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A fé na ressurreição nasce da experiência de amizade com Deus
5º Domingo
da Quaresma | 26 de março de 2023
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Leituras: Ez 37,12-14; Sl Sl 129(130),1-2.3-4ab.5-6.7-8; Rm 8,8-11; Jo 11,1-45
Neste 5º Domingo da quaresma, a Liturgia nos convida a refletir como estamos realizando nossa experiência de fé na ressurreição. Somos chamados a realizar um caminho de conversão capaz de nos libertar das interpretações errôneas acerca da morte. Este caminho precisa ser trilhado, primeiramente, retirando de nossas ações a luta para eliminar a morte, a fim de acolher o Espírito Santo, que nos torna capazes de viver uma vida livre e realizar a grandiosa experiencia do Amor de Deus por nós.
Reconhecemos O Senhor Pelo Esp Rito
Tanto a primeira leitura como o Evangelho vêm abrir nossos olhos para termos uma nova visão da morte. A luz que ilumina este nosso caminho só pode ser o Espírito Santo. Nosso pecado nos fecha e nos coloca na condição de humanidade morta sem perspectiva de vida. Para invertermos essa condição, somente o Senhor é capaz de nos resgatar nos tirando do túmulo da escuridão e nos preenchendo com seu Espírito de luz.
O Espírito nos preenchendo, nos convida a realizarmos uma experiência de amizade com Deus, que se inicia nos libertando do caminho de uma vida encaminhada para a morte. Nesta experiência buscamos um relacionamento de amor com Deus e com nossos irmãos. Se o amor é o próprio Espírito de Deus, logo, a vida não pode se acabar, pois o amor que é Espírito eterno não morre. Por isso, nós não nos salvamos da morte, mas o Espírito de Deus, infundido em nós, nos liberta e transforma nossa experiência para reconhecer o amor e a luz que nos regenera e traz à vida novamente as nossas relações.
encontrar o sentido para a enfermidade, a fim de que possam entender que a morte faz parte do plano de salvação, mas temos que compreender que nossa vida é eterna e por isso tem sentido de ser vivida.
Jesus A Ressurrei O E A Vida
Neste tempo quaresmal somos chamados, através desta liturgia, a perceber que nossa experiência humana é limitada e não podemos nos salvar da morte, mas somente Deus é capaz de trazer a vida de volta, como puro dom. O Evangelho vem falar da nossa ressurreição, do nosso novo relacionamento com a vida e a morte, que acontece através da fé em Jesus Cristo, que é a ressurreição e a vida. Para isso, somos convidados a converter nossa experiência para viver mais intensamente nossa amizade com Deus.
- Quais caminhos estou percorrendo em minha fé, da vida ou da morte, da luz ou das trevas?
A comunidade de Jesus possui um vínculo de amor e proximidade tamanha com Ele, que se dá no direito de fazer parte da casa. A fé se torna um vínculo de amizade. Uma amizade que leva o amigo a encher-se de compaixão e amor para ir ao encontro do outro. Nossas ações de fé precisam estar baseadas na amizade, para deixarmos de lado nosso egoísmo e nossa autossuficiência, para sairmos em direção aos irmãos que morrem pela falta de pão e de dignidade.
- Tenho encontrado sentido em minha vida e experienciando a presença do Espírito Santo?
- Como tenho cultivado minha amizade com Deus e com meu próximo?
O Esp Rito Traz O Sentido Da Vida De Volta
A segunda leitura nos traz de volta o sentido da vida, pois São Paulo revela que somos feitos de carne e de espírito. No entanto, nossas ações diárias precisam ser baseadas no Espírito Santo, aquele que foi infundido em nós no Batismo. Neste sentido, vamos dando passos em nossa experiência de fé, ajudados por Paulo, a perceber o sentido de nossa vida. Quando acolhemos e agimos conforme o Espírito Santo, mudamos nossa forma de viver e nos sentimos filhos amados de Deus. Jesus no Evangelho, nos ajuda justamente a dar este passo de encontrar sentido para nossa vida. Apesar de tudo o que passamos e experienciamos em nossa vida o primeiro passo para a conversão é encontrar sentido as realidades que vivenciamos, sejam elas momentos de dor, de sofrimento, de doença, de alegria ou de realização. Esta Liturgia nos ajuda a
Jesus ressuscita Lázaro para nos convencer que a morte não tem a última Palavra. Mais do que nos preocupar com a morte, devemos nos preocupar com a vida. A vida está doente. Estamos rompendo nossa amizade com Deus, nos tornamos violentos, inimigos. Esse é o mal, o pecado, a morte. Nesta Quaresma, somos chamados para converter nosso coração e nossas atitudes para acolher Jesus que é luz, ressurreição e vida, gerada a partir da cruz. De onde Jesus esgota todo o seu amor em favor de Lázaro e de toda humanidade enferma, atingida pela doença do pecado e da falta de amizade com Deus.
Leitura Diária
Dia 27: Dn 13,41c-62; Sl 22(23); Jo 8,1-11
Dia 28: Nm 21,4-9; Sl 101(102); Jo 8,21-30
Dia 29: Dn 3,14-20.24.49a.91-92.95; Dn 3,52.53-54.55.56-57; Jo 8,31-42
Dia 30: Gn 17,3-9; Sl 104(105); Jo 8,51-59
Dia 31: Jr 20,10-13; Sl 17(18); Jo 10,31-42
Dia 1º/04: Ez 37,21-28; Jr 31,10.11-12ab.13; Jo 11,45-56