fevereiro de 1998, e no dia 21 de fevereiro de 2001, o Papa o fez cardeal, nesta ocasião D.
Bergoglio pediu “aos fiéis não irem a Roma festejar a púrpura, mas destinar aos pobres o dinheiro da viagem”.
Na biografia oficial de Francisco no site do Vaticano, diz que ele foi um “pastor simples e muito amado na sua diocese”, que a conheceu nos mínimos detalhes “viajando também de metrô e carro, durante quinze anos de seu ministério episcopal”2 . No exercício do ministério episcopal recomendou muitas vezes aos padres argentinos “misericórdia (sempre), coragem apostólica e portas abertas a todos”. A simplicidade é uma característica muito peculiar em Jorge Mario Bergoglio, ele mesmo dizia muitas vezes “o meu povo é pobre e eu sou um deles”; assim, justificava sua escolha de morar em um pequeno apartamento e preparar sua própria comida na capital da Argentina.
Há 10 anos atrás, no dia 13 de março de 2013, um dia após o início do Conclave, ele foi eleito para ocupar a cátedra de São Pedro. Jorge Mario Bergoglio (77 anos de Idade), portanto, é o 266º Papa da Igreja Católica Latina e escolheu para si o nome de Franciscus (Francisco). Ele foi o primeiro Papa: da América Latina (Argentina), Jesuíta e a utilizar o nome Francisco.
O papa justificou a escolha do nome Francisco como inspiração para seu pontificado, quando após as votações caírem sobre ele o seu amigo, cardeal franciscano brasileiro D. Claudio Hummes (em memória), disse: “Não se esqueça dos pobres”, Bergoglio então pensou estamos vivendo tempos de guerras, e Francisco é um homem da
Paz; pobres, como precisamos de uma Igreja Pobre e para os pobres; por fim, Francisco é um homem que cuidou da Criação, vivemos tempos de devastação e destruição. Assim, o nome do Pobrezinho de Assis, pela primeira vez na história da Igreja Católica inspirou um bispo de Roma.
Olhando pelo retrovisor da história, cheios de gratidão ao caminho percorrido, o Pontificado do Papa Francisco foi marcado por reformas profundas e iniciativas revolucionárias que proporcionaram um frescor novo para a vivência do Evangelho na atualidade. Para envolver os cristãos todos num novo impulso missionário buscou a proximidade, o diálogo, o encontro, alegria, acolhimento, acompanhamento, integração, escuta caritativa por meio de assembleias, sínodos, participação e comunhão. Sobriedade, frugalidade, austeridade e solidariedade são palavras que expressam o “programa misericordioso de governo” escrito pelo Pontífice na Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho). Como um guia programático, neste documento estão as sementes que hoje começamos a colher enquanto brotos de uma nova evangelização. A conversão missionária da Igreja em saída, samaritana, conversão pastoral e reforma das estruturas, como por exemplo, a revisão geral da Cúria Romana, através da criação do Conselho de Cardeais, a participação de seis mulheres no Conselho Econômico (duas britânicas, duas espanholas e duas alemãs), também a presença de mulheres no alto escalão da Igreja Católica, lugar sempre ocupados por homens, uma como vice-ministra das relações internacionais, outra como diretora dos museus vaticanos, vice-diretora as Sala de Imprensa da Santa Sé, Ir. Raffaella Petrini, vice-governadora da Cidade do Vaticano, e Nathalie Becquart que será subsecretária do próximo Sínodo, com direito a voto.
As mudanças intra eclesiais foram e estão sendo muitas e fortíssimas,
desde o “pente fino” contra toda e qualquer possibilidade de corrupção no Banco do Vaticano (Instituto de Obras de Religião – IOR), aumento do controle financeiro até as mudanças de estatuto do IOR e dos colaboradores, incluindo cardeais (Cf. Intra : Considerações para um discernimento ético sobre alguns aspectos do atual sistema econômico-financeiro, 2018).
“Há dez anos, portanto, o Papa Francisco vem provocando os cristãos e as pessoas de boa vontade a cuidarem da casa comum, viverem uma cultura do encontro, diálogo, da Paz e não se deixarem guiar pela Cultura do Descartável, fruto da globalização da indiferença, que gera uma economia da exclusão, que mata e destrói a criação de Deus. Desde seus posicionamentos, gestos, escritos, discursos e até convocações de sínodos, cada passo é pleno de sentido para uma conversão do nosso estilo de vida, e para mudanças estruturais”.
Há dez anos, portanto, o Papa Francisco vem provocando os cristãos e as pessoas de boa vontade a cuidarem da casa comum, viverem uma cultura do encontro, diálogo, da Paz e não se deixarem guiar pela Cultura do Descartável, fruto da globalização da indiferença, que gera uma economia da exclusão, que mata e destrói a criação de Deus. Desde seus posicionamentos, gestos, escritos, discursos e até convocações de sínodos, cada passo é pleno de sentido para uma conversão do nosso estilo de vida, e para mudanças estruturais. Em 2013, quando exortou o mundo inteiro para não perder o dom das lágrimas diante do sofrimento dos mais frágeis (na Ilha de Lampedusa), ali já denunciava que a Economia da Exclusão gera indiferenças e mortes.
Depois em forma de escrita, dos números 52 a 60 da Evangelii Gaudium descreve que o dinheiro deve servir e não governar, e as consequências da idolatria do dinheiro e o consumismo
desenfreado. Em 2014 foi recebido pelos Movimentos Populares mundiais na Bolívia, e cunhou a expressão Terra, Teto e Trabalho.
Nos anos que seguiram o Papa convida o mundo inteiro a “reconstruir nossa casa comum”, com urgência e inteligência, pois “tudo está interligado” (carta Laudato si´: sobre o cuidado da casa comum).
Dentro da dimensão social da fé que visa um agir global e local no mundo o Papa Francisco também chamou atenção aos processos que devemos iniciar para criar um Sociedade mais justa, fraterna e solidária, carta Fratelii Tutti: sobre a Fraternidade e Amizade Social. Nos sínodos que convocou sempre havia uma preocupação especial à questão econômica, seja na Família, nas Juventudes, no Pan-amazônico e agora sobre a Igreja Sinodal.
Por fim, após uma década servindo a Igreja através do Ministério Petrino, como bispo de Roma, o cardeal Bergoglio, Papa Francisco, jesuíta e latino-americano oferece ao mundo inteiro um novo jeito de governança que resgata e atualiza os ensinamentos do Concílio Vaticano II sob a ótica da América Latina, abrindo assim um novo horizonte de possibilidades e contribuições advindas das periferias existenciais e geográficas.
Desta forma, foi e está sendo através dos processos que Francisco têm iniciado dentro e fora da Igreja que surgiu (brotou) a Economia de Francisco, uma rede global de jovens e adultos empenhados em Educar para Novas Economias, mais solidárias, justas, fraternas, que cuida da criação e não a devasta, colocando a vida no centro e não o lucro, onde o dinheiro deve servir e não governar, e principalmente onde os pobres são colocados no centro para decidirem juntos, gerando riquezas sim, mas não esquecendo de as partilhar em favor do bem comum.
Ana Carolina Alves e Augusto Martins
Equipe Educação
Financeira para a Vida
Leituras: Ex 17,3-7; Sl 94(95),1-2.6-9; Rm 5,1-2.5-8; Jo 4,5-42
A Liturgia da Palavra deste domingo nos fala de Deus providente, sustento da jornada da vida, sempre presente ao longo da história da humanidade. A água que saciou a sede do povo no deserto torna-se com Jesus, junto ao poço de Jacó, fonte de vida nova. Desde nosso Batismo, fomos banhados nesta mesma água. Na fé e na caridade vivenciamos esta proposta de vida eterna, de realização plena, de felicidade perfeita. A samaritana nos ensina que este é um caminho de conversão e superação constantes!
A leitura do livro do Êxodo apresenta as dificuldades e as dúvidas do povo de Deus que caminhava pelo deserto rumo à terra prometida. Aquela gente não compreendia que o sonho de liberdade lhes custava algum sacrifício, por isso murmurava contra Moisés. A falta de água torna-se uma provação e coloca em dúvida os objetivos daquela migração. Valeria a pena tanto esforço? Será que no Egito o povo não estaria melhor? Onde estaria Deus naquele momento?
O povo se esqueceu rápido de tudo o que o Senhor Deus Javé havia realizado a favor deles. Neste momento, como diz o Salmo, “a comunidade dos hebreus fecha o seu coração e não ouve a voz do Senhor”. Através da súplica confiante de Moisés, Deus responde positivamente fazendo brotar água daquelas rochas. Ao invés de castigá-los, Deus sustenta-os na caminhada. Aqueles lugares no deserto foram chamados de Massa e Meriba que, na língua hebraica significam, respectivamente, “provação” e “contestação”. Estes dois lugares estão, por isso, associados a este momento difícil da caminhada do povo. Lembram, porém, a presença constante de Deus que age em seu favor.
- Qual a sua maior sede?
Segundo a tradição bíblica, o poço é símbolo da Lei, das instituições judaicas e da sabedoria. Nesse contexto, Jesus recorda que toda estrutura social existente na época não satisfaz aos anseios do povo por liberdade e vida. Sentando-se junto ao poço, Jesus se dá a conhecer como fonte de água viva da qual a humanidade inteira bebe. A partir de então, Jesus se coloca acima da Lei.
Entende-se enfim que a mulher que se aproxima para buscar água não tem nome porque representa todos nós, a humanidade que está procurando saciar de uma vez por toda sua sede de viver, sua busca por Deus.
DO ENCONTRO COM JESUS
- Por que tantas pessoas desanimam e não confiam na divina providência?
- Compare o caminho espiritual percorrido pela mulher samaritana com a sua própria experiência de fé e relação com Jesus?
Jesus sente o que é próprio de todo ser humano: sede. E pede de beber. Com isso está começando a quebrar o preconceito racial. Judeus e samaritanos se detestavam mutuamente. Os judeus mais radicais haviam decretado o estado permanente de impureza das mulheres samaritanas. Por isso, pedir que essa mulher lhe dê de beber parece ser um ato impróprio da parte de Jesus. Mas Ele está acabando com a pretensa superioridade dos judeus e dos homens sobre as mulheres. Dar água é a mesma coisa que dar hospedagem, que aceitar o outro como amigo e irmão.
Ampliando este sentido, a carta que Paulo escreve aos Romanos ensina que todos os fiéis foram justificados pela fé em Jesus Cristo. A justiça divina é cheia de misericórdia. Apesar dos pecados de cada pessoa, de suas fraquezas, a bondade e o amor de Deus nos conduzem no caminho da salvação. A nós pecadores, é pedido que acolhamos esta graça de Deus e tenhamos mais fé.
Lemos no Evangelho de hoje a passagem do encontro de Jesus com a samaritana junto ao poço de Jacó. O poço recorda muitos fatos do Antigo Testamento. É o lugar de importantes encontros e alianças onde acontecem casamentos e contratos sociais. Agora, com Jesus e a samaritana, o poço torna-se o lugar onde a humanidade encontra seu verdadeiro esposo e mestre, ponto de partida para uma nova história.
Jesus está com sede, mas quem acaba pedindo água é a mulher. Ele é o presente de Deus que a humanidade precisa conhecer. Os judeus acreditavam se aproximar de Deus mediante o conhecimento e a prática da Lei. Jesus, porém, mostra-nos que Deus se revela nas relações de fraternidade e gratuidade. Que a Quaresma seja esta oportunidade de conversão, de novas descobertas no campo da fé e de um comportamento mais coerente. A samaritana, conhecendo a Jesus, torna-se modelo do verdadeiro discípulo, porque ela ouve, abre o coração e a mente à novidade e chega ao conhecimento da verdade, crê e dá testemunho.
Dia 13: 2Rs 5,1-15a; Sl 41(42); Lc 4,24-30
Dia 14: Dn 3,25.34-43; Sl 24(25); Mt 18,21-35
Dia 15: Dt 4,1.5-9; Sl 147(147B); Mt 5,17-19
Dia 16: Jr 7,23-28; Sl 94(95); Lc 11,14-23
Dia 17: Os 14,2-10; Sl 80(81); Mc 12,28b-34
Dia 18 (São José, esposo da Virgem Maria): 2Sm 7,4-5a. 12-14a.16; Sl 88(89); Rm 4,13.16-18.22; Mt 1,16.18-21.24a
da Quaresma | 19 de março de 2023
Leituras: 1Sm 16,1b.9-7.10-13a; Sl 22(23),1-3a.3b-4.5.6; Ef 5,8-14; Jo 9,1-41
Assim como na maior parte do Tempo Pascal, os escritos evangélicos são de São João. Neste final de semana a proposta do evangelista é para que “olhemos” além da cura, além da cegueira física, além da fragilidade humana, pois a “cegueira” espiritual é aquela que impede a percepção de Deus, da sua ação; impede “ver” além de si e suas necessidades, ideais e propósitos, chegando ao ponto de levar outros a experimentar a mesma realidade de escuridão.
O “OLHAR DE DEUS” QUE TRANSCENDE AS PRERROGATIVAS DO HOMEM
Temos diante de nós o relato da unção de Davi por Samuel, a pedido de Deus. É um acontecimento importante na história do povo de Israel, pois delineia novos caminhos a este povo, que até então era governado por Saul. O contraste entre Saul e Davi é gritante: enquanto Saul vinha de família poderosa (possuía criação e empregados), Davi vem de família grande e humildade (cuidadores de rebanho de ovelhas); Saul exerceu má administração, por isso foi rejeitado; Davi, durante seu reinado, resgatou o cuidado aos necessitados, surgindo uma nova forma de “poder”: o “poder serviço”.
de tornar perceptível o que a escuridão oculta. Quem caminha em meio a escuridões não consegue sequer se orientar, quiçá a outros.
Analogamente, a experiência da “cegueira” é essa incapacidade de ter orientação, vagando em qualquer direção, não discernindo, não percebendo nada, não ponderando os passos: apenas vai, sem saber para onde.
“Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor: andai como filhos da luz (...)” – Eis o pedido: ter coragem de andar pela luz do Cristo, não pela escuridão que a humanidade frágil prefere apresentar.
Há um conflito presente no Evangelho: a cegueira é sinal de castigo de Deus pelos pecados dos antepassados?
- Percebo Cristo em tudo e todos?
- O que me guia: a luz que é Cristo ou as minhas certezas que, nem sempre, me orientam a Cristo?
- Quais as “cegueiras” que carrego?
Segundo os fariseus, o pecado é a consequência de toda doença, inclusive da cegueira. Porém, quando nos perguntamos: de que cegueira falamos nós? Temos que aprofundar a ação do Cristo.
Sua ação é superior ao pecado. Cristo vê o cego. Ele não o vê. Cristo o toca e o orienta. Ele não entende. Somente após o “toque” de Cristo, que é luz em meio a escuridão, que o então cego é transformado.
Até mesmo Samuel, enquanto instrumento, se deixou vislumbrar por características físicas quando viu os filhos de Jessé, mas um a um, mesmo com a incompreensão de Samuel, Deus foi rejeitando. Isto implica em perceber o quanto a ação de Deus transcende as prerrogativas e expectativas do homem, que se “vislumbra” facilmente com aparências, não conseguindo “ver” além das mesmas. Deus, ao contrário, “vê” o interior, a essência, aquilo que de fato é importante para seguir, mesmo que nós mesmos não consigamos ver ou perceber o que Deus vê em nós. Assim diz o texto: “Não te impressiones a sua aparência nem a sua elevada estatura: eu o rejeitei. Não se trata daquilo que veem os homens, pois eles veem apenas com os olhos, mas Iahweh olha o coração” (1Sm 16,7).
Nesta perspectiva, a Liturgia apresenta um elemento essencial através da Carta aos Efésios: “Ó tu que dormes, desperta e levanta-te de entre os mortos, que Cristo te iluminará” (Ef 5,14). Somente a Luz, que é Cristo, é capaz
Esta linha temporal de ações é importante, pois apresenta a capacidade do homem tocado por Deus e orientado pela sua luz, de perceber, de fato, quem é o Cristo e o seguir, mesmo diante de fariseus que tentam condenar Jesus por suas ações de libertação, permanecendo assim, na escuridão.
Pergunto: quem de fato é o cego? Quem de fato está incapacitado de perceber Deus? Isto vale para cada cristão, para cada seguidor de Cristo. De fato, deixo que sua luz me guie e retire as “escuridões” que carrego?
Dia 20: Is 65,17-21; Sl 29(30); Jo 4,43-54
Dia 21: Ez 47,1-9.12; Sl 45(46); Jo 5,1-16
Dia 22: Is 49,8-15; Sl 144(145); Jo 5,17-30
Dia 23: Ex 32,7-14; Sl 105(106); Jo 5,31-47
Dia 24: Sb 2,1a.12-22; Sl 33(34); Jo 7,1-2.10.25-30
Dia 25 (Anunciação do Senhor): Is 7,10-14;8,10; Sl 39(40); Hb 10,4-10; Lc 1,26-38
da Quaresma | 26 de março de 2023
Leituras: Ez 37,12-14; Sl Sl 129(130),1-2.3-4ab.5-6.7-8; Rm 8,8-11; Jo 11,1-45
Neste 5º Domingo da quaresma, a Liturgia nos convida a refletir como estamos realizando nossa experiência de fé na ressurreição. Somos chamados a realizar um caminho de conversão capaz de nos libertar das interpretações errôneas acerca da morte. Este caminho precisa ser trilhado, primeiramente, retirando de nossas ações a luta para eliminar a morte, a fim de acolher o Espírito Santo, que nos torna capazes de viver uma vida livre e realizar a grandiosa experiencia do Amor de Deus por nós.
Tanto a primeira leitura como o Evangelho vêm abrir nossos olhos para termos uma nova visão da morte. A luz que ilumina este nosso caminho só pode ser o Espírito Santo. Nosso pecado nos fecha e nos coloca na condição de humanidade morta sem perspectiva de vida. Para invertermos essa condição, somente o Senhor é capaz de nos resgatar nos tirando do túmulo da escuridão e nos preenchendo com seu Espírito de luz.
O Espírito nos preenchendo, nos convida a realizarmos uma experiência de amizade com Deus, que se inicia nos libertando do caminho de uma vida encaminhada para a morte. Nesta experiência buscamos um relacionamento de amor com Deus e com nossos irmãos. Se o amor é o próprio Espírito de Deus, logo, a vida não pode se acabar, pois o amor que é Espírito eterno não morre. Por isso, nós não nos salvamos da morte, mas o Espírito de Deus, infundido em nós, nos liberta e transforma nossa experiência para reconhecer o amor e a luz que nos regenera e traz à vida novamente as nossas relações.
encontrar o sentido para a enfermidade, a fim de que possam entender que a morte faz parte do plano de salvação, mas temos que compreender que nossa vida é eterna e por isso tem sentido de ser vivida.
Neste tempo quaresmal somos chamados, através desta liturgia, a perceber que nossa experiência humana é limitada e não podemos nos salvar da morte, mas somente Deus é capaz de trazer a vida de volta, como puro dom. O Evangelho vem falar da nossa ressurreição, do nosso novo relacionamento com a vida e a morte, que acontece através da fé em Jesus Cristo, que é a ressurreição e a vida. Para isso, somos convidados a converter nossa experiência para viver mais intensamente nossa amizade com Deus.
- Quais caminhos estou percorrendo em minha fé, da vida ou da morte, da luz ou das trevas?
A comunidade de Jesus possui um vínculo de amor e proximidade tamanha com Ele, que se dá no direito de fazer parte da casa. A fé se torna um vínculo de amizade. Uma amizade que leva o amigo a encher-se de compaixão e amor para ir ao encontro do outro. Nossas ações de fé precisam estar baseadas na amizade, para deixarmos de lado nosso egoísmo e nossa autossuficiência, para sairmos em direção aos irmãos que morrem pela falta de pão e de dignidade.
- Tenho encontrado sentido em minha vida e experienciando a presença do Espírito Santo?
- Como tenho cultivado minha amizade com Deus e com meu próximo?
A segunda leitura nos traz de volta o sentido da vida, pois São Paulo revela que somos feitos de carne e de espírito. No entanto, nossas ações diárias precisam ser baseadas no Espírito Santo, aquele que foi infundido em nós no Batismo. Neste sentido, vamos dando passos em nossa experiência de fé, ajudados por Paulo, a perceber o sentido de nossa vida. Quando acolhemos e agimos conforme o Espírito Santo, mudamos nossa forma de viver e nos sentimos filhos amados de Deus. Jesus no Evangelho, nos ajuda justamente a dar este passo de encontrar sentido para nossa vida. Apesar de tudo o que passamos e experienciamos em nossa vida o primeiro passo para a conversão é encontrar sentido as realidades que vivenciamos, sejam elas momentos de dor, de sofrimento, de doença, de alegria ou de realização. Esta Liturgia nos ajuda a
Jesus ressuscita Lázaro para nos convencer que a morte não tem a última Palavra. Mais do que nos preocupar com a morte, devemos nos preocupar com a vida. A vida está doente. Estamos rompendo nossa amizade com Deus, nos tornamos violentos, inimigos. Esse é o mal, o pecado, a morte. Nesta Quaresma, somos chamados para converter nosso coração e nossas atitudes para acolher Jesus que é luz, ressurreição e vida, gerada a partir da cruz. De onde Jesus esgota todo o seu amor em favor de Lázaro e de toda humanidade enferma, atingida pela doença do pecado e da falta de amizade com Deus.
Dia 27: Dn 13,41c-62; Sl 22(23); Jo 8,1-11
Dia 28: Nm 21,4-9; Sl 101(102); Jo 8,21-30
Dia 29: Dn 3,14-20.24.49a.91-92.95; Dn 3,52.53-54.55.56-57; Jo 8,31-42
Dia 30: Gn 17,3-9; Sl 104(105); Jo 8,51-59
Dia 31: Jr 20,10-13; Sl 17(18); Jo 10,31-42
Dia 1º/04: Ez 37,21-28; Jr 31,10.11-12ab.13; Jo 11,45-56
Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor | 2 de abril de 2023
Leituras: Is 50,4-7; Sl 21(22),8-9.17-18a.19-20.23-24; Fl 2,6-11; Mt 26,14-27,66
A Quaresma nos propõe um modo de vida que nos leva a superar as seduções do ter, do poder e do prazer, transmitindo a certeza de que a partir da fidelidade e da perseverança cristã somos transformados a ponto de podemos refletir o próprio Cristo em nós, como também, em tantos irmãos e irmãs. Urge rompermos os preconceitos e julgamentos, buscando a cura para nossa cegueira, em Jesus que nos oferece a vida nova.
Alguém pode questionar o motivo pelo qual Deus nos deu dom da vida, no tempo, espaço e contexto da história da humanidade em que estamos vivendo. Outro poderia questionar: “Se Deus nos criou com amor, por amor e para o amor, por que tem tantas pessoas sofrendo? Por que minha cruz está tão pesada e difícil? Por que tenho que passar por isso”? São questionamentos próprios da crise existencial da pessoa humana que nos levam a refletir sobre o Plano e o Amor de Deus para cada um de nós. Não se trata de acreditar no destino como um roteiro já pronto, sendo a “vontade de Deus”, mas sim tomar consciência da missão que recebemos em nosso Batismo, com o qual somos lavados da antiga culpa e nos tornamos membros de Cristo.
o testemunho de que vive plenamente quem por amor se depreende de todas as realidades desse mundo. Não faltam nebulosidades e sombras buscando ofuscar a luz de Cristo em nós. Assim como uma mentira requer outra para se encobertar, assim como um pecado menor leva a um maior, entramos em um ciclo vicioso que pode parecer impossível a mudança, porém, se de fato assumirmos Cristo como Senhor de nossa vida seremos livres e obedientes até a morte de cruz.
A Liturgia deste domingo nos traz para a reflexão a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém e sua morte na cruz. Por um lado, a alegria pela presença de Jesus, aclamado como Senhor e Rei, e por outro lado a dor e o sofrimento e da cruz. Muitos dos que gritam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!” (Mt 21,9), gritam logo em seguida: “Seja crucificado” (Mt 27,22).
- Como tenho confortado as pessoas abatidas?
- O que me impede, de me entregar por inteiro nas mãos de Deus?
Temos a missão de edificar o Reino de Deus em nosso meio, a partir de uma sincera busca pela santidade em nosso viver, alimentados pela Palavra de Deus, salvaguardando a importância do domingo como dia do Senhor, no qual em comunidade lhe rendemos o culto que lhe é devido e nos alimentamos com a Santíssima Eucaristia, a maior bênção que temos ao nosso alcance e para a nossa salvação. Como o profeta Isaias, sabendo da grandeza da missão que Deus lhe confiou, agradece os dons recebidos e não foge dos desafios pelos quais tem que passar. Assim como o lema da CF 2023: “Dai-lhes vós mesmos de comer!” (Mt 14,16), tomando posse da graça que Deus nos concede, devemos, pelo nosso testemunho, fortalecer e encorajar nossos irmãos e irmãs.
- Qual grito ressoa mais forte em mim: “Hosana ao Filho de Davi”? Ou, “Seja crucificado”?
O Sínodo 2021-2023, tem por lema “Comunhão, participação e missão”. Aqui no Brasil, o 3º Ano Vocacional nos apresenta o tema “Vocação: graça e missão” e o lema “Corações ardentes, pés a caminho”. Ambos os eventos, Sínodo 2023 e 3º Ano Vocacional, nos inserem no mistério da Paixão e morte de Nosso Senhor, nos animando a viver e a anunciar a boa nova da morte que vence a vida. Não estamos neste mundo por acaso, e nem para o sofrimento, mais sim para dar pleno cumprimento à vontade de Nosso Senhor. Que esta Semana Santa seja vivenciada de tal forma, por cada pessoa, de modo que a alegria por contemplar Cristo Ressuscitado nos leve a soltar nossa voz e nos entregarmos inteiramente ao Reino de Deus. Com a intercessão da Sagrada Família, abençoada e santa “Semana Santa” a todos.
Dia 3/04: Is 42,1-7; Sl 26(27); Jo 12,1-11
Dia 4/04: Is 49,1-6; Sl 70(71); Jo 13,21-33.36-38
Dia 5/04: Is 50,4-9a; Sl 68(69); Mt 26,14-25
Jesus Cristo, Deus feito homem, o maior de todos, se fez o servidor de todos, renovando nossa aliança com Deus Pai e nos mostrando o caminho ao qual devemos seguir. Nós que nos preocupamos tanto e com muitas coisas, não podemos esquecer de que vida não nos pertence e que é Deus quem está no comando.
São João da Cruz, com sua experiência mística, nos dá
Dia 6/04: Ex 12,1-8.11-14; Sl 115(116B); 1Cor 11,23-26; Jo 13,1-15
Dia 7/04 (Paixão do Senhor): Is 52,13-53,12; Sl 30(31); Hb 4,14-16;5,7-9; Jo 18,1-19,42
Dia 8/04 (Vigília Pascal): Gn 1,1-2,2; Sl 103(104); Gn 22,1-18; Sl 15(16); Ex 14,15 – 15,1; Is 54,5-14; Sl 29(30); Is 55,1-11; Br 3,9-15.32 – 4,4; Sl 18B(19); Ez 36,16-17a.18-28; Sl 41(42); Rm 6,3-11; Sl 117(118); Mt 28,1-10
Já vai longe o tempo em que grande parte dos católicos via no domingo apenas o frio cumprimento da lei do descanso e do culto. Hoje, com o atual materialismo consumista que tomou conta da maioria das pessoas, vemos que o sentido e sabor original desse dia enfraqueceu ainda mais e, até mesmo, se apagou da mente e do coração de uma grande multidão de cristãos em nossos dias.
Frente a esta realidade, é muito atual e oportuno o que diz o Concílio Vaticano II, na Constituição sobre a Liturgia, a saber, que “o domingo é o principal dia de festa. Como tal deve ser proposto com convicção aos fiéis” (SC, nº 106). Em sintonia com a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil que nos apresenta a Liturgia como prioridade no Pilar do Pão, e na tentativa de responder a este apelo do Concílio, vamos refletir sobre o sentido do domingo.
Durante um longo período, em nossa Igreja, uma grande maioria de cristãos guardava o domingo e ia à missa neste dia porque existia uma lei da Igreja que obrigava tal prática. Mas hoje, as coisas mudaram.
Já pela sexta-feira ou sábado, quando as pessoas se despedem uma da outra, é comum dizer: “Bom final de semana”. Salvo algumas exceções não se diz mais “bom domingo”, como antigamente. Para uma grande maioria, o importante não é mais o domingo. O mais importante é o final de semana, do qual faz parte também esse dia. Temos que admitir que, para muita gente, o domingo simplesmente foi substituído pelo final de semana.
O domingo tem como característica a suspensão dos trabalhos. É um dia de folga e de diversão, que já começa na sexta à noite. Dia próprio para o lazer, passear, viajar, fazer turismo, visitar
amigos e parentes, brincar, ir à praia ou fazer uma pescaria. Dia próprio para dormir um pouquinho mais, assistir um jogo de futebol, ir ao cinema, ao teatro, à Igreja, comer num restaurante. Tanta coisa se faz no domingo, ou melhor, no final de semana. Existe inclusive toda uma indústria de prestação de serviços à imensa demanda de lazer dos homens e mulheres de hoje. São as chamadas indústrias do lazer. São empresas de turismo, hotéis, restaurantes, voltadas para atender a folga dos finais de semana. Mas, será
“Alguns são obrigados a trabalhar no domingo por imposição de suas profissões. A caridade com que exercem seus deveres é seu sacrifício espiritual, já que estão impedidos de celebrar plenamente o Dia do Senhor. Inaceitável, outrossim, é a sociedade que obriga multidões à luta pela sobrevivência por causa do trabalho mal remunerado, que desfigura o Domingo feito dia de horas-extras. A própria realidade urbana dificulta, muitas vezes, a vivência cristã do Dia do Senhor”.
que o sentido do domingo se limita apenas à folga de final de semana?
Para outros, mesmo sendo um dia em que não se trabalha e um dia de lazer, o domingo também não deixa de ser um dia de trabalho. Certas necessidades obrigam pessoas a trabalharem nesse dia nos serviços de transporte, nos hospitais, em grandes indústrias com funcionamento ininterrupto, em indústrias do lazer. Outras pessoas, devido ao sufoco econômico, aproveitam a folga do domingo para fazer algum outro serviço para ajudar no orçamento da família.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) alerta para as dificuldades do domingo: “Sentimos fundo no coração a deturpação do domingo, imposta pelas injustiças e pelo consumismo de nossa época dominada pelo espírito secularista. Alguns são obrigados a trabalhar no domingo por imposição de suas profissões. A caridade com que exercem seus deveres é seu sacrifício espiritual, já que estão impedidos de celebrar plenamente o Dia do Senhor. Inaceitável, outrossim, é a sociedade que obriga multidões à luta pela sobrevivência por causa do trabalho mal remunerado, que desfigura o Domingo feito dia de horas-extras. A própria realidade urbana dificulta, muitas vezes, a vivência cristã do Dia do Senhor. Lamentamos também o consumismo secularista, que leva centenas de pessoas ao mero lazer, viagens e programas, que mais parecem criados para distrair ou dirigir as atenções em direção oposta ao culto e à religião. Corremos também o risco de esvaziar o sentido do Domingo com o excesso e superposição de comemorações, que pretendemos realçar neste dia, sem notar que não sobra espaço para celebrar o mistério pascal”
(Animação da Vida Litúrgica do Brasil, nº 117 a 119).
Diante destas dificuldades nos perguntamos qual valor e sentido tem o domingo para os cristãos. Vamos juntos percorrer este caminho e redescobrir sua importância.
O povo sofria demais no tempo de Jesus com o autoritarismo dos seus chefes religiosos e do domínio estrangeiro, no caso, os romanos. O povo vivia pressionado pela ameaça de castigo, medo e humilhação. As pessoas eram punidas, até mesmo com a pena de morte, se descumprissem qualquer das inúmeras leis religiosas existentes. De outro lado, o domínio romano obrigava a todos pagarem pesados impostos a César.
Em meio a todo esse sufoco, pode-se entender como o povo esperava ansioso por alguém que viesse socorrê-lo. Era muito grande a expectativa pela vinda de um Messias que viesse devolver a todos a sua dignidade.
Com a vinda de Jesus cresce a esperança do povo. Prega como um profeta, fala de Deus, mostra de que jeito Deus é, fala do Reino de Deus, de perdão, misericórdia, de amor até mesmo aos inimigos, faz milagres, cura as pessoas, delas expulsa os males que as atormentam, restitui-lhes a vida, acolhe com bondade pecadores e crianças.
O povo se entusiasma por este Jesus que tudo faz para mostrar, em sua própria pessoa, o que Deus quer, a saber, que o ser humano passe da escravidão para a liberdade, da doença e da morte para a vida plena. Multidões acorrem a ele e se admiram vendo os milagres que ele faz (cf. Mt 15,30-31).
Alguns até resolvem acompanhar Jesus, segui-lo de perto, passo a passo. Outros chegam até a abandonar a profissão para segui-lo.
Os evangelhos nos mostram como Jesus ganhou muitos discípulos e discípulas, a ponto de causar ciúmes, inveja e medo por parte das autoridades religiosas que o acusavam de se considerar igual a Deus, ser Filho de Deus e descumprir as leis religiosas. Acabaram convencendo o próprio povo a pedir a morte de Jesus que acabou sendo preso, condenado à morte, torturado e supliciado na cruz até morrer.
Jesus morreu e foi sepultado. A sensação é que tudo acabaria ali,
na sepultura. Imagine o medo dos discípulos e discípulas de Jesus. Eles que acreditaram e apostaram n’Ele, que largaram tudo para segui-lo, que viram em Jesus o esperado Messias poderoso e imortal, Filho de Deus capaz de garantir vida eterna. Agora tudo acabou. Aquele futuro feliz que todos sonhavam, parece que não existe mais. Jesus foi para a sepultura e, junto com seu corpo, lá se foram todos os sonhos de liberdade e de vida. O jeito agora é voltar para casa, como é o caso dos dois discípulos de Emaús. Estes voltam frustrados, com ares de quem sofreu um tremendo engano. “Nós esperávamos que fosse Ele quem iria libertar Israel, e já faz três dias que Ele morreu”, lamentam os discípulos (cf. Lc 24,21). Assim estavam os discípulos íntimos de Jesus logo depois que ele morreu. O clima era de tristeza, frustração, insegurança e medo. Pois lá se foram as esperanças de dias melhores.
Geralmente, quando morre uma pessoa muito querida, principalmente quando é da família, dois ou três dias depois, bate uma profunda saudade. E dá vontade de visitar a sepultura daquela pessoa. E a gente vai, leva flores, faz orações, chora.
Foi o que aconteceu quando Jesus morreu. Três dias depois – era o primeiro dia da semana –, Maria Madalena e outras mulheres foram bem cedinho fazer uma visita à sepultura
de Jesus. Levaram perfumes, como era costume na região. Ao chegarem lá encontraram a sepultura aberta e vazia (cf. Mt 28,1-7; Mc 16,1-7; Lc 24,1-8; Jo 20,1-2.11-13). Ali mesmo, têm uma visão, avisando que Jesus ressuscitou. E Jesus mesmo logo aparece, e fala com Maria Madalena e as outras mulheres (cf. Jo 20,14-17; Mt 28,8-10; Mc 16,8; Lc 24,9-11).
Elas, então, saem correndo a avisar: “Vimos o Senhor! Ele está vivo! Ele falou com a gente”! João e Pedro vão correndo ver a sepultura, e constatam: realmente, aconteceu como as mulheres disseram. Jesus também aparece e conversa com dois discípulos a caminho de Emaús (cf. Lc 24,13-35), aparece e conversa com os apóstolos escondidos numa sala de jantar, falando-lhes de paz, dando-lhes o Espírito Santo e ordenando-lhes a anunciar a notícia por todos os cantos da terra (cf. At 1,4-8; Mc 16,14-18; Lc 24,36-48; Jo 20,19-25).
O luto e a tristeza pela morte do Senhor são substituídos por uma imensa alegria, um intenso júbilo, um saboroso gosto de vitória por esta inesquecível surpresa que Deus preparou. Jesus ressuscitou!
FOI NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA
Tudo isso aconteceu no “primeiro dia da semana” (Mt 28,1; Mc 16,2; Lc 24,1.13; Jo 20,1.19). No tempo de Jesus, entre os judeus, os dias da semana eram contados assim: primeiro dia, segundo dia, terceiro dia, quarto dia, quinto dia, sexto dia, sábado. Só o sétimo dia é que tinha um nome. Chamavam de sábado. Jesus morreu no sexto dia, para nós sexta-feira, e passou o sábado, sétimo e último dia, na sepultura.
E foi precisamente no primeiro dia da semana, logo depois do sábado, que os discípulos e discípulas de Jesus tiveram esta surpresa. Foi neste dia que encontraram a sepultura de Jesus aberta e vazia. E foi neste dia que Jesus, ressuscitado, lhes apareceu pela primeira vez. Neste dia descobriram que Jesus não estava morto, mas vivo. A partir desse dia, sentiram que tudo se renovou. Foi a partir deste dia que os discípulos e discípulas de Jesus perceberam que a vida é mais forte do que a morte.
O “primeiro dia da semana” se tornou, para os cristãos, um dia memorável, inesquecível, por causa da impressionante novidade da Ressurreição. Realmente, tornou-se o mais importante da semana. Tanto que até deram um nome a este dia. Passaram a chamá-lo de Dia do Senhor (cf. Ap 1,10). Assim surgiu o domingo, que quer dizer “Dia do Senhor”. Nesse dia os cristãos passaram a se reunir, toda semana, para celebrar a Páscoa do Senhor e nossa. Pois esse dia passou a ser para nós o memorial desta feliz certeza: a Vida venceu a morte para sempre.
Neste dia, passando da morte para a vida, Cristo se tornou “o Senhor dos vivos e dos mortos” (Rm 14,9). Agora ninguém mais domina sobre Ele. Ele é o Senhor (cf. Fl 2,9-11). Por isso que o primeiro dia da semana agora é d’Ele, do Senhor é o domingo.
Quando dizemos Senhor, falamos do Cristo ressuscitado, vivo. Isto significa que este é o dia especial, principal, no dizer do Concílio Vaticano II (cf.
“Nesse dia (domingo) os cristãos passaram a se reunir, toda semana, para celebrar a Páscoa do Senhor e nossa. Pois esse dia passou a ser para nós o memorial desta feliz certeza: a Vida venceu a morte para sempre”.
SC, nº 106), em que as comunidades cristãs, reunidas em assembleia, fazem esta experiência: o Senhor Jesus Cristo está vivo em nós e nós temos vida em sua vitória sobre a morte. Este é o dia semanal da Páscoa, ou seja, dia em que a Páscoa do Senhor e nossa é experimentada como bem viva, presente, aqui e agora. Como diz São Jerônimo (+ 419), cheio de entusiasmo: “O domingo é o dia da ressurreição, o dia dos cristãos; é o nosso dia”. E nós, quando celebramos a Eucaristia fazemos memória da Páscoa, que é a essência do Dia do Senhor: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde Senhor Jesus”!
No desenrolar do tempo renovado
pela Páscoa, a cada oito dias, a Igreja celebra no domingo o acontecimento da salvação. “O domingo, antes de ser um preceito, é um dom de Deus ao seu povo (por isso a Igreja o guarda como um preceito). A Celebração dominical oferece à comunidade cristã a possibilidade de ser formada pela Eucaristia. De domingo a domingo, a Palavra do Ressuscitado ilumina a nossa existência, querendo realizar em nós aquilo para que foi enviado (cf. Is 55,10-11). De domingo a domingo, a comunhão com o Corpo e Sangue de Cristo quer também fazer da nossa vida um sacrifício agradável ao Pai, na comunhão fraterna que se torna partilha, acolhimento, serviço. De domingo a domingo, a força do Pão partido sustenta o anúncio do Evangelho, no qual se manifesta a autenticidade da nossa Celebração (Carta Apostólica Desiderio Desideravi, sobre a formação litúrgica do Povo de Deus, nº 65).
Pe. Sérgio Augusto Rodrigues Assessor diocesano da Pastoral Litúrgica
Todos os anos, com a finalidade de nos preparar para a Páscoa do Senhor, sinal sacramental da nossa conversão, vivemos um período litúrgico de 40 dias. O Tempo Quaresmal, por meio da autenticidade dos gestos, traz sentido e nos liberta de um ritualismo vazio. Almejamos um Deus salvador e libertador: “Foi para a verdadeira liberdade que Cristo vos libertou” (Gl 5,1), e recebemos como maior sacrifício a morte de Jesus. Com essa certeza, temos um Cristo que vem ao nosso encontro, nos oferecendo o seu coração de irmão e a sua mão protetora e misericordiosa.
Os bispos da Arquidiocese de Braga, Portugal, escrevem: “Amados irmãos e irmãs, a Quaresma apresenta-se diante de nós com uma tenda desprovida de cobertura, como que despojada de qualquer amor, desabitada pelas fragilidades humanas, tantas vezes
pelo pecado que insiste em despir-nos. Aparentemente há nessa tenda despida um vazio de Deus, como que se Deus nunca nos tivesse visitado”. Nós batizados, somos convidados a revestir essa tenda, tornando-a um espaço de missão e experiência fraterna.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe pela 60ª vez, desde 1964, a Campanha da Fraternidade, uma expressão de conversão, comunhão e partilha. Nesse ano de 2023 a Campanha tem como tema “Fraternidade e Fome” e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). O Papa Francisco nos pede para não cedermos à cultura da indiferença, não existindo vida em plenitude onde falta alimento básico para vida digna. A fome afronta diretamente a Doutrina Social da Igreja (DSI), uma vez que, os bens criados por Deus têm uma destinação universal e não
privada. Assim, usar as riquezas de forma exclusiva e egoísta, esquecendo-se dos irmãos, não é compatível com a fé cristã.
Através do Evangelho, Jesus Cristo nos traz uma grande mensagem com o milagre da multiplicação dos pães, quando uma multidão o segue até o deserto. “Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam enfermos” (Mt 14,14). Essa passagem mostra-nos que Cristo praticava o amor e partilha em favor dos necessitados, quando os discípulos dizem para Ele: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possamos ir aos povoados comprar comida” (Mt 14,15). Eles fecham os olhos para as necessidades do povo, tratando-as com indiferença, porém, Jesus repreende os discípulos e os compromete:
“Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). Dessa forma, também são responsáveis pela necessidade do próximo. Quantas vezes não agimos como os discípulos? Tratamos com indiferença aquilo que carece nossos irmãos e deixamos de cumprir o verdadeiro sentido de comunidade cristã.
Nosso país, é um grande produtor de alimento e ao nos depararmos em grandes centros, até mesmo em nossa cidade, observamos diversos irmãos procurando comida em lixeiras e pedindo esmola para se alimentarem. Diante disso, enfrentamos um problema social e coletivo, portanto não podemos lavar nossas mãos, também somos responsáveis pela fome e miséria. É fundamental que sejamos como Jesus, que viu a multidão e compadeceu-se com suas necessidades, não podemos ser cegos perante as necessidades que assolam nossa sociedade. Através do Evangelho, somos convidados a ver nossos irmãos e a sairmos da nossa bolha.
“Enfrentamos um problema social e coletivo, portanto não podemos lavar nossas mãos, também somos responsáveis pela fome e miséria. É fundamental que sejamos como Jesus, que viu a multidão e compadeceu-se com suas necessidades, não podemos ser cegos perante as necessidades que assolam nossa sociedade. Através do Evangelho, somos convidados a ver nossos irmãos e a sairmos da nossa bolha”.
A importância desse Evangelho é mostrar-nos que a Igreja tem direito e dever de lidar com temas sociais como a fome. Já mencionado no Texto-base da Campanha, nos encontramos em uma sociedade na qual o ser humano não tem apenas fome do alimento que nutre, também tem fome de: justiça, relações justas que promovem a sobrevivência; cidadania, ser respeitado e tendo seus direitos e participação garantidos; beleza, contemplar a arte, a música, uma simples paisagem natural; sentido,
para entender os acontecimentos da sua própria vida e da humanidade e conseguir direcionar suas ações; e de transcendência, não se contentando somente com a sua natureza, desejando algo a mais, o infinito, buscando-o através de Deus.
Logo, o tempo Quaresmal nos provoca a analisar todos os acontecimentos que levaram Jesus à morte de Cruz, além de, nos instigar a transformar as diversas realidades existenciais. Somos chamados para a vivência sinodal “comunhão, participação e missão”. É necessário que, como cristãos, nos desafiemos a superar tantas indiferenças. Também somos convidados a continuar a missão de Jesus, sermos discípulos em busca de diálogo e fraternidade. Que possamos caminhar juntos em busca da plenitude.
Ser catequista é um grande presente de Deus. Poder fazer experiência de seu imenso amor sempre que partilhamos as coisas de Deus com os catequizandos que nos são confi ados, é sempre uma oportunidade de provar a delicadeza do amor d’Aquele que nos criou.
O Salmo diz que o perfeito louvor é dado pelos lábios dos mais pequeninos (Sl 8). É com esse louvor que nos encontramos na experiência dos encontros de Catequese. As crianças, adolescentes, jovens e famílias que acorrem à Catequese não são tábuas rasas. Elas chegam já com suas experiências e vivências próprias da fé que vêm de casa, que é transmitida pelas gerações e é guardada na simplicidade.
Quando chegam aos encontros de Catequese essa fé trazida de casa se encontra com os demais e todos são iluminados pela fé da Igreja que, por sua vez, ilumina e direciona as reflexões através do catequista. Este conduz e aprende junto no encontro de Catequese.
Gostaríamos de compartilhar algumas reflexões trazidas pelas crianças dos primeiros anos da Catequese de uma das turmas que acompanhamos nos últimos anos.
Em uma ocasião, refletindo com as crianças sobre os patriarcas, chegamos à história de Abraão, nosso pai na fé. Como bem sabemos Abraão e Sara eram um matrimônio estéril, e sofriam por isso. Quando Deus chama Abraão faz a promessa da descendência numerosa (Gn 15,5), mesmo sem o casal confiar, a promessa se cumpre como bem sabemos.
Na ocasião desse encontro de Catequese havíamos celebrado há pouco a Semana Santa e a Páscoa, e explicávamos a simbologia dos dias
da Semana Santa, mais especifi camente sobre a bonita Vigília Pascal na noite do Sábado Santo. Então que fomos surpreendidos com a reflexão de uma das crianças:
“Então quer dizer que aquelas velas acesas no Círio Pascal, que a gente entra na igreja enquanto as luzes estão apagadas, somente iluminados pelas luzes das nossas velas, representam a promessa que Deus fez a Abraão: as nossas velas acessas na Igreja são as estrelas do céu e em todas as igrejas do mundo acontecendo o mesmo são os numerosos fi lhos de Abraão”.
Quando escutamos semelhante reflexão, de uma criança de 9 anos, nossos corações arderam de emoção, pois nesse instante era a fé de seu coração, que recebeu de sua família, iluminada pela graça falando para o grupo de amigos da Catequese.
Em uma outra ocasião, já preparando para a primeira confissão, en-
quanto falávamos da consciência e da reflexão que somente nós podemos fazer, sobre os erros que cometemos uns com os outros, uma das crianças sentia muita dificuldade de entender. Foi então que um colega começou a explicar: “Se seu cachorro começa a brincar com a sua bola e rasga, ele não sabe o que está fazendo, não é capaz de entender o que está fazendo, pois é um animal sem razão, está seguindo seus instintos e brincando. Já se sua irmã brincando com sua bola por pirraça rasga, ela está fazendo com intenção e se se arrepende pode pedir perdão, e então vocês voltam à paz”.
A maturidade das crianças às vezes nos surpreende. Muitas vezes parecem tão imaturas, inseguras de si mesmas, e no momento seguinte nos surpreendem com uma maturidade acima da média, deixando claro que é Deus que trabalha através da família, através dos catequistas e da comunidade.
Na ocasião das confi ssões, cabe recordar que era a primeira confi ssão de todos da turma, e também fomos surpreendidos pela seriedade com que viveram o momento. A ansiedade é bastante comum ainda para nós quando nos acostamos ao Sacramento da Penitência, imagine para as crianças na primeira ocasião que examinam suas consciências e se sentam para a confi ssão. Entretanto, de acordo com o pároco, fi zeram ótimas confi ssões, mais demoradas que dos adultos, demonstrando uma séria refl exão e sentido de suas ações, e ainda grande amor pela Eucaristia.
Já durante o recesso da Catequese fomos procurados por uma mãe que contou uma anedota de uma das crianças. Afanada entre os afazeres de casa, a mãe pediu ajuda do fi lho que como uma criança normal tentou se esquivar e saiu correndo. Difi cilmente a mãe acata passivamente uma negativa dessas, e quase sempre o chinelo ganha “propriedades
“Muitas vezes (as crianças) parecem tão imaturas, inseguras de si mesmas, e no momento seguinte nos surpreendem com uma maturidade acima da média, deixando claro que é Deus que trabalha através da família, através dos catequistas e da comunidade”.
voadoras”, e assim sucedeu, porém sem sucesso, pois o chinelo caiu antes. Contudo o menino escorregou e caiu. Foi então que a mãe altivamente disse: “Tá vendo? Deus castiga”! Prontamente a criança se levantou, e esquecendo-se da dor do tombo respondeu à provocação da mãe: “Deus não castiga, aprendemos na Catequese que Deus nunca castiga”. A mãe fi cou sem ação, pois estava preparada para repreender o fi lho, mas a resposta do fi lho a desconsertou.
Essas situações relatadas são uma amostra do que acontece em nossos encontros de Catequese e,
certamente, se repetem em muitos encontros pelo mundo todo. As diferentes experiências de fé nos trazem para a mesma experiência de Jesus Ressuscitado, que nos alimenta através da Palavra e da Eucaristia.
Estamos iniciando um novo ano de Catequese. Esperemos que essas experiências se repitam e venham novas, pois Deus sempre nos surpreende.
Encerramos essa nossa contribuição com o canto do Salmo: “Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra! Vossa majestade se estende, triunfante, por cima de todos os céus. Da boca das crianças e dos pequeninos sai um louvor que confunde vossos adversários, e reduz ao silêncio vossos inimigos” (Sl 8,2-3).
Maria Artés Coma e Douglas Vinícius Miquelin Membros da coordenação diocesana da Animação Bíblico-catequéticaAs experiências vivenciadas por nós nos últimos anos, nos arrancaram da realidade conhecida e nos arremessaram às mais profundas incertezas. O longo período da pandemia, nos deixou à mercê de situações que geraram medo, insegurança, fragilidades em todas as áreas. No último ano, a sociedade tem buscado entender e superar as consequências geradas pelo isolamento e a substituição das relações pessoais pelas experiências virtuais. O retorno às atividades profissionais, sociais, familiares aconteceu naturalmente, mas parece-nos que o comprometimento com as atividades religiosas tem sido mais lento, como se muitos permanecessem adormecidos, acomodados. Esta fragilidade agravouse ainda mais pelas questões que envolveram os brasileiros durante as Eleições Gerais do Brasil.
O cenário atual apresenta-se delicado, onde alguns cristãos se tornaram céticos, descrentes e enfraquecidos na sua fé, especialmente pelas divergências de ideias e fragilidades das relações entre os seus. De onde pode nos vir a melhor orientação de como permanecer perseverantes na caminhada?
Situação semelhante a esta, foi vivenciada pela comunidade dos Colossenses, no ano 60 d.C., e a estes o Apóstolo Paulo, padroeiro do Movimento de Cursilhos da Cristandade, escreveu e os orientou. “Se, portanto, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá de cima, onde Cristo está, sentado à destra de Deus; pensai nas coisas lá de cima, não nas que estão sobre a terra” (Cl 3,1-2).
Neste sentido, somos também nós orientados a retornarmos à nossa essência. Voltando nosso olhar, pensamentos e ações a quem de direito pertencemos. É preciso que busquemos as coisas de Deus, que tenhamos nosso olhar voltado às coisas do Reino. Se cremos no Cristo
ressuscitado, fomos salvos por Ele e a Ele devemos nos assemelhar.
A Ir. Assunção, pertencente a Congregação das Humildes Servas da
Rainha do Amor, nos ajudou a refletir sobre este texto e compreendê-lo. Ela assim nos falou, na Escola Vivencial Diocesana de fevereiro: “Você sabe o porquê Deus lhe deu o sopro de vida? Qual o sentido da sua vida? Viemos ao mundo para que um dia, através do amor, nos unamos a Deus, na felicidade eterna no céu. Fomos criados para amar e servir a Deus. Mas como seres em construção, muitas vezes buscamos esta felicidade, no lugar errado. O plano de Deus é que alcancemos a felicidade perfeita, mas nós a procuramos em coisas imperfeitas. A alegria do céu não será alcançada com base nos prazeres mundanos. É preciso entender que, quando nós fazemos o verdadeiro encontro com o Cristo, no Cursilho ou em outras experiências, Ele nos resgata, nos separa, nos arrebata para Ele, mas nos quer por inteiro. Ele respeita nosso livre arbítrio, mas nos propõe que cuidemos das coisas que verdadeiramente nos levarão à felicidade eterna. Nos propõe que não nos ocupemos com as coisas da Terra. Sentimentos e ações movidas pela vaidade, ira,
disputa de poder e tudo mais, nos afastam de Deus e da felicidade de um dia estar com Ele no céu. Buscar as coisas do alto significa cuidar do que de fato importa (agir como Cristo agiria) perdoar os que nos ofendem, rezar pelos que nos ferem (...) buscando a remissão de nossos pecados e nos espelhar em Cristo, para sermos verdadeiros cristãos, um novo Cristo, afeiçoados a Ele. Nós somos o povo eleito de Deus, escolhidos para sermos santos como Ele é
“Somos também nós orientados a retornarmos à nossa essência. Voltando nosso olhar, pensamentos e ações a quem de direito pertencemos. É preciso que busquemos as coisas de Deus, que tenhamos nosso olhar voltado às coisas do Reino. Se cremos no Cristo ressuscitado, fomos salvos por Ele e a Ele devemos nos assemelhar”.
Santo. Portanto, vamos nos suportar, ser caridosos, amorosos. É preciso que rezemos uns pelos outros para superarmos as fragilidades, as diferenças e nos manter na caminhada, perseverantes. Se alguém te ofendeu, humilhou, reze por ti e pelo outro”. No estudo deste texto, seja pelas palavras de São Paulo Apóstolo ou da Ir. Assunção, ficou claro de que não podemos deixar a caminhada cristã, temos que nos fortalecer e continuar a buscar as coisas do alto, as que
nos aproximam de Deus, e só a alcançaremos se optarmos pelos verdadeiros critérios cristãos.
A exemplo dos primeiros cristãos, temos que manter a unidade e não querer a uniformidade. Somos diferentes, seres únicos, e frente às diversidades é que somos desafiados a amar. Cristo nos deu o novo Mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado”. Cristo viveu e conviveu com todos seus 12 apóstolos, os quais são exemplos de “pessoas diferentes” e Ele não os distinguiu; ao contrário, os amou. Somos peregrinos neste mundo e se queremos que nosso 5º dia seja no céu, na felicidade eterna, vamos perseverar buscando as coisas lá do alto. Cristo é nosso modelo.
Josiane Bucalão, Marcos Hawerroth, Rafael Hirata, Giani Verdi Cursilhistas da Diocese de Toledo
Durante o caminho que nós passamos sempre encontramos pessoas que estão à frente da sociedade, e algumas delas são os sacerdotes que, mostrando o caminho de Jesus, nos ensinam a viver uma vida mais feliz. E um desses exemplos é o Pe. Amário José Zimmermann.
Pe. Amário, nascido em 30 de junho de 1940, na cidade de Santo Cristo, no Estado de Rio Grande do Sul, foi batizado logo após o nascimento na Paróquia de Santo Cristo, filho de Reinoldo Vilibaldo Zimmermann e Irminda Zimmermann. Ingressou no seminário de Cerro Largo, também no Estado gaúcho, no ano de 1953, com 13 anos de idade, onde frequentou até o fim do ensino médio. Em seguida foi para o Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, em
Viamão (RS), onde cursou Filosofia e Teologia.
Após sua ordenação exerceu sua missão de padre diocesano no Rio Grande do Sul. Por três anos, exerceu seu ministério presbiteral no Paraguai, e logo após partiu para estudos na Colômbia. Ao retornar para o Brasil, fez missões em Rondônia.
No ano de 1983 chegou na
Diocese de Toledo e assumiu a Paróquia Santo Antônio, na cidade de Formosa do Oeste, onde permaneceu um tempo e foi para Marechal Cândido Rondon para assumir a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, onde teve um excelente desempenho que até teve a honra de ser nomeado como cidadão honorário. Hoje Pe. Amário tem 82 anos e vive como aposentado em Marechal Cândido Rondon.
Com ele podemos aprender como se deve valorizar as pessoas que nos seguem e usam-nos de exemplo. Às vezes somos o ponto de chegada de alguém e não percebemos, por conta disso não nos cuidamos e acabamos em uma decadência. Mas com toda certeza este não é o caso de Pe. Amário. Ele nos dá seu testemunho de vida. Mesmo após cirurgias, em idade
“Percebemos a importância de persistir, pois se ele (Pe. Amário) tivesse parado quando ainda era um seminarista não seria um exemplo de vida durante meio século. O novo sempre é um mistério e muitas vezes dá medo. Se não pararmos para refletir para ver como estamos enfrentando as nossas provações, elas nos dominam e logo desistimos. Persistência é uma atitude de grande peso. Sem ela não conseguimos ir à lugar nenhum, seja no que fizermos”.
avançada, continuou dedicando-se às comunidades em sua missão de sacerdote. Quando a sua saúde já não mais permitiu, limitou-se a assistir à missa pela TV. Mesmo com problemas, guarda os domingos indo à igreja e celebrando a Eucaristia. Podemos refletir sobre como mesmo com uma saúde boa não vamos à missa por outras razões, por uma visita, para preparar um almoço para a família (...).
Percebemos a importância de persistir, pois se ele tivesse parado quando ainda era um seminarista não seria um exemplo de vida durante meio século. O novo sempre é um mistério e muitas vezes dá medo. Se não pararmos para refletir para ver como estamos enfrentando as nossas provações, elas nos dominam e logo desistimos. Se não tivermos força para persistir podemos abandonar por pensarmos que “este não é meu lugar”. Persistência é uma atitude de grande peso. Sem ela não conseguimos ir à lugar nenhum, seja no que fizermos.
Com Pe. Amário também podemos ver a importância do sim, de estar à disposição. Com sua persistência pôde fazer várias coisas, como sair de sua cidade natal para ser pároco no Paraguai, e depois vir para a Diocese de Toledo. Tudo isso só foi possível pois na sua adolescência teve coragem de sair da casa dos pais para viver uma vida de santidade, voltada totalmente a Jesus Cristo. Para ter uma coisa que queremos, devemos nos desprender de outras, e todos
Chamo-me Carlos Eduardo Motta Antunes, tenho 17 anos de idade, moro em Marechal Cândido Rondon. Sou o segundo filho, de três, de Roberto Antunes dos Santos e Silvana Fernanda Motta Gulchinski.
A primeira vez que senti a vontade de conhecer o seminário foi na minha antiga cidade Boa Vista da Aparecida (PR), onde no retiro da 1ª Eucaristia o animador vocacional da paróquia anunciou que haveria um encontro no seminário de Cascavel, porém por causa da distância minha mãe não autorizou.
Alguns anos depois em 2018, também em retiro, mas desta vez era de Crisma, já em Marechal Cândido Rondon, o animador vocacional da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Loreno Tafarel, anunciou que haveria um encontro no Seminário Menor São Cura d’Ars, de Quatro Pontes, só que desta vez antes mesmo de falar com minha mãe, eu peguei a autorização e combinei com o Taffarel que o avisaria caso eu não pudesse ir. Mas, pela graça de Deus, minha mãe autorizou, e em um domingão no final do ano de 2018 foi o meu primeiro contato com o seminário.
Depois da primeira vez, a minha vida começou a mudar. No ano seguinte comecei a frequentar mais o seminário, indo em todos os encontros que podia, e no dia 23 de novembro de 2019 dei o meu sim. No ano seguinte ingressei no meu primeiro ano. Desde então venho aprendendo e crescendo cada dia mais, e neste ano de 2023 ingressei em minha formação da etapa do Discipulado (Filosofia), no Seminário Maria Mãe da Igreja, de Toledo.
os que escolheram a vida religiosa precisaram de muita coragem, mas com fé em Deus e crendo que Ele sempre está junto, podem seguir em frente, sendo um exemplo como muitos santos.
Certa vez São Francisco de Assis disse: “Tome cuidado com a sua vida, talvez seja o único evangelho que as pessoas leiam”. E parece que o Pe. Amário leu essa frase e nunca mais a esqueceu, gravando-a em sua própria vida.
O boletim do SPC Brasil do primeiro mês do ano mostra que o número de inadimplentes de Toledo cresceu 9,63% em janeiro de 2023, em relação a janeiro de 2022. O dado ficou acima da média da região Sul (8,73%) e acima da média nacional (7,74%). Na passagem de dezembro/2022 para janeiro, o número de devedores de Toledo cresceu 3,07%. Na região Sul, na mesma base de comparação, a variação foi de 1,08%.
A abertura por faixa etária do devedor mostra que o número de devedores com participação mais expressiva em Toledo em janeiro foi o da faixa de 30 a 39 anos (27,80%). A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,34% homens e 48,66% mulheres.
Em janeiro de 2023, cada consu-
midor negativado da cidade devia, em média, R$ 4.446,22 na soma de todas as dívidas. O tempo médio de atraso dos devedores negativados de Toledo é igual a 26,2 meses, sendo que 31,32% dos devedores possuem tempo de inadimplência de um a três anos.
Em janeiro de 2023, o número de dívidas em atraso de moradores de Toledo cresceu 16,11%, em
relação a janeiro de 2022. O dado ficou abaixo da média da região Sul (17,97%) e abaixo da média nacional (17,87%). Na passagem de dezembro/2022 para janeiro, o número de dívidas de Toledo cresceu 3,54%. Na região Sul, nessa mesma base de comparação, a variação foi de 1,85%.
O setor com participação mais expressiva do número de dívidas em janeiro na cidade de Toledo foi dos Bancos, com 46,62% do total de dívidas, seguido pelo comércio com 25,33%, comunicação com 8,44%, água e luz 8,40% e 11,21% demais segmentos.
Em janeiro de 2023, cada consumidor inadimplente em Toledo tinha em média 2,350 dívidas em atraso. O número ficou acima da média da região Sul e acima da média nacional registrada no mês.
Os dois filhotes de onça-pintada (Panthera onca) nascidos no Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), de Itaipu Binacional, no dia 29 de novembro do ano passado,
deixaram o berçário e foram soltos pela primeira vez no recinto dedicado à conservação da espécie. A soltura aconteceu em fevereiro e de lá para cá elas têm sido
frequentemente visitadas pelos turistas. O espaço, com 2 mil metros quadrados, faz parte do roteiro de visitação do Complexo Turístico Itaipu (CTI).
A escola, em período de férias, é um espaço vazio e sem vida e quando os estudantes retornam, os ambientes se enchem de risos, olhares curiosos e cheios de expectativas em relação ao novo ano escolar. O desafio é trazer a moçada de volta à rotina escolar e, para os pequenos, que estreiam na vida escolar, é preciso adaptá-los de forma leve e feliz.
Para garantir que a volta à rotina e a adaptação dos recém-chegados aconteça de forma natural e feliz, o Colégio La Salle tem uma dinâmica de parceria com a família Lassalista. É assim que, ao iniciar o ano letivo, os pais são orientados a auxiliarem seus fi lhos quanto à retomada da rotina.
A coordenadora do Ensino Fundamental – séries iniciais, Anna Sampaio relembra algumas das orientações para que os pais possam colaborar com o ajuste desta rotina. “É importante que a criança tenha um bom sono, não só em termos de quantidade de horas dormidas, mas também, de qualidade. O ambiente precisa colaborar para que o sono seja reparador. Uma criança descansada, no dia seguinte, é uma criança participativa, interessada e engajada às atividades propostas”, diz.
Outro ponto destacado pela coordenadora está na alimentação. “É importante que as crianças se alimentem bem nos momentos destinados às refeições e em horários permanentes. Essa postura precisa fazer parte de uma organização, na qual é observada a qualidade dos alimentos porque nós somos, em grande parte, aquilo que comemos”, afirma.
O estudo em casa é outro desafio nesta volta às aulas. “As crianças precisam de um espaço adequado, de um horário permanente e de um ambiente preparado para que ela se conecte e se abasteça daquilo que vivenciou em sala de aula, visitando novamente os pontos das atividades trabalhadas, tirando dúvidas, fazendo pesquisas, sinalizando ainda possíveis dificuldades para que o professor possa auxiliá-la”, orienta Anna Sampaio.
A coordenadora da Educação Infantil do Colégio La Salle, Rosangela Schio, explica que a rotina permite à criança mais confiança e segurança na retomada das atividades e, isto vale também para as que estão chegando na Escola pela primeira vez. “Envolver a criança nos preparativos a ajuda a fazer esta transição de forma mais leve. Convida-la para arrumar a sua mochila, preparar o lanche, separar o uniforme, escolher qual brinquedo ela
quer levar para a Escola, tudo isso contribui para a construção da rotina e, consequentemente, para o bem-estar da criança”, aponta.
O Colégio La Salle está preparado para atender seus estudantes na construção de um ano letivo produtivo. “Antes mesmo dos estudantes retornarem para a Escola, nossos professores já estavam em formação continuada, planejando o ano escolar, definindo diagnósticos e estratégias para que todos alcancem seus objetivos e aproveitem, da melhor forma possível, o que ofertamos, que é uma Educação de Excelência”, destaca o diretor do Colégio La Salle, Ir. André Müller.
Anna Sampaio detalhou o trabalho inicial feito com os alunos Lassalistas. “Nós sabemos o ponto de chegada e para definirmos o trajeto precisamos entender o ponto de partida, por isso, inicialmente, fizemos sondagens, realizamos revisões para sabermos o que nossos estudantes assimilaram dos anos anteriores e, a partir deste ponto, podemos seguir confiantes de que todos estão preparados para o início dessa jornada”, comenta.
O diretor do Colégio La Salle, Ir. André Müller, destaca que não existe uma escola sem a presença da família. “A Educação é assertiva quando todos os agentes: Escola, família e estudantes estão comprometidos com os princípios de uma educação de excelência, inovadora e criativa”, completa.
A Coamo Agroindustrial Cooperativa registrou em 2022 receita global de R$ 28,1 bilhões. O valor representa um crescimento de 14,1% em relação a 2021. A sobra líquida atingiu o montante de R$ 2,258 bilhões, um incremento de 23,1% em relação ao ano anterior. Deste valor, após a dedução estatutária, foram distribuídos R$ 705,7 milhões aos mais de 30,7 mil cooperados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Os números do exercício 2022 foram aprovados pelo quadro social dia 16 de fevereiro, em Assembleia Geral Ordinária realizada em Campo Mourão, município sede da cooperativa.
O crescimento das receitas foi proporcionado pelo aumento dos preços das commodities agrícolas, dos volumes de vendas da linha alimentícia e do fornecimento de bens de produção. O ano de 2022 foi muito bom para a Coamo em termos de faturamento. Mas, será lembrado, também, pelos problemas climáticos na safra de verão e de trigo. O fornecimento de insumos foi outro desafio, já que fatores externos como a guerra entre Rússia e Ucrânia, influenciaram diretamente nos negócios, em especial nos fertilizantes e alguns herbicidas para manejo e dessecação.
Em 2022, a Coamo recebeu 7,470 milhões de toneladas nas suas 114 unidades, localizadas nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, representando 2,8% da produção brasileira de grãos.
A Coamo tem investido em diversas soluções, inovações e modernização da sua infraestrutura logística. Foram construídos novos entrepostos, armazéns de insumos, implantado softwares para gestão dos armazéns e aquisição de torres verticais automa-
tizadas para estocagem de peças em geral e produtos veterinários.
As indústrias de processamento de soja em Campo Mourão, Dourados e Paranaguá, compreendendo esmagamento, refinaria, hidrogenação, fábricas de gorduras vegetais e margarinas, processaram 2,708 milhões de toneladas de soja, representando um aumento de 3,6%, em relação ao ano anterior. A torrefação e moagem de café, produziu 2,820 mil toneladas de café torrado e moído; os moinhos de trigo de Campo Mourão e Mamborê produziram 210,025 mil toneladas de farinhas e farelo de trigo, e a fiação de algodão produziu 3,142 mil toneladas de fios.
Em 2022 a Coamo exportou o montante de 2,107 milhões de toneladas de produtos, com uma redução de 43% em relação ao ano anterior, reflexo, principalmente, da quebra da safra de soja e o ritmo lento de fixação da produção pelos cooperados, sendo que
o faturamento atingiu o montante de US$ 1,183 bilhão, representando uma redução de 14,5% em relação ao ano de 2021, só não sendo maior a diferença, face ao aumento dos preços dos produtos, principalmente da soja. As exportações da Coamo foram destinadas para 30 países da Europa, América, Ásia e África. Os embarques foram realizados pelos Portos de Paranaguá no Estado do Paraná, e São Francisco do Sul no Estado de Santa Catarina.
Em 2022 os investimentos totalizaram R$ 1,279 bilhão, onde destacam-se, além dos entrepostos no Mato Grosso do Sul, a construção de novas instalações em Campo Mourão para o novo entreposto e uma fábrica de ração que entrará em funcionamento em 2023, aquisições de áreas rurais para reflorestamento e implantação de uma Fazenda Experimental em Dourados (MS). Foram realizadas também melhorias em praticamente todas as unidades visando o melhor atendimento e agilidade no recebimento das safras do quadro social.
A Sicredi Progresso marcou presença na programação da 35ª edição do Show Rural Coopavel. A Cooperativa esteve representada por integrantes do Comitê Mulher, associados e colaboradores. O Show Rural é um dos maiores eventos do mundo em diversificação agrícola e acontece em Cascavel/PR.
A participação das mulheres no Show Rural evidencia a força feminina no campo e a participação efetiva na Cooperativa. Aproximadamente 40 associadas integram o Comitê Mulher que atua para promover a equidade de gênero, o empoderamento e a capacitação delas, para que possam exercer o protagonismo e a liderança na Cooperativa e na comunidade.
“Foi um dia interessante que tivemos. O evento é lindo, tem expositores variados, aprendemos muito em um dia como esse. Agradeço ao Sicredi pela oportunidade e também por fazer parte desse grupo de mulheres”, contou a integrante do Comitê, Diva Dauernhemr Von Muhlen.
Além da participação feminina, o dia foi marcado pela proximidade
com o produtor rural. Através de uma parceria do Governo do Estado, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE e a Fomento Paraná, a Sicredi Progresso viabilizou investimentos em sistemas de geração de energia alternativa, como solar e biodigestores, com juro zero do programa Banco do Agricultor Paranaense.
No Show Rural, houve um momento especial para celebrar essa parceria. Os associados, Ari Luiz Schlindwein e Inês Gibbert Fritzen, foram os representantes da Cooperativa em um encontro no estande do BRDE. O momento contou com a presença do Governador do Estado, Carlos Roberto Massa Júnior.
Ari teve acesso à essa linha de crédito e construiu um biodigestor em sua propriedade em Boa Vista, Toledo/PR. Já Inês, instalou placas de energia solar em sua propriedade no Distrito de Dez de Maio, também em Toledo/PR. “Através desse crédito eu pude fazer a instalação das placas solares, o que traz muitos benefícios para minha propriedade. Foi uma oportunidade acessível que o Sicredi me proporcionou e eu aproveitei”, conta Inês.
“A sinergia entre BRDE, Fomento Paraná, governo estadual e Sicredi tem trazido bons resultados. Muitos associados da agricultura familiar têm feito investimentos em energias renováveis. Isso contribui signifi cativamente em suas propriedades e consequentemente para a qualidade de vida e do meio ambiente”, reforça a Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Sicredi Progresso, Rosemari Fatima Zamarchi.
As 19 cidades que compõem a região de atendimento pastoral da Diocese de Toledo contam com 425.043 habitantes. É o que revela o dado preliminar do Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A homologação da coleta de dados, com a conclusão dos trabalhos, deve ocorrer ainda neste mês de março e, portanto, pode modificar pontualmente alguns resultados divulgados preliminarmente.
Com esse quantitativo revelado pelo Instituto, o crescimento médio anual é de 1,58%. Em 12 anos, intervalo de tempo entre um Censo e outro, 67.667 pessoas passaram a residir nos 19 municípios da região. O Censo 2022 revela que nessa última década o crescimento populacional mais que dobrou em relação à década anterior. Entre 2000 e 2010, a região havia recebido cerca de 30 mil novos habitantes.
Toledo, cidade sede episcopal, está com 156.123 habitantes. Esse número representa um crescimento populacional
crescimento no período pesquisado pelo IBGE de 30,85% em relação ao quantitativo de 2010, data em que foi realizado o mais recente Censo. O crescimento expressa a atração de pessoas que se estabeleceram
em busca de oportunidades de negócios, emprego e qualidade de vida, influenciada pela oferta de serviços de saúde, educação, segurança, lazer, entre outros.
Das cidades desta região, a que apresentou maior índice de crescimento proporcional no período é Toledo. Em seguida aparece Pato Bragado, com expansão populacional de 23,93%. Palotina (22,24%) e Marechal Cândido Rondon (20,74%) figuram entre as cidades que tiveram evolução expressiva no número de habitantes nos últimos 12 anos.
Do outro lado, das cidades da região
O crescimento populacional constatado pelo IBGE para grande parte das cidades que fazem parte da região da Diocese de Toledo evidencia a necessidade de investimentos por parte dos órgãos públicos e também da própria Igreja.
Neste caso em particular, o aumento no número de habitantes implica em um olhar mais atento às necessidades destas pessoas que se encontram residentes em novos loteamentos abertos nos últimos anos. Nota-se a chegada de pessoas
que apresentaram menor crescimento populacional no período estão Tupãssi e Formosa do Oeste, respectivamente com índice de apenas 1,14% e 1,33%.
Mas tem também o município que perdeu população no período analisado. É o caso de Formosa do Oeste que reduziu em 8,96% sua população nos últimos 12 anos. No período de 2000 a 2010 já havia registrado 12% a menos no número de habitantes.
de outros estados brasileiros e até de estrangeiros em busca de oportunidades para si e seus familiares e que já se fazem presentes nas comunidades de fé existentes ou aguardando a formação de novas.
Já para os órgãos públicos, os desa-
fios são ainda maiores, pois é preciso pensar no ordenamento global que parte de um bom Plano Diretor. Esse Plano define as áreas de expansão habitacional, comercial, industrial e
Cidades com menos de 10 mil habitantes enfrentam mais dificuldades em atração de novos investimentos e consequentemente de geração de empregos e oferta de serviços públicos. Muitas delas têm na sua principal fonte de receita para fazer frente às necessidades da população as transferências de recursos do Governo Federal, como por exemplo o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Na Região da Diocese de Toledo, onze cidades têm menos de 10 mil habitantes. Jesuítas (10.508) e Nova Aurora (12.848) ficam ligeiramente acima dessa quantidade. Terra Roxa tem mais de 18,4 mil habitantes. Exceto Toledo, outras quatro cidades têm acima de 30 mil
de prestação de serviços. É por meio dele se tem um parâmetro para a construção dos chamados equipamentos públicos, como centros municipais de educação infantil e escolas de educa-
básica, determinação das vias para garantir a mobilidade da população, bem como para a instalação e operação de sistemas de água e esgotamento sanitário, entre outras finalidades.
de crescimento populacional em 20% no período analisado. Deste grupo, somente Guaíra que registrou apenas 4,13% de aumento populacional.
Por outro lado, cidades com mais de 100 mil habitantes, pelo seu ritmo econômico, apresentam mais chances de oferecer oportunidades para empreendimentos de diversos segmentos, gerando empregos para a população e impostos para os governos.
Cidades com menos de 10 mil habitantes habitantes, fazendo com que tenham outras fontes de receitas mais robustas. E destas, Marechal Cândido Rondon e Palotina estão com ritmo forte
A C.Vale conseguiu crescer e vai distribuir sobras aos associados apesar de ter deixado de receber 20 milhões de sacas de soja devido à estiagem durante a safra 2021/22. A cooperativa elevou o faturamento para R$ 22,69 bilhões, o que representa 20% na comparação com 2021. Os associados já embolsaram mais de R$ 107 milhões em sobras.
A agroindustrialização, o bom desempenho da soja em Mato Grosso e do milho safrinha no Paraná, entre outros fatores, permitiram que a cooperativa ampliasse seu faturamento e apresentasse sobras aos associados. “A grande área de atuação e a diversificação de atividades com a industrialização nos permitem maior estabilidade e crescimento constante, e são fundamentais
para nossos planos de investimentos”, explicou o presidente da C.Vale, Alfredo Lang, durante assembleia com a participação de mais de mil pessoas, em Palotina.
Lang citou como os principais investimentos de 2022 as obras de construção
No Paraná, Toledo é a 12ª cidade com mais de 100 mil habitantes. Das maiores do Oeste do Estado, Toledo está em 3º lugar. Em primeiro aparece Cascavel (350.644 habitantes), seguida por Foz do Iguaçu (286.323 habitantes).
de uma esmagadora de soja, a inauguração de um supermercado em Rio Brilhante (MS) e o início das operações de um incubatório para 13,5 milhões de pintos/mês e um abatedouro para 200 mil frangos/dia, ambos em Iporã (PR).
Na assembleia, a exibição de um vídeo marcou a inauguração virtual da Unidade Produtora de Leitões Desmamados, localizada no distrito Floresta, em Palotina.
A C.Vale investiu R$ 100 milhões no empreendimento.
Para 2023, ano em que a C.Vale completa 60 anos de fundação, uma das metas da cooperativa é inaugurar a esmagadora de soja. A indústria está recebendo em torno de R$ 1 bilhão em investimentos e terá capacidade para processar 60 mil sacas/dia.
Desde seu lançamento, em 16 de novembro de 2020, o Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil (BCB), é o meio de pagamento mais utilizado no país e aprovado por 85% da população bancarizada, segundo pesquisa Radar Febraban. Somente em dezembro de 2022, foram realizadas mais de 2,8 bilhões de transações com o Pix, que movimentaram um valor de mais de R$ 1,2 trilhão, conforme informações do BCB.
Com a popularidade do Pix também cresceram as tentativas de golpes envolvendo a ferramenta. O mais recente é popularmente chamado de “Novo Golpe do Pix”. André Ferraz, CEO e cofundador da Incognia, empresa pioneira em identidade digital baseada em localização, explica que a nova prática fraudulenta combina o uso de engenharia social com a violação de dados bancários confidenciais para induzir usuários do Pix a realizarem transações para a conta de criminosos.
A princípio, o criminoso telefona a um cliente de serviços fi nanceiros e afi rma ser funcionário da instituição. Na sequência, informa que a conta daquele consumidor foi invadida e que transações foram feitas, movimentando valores. As transações alegadas são, na realidade, falsas mas, no momento, isso ainda não é de conhecimento da vítima.
Em seguida, o fraudador apresenta informações confi denciais da vítima, incluindo dados do histórico de transações, valores exatos de débitos automáticos, transferências via Pix, entre outros, com o objetivo de fazê-la acreditar que quem realizou a ligação é mesmo um funcionário do banco.
O objetivo é persuadir a vítima a transferir os mesmos valores citados no início da ligação para contas de laranjas. A justificativa fornecida é que o banco irá detectar a duplicidade das transações e cancelar tudo.
Diante dessa nova fraude, Ferraz compartilha orientações para identificar e se proteger contra a ação dos criminosos. “Não forneça informações pessoais, como senhas, números de conta, números de cartão de crédito, entre outros, a pessoas desconhecidas. Se receber uma ligação suspeita, desconfie e não forneça informações ou realize transações financeiras. Bancos e instituições financeiras geralmente não solicitam informações confidenciais via telefone, tampouco a realização de transações via Pix para dar sequência em qualquer procedimento”, alerta.
Outra recomendação é prestar atenção aos detalhes da ligação, como a qualidade da linha, a forma de falar do interlocutor, a velocidade de resposta e se eles sabem informações confidenciais sobre você, isso pode indicar fraude. “Se possível, verifique o número da ligação e confronte com os números de canais oficiais de contato do seu banco”, pontua. Após receber uma ligação desse tipo, contate imediatamente seu banco e verifique se houve alguma atividade suspeita em sua conta. Caso precise entrar em contato com o seu banco, use somente o número de telefone oficial da instituição.
Embora o Pix seja amplamente utilizado e tenha trazido inúmeros benefícios para os brasileiros, as técnicas de fraude utilizando pagamentos instantâneos tem se sofisticado e ainda há brechas de segurança que podem oferecer riscos aos consumidores legítimos. Dados divulgados pelo Banco Central mostram o registro de 739.145 indícios de crimes envolvendo o Pix de janeiro a junho de 2022, um crescimento de 2.818% em relação ao mesmo período do ano anterior.
“A cada dia que passa, os fraudadores estão mais habilidosos tanto na abordagem ao praticar engenharia social, quanto em recursos tecnológicos. Portanto, é dever das instituições financeiras o investimento e a implementação de medidas rigorosas de segurança, pois, além de manter sua credibilidade inabalável, garantem a melhor experiência possível para o usuário final. Em casos como o novo golpe do Pix, que envolve pagamentos e transferências, é importante que as pessoas tenham conhecimento sobre como acontecem esses golpes para estarem sempre alertas ao serem abordadas por supostos funcionários bancários”, conclui Ferraz.
Levantamento realizado pela Coordenação Nacional de Fiscalização (CNF) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) revelou que 16% do total das denúncias de infrações recebidas pelo órgão estão relacionadas ao exercício irregular da advocacia. A CNF emitiu 112 notificações e recomendou cerca de 103 ajuizamentos de ações para que os envolvidos cessem as atividades irregulares.
A profissão de advogado é privativa, e só pode ser exercida por quem possuir registro perante os quadros da OAB, no estado em que reside o profi ssional, que também pode ter inscrição suplementar em outros estados onde tem mais de 5 ações judiciais em trâmite. Além de ser formado em Direito, a condição para obter o registro profissional requer o cumprimento dos demais requisitos legais: passar no Exame de Ordem, prestar seu compromisso perante a entidade e cumprir suas obrigações estatutárias.
O Estatuto da OAB (lei 8.906/94) prevê que são atividades priva-
tivas da advocacia a postulação em órgão do Poder Judiciário aos juizados especiais, além das atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. Também estão previstos os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, que só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogado.
O exercício ilegal da profissão prejudica o regular funcionamento do Poder Judiciário e principalmente
O exercício ilegal da profissão é contravenção penal prevista em lei, passível de propositura de Ação Civil Pública. Conforme o artigo 47 do Decreto Lei
3.688 de 1941 (Lei das Contravenções Penais), “exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício: Pena -- prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa”. Constatada a fraude, a vítima poderá procurar a OAB mais próxima, ou acessar os canais de atendimento à
distância para noticiar eventual prática de exercício ilegal da atividade da advocacia.
ADVOCACIA REGULAR: COMO IDENTIFICAR
Criado com o intuito de gerar mais segurança e transparência à população e demais órgãos do sistema Judiciário brasileiro, o Cadastro Nacional dos Advogados (CNA) é um banco de dados fornecido pelo próprio Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil que contém informações de todos os advo-
o cidadão, já que os atos praticados pelo falso profissional ou por empresas que oferecem serviços privativos da advocacia são considerados nulos. Entram neste rol também os advogados impedidos, que são aqueles que se encontram com seu registro suspenso, que esteja licenciado ou que passe a exercer atividade incompatível com a advocacia.
“Quando a sociedade usufrui de serviços advocatícios prestados por pessoa não habilitada, o risco de ter seu direito não protegido é exponencialmente aumentado. Por isso, é fundamental estar atento e verificar sempre a regularidade do profissional antes de confiar a ele a defesa de seus interesses. A Ordem está vigilante e atuando incansavelmente por meio da Coordenação Nacional de Fiscalização para coibir e punir a atuação de advogados e empresas que não estejam em conformidade com as normas éticas e profissionais da advocacia”, disse Beto Simonetti, presidente da OAB Nacional.
gados e estagiários atuantes no País. O CNA está disponível em https://cna. oab.org.br e pode ser acessado por meio do nome ou número de inscrição do profissional a que se pretende consultar.
A OAB, por meio da CNF, tem buscado mecanismos de combate ao exercício ilegal da profissão. É importante que a sociedade de um modo geral, antes de contratar serviços advocatícios, busque informações junto à OAB e ao CNA, para ter certeza se o profissional atua legalmente, para evitar possíveis prejuízos.
Devem ser registrados 45 mil casos de câncer de intestino (cólon e reto), em 2023, em todo o Brasil. Apenas no Paraná são esperados 2.560 casos, ou seja, sete diagnósticos ao dia, segundo a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA). O câncer colorretal é o terceiro tipo mais comum, atrás apenas do câncer de pele, de mama (nas mulheres) e de próstata (nos homens).
A doença voltou ao debate após famosos abordarem o tema publicamente, como é o caso da cantora Preta Gil, que iniciou o tratamento nesta semana, e os jogadores Pelé e Roberto Dinamite, que faleceram recentemente em decorrência de um câncer intestinal.
A taxa de incidência de câncer de intestino no Paraná é uma das maiores do país. São diagnosticados cerca de 20,8 casos a cada 100 mil habitantes. A incidência só é menor que Rio de Janeiro (25,35), Santa Catarina (32,4) e São Paulo (33,1).
Segundo o cirurgião do aparelho
O tratamento a ser indicado depende sempre do momento do diagnóstico e também das características individuais de cada paciente. “Quando encontramos apenas o pólipo durante uma realização de colonoscopia, a retirada desta lesão durante o próprio exame é a única medida necessária. Em situações de diagnóstico precoce de um câncer, a cirurgia para remoção do tumor é suficiente para a cura do paciente em 95% a 98% dos casos. Já com o diagnóstico tardio, além da cirurgia, podem ser indicados tratamentos complementares, como a radioterapia e a quimioterapia”, esclarece Christiano Claus.
O objetivo do procedimento é remover o segmento do intestino acometido pelo tumor e os “caminhos” pelos quais ele possa ter começado a se disseminar.
A saúde começa pela alimentação adequada e práticas de exercícios físicos digestivo e membro do Instituto de Cirurgia Robótica do Paraná, Dr. Christiano Claus, o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura. “Apesar de ser mais comum em idades avançadas, o câncer também pode ocorrer em pacientes jovens. Os principais sintomas dos tumores do intestino grosso são: alteração do ritmo intestinal, cólica, emagrecimento e sangramento junto às evacuações. Porém, nas fases iniciais, a doença não provoca nenhum tipo de sinal o que torna a realização do exame de colonoscopia fundamental para o diagnóstico de lesões precursoras ou tumores em fases iniciais” reforça o cirurgião.
O principal exame para investigação de câncer colorretal é a colonoscopia. “A colonoscopia é um exame indolor, realizado sob sedação, recomendado para todos os pacientes a partir dos 50 anos ou antes se houver algum histórico familiar de câncer de intestino. Ao identificar pólipos, os mesmos são removidos imediatamente na maioria dos casos”, explica a cirurgiã e médica coloproctologista do Centro de Cirurgia, Gastroenterologia e Hepatologia
Reportagem: Edis Henrique Peres/Ministério da Saúde
(CIGHEP) do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dra. Mariane Savio.
Os pólipos são pequenas lesões, parecidos com verrugas, que podem surgir na parede interna do órgão e podem evoluir para tumores malignos. Como não causam sintomas, a colonoscopia é o único exame que identifica e remove as lesões para evitar o câncer de intestino. Os pólipos são retirados e encaminhados para um exame de biópsia, que aponta se a lesão era benigna, pré-cancerígena ou cancerígena.
“Os pólipos são o crescimento anormal de células. Em geral, eles são assintomáticos, os mais comuns são benignos, e são detectados e removidos durante o exame. Isso previne o desenvolvimento de câncer colorretal”, afirma a coloproctologista.
Ela ressalta ainda que a prevenção com hábitos de vida mais saudáveis e a realização de exames é fundamental para evitar o aumento de casos. “Uma dieta rica em fibras, frutas e vegetais frescos parece proteger contra doenças, enquanto o consumo de gorduras animais e álcool, obesidade, sedentarismo e tabagismo são fatores de risco para câncer de intestino”, reitera Mariane.
Muitos pais e mães queixam-se que as crianças com dois anos de idade já apresentam os primeiros sinais de cárie nos seus dentinhos. Quando ela ocorre, a tranquilidade só cessa no atendimento de profissional da odontologia. Além dos serviços privados, o setor público oferece atendimento odontológico por meio de prefeituras que estão estruturadas para esta finalidade, inclusive com orientações preciosas.
Mas muito da prevenção acontece exatamente pela atenção daqueles que são responsáveis pelas crianças. Até então, acreditava-se que a amamentação prolongada, ou seja, aquela que acontece após 1º ano de idade, estaria associada à ocorrência de cáries.
Entretanto, o Estudo “MINA – Materno-Infantil no Acre: coorte de nascimentos da Amazônia ocidental brasileira” confirmou a hipótese de que o principal fator é o consumo de açúcar e não a continuidade da amamentação da criança por mais tempo. “Os resultados corroboram o que se sabe sobre o papel dos açúcares livres no desenvolvimento da cárie. Sozinha, a lactose do leite materno não causa esse tipo de problema. Praticamente todas as crianças do estudo estavam expostas de forma precoce aos açúcares”, resume Jenny Abanto, primeira autora do trabalho, realizado durante estágio de pós-doutorado no Departamento de Epidemiologia da FSP-USP, e atualmente professora da Faculdade São Leopoldo Mandic, em São Paulo, na reportagem de André Julião, da Agência Fapesp.
Isso serve ainda mais de estímulo para que as mães continuem atentas na amamentação e higiene bucal dos pequenos e, principalmente, que não há necessidade de incluir açúcar na alimentação deles. Lembrando que a Organização Mundial de Saúde recomenda que o leite materno deve ser
Aleitamento materno é o compromisso com a saúde da criança exclusivo até os seis meses de vida e a partir daí de forma complementar, pelo menos até 24 meses.
Em entrevista ao programa de rádio “Viva a Vida”, da Pastoral da Criança, em 2020, o professor e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Dr. César Victora, já sinalizava para outros aspectos relevantes para a manutenção do quadro de amamentação das crianças, ao menos até os dois anos de idade, interferindo positivamente no desenvolvimento cerebral e inteligência da criança.
“As descobertas mais recentes rela-
tivas ao leite materno dizem respeito ao fato de que ele contém um tipo de molécula de açúcar, que a gente chama de oligossacarídeos, que servem como um adubo para a flora intestinal, para as bactérias saudáveis que crescem dentro do intestino do bebê. Essas bactérias ajudam a manter a criança saudável evitando diarreia e outras infecções intestinais. É muito importante que essas células sejam adubadas, digamos assim, com os oligossacarídeos. As outras descobertas muito importantes, que cada vez nós temos mais evidências, dizem respeito a presença de células-tronco no leite materno. Essas são células que passam da mãe para a criança. Elas atravessam a barreira intestinal, entram na corrente sanguínea da criança e se deslocam para diferentes órgãos. Nós sabemos, por exemplo, que neurônios ou células-tronco que são precursoras neurais, estão presentes no leite materno e podem se transformar. Então, isso ajuda também a desenvolver o cérebro e a inteligência da criança”, afirmou.
Uma celebração de tradição na Igreja Católica é a memória de São Brás, acorrido como protetor das doenças da garganta. Em várias comunidades de fé, os devotos participaram das celebrações. Na Igreja Nossa Senhora de Fátima (Maripá), foram ao menos sete celebrações realizadas do dia 1º ao dia 5 de fevereiro último. Na Igreja São Francisco de Assis (Toledo) também a devoção foi manifestada nas missas. São Brás viveu em Sebaste, na Armênia, por volta do ano 300. Muitas pessoas o procuravam para realizar curas de enfermidades físicas e da alma em consequência de ser reconhecido por sua imensa fé, amor e dedicação exclusiva a Deus. São Brás é conhecido pelas bênçãos da garganta ao curar uma criança que estava morrendo engasgada com um espinho de peixe. Neste momento, São Brás orou, olhou para o céu e fez sinal da cruz na garganta da criança, a qual recebeu a cura. Fotos: Paróquia
A Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Tupãssi, celebrou a Padroeira em fevereiro com ação de graças pela fé e caminhada da comunidade. Além das celebrações, os católicos se reuniram na Novena em honra a Padroeira. A imagem de Nossa Senhora de Lourdes visitou as empresas que assim permitiram durante nove dias. Na data em que se comemora a Padroeira (11/02), o pároco, Pe. Solano Tambosi, presidiu a Missa Solene na Igreja Matriz.
Reunidos em evento formativo, catequistas da Paróquia Cristo Rei, de Entre Rios do Oeste, se prepararam para o início das atividades deste ano. O encontro de formação foi realizado nos dias 7 e 14 de fevereiro último, com o tema “Iniciação cristã – Catequese de Inspiração Catecumenal
Membros da coordenação diocesana da Animação Bíblico-catequética no primeiro encontro diocesano do ano com coordenações decanais e paroquiais
Roque Cezar Barbosa (RCC Diocese de Toledo), Miguel Machinski Junior (RCC Paraná) e Pe. Juarez Pereira de Oliveira (assessor diocesano) durante a Assembleia da Renovação Carismática Católica do Paraná – Foto: Roberto Antunes de Godoy
FELICIDADES Claudineia e Alex Grande, da Paróquia Sagrada Família (Toledo), comemoram 13 anos de casados neste dia 20/03, e recebem as homenagens da família e amigos
Rose Rodrigues, mãe do acadêmico Vanderlei Fornari Junior, homenageia o filho e seus colegas que conquistaram o 2º lugar no Hackathon do Show Rural Coopavel 2023
Recepção no primeiro encontro diocesano para coordenações decanais e paroquiais de Catequese de 2023
Aparecida Dries, da Paróquia Menino Deus (Toledo), recebe homenagem de sua irmã Adriana e família pelo aniversário (8/02)
Aniversário da neta, Heloísa Thomas Ribeiro, completando 3 anos (7/03), com homenagem do vovô Vicente, da vovó Leoni e da prima Alice
Kasper celebrou seus 48 anos de sacerdócio na Igreja São Francisco de Assis (Toledo) no último dia 1º/02 –
Pe.
Momento único de comemoração do Aniversário do estimado D. Anuar, de quem os casais membros do Movimento das Equipes de Nossa Senhora têm muito a agradecer. O então bispo de Toledo possibilitou que, há 27 anos, este movimento de espiritualidade conjugal se instalasse na diocese e hoje ele age como Conselheiro do Setor. O Poderoso realizando Maravilhas. Foto: João/Foto Clivati
A comunidade católica de Guaíra envolveu-se de modo bastante intenso nas comemorações da Padroeira Nossa Senhora dos Navegantes, especialmente nos dias do Tríduo. As celebrações foram muito participativas e expressaram o carinho e a devoção mariana – Fotos: Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes
A comunidade São Pedro, da Paróquia Santa Margarida, parabeniza o Pe. José Emanuel Beffa p elos 18 anos de ordenação sacerdotal
Neste dia 6/03, cumprimentos ao Pe. Lucimar Antonio Castellani, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand), que celebra os seus 30 anos de sacerdócio
Pe.
pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Marechal Cândido Rondon), celebra neste dia 6/03 a chegada de seus 30 anos de sacerdócio
O arcebispo emérito de Maringá, D. Anuar Battisti, comemorou em Toledo seus 70 anos de vida. Rodeado de familiares e amigos, ele presidiu a celebração eucarística na Catedral Cristo Rei onde todos rezaram por sua saúde, pelo dom da vida e seu testemunho. Na confraternização, as homenagens seguiram, inclusive com apresentação de danças gaúchas a cargo do CTG Chama Crioula. D. Anuar foi o 4º bispo da Diocese de Toledo (1998-2004), tendo sido ordenado na memorável “Festa da Fé”. Felicidades, D. Anuar pelo seu aniversário! Nossas orações pelas bênçãos de Deus em seu favor – Fotos: João/Foto Clivati
Dia da Partilha
A comunidade católica de Jesuítas, juntamente com órgãos públicos, promove anualmente o Dia da Partilha. Tradicionalmente no fim do ano, o evento soma esforços em vista do bem comum. Uma iniciativa que persiste no calendário e que estimula ainda mais os cristãos à prática da caridade – Fotos: Patrícia Pelissari
Catequistas
Catequistas da Paróquia São Francisco de Assis (Toledo) chegam animados à sua missão neste início do período de encontros com seus catequizandos. Recentemente, eles participaram de encontro paroquial que contou com a colaboração da Escola Catequética Companheiros de Emaús. O tema principal da formação foi o catecumenato, processo de iniciação cristã para aqueles que desejam se tornar membros da Igreja Católica – Fotos: Juan Matoso
CF 2023
Encontro de formação sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2023 – “Fraternidade e Fome” realizado para lideranças da Paróquia São Francisco de Assis (Toledo) – Fotos: Juan Matoso
Congregados Marianos
Celebração de consagração dos novos membros do movimento Mariano na Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas) – Fotos: Patrícia
Pelissari
Equipamento que permite capturar e simular sinais cerebrais começou a ser testado no Brasil, em 2022, para detecção de doenças em estágio inicial, em cultivos de soja, por meio de inteligência artificial (IA). O trabalho é feito a partir de parceria entre a Embrapa e as empresas Macnica DHW e InnerEye, esta última desenvolvedora do BrainTech, equipamento que faz a captura dos sinais neurais de especialistas por meio de um capacete com eletrodos, similar a um eletroencefalograma (EEG). O sistema, então, simula o funcionamento cerebral no momento em que especialistas visualizam imagens de plantas doentes, automatizando a rotulagem e tornando a etapa mais rápida e eficiente. Com isso, os pesquisadores esperam dar rapidez às tomadas de decisão, reduzindo perdas em empreendimentos rurais e racionalizando o uso de recursos naturais.
Os primeiros resultados do experimento foram positivos, pois o equipamento ajudou a identificar, com alta acurácia, as folhas doentes (oídio e ferrugem da soja) e saudáveis. Agora, o projeto deve ir além da detecção de plantas doentes/não doentes e avançar na identificação do tipo de doença presente no cultivo da soja, iniciando pelas comercialmente mais significativas. Também está sendo articulada a inclusão das culturas de milho e café nos experimentos com os respectivos centros de pesquisa da Embrapa.
Em abril, o equipamento foi trazido ao Brasil para a sede da Macnica DHW, multinacional japonesa, localizada em Florianópolis (SC). Lá, foi montada a estrutura para o experimento de
captura dos sinais cerebrais dos fitopatologistas Cláudia Godoy e Rafael Soares (foto à esquerda) da Embrapa Soja. Ambos avaliaram cerca de 1,5 mil imagens de folhas doentes e saudáveis para os testes com o capacete coletor.
A etapa da prova de conceito mostrou que os modelos gerados a partir dos eletroencefalogramas dos especialistas são capazes de lidar bem com imagens, permitindo treinar a máquina na identificação de plantas doentes. “A junção das
imagens rotuladas – doente/saudável –com os sinais cerebrais dos especialistas resultou na melhora do desempenho do modelo, indicando a viabilidade do uso da IA”, aponta pesquisador da Embrapa Agricultura Digital, Jayme Barbedo.
“Essa é uma iniciativa pioneira da Embrapa que está unindo a tecnologia disruptiva BrainTech, trazida com exclusividade pela Macnica DHW para o Brasil. Associando sinais neurais EEG e AI é possível criar uma máquina que imita o cérebro humano com alta confiabilidade”, observa o gerente de Soluções IoT & AI da Macnica DHW, Fabrício Petrassem.
O teste e a validação do sistema tiveram a participação do desenvolvedor Yonatan Meir, da InnerEye, que veio de Israel em agosto, especialmente para essa finalidade. “Por meio da captura de ondas cerebrais, a solução da InnerEye é capaz de identificar o julgamento e a classificação de uma imagem observada por uma pessoa, permitindo que essa imagem seja rotulada de forma automática e imediata”, explica Meir.
O sistema já é utilizado em aeroportos europeus na identificação de objetos perigosos em malas. Em 2019, a Macnica DHW buscou a Embrapa para, em parceria, explorar a tecnologia no setor agropecuário, com possíveis novas aplicações. A primeira foi a detecção precoce de doenças em plantas, cujos experimentos começaram em abril de 2022.
O Governo do Paraná estuda a viabilidade de formar um bloco com os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul para proteger os produtores rurais de eventuais problemas sanitários decorrentes de possíveis casos da chamada gripe aviária que possam ocorrer em outras regiões do País. A estratégia foi discutida com membros do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) no Show Rural, em Cascavel, em fevereiro.
Na sequência, o assunto também foi pauta de uma reunião do governador com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e diversos deputados federais da bancada paranaense que compõe a Frente Parlamentar da Agricultura.
Segundo o governador Ratinho Junior, o Estado continuará a atuar na proteção dos produtores paranaenses contra riscos externos. “O papel do Paraná é continuar a fazer aquilo que já tem feito no dia a dia, através da Secretaria da Agricultura e Abastecimento e da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), evitando que pragas e doenças possam entrar em nosso Estado”, afirmou.
“Apesar de não termos nenhum caso relatado no Brasil, nós continuamos vigilantes e montamos um grupo de trabalho junto com Santa Catarina e Rio Grande do Sul para estudar um bloco de defesa sanitária dos três estados, algo que já está sendo construído junto com o Ministério da Agricultura”, completou o governador.
Um dos maiores produtores de proteína animal do País, o Paraná produziu 4,87 milhões de toneladas de carne de frango, porco e boi nos três primeiros trimestres de 2022 (último dado anual consolidado). A maior proporção é no segmento avícola, com quase 3,8 milhões de toneladas de carne de frango processadas entre janeiro e setembro, 4,3% a mais que no mesmo período do ano passado. O Estado responde por um
terço da produção nacional.
O Paraná também é um grande exportador de frango. Ela ganhou destaque entre os produtos mais exportados na balança comercial paranaense do ano passado. O produto teve alta de 31,72% nas exportações (de US$ 2,7 bilhões para US$ 3,6 bilhões), ultrapassando a soja em grão, que costumava liderar a lista, mas no ano passado registrou uma queda devido à perda de safra por conta da forte estiagem que assolou o Estado em 2021. A participação de aves no comércio internacional aumentou de 14,5% para 16,5%.
Na opinião do secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, presente no encontro, a formação de um bloco independente, nos mesmos moldes do que ocorreu com a peste suína clássica, dá mais segurança aos avicultores do Paraná em relação à continuidade das exportações de suas produções.
“Um bloco único e independente evita a perda do status sanitário do Paraná caso haja o ingresso da gripe aviária em qualquer outra parte do Brasil, que assim como o nosso Estado nunca teve
nenhum caso, mas que é um risco que ronda a América do Sul neste momento”, afirmou. “A avicultura é um segmento muito importante para a economia paranaense, por isso nós ouvimos as demandas e trocamos informações com o Sindiavipar para estimular e manter esse grande ativo paranaense que é a produção da carne de frango”, afirmou.
De acordo com o diretor-presidente da Adapar, Otamir Martins, o Governo do Estado tem agido rápido para encaminhar a situação antes do risco de possíveis perdas aos produtores. “O caso mais próximo de gripe aviária ocorreu na Bolívia, que está longe de nós, mas caso ocorra uma transmissão para o Amazonas, por exemplo, o Brasil inteiro perde o status sanitário, o que impactaria a economia do Paraná”, explicou.
Martins confirmou que deve ser concluído em março um estudo técnico sobre o tema, incluindo argumentos para negociar a separação dos estados do Sul com o Ministério da Agricultura, que por sua vez precisa comunicar a Organização Mundial de Saúde Animal para que ela reconheça essa desvinculação com o restante do País.
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Ao conhecer a história de São José, esposo da Virgem Maria, ficamos tocados pela sua simplicidade e humildade, a começar pelo seu sim em fazer parte do projeto de Salvação. Do hebraico, seu nome significa “Deus faça crescer”. E Deus fez crescer na sua vida, e para o bem da nossa história, o testemunho de alguém muito próximo do Nosso Salvador. Sua vida mostra que também nós podemos trilhar esse caminho como fiéis, e todos os homens como esposos e pais.
Não há sequer um momento de contradição que envolve São José,
mas sim sobram as melhores interpretações quanto ao significado da palavra “confiar”. Assim como lhe foi confiado participar da obra do Senhor, muitos dos homens buscam
Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade!
Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!”
E a vossa lealdade é tão firme como os céus.
“Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito, e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor. Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, de geração em geração garantirei o teu reinado”!
Ele, então, me invocará: “Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde
encontro a salvação”! Guardarei eternamente para ele a minha graça
e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel.
nesta atitude de São José a inspiração para seus dias mais difíceis.
Aproveitando que esta Campanha da Fraternidade nos coloca diante do flagelo da fome, peçamos a Deus que nos guie, assim como o fez com São José, para que os chefes de família com mais condições ajudem aqueles que ainda perecem com a falta de alimento para seus filhos. Como guardião da Família de Nazaré e também da nossa, peçamos a São José: aumenta a nossa fé!
Augusto A. dos Santos Paróquia São Cristóvão - Toledo | PR
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