Revista Cristo Rei - Dezembro 2024

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O equilíbrio da balança

As festas de fim de ano são bonitas pela sua gênese que alcança o sentido de celebrar, comemorar e confraternizar. Em volta da mesa em casa, nas associações, clubes, grupos de amigos, a alegria é predominante. É muito bom ver cenas como essa, mas para os católicos, o significado de ser cristão implica em estar atento à sua volta.

Felizmente são inúmeras as pessoas que possuem o chamado olhar de “360 graus”, ou seja, que conseguem ver as situações que clamam por auxílio. Essas pessoas, normalmente, praticam a solidariedade por meio da partilha e da mobilização.

Neste mês de dezembro, famílias e grupos de amigos – do esporte ou do local de trabalho – arregaçam as mangas e se empenham para presentear uma criança com um brinquedo, uma família com cesta básica ou uma organização social que tenha essa finalidade. São atitudes admiráveis que evidenciam o amor de Deus presente nestas ações solidárias e que o Natal impulsiona para todos os dias do ano vindouro.

É possível “sentir” o Natal durante o ano todo. Afinal, não dá para ser cristão somente em determinadas épocas – sobretudo agora –, mas é necessário sê-lo constantemente. É nesse ponto que insiste o convite para que, diariamente em 2025, os cristãos pratiquem uma fé autêntica e que essa perseverança expresse outra característica muito própria de quem segue Jesus Cristo.

A conclusão do ano civil, muitas vezes,

vem pautada pela avaliação da quantidade de gestos e atitudes que estão sendo colocados na balança. Será que o peso das coisas boas está maior ou menor que as coisas ruins? A balança oscila mais para lá ou para cá? No percurso feito na contagem do tempo humano em 365 dias, seria muito bom que a balança estivesse pendendo mais para o lado dos gestos solidários, das atitudes de amor ao próximo, das vezes dedicadas a escutar o outro, do que do peso contrário.

O Ano Santo, que se abre aos católicos, quer ser essa oportunidade de conversão e testemunho da fé. Até porque, quem recebeu o Batismo é semeador da esperança cristã que alimenta, fortalece e dá vida a quem mais precisa.

Esta edição que conclui o ano é igualmente propícia para agradecer a você, leitor(a) da Revista Cristo Rei, por nos guardar com muito carinho na sua memória. O Prêmio que recebemos como “Revista Mais Lembrada” (cf. pesquisa Acit/Cojem) sinaliza que nos mantemos no caminho certo e sustenta o compromisso que cada autor tem em oferecer o melhor conteúdo para sua formação religiosa nos textos publicados na Revista da comunidade Católica.

Resta desejar que o rosto sereno do Menino da manjedoura lhe acompanhe em cada dia do novo ano e que ajude a equilibrar seus pensamentos na balança de 2025.

Boa leitura!

Advento e Natal: os desafios de transmissão da fé às gerações

Decoração de Natal é atração na Paróquia São Francisco de Assis, em Toledo

Fiéis celebraram os 90 anos da Igrejinha de Pedra, em Guaíra

O editor

Seguro obrigatório voltará a ser pago em janeiro de 2025

Paraná é líder em doação de órgãos, mas 25% das famílias ainda dizem “não”

Estudo traz propostas para enfrentar crises hídricas em áreas rurais do Paraná

Ano XXIX - nº 309 - Dezembro de 2024 Revista mensal da Diocese de Toledo

No Natal, Deus revela sua onipotência na misericórdia

O Natal é uma novidade absoluta na história e marca uma divisão entre o “antes de Cristo” e o “depois de Cristo”. Porque Jesus, ao nascer, assumiu a história sobre si, Ele a aceitou, a amou e a redimiu. Pois só se pode redimir a quem se ama realmente. A história de Jesus é historicamente comprovada, e há evidências extrabíblicas que a confirmam claramente. A história de Jesus narrada nos Evangelhos exige uma reflexão de fé: o Jesus histórico é o Filho de Deus. A vida assume, assim, um novo significado: o Natal não é apenas um mistério que diz respeito à história passada, mas se atualiza no tempo presente.

No Natal se realiza um drama de várias vozes: o drama na vida de Maria, quando aceita Jesus como filho; o espanto de José, que vem a conhecer o mistério que toma forma no ventre de sua esposa. E ainda, as histórias, as vidas paralelas dos pastores e dos magos. Ao lado dessas pessoas e suas histórias também há as trevas, que rejeitam a luz, mas não podem superá-la, como destaca o evangelista João.

O Natal é um dom ao qual devemos permanecer abertos, mesmo que nossa vida seja destinada a ser um longo “advento”, uma espera contínua, uma pergunta

cuja resposta demora a chegar. Mas esperar não significa permanecer passivo. O Emanuel, o Deus que vem ao nosso encontro para sanar os contrastes que nos dividem, para nos devolver o sentido da fraternidade e da filiação, nos pede para que tomemos parte em sua obra. O Natal nos chama a uma tentativa constante de nos renovarmos, de nos sentirmos solidários e participantes, além da devoção convencional. O Natal se torna, assim, para nós, uma vocação.

Deus é “humano”: uma verdade à qual se pensa pouco, à qual se dá pouca atenção, à qual se faz referência raramente. E, no entanto, aí está o centro da revelação do Natal: a encarnação, o fazer-se homem por parte de um Deus que é onipotente, precisamente porque revela sua onipotência na misericórdia.

Deus é onipotente porque se doa a nós e nos perdoa (Gl 2,20), porque acolhe o pobre (Mt 5,3; Lc 6,20), porque busca o perdido (Lc 15,4-8), porque abraça o pecador (Lc 15,20), porque corrige e perdoa o culpado (Lc 7,40-48), porque acolhe a adúltera (Jo 8,3-11), porque se reconcilia com quem o traiu e renegou (Mc 14,66-72), porque é sempre fiel, mesmo quando nós não somos fiéis a Ele (2Tm 2,13).

No Natal, o “humano” de Deus toma forma de carne e sangue, e se torna um de nós, fazendo-se Eucaristia.

São Francisco capta o mistério eucarístico do Natal e o representa no presépio de Greccio: a manjedoura se torna o altar onde se celebra a Missa da Natal, a única liturgia em que se revivem, juntos, o nascimento de Jesus, sua morte e ressurreição: o mistério de fé que é a nossa salvação.

Feliz e Santo Natal!

D. João Carlos Seneme, CSS
Bispo da Diocese de Toledo

ADVENTO E NATAL: OS DESAFIOS DE TRANSMISSÃODAFÉÀSGERAÇÕES

A transmissão da fé e o verdadeiro sentido do Natal às futuras gerações é uma tarefa sublime, que vem com toda força da esperança e responsabilidade cristã. Esse é um tempo favorável para ensinar, uma vez que são diversos os elementos a serem conectados para o devido entendimento do que é o mistério do “Verbo que se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). E há muito o que ensinar, sem dúvida alguma, ainda mais em meio à “tempestade” de conteúdos que as gerações “X, Y, Z” (e assim por diante) estão envoltas. Tem muito conteúdo a ser depurado para que elas consigam chegar à essência cristã do Natal. É este o sentido desta edição da Revista Cristo Rei, que visa contribuir com essa compreensão.

Mas antes, é preciso salientar que os católicos vivem outro grande momento que é o Tempo do Advento. No universo da agilidade, da rápida resposta, daquilo que não pode esperar em que a sociedade está envolta parece ser algo desafiante. Este Tempo – de preparação para o Natal, de preparação para a vinda do Senhor – vem mostrar que é preciso “dar tempo ao tempo”. Que para os cristãos católicos tem o sentido de se preparar para o extraordinário que vem e se realiza por força da confiança em Deus. E esperar é, ao mesmo tempo, ter paciência. Aliás, esperar, para estas gerações, parece algo impossível. Basta ver como eles se comportam enquanto esperam a resposta da mensagem de Whatsapp, ou o tempo de inicialização do software no computador, ou ainda

abertura do aplicativo no celular, parece “uma eternidade”.

É por isso que se fundamenta a indissociável relação entre família e Igreja na complementariedade dos ensinamentos cristãos. A família, como primeira educadora da fé, encontra nos pais e responsáveis o meio pelo qual se abrem as oportunidades de ensinar aos seus filhos que mais do que presentes

e festas que são antecipados, o verdadeiro espírito natalino está na calma, na escuta, na paciência, no ‘saber esperar’; está no amor, na partilha e na contemplação do mistério da Encarnação. Contemplar esse tema do Advento e Natal reúne em si a riqueza de seu conteúdo próprio, mas também exige criatividade.

Advento e Natal são tempos próprios para ensinar. E tem muita coisa para ensinar às crianças e adolescentes, não é mesmo? Cada um ao seu modo e com linguagens adequadas. Será que você leitor, como pai, mãe, padrinho ou madrinha, ou responsável por crianças, já foi colocado “contra a parede” em algum infanto questionamento sobre o Natal? E aí, como você se saiu? Por isso a necessidade de conhecer os conteúdos da fé e ter presente o contexto que as crianças vivem na dicotomia entre Jesus Cristo e o Papai Noel (concorrentes ou complementares nos ensinamentos sobre o Natal?) para saber explicar o sentido desta celebração.

Por isso, a Revista Cristo Rei conta nesta edição com as gentilezas da Ir. Dayane Cristine de Carvalho, da congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, assessora da Pastoral Escolar Vicentina, e da leiga Márcia Alves, coordenadora desta Pastoral no Colégio Incomar, de Toledo. Este é um serviço presente no ambiente da escola, que embora confessional, precisa de muita criatividade e respeito na abordagem destes conteúdos, uma vez que as diferentes faixas etárias apresentam suas dúvidas e ainda há o componente

de que nem todos professam a mesma fé. Logo, esta entrevista que você é convidado(a) a acompanhar, apresenta aspectos interessantes da vivência deste tempo forte para os cristãos no ambiente escolar, bem como absorve a compreensão do “tempo de esperança” na visão das crianças e adolescentes,

destaca a participação da família na transmissão da fé e, é claro, oferece algumas contribuições para que você consiga falar do assunto com a garotada. Afinal, tudo isso requer sensibilidade de leitura da realidade, de participação e inclusão tendo em vista o respeito às diferentes vivências familiares e de fé

O ADVENTO NA ESCOLA

O Tempo do Advento significa experimentar na vida a espera confiante na providência do Senhor. Por isso, famílias, catequistas, professores de escolas católicas e lideranças de pastorais e movimentos são instrumentos fundamentais para apresentar às crianças e jovens a Boa Nova do Evangelho. No Advento, a preparação para o Natal também é momento de aprendizagem. Pais e professores são encorajados a usar de leituras bíblicas, histórias, músicas natalinas, entre outros recursos, inclusive atividades manuais como ferramentas para ensinar sobre o nascimento de Jesus.

Na escola católica, o início da preparação para o Tempo do Advento ganha o sentido celebrativo, destacando a preparação espiritual e a acolhida para o Natal. “Esse é um dos nossos marcadores vicentinos e nele preparamos vivências, como por exemplo, por meio de celebrações temáticas, momentos de oração e reflexão sobre o significado do nascimento de Jesus Cristo, buscando criar um ambiente que inspire esperança e paz”, explica Ir. Dayane. Marcadores são datas que o

AABORDAGEM

que podem estar presentes na carteira ao lado. E isso nada mais é do que ter atitude cristã, pois o Natal abarca em si um convite à reflexão sobre o amor de Deus pela humanidade, o amor ao próximo, a fraternidade, o diálogo entre as pessoas e na família, e o que mais de bom ele propriamente inspira.

colégio inclui em seu calendário pedagógico e que são vivenciados ao longo do ano com a comunidade escolar. As atividades variam, mas geralmente incluem orações diárias, montagem do presépio, enfeites que simboli-

DO SENTIDO

Para o colégio católico, especificamente no trabalho com as crianças e adolescentes, a apresentação do sentido celebrativo do Advento e do Natal é uma oportunidade de ir além dos símbolos e tradições, tocando aspectos mais profundos da fé e da esperança. Márcia Alves salienta que esse trabalho envolve um esforço cuidadoso para aproximar os estudantes dos valores cristãos e vicentinos, trazendo o verdadeiro significado do Natal para o cotidiano deles.

zam a jornada de espera, e momentos para a comunidade escolar refletir e compartilhar o sentido e o significado dos símbolos trabalhados em sala de aula e os valores como solidariedade, alegria, gratidão e o amor.

CELEBRATIVO DO NATAL

“Para as crianças, o foco é a simplicidade da mensagem do Natal: a espera de Jesus como um amigo que nos ensina o amor e a paz. Atividades lúdicas e interativas, como a montagem do presépio e histórias sobre a Sagrada Família, ajudam a comunicar essa mensagem de forma acessível e envolvente”, destaca. Já com os adolescentes, Ir. Dayane lembra que é possível explorar temas mais reflexivos, como a importância de se preparar espiritualmente e a chamada à

solidariedade e à paz, especialmente em um mundo cheio de desafios. “Momentos de oração, diálogos sobre o contexto social e a criação de projetos de ajuda ao próximo permitem que eles se envolvam e vejam o Advento como um tempo de crescimento pessoal e comunitário”, afirma. “Esse trabalho é rico e exige criatividade, mas torna o Advento um tempo significativo e formativo, que vai além do que se vê e ressoa no coração dos jovens”, completa.

ODIÁLOGOSOBREONATALCRISTÃO

Todos sabem que o Natal é celebrado de diferentes maneiras ao redor do planeta, tema já abordado na Revista Cristo Rei, com destaque para as diferentes manifestações religiosas, culturais e de tradição dos povos a respeito da data. No colégio católico há um respeito profundo também neste sentido, pois nem sempre todos são católicos.

Ir. Dayane conta que falar sobre o Natal em um ambiente educacional onde nem todos são católicos requer sensibilidade e inclusão. Ela explica que no colégio, o tema é trabalhado com respeito à diversidade, valorizando a riqueza das diferentes vivências familiares e de fé presentes na comunidade. “A linha de abordagem passa a ser a do Natal como tempo de valores universais, como a paz, o amor, a solidariedade

e a esperança, e como esses ideais se refletem nas experiências pastorais e nas reflexões bíblicas”, sublinha.

Para as vivências pastorais, são propostas atividades que envolvem cada estudante em sua singularidade, convidando-os a participar de ações que representam esses valores, como arrecadações para famílias carentes, momentos de oração e reflexão sobre o cuidado com o próximo. “Esses momentos pastorais, embora tenham uma base cristã, são acolhedores e abertos para que todos possam participar, cada um na sua medida de fé e compreensão, reconhecendo a importância de um ambiente respeitoso e plural”, diz.

Por sua vez, as reflexões bíblicas são conduzidas de forma que o ensinamento de Jesus seja apresentado como um

convite universal ao amor e à compaixão. “Compartilhamos passagens como o nascimento de Jesus e as mensagens de paz, mas sempre com um olhar que respeita e valoriza a perspectiva familiar e espiritual de cada aluno”, salienta Márcia. Aliás, as famílias também são convidadas a participar de celebrações e reflexões, criando uma comunhão que fortalece o sentido comunitário e acolhedor do colégio, onde a mensagem de Natal é vista como um caminho para crescer em humanidade e respeito mútuo. “Essa abordagem permite que o Advento e o Natal sejam um tempo significativo e respeitoso para todos, ajudando a reforçar o papel da escola como um espaço de acolhimento, reflexão e construção de valores que vão além da religião”, pontua.

DOIMAGINÁRIOÀSPERGUNTASSOBREONATAL

Bom, qual é a ideia de Natal que as crianças têm e trazem de casa? Como é a abordagem deste assunto na escola católica? Ir. Dayane e Márcia comentam que as crianças, geralmente, trazem de casa uma ideia de Natal cercada por símbolos familiares e culturais: presentes, árvores decoradas, o Papai Noel e o encontro com a família. Elas revelam que muitas associam o Natal a momentos de confraternização e celebrações, enquanto outras já têm uma noção da história do nascimento de Jesus. Esses elementos refletem a diversidade de experiências que cada família vivencia durante essa época.

“No colégio, a abordagem do Natal parte dessas referências familiares para enriquecer e ampliar a compreensão das crianças sobre o sentido mais profundo desse tempo. O ponto de partida é respeitar e acolher a visão que cada uma traz de casa, fazendo com que elas se sintam compreendidas e valorizadas em sua vivência familiar. A partir disso, buscamos introduzir a ideia de que o Natal é também um momento de compartilhar amor, empatia e gratidão, ajudando-as a entender o significado do nascimento de Jesus em sua dimensão de compaixão e proximidade com o

próximo”, afirma Ir. Dayane. Neste sentido, são propostas atividades como a montagem do presépio, contação de histórias bíblicas sobre o nascimento de Jesus e ações que envolvem solidariedade, como a doação de brinquedos ou alimentos para famílias carentes. “Isso ajuda as crianças a verem o Natal não apenas como um momento de receber presentes, mas também como uma oportunidade de partilha e de ser uma presença amorosa e acolhedora para os outros. Essa abordagem promove uma compreensão mais rica e espiritual, respeitando o que

cada criança traz de sua vivência em casa e integrando esse aprendizado a um sentido mais amplo de fé e valores humanos”, acrescenta Márcia. Mas, e aí: surgem aquelas curiosidades sobre Jesus, Maria e José, Papai Noel, os animais, a estrela? Afinal, são vários símbolos de Natal. O que será que as crianças perguntam ou comentam? “As crianças têm muitas curiosidades sobre os símbolos do Natal, e as perguntas são encantadoras! Elas ficam fascinadas pela história do nascimento de Jesus e querem saber mais sobre Maria, José, os animais na

A forma lúdica de ensinar o Natal é uma maneira da criança se aproximar do mistério da encarnação

manjedoura, os Reis Magos e, claro, a famosa estrela que guiou os sábios. As perguntas variam, desde ‘Por que Jesus nasceu em um estábulo?’, ‘Como a estrela sabia onde Ele estava?’ até ‘Jesus conhecia o Papai Noel’? Esses questionamentos são uma ótima oportunidade para conectar o imaginário delas com o ensinamento espiritual e cultural do Natal”, observa a assessora da Pastoral Escolar, Ir. Dayane.

E então, acontecem os ensinamentos ao público infantil. “Quando falamos de Papai Noel, por exemplo, explicamos que ele representa o espírito de generosidade e bondade, inspirado em São Nicolau, um santo que gostava de ajudar as pessoas e que ele traz também o símbolo do comércio, para lembrar as pessoas que o Natal está chegando. Assim, as crianças começam a ver que Papai Noel e o presépio compartilham o mesmo espírito de amor e doação, ainda que de maneiras diferentes”, pontua.

Quanto aos animais e à estrela, esses elementos são abordados com uma mistura de fantasia e ensinamento simbólico. Márcia comenta que os animais no presépio, por exemplo, são uma forma de lembrar que Jesus nasceu entre os humildes e que veio para todos, independentemente de sua condição, e que a estrela é apresentada como

um sinal de esperança, que brilhou para mostrar ao mundo que algo muito especial estava acontecendo.

Esses momentos de curiosidade são considerados preciosos para trabalhar o sentido do Natal de forma afetiva e lúdica, fazendo com que as crianças compreendam que os símbolos do Natal, mesmo aqueles que parecem “mágicos”, carregam mensagens de fé, amor e solidariedade. “Cada símbolo ajuda a construir uma história completa, que envolve todos esses elementos e inspira valores duradouros na vida delas”, diz Ir. Dayane.

O NATAL E OS ADOLESCENTES

Por sua vez, a conversa do Natal com os adolescentes ganha um sentido mais profundo de reflexão. Embora eles demonstrem curiosidade sobre os símbolos e tradições, em geral, muitos adolescentes estão em uma fase de questionamentos sobre o sentido das celebrações e buscam significados que vão além do que costumavam aceitar na infância. Ir. Dayane comenta algumas perguntas que surgem, como “Por que comemoramos o Natal dessa maneira?” ou “Qual é o verdadeiro significado da vinda de Jesus para o mundo hoje?”, são os mais comuns. “Eles querem entender a relevância do Natal em sua própria vida e em um contexto maior, cheio de

APARTICIPAÇÃODOSPAIS

Na opinião das integrantes da Pastoral Escolar Vicentina, geralmente, os pais são participativos, especialmente quando percebem que o colégio busca integrar o verdadeiro sentido do Natal na vida familiar e comunitária. “Muitas famílias veem no colégio uma extensão dos valores que buscam transmitir em casa, e essa parceria é enriquecedora. No contexto da instituição de ensino, os pais são incentivados a se envolver em atividades e vivências pastorais que ajudam a tornar o Advento e o Natal momentos de aprendizado e união para todos”, enaltece Ir. Dayane.

As cantatas natalinas também são um momento especial para unir a comunidade escolar e as famílias em torno do verdadeiro espírito do Natal. Com músicas que recontam a história do nascimento de Jesus e celebram valores

como a paz, o amor e a esperança, as cantatas permitem que os pais e demais familiares vivam junto com os estudantes essa experiência de fé e alegria. As famílias, ao serem convidadas para essas celebrações, sentem-se parte ativa do processo educativo e espiritual, reforçando o vínculo entre casa e escola.

A ESSÊNCIA DAS

FESTIVIDADES DE NATAL

Muitas famílias realizam as decorações de suas casas e as empresas até se antecipam bastante, observando o contexto comercial. Para os cristãos, o componente da fé deve sobressair e a escola também toca nesse ponto com seu público. “Com a antecipação das decorações natalinas e o forte apelo comercial, o Natal, muitas vezes, é percebido como um momento de

desafios sociais e culturais”, avalia. “Por isso falamos sobre o presépio, a estrela e a humildade do nascimento de Jesus em uma manjedoura, estimulando-os a refletirem sobre o valor da simplicidade e do amor ao próximo. Também incentivamos conversas sobre a figura de Jesus como alguém que veio para transformar e acolher, e como essa missão continua viva no mundo através das ações e escolhas que cada um pode fazer”, complementa.

Atividades de serviço comunitário, como campanhas de doação e visitas a comunidades ou instituições carentes, ajudam os adolescentes a vivenciar o Natal de forma prática. “Esses momentos não só reforçam o valor da solidariedade, mas também mostram que o espírito do Natal está no ato de transformar vidas, promovendo justiça, paz e esperança. A ideia é que eles percebam o Natal como um convite para viver com mais empatia e responsabilidade, fazendo a conexão entre o nascimento de Jesus e o chamado para fazer a diferença no mundo. Essa abordagem permite que eles celebrem o Natal não apenas como uma tradição, mas como uma ocasião para reavaliar suas próprias atitudes e encontrar propósito, o que ressoa com sua busca por autenticidade e conexão com algo maior”, observa Márcia.

consumo, e o colégio busca resgatar o componente de fé que dá profundidade e significado à celebração. Com as crianças, abordamos a questão do consumo de forma simples e prática, enfatizando que o Natal vai além de presentes. Encorajamos gestos como fazer cartões de Natal ou dar pequenos presentes feitos à mão, lembrando que o essencial é compartilhar amor e bondade. Com os adolescentes, a abordagem é mais direta e reflexiva. Discutimos temas como o consumismo, a pressão social de ter e mostrar, e o impacto ambiental do consumo exagerado. Essas conversas ajudam a formar um olhar mais consciente e crítico em relação ao consumo, reforçando que o valor do Natal está na vivência da fé e na generosidade, e não no materialismo”, sustenta Ir. Dayane.

Irmãs Franciscanas exibem

presépios e convidam para oração

O Noviciado Nossa Senhora de Lourdes, do Instituto das Irmãs Terciárias Franciscanas da Beata Angelina, de Toledo, está aberto para visitação neste Tempo do Advento e no Natal. As atrações são dois presépios, um deles montado na gruta do noviciado, que fica localizado à Rua Rio Grande do Sul, 1.173 –Bairro Jardim Porto Alegre.

Neste espaço, as Irmãs oferecem uma oportunidade para o público católico de visitar a gruta e rezar. Aliás, desde o dia 2 de dezembro, estão acontecendo os encontros de novena em preparação para o Natal, sempre às 19h.

Feitos artesanalmente, os dois presépios chamam a atenção por sua originalidade. Como mencionado, um deles ocupa o ambiente da gruta, conta com luzes e uma pequena decoração na composição. O outro presépio está montado em uma antiga estrebaria (desativada) que resiste ao tempo no convento. Ambos trazem a mensagem da simplicidade do nascimento de Jesus e vale a pena conhecer.

Presépio instalado na Gruta Nossa Senhora de Lourdes, em Toledo
Outro presépio apresenta sua originalidade no ambiente onde há muitos anos funcionava uma estrebaria

Decoração de Natal é atração na Paróquia

São Francisco de Assis, em Toledo

Quem também convida para a vivência do Advento e a chegada do Natal é a Paróquia São Francisco de Assis, de Toledo. A programação do Natal Luz 2024, organizada pela comunidade de fé, é uma oportunidade para o encontro das famílias e, com isso, a transmissão da fé. Afinal, os pais podem aproveitar a oportunidade e rezar com os filhos no espaço totalmente preparado para este tempo forte da cristandade.

A instalação de Natal está bastante atrativa. O prédio da igreja está ornamentado com mais de 300 metros de mangueira de LED e uma árvore de Natal gigante completa a decoração com outros cerca de 400 metros de cordão LED e mais de 4 mil lâmpadas. Todo esse investimento em luzes potencializa a apresentação do presépio

em tamanho real.

O investimento nesta decoração sintetiza a liderança da comunidade em manifestar sua preparação para o Natal, e que ele transmita sua essência a quem

se aproximar.

Para quem quiser conhecer a decoração e, é claro, registrar em fotos, o endereço é Rua Eduardo Gatto, 311, Bairro Jardim Coopagro (Toledo).

Decoração natalina é atração na Igreja São Francisco de Assis, em Toledo
Foto: Juan Matoso

Diocese de Toledo convoca fiéis para a abertura do Ano Jubilar

A Diocese de Toledo, por meio de seu bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, abre solenemente, no dia 29 deste mês de dezembro, o Ano Jubilar 2025 – Peregrinos da Esperança. O Ano Santo, convocado pelo Papa Francisco, é para que toda comunidade de fé – clero, religiosos e religiosas, seminaristas e leigos e leigas – testemunhe a fé e o amor que

se carregam no coração; “para que a fé seja jubilosa, a caridade entusiasta; para que cada um seja capaz de oferecer ao menos um sorriso, um gesto de amizade, um olhar fraterno, uma escuta sincera, um serviço gratuito, sabendo que, no Espírito de Jesus, isso pode tornar-se uma semente fecunda de esperança para quem o recebe”.

Mensagem do Bispo em preparação ao início do Jubileu 2025

“Viu uma grande luz” (Is 9,1)

Amado povo fiel da Diocese de Toledo,

Neste 1º Domingo do Advento de 2024 iniciamos nosso caminho de preparação para vivência do Jubileu 2025. O Papa Francisco o convocou no dia 9 de maio deste ano, Festa da Ascensão do Senhor, desejando que fosse, para a Igreja, uma oportunidade para reavivar no coração dos fiéis “a esperança segura da salvação em Cristo” (Spes non confundit, n. 6).

O Santo Padre elegeu como tema deste Jubileu a imagem de Peregrinos da Esperança, para indicar como a vida cristã é um caminho que tem por companheira insubstituível a esperança. E inspirado na epístola paulina aos Romanos, que ensina: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5), ele nos ajuda a compreender como a nossa fé está fundada numa esperança que nada, nem ninguém, poderá jamais tirar de nós, o amor de Jesus Cristo.

Dada a importância de um Ano Santo, eu, vosso bispo e irmão, escolhi lhes escrever a carta pastoral: “Viu uma grande Luz” (Is 9,1), pela qual lhes ofereço uma meditação sobre a mística e o caminho que iremos percorrer como Igreja diocesana. Quero motivá-los a conhecê-la. Ela se encontra disponível em versão impressa nas secretarias paroquiais e em versão digital no

site de nossa Diocese (Acesse o QR Code nesta página). Um Jubileu é um Ano Santo, cujas fontes remontam à lei bíblica do Levítico 25, 10 que decretou: “Declarareis santo o quinquagésimo ano e proclamareis a libertação de todos os moradores da terra. Será para vós um jubileu”. No ministério de Jesus, também encontramos motivações para santificar o Ano Jubilar. Quando na Sinagoga de Nazaré ele afirmou ser o tão esperado ungido pelo Espírito (Is 61,1-3), enviado “para proclamar um ano de graça do Senhor” (Lc 4,19), ali Jesus se manifestou como aquele que deveria levar à consumação a esperança jubilar.

Para nossa Igreja diocesana, desejo que o Jubileu resplandeça como “tempo favorável” (2Cor 6,2) para a reconciliação com Deus e de restauração da criação e da fraternidade humana. A luz de esperança de vida eterna, que a Encarnação

CARTA PASTORAL PARA O ANO SANTO

do Verbo Eterno no ventre da Virgem Maria e de seu Natal em Belém derramou sobre o nosso mundo, acenda em nossa alma um ânimo novo, de fiéis testemunhas de que “aqueles que põem a sua esperança no Senhor renovam suas forças, abrem asas com as águias, correm e não se esgotam, caminham e não se cansam” (Is 40,31).

Aproveito para convidá-los para a Abertura do Ano Jubilar que em nossa Diocese, será realizada no dia 29 de dezembro de 2024, Solenidade da Sagrada Família. Neste dia, ao entardecer, às 18h30, nos encontraremos diante do Colégio Incomar de Toledo. De lá partiremos em procissão até a Catedral Cristo Rei, onde celebraremos a Eucaristia. A partir de então, cada paróquia viverá a oportunidade das peregrinações às Igrejas Jubilares e todos nós poderemos lucrar Indulgência Jubilar no decorrer do Ano Santo.

Que Deus, esperança que não decepciona, nos acompanhe no caminho jubilar. Toledo, 30 de novembro de 2024, Festa de Santo André, Apóstolo.

Dom João Carlos Seneme, css Bispo diocesano de Toledo

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Prontos para o serviço à comunidade

A Diocese de Toledo celebra, com a graça de Deus, a perseverança de 144 leigos, aos quais foram confiados o mandato de Ministro Auxiliar da Comunidade (MAC). Oriundos de 24 paróquias, eles cumpriram as seis etapas formativas ao longo do ano, em que foram abordados os temas: Sagrada Escritura; Celebração Eucarística e Celebração da Palavra; Liturgia; Visita aos doentes e Celebração de Exéquias. E ainda, ao final, participaram do retiro espiritual.

Instituídos ao Ministério Auxiliar de Comunidade, estes

leigos assumem a missão de atender as necessidades dos fiéis, inclusive por meio da realização do culto dominical e distribuição da Eucaristia. Junto dos familiares e amigos, os novos MAC elevaram seus pedidos a Deus para exercer, com fidelidade, a missão que provém do mandato missionário. O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, presidiu a celebração eucarística e o rito de instituição, por meio do qual foram tomados os compromissos de bem anunciar a Palavra de Deus e de mostrar-se próximo do Cristo, distribuindo-o sob a forma da Eucaristia.

Paróquia Sagrada Família – Toledo
Paróquia Menino Deus – Toledo
Paróquia São Francisco de Assis – Assis Chateaubriand
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Toledo
Paróquia Nossa Senhora do Carmo – Assis Chateaubriand
Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Maripá Paróquia Santa Margarida – Vila Margarida
Paróquia Santa Rosa de Lima – Nova Santa Rosa
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Guaíra
Paróquia Santa Rita de Cássia – Toledo
Paróquia São Cristóvão – Toledo
Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Marechal Cândido Rondon
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Terra Roxa
Paróquia São Pedro – São Pedro do Iguaçu
Paróquia São Roque – Nova Aurora
Paróquia Sagrada Família – Dez de Maio
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Mercedes
Paróquia São Luiz Gonzaga – Pato Bragado
Paróquia Maria Mãe da Igreja – Marechal Cândido Rondon
Paróquia São Vicente Palotti – Palotina
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Ouro Verde do Oeste
Paróquia Cristo Rei – Entre Rios do Oeste
Paróquia São Pedro e São Paulo – Toledo
Paróquia São Francisco de Assis – Toledo

Diocese institui a 1ª turma de Ministros Catequistas

Na sociedade atual, marcada por tantas distrações e incertezas, o catequista se destaca como uma âncora de esperança, ajudando crianças, jovens e adultos a compreenderem que sua vida tem um propósito maior. E a Diocese de Toledo rende graças ao Senhor, neste dia 13 de dezembro, por realizar a celebração eucarística de instituição ao Ministério de Catequista a 92 leigos e leigas que, cumprindo critérios estabelecidos pela Igreja, se dedicaram aos estudos complementares e se lançam mais profundamente na sua vocação.

Reconhecido como educador da fé, na sua missão, o catequista ultrapassa em sua missão os limites da instrução religiosa e assume postura de semeador, que planta no coração das pessoas as sementes da Palavra de Deus.

A Carta Apostólica Antiquum Ministerium, promulgada pelo Papa Francisco, sublinha a dignidade e a importância deste Ministério, por meio do qual, homens e mulheres, se dedicam com fervor a transmitir o Evangelho, não apenas com palavras, mas com o testemunho de suas vidas. Por isso,

junto aos pais dos catequizandos, contribuem para moldar corações e consciências a fim de que possam viver à luz do Evangelho.

Paróquia Santo Antônio – Formosa do Oeste
Paróquia Cristo Rei – Catedral
Paróquia Santa Rita de Cássia – Toledo
Paróquia São Francisco de Assis – Assis Chateaubriand
Paróquia São Pedro e São Paulo – Toledo
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Mercedes
Paróquia Nossa Senhora da Glória – Quatro Pontes
Paróquia Maria Mãe da Igreja – Marechal Cândido Rondon
Paróquia Nossa Senhora do Carmo – Assis Chateaubriand
Paróquia Nossa Senhora das Graças – Novo Sarandi
Paróquia São Roque – Nova Aurora
Paróquia São Cristóvão – Toledo
Paróquia Cristo Rei – Entre Rios do Oeste
Paróquia São Francisco de Assis – Toledo
Paróquia São Pedro – São Pedro do Iguaçu
Paróquia Menino Deus – Toledo
Paróquia Sagrada Família – Toledo
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Guaíra
Paróquia São Vicente Palotti – Palotina
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Toledo
Paróquia Santo Inácio de Loyola – Jesuítas
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Terra Roxa

“Jesus, nossa Esperança, habita entre nós. É nossa missão anunciá-lo”

A Campanha para a Evangelização 2024, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tem como tema “Jesus, nossa Esperança, habita entre nós. É nossa missão anunciá-lo”. Esta edição é especial, pois está diretamente ligada à preparação para o Jubileu 2025. A proposta da Campanha é anunciar Jesus como esperança concreta e reavivar a fé nas comunidades, inspirando ações evangelizadoras que toquem os corações e transformem vidas.

Desde 1998, a Campanha para a Evangelização busca mobilizar os católicos para a corresponsabilidade na sustentação das ações pastorais e missionárias da Igreja. Realizada no Tempo do Advento, ela culmina com a Coleta Nacional para a Evangelização, no 3º Domingo do Advento.

O principal objetivo da Coleta para a Evangelização é financiar projetos e iniciativas de evangelização, especialmente aqueles que visam alcançar as periferias, as populações carentes, os jovens, as famílias e aqueles que ainda não tiveram um encontro pessoal com Cristo. A campanha também serve para apoiar a formação de agentes de pastoral e missionários, que estarão à frente dessas atividades evangelizadoras.

A ESPERANÇA É JESUS CRISTO

Quando esteve no Brasil, para o encontro nacional de preparação do Jubileu 2025, em janeiro do ano

Oração

Os recursos arrecadados são distribuídos para apoiar atividades missionárias em três níveis: 45% permanecem na Diocese; 20% são destinados às estruturas regionais da CNBB; 35% vão para a CNBB nacional, para dinamizar ações evangelizadoras em todo o Brasil.

“Senhor Jesus, ao celebrar o Mistério do vosso nascimento e ao aproximar-se a abertura do Ano Jubilar, suplicamos a graça de reconhecer que vós sois a nossa única Esperança. Ajudai-nos no compromisso missionário de reanimar no mundo, como peregrinos da Esperança, a confiança no Amor e o vigor da Fé. Amém”.

passado, dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, alertou os participantes, a pedido do Papa, para o fato de que a esperança anunciada no Jubileu e na vida cotidiana da Igreja, em sua ação evangelizadora, não é uma esperança vaga, etérea, difusa, mas uma esperança concreta, que tem nome: Jesus Cristo.

É esta esperança, de um Deus feito carne, que a Campanha para a Evangelização deste ano quer anunciar, recomendando também que, assim como os primeiros cristãos, os que têm se enriqueçam de boas obras, deem com prodigalidade e repartam com os demais (Cf. 2Cor 8-9).

A Campanha é um chamado à solidariedade e ao compromisso dos fiéis com a missão da Igreja, que busca ser sinal de esperança em meio aos desafios contemporâneos. A mensagem destaca que a evangelização é uma missão compartilhada, onde cada fiel contribui para que o amor de Cristo alcance os que mais precisam, promovendo transformação social e espiritual.

PARTICIPAÇÃO DOS CATÓLICOS

Sua participação na Campanha para Evangelização é muito importante. Faça a reflexão proposta para este tempo, contemplando a corresponsabilidade dos católicos com as obras de evangelização. Feito isso, participe das celebrações dos dias 14 e 15 (3º Domingo do Advento) deste mês de dezembro, ocasiões em que acontecerá a Coleta Nacional.

Colégio Incomar amplia instalações e agrega qualidade à experiência educacional

O Colégio Vicentino Incomar, de Toledo, encerra o ano de 2024 com a entrega de um novo espaço para a comunidade escolar. Trata-se de uma ampliação na sua estrutura física em mais de 1,5 mil metros quadrados, que agrega à sua metodologia de ensino, interação e participação dos alunos e suas famílias. O novo ambiente visa contribuir com a experiência educacional.

O novo espaço, no piso superior, é chamado de “Auditório Vicentino”, com capacidade para 500 pessoas. Ele

possui sistema de som e acústica de última geração, iluminação ajustável para diferentes tipos de eventos, confortáveis cadeiras, acessibilidade total – incluindo elevador – e espaço para pessoas com mobilidade reduzida. Além disso, possui sistema de climatização moderno e sustentável. Este ambiente também conta com palco, camarim, salas de suporte e banheiros.

O objetivo do auditório é proporcionar um espaço moderno e funcional para eventos pedagógicos, culturais e comunitários. Ele veio para suprir uma necessidade que a direção percebia: um local que viesse agregar ainda mais valor ao trabalho desenvolvido pelo Colégio e oferecesse conforto aos estudantes e às famílias vicentinas. Foi pensado com carinho para melhorar a experiência educacional e fortalecer o compromisso com a qualidade de ensino e bem-estar de todos que fazem parte da comunidade. Sendo assim, o espaço será utilizado para palestras, encontros formativos dos estudantes e da equipe pedagógica, atividades culturais e eventos institucionais.

Já na parte inferior, há dois ambientes principais: um amplo salão de festas, com playground, uma área gourmet e uma grande sala multiuso, que pode ser dividida em dois espaços para reuniões simultâneas.

A cerimônia de inauguração contou com o rito de bênção conduzido pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, e a presença de representantes da Rede Vicentina de Educação.

Ampliações do Colégio Vicentino Incomar, na cidade de Toledo
Sala de reuniões multiuso com opção de uso completo ou em dois ambientes
Apresentação do quadro com a nova obra inserida na linha do tempo do Incomar em Toledo
Arquitetura permite transformar o ambiente em salão de festas
D. João Carlos Seneme e a diretora do Colégio Incomar, Ir. Vera Zanella
Espaço para diversão das crianças
Fotos: Mauro Bianchi
Foto: Angélica Scholer

Uma jornada de fé e comunhão em 2024

A Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, em Guaíra, viveu um ano de intensas bênçãos e renovação espiritual com a realização de três acampamentos marcantes: a FAC (Formação de Adolescentes Cristãos), o Sênior e o Juvenil. Estes eventos, organizados ao longo de 2024, mobilizaram jovens, adultos e famílias, fortalecendo laços comunitários e a vivência da fé.

A FAC reuniu adolescentes em uma programação que uniu espiritualidade e momentos de reflexão, ajudando-os a enfrentar os desafios da juventude à luz do Evangelho.

Já o Acampamento Sênior foi um espaço transformador para adultos, proporcionando experiências de autoconhecimento, reconciliação e fortalecimento do compromisso cristão.

Por sua vez, o Acampamento Juvenil trouxe uma proposta vibrante e dinâmica, engajando jovens em atividades que destacaram a importância da amizade, do serviço ao próximo e do amor de Deus.

Estes acampamentos, realizados com o apoio de lideranças paroquiais e voluntá-

rios, deixaram marcas profundas em todos os participantes. Testemunhos emocionantes confirmam o impacto positivo destas experiências, que renovaram a fé e incentivaram a prática ativa da caridade e da comunhão.

A Paróquia Nossa Senhora dos Nave-

gantes reafirma, com estas iniciativas, seu compromisso com a evangelização, proporcionando momentos significativos de encontro com Deus e fortalecimento da comunidade. Que o movimento campista continue a ser um pilar de transformação espiritual na cidade de Guaíra.

Movimento Campista na Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes – Guaíra
Chegada dos campistas à Igreja Nossa Senhora dos Navegantes
Momento de descontração entre os participantes
Missa celebra a participação dos campistas no evento
Evento promove comunhão entre os participantes
Celebração da alegria e fraternidade entre os campistas

Construindo o Sítio São Francisco: um espaço para Acampamentos em Toledo

A organização religiosa Carlo Acutis, vinculada aos Frades Menores Missionários, está realizando um sonho especial: a construção do Sítio São Francisco, um espaço dedicado para Acampamentos em Bom Princípio do Oeste, interior de Toledo. Esse projeto só foi possível graças à doação generosa da família Mahl, que cedeu o terreno para que a organização desenvolvesse um local próprio, voltado ao acolhimento e crescimento espiritual dos participantes.

Os trabalhos já estão em andamento. A terraplanagem inicial foi concluída e o

planejamento para o ano está bem estruturado. Até o final de dezembro de 2024, a expectativa é de que o sítio tenha energia elétrica, poço artesiano, e tenha dado início a construção da capela e quiosques. Além disso, estão previstos os cuidados com a limpeza e infraestrutura necessária

Programação de Acampamentos

2025 - Sítio São Francisco

A organização Carlo Acutis pretende realizar toda a programação de Acampamentos do Decanato de Toledo no novo sítio no próximo ano. Confira as datas:

- Acampamento Mergulhei: 30/03/2025

- Acampamento Sênior: 30/04 a 04/05/2025

- Acampamento para Casais: 19/06 a 22/06/2025

- Acampamento Juvenil: 20/11 a 23/11/2025

- Acampamento FAC: 10/07 a 13/07/2025

para os próximos passos da obra. Entre janeiro e fevereiro deste ano que está chegando, será iniciada a construção do salão principal, cozinha comunitária, dormitórios e banheiros, estruturas essenciais para o funcionamento completo do sítio e para oferecer conforto a todos os participantes.

APOIO DAS COMUNIDADES

A construção do Sítio São Francisco de Assis tem contado com o apoio de muitas comunidades amigas. Especialmente pela inspiração vinda do Sítio Nossa Senhora de Fátima, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Terra Roxa, cujos membros campistas têm sido fundamentais nesse processo, ajudando para que esse sonho se torne realidade.

COMO AJUDAR

A organização Carlo Acutis está recebendo doações para apoiar a construção do Sítio São Francisco. Materiais de construção, acabamentos, equipamentos ou qualquer tipo de contribuição serão bem-vindos e farão uma grande diferença. Se você deseja ajudar, entre em contato e saiba como fazer sua doação (45) 3378-1505. Juntos podemos construir um espaço de fé, acolhimento e transformação para toda a comunidade.

Serviços de terraplenagem preparam o novo espaço de evangelização
Participantes de Acampamento realizado para leigos de Toledo
Leigos colaboradores do projeto do Sítio São Francisco
Trabalho intenso realizado para alcançar objetivos do cronograma

•Presentes personalizados

•Brindes para empresas

•Tintas

•Pincéis

•Mandalas

•Produtos para artesanato

Rua Sarandi 57, Centro

Primeira Escola de Formação Cidadã para migrantes é concluída

A Cáritas Diocesana de Toledo concluiu o projeto “Escola de Formação Cidadã para Migrantes”, que tinha o objetivo de promover um conhecimento maior sobre os costumes e direitos dos migrantes estando em terras brasileiras, promovendo uma maior integração deles na sociedade.

A Escola contou com cinco módulos, sendo eles: Introdução ao Direito; Microempreendedorismo; Finanças Pessoais; Projeto de Vida e Espiritualidade; e, Segurança Alimentar e Nutricional. A programação foi finalizada no último dia 26 de outubro. Na conclusão do projeto, os alunos relataram que foi uma experiência muito construtiva para as suas vidas, e gostariam que fossem mais aulas, devido ao fato de que esses temas

Participantes comemoram a conquista do certificado

são importantes para sua vivência no Brasil. Além disso, declararam que esperam ansiosos pela continuidade do projeto, tendo mais ideias de microempreendedorismo, mais ajuda para projetarem suas vidas vivendo numa comunidade de fé, compreendendo mais os direitos e deveres, controlando mais suas economias e se alimentando de maneira mais saudável.

Pastoral da Juventude anuncia novas coordenações

A Assembleia Diocesana da Pastoral da Juventude, realizada em 27 de outubro último, na Paróquia Menino Deus (Toledo), teve como objetivo analisar as atividades realizadas no ano de 2024, juntamente com as coordenações de grupos de base, dos decanatos e da Diocese. Outro objetivo foi planejar as novas atividades para o ano de 2025. Além disso, foi o momento de realizar as trocas de coordenações e apresentação dos novos jovens que darão continuidade a esta missão.

COORDENAÇÃO DIOCESANA

Kaliny Cruz – Catedral Cristo Rei (Toledo)

Marcos Souza – Paróquia Sagrada Família (Toledo)

Ester Hanemann – Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand)

Eloisa Meinerz – Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Marechal Cândido Rondon)

João Marques – Paróquia Sagrada Família (Toledo)

COORDENAÇÃO DECANATO DE TOLEDO

Tainá Dreissig – Paróquia São Francisco de Assis (Toledo)

Marcos Dourado – Paróquia São Francisco de Assis (Toledo)

Gabriel Souza – Paróquia Sagrada Família (Toledo)

COORDENAÇÃO DECANATO DE ASSIS

Wesley Dela Torre – Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand)

André Sabião – Paróquia Santo Antônio (Formosa do Oeste)

Mariana Cruz – Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand)

Amanda Borges – Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Assis Chateaubriand)

Julia Orlandini – Paróquia São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand)

Grupo que acompanhou um dos módulos ofertados pela Escola
Um dos módulos abordou a empregabilidade
Participantes da Assembleia Diocesana da PJ 2024

Dra. Luciana Menezes Médica Dermatologista pioneira na técnica FUE na cidade. CRM/PR 29011 RQE 23728

Assembleia Diocesana apresenta indicações para a Ação Evangelizadora

A elaboração do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora passa, anualmente, pela formulação de novas diretrizes ou mesmo pela revisão. Este ano, inspirados pelo tema proposto – Espiritualidade de Comunhão a partir do Concílio Vaticano II – ao menos 175 sujeitos da evangelização, como são chamados clérigos, religiosos e religiosas e leigos, apresentaram algumas indicações para a Ação Evangelizadora na Diocese de Toledo.

As propostas tomam por base as reuniões do Conselho Diocesano Ampliado nos Decanatos, em que as lideranças participaram e refletiram a espiritualidade de comunhão e apontaram as Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças neste processo da evangelização. Contribuíram ainda elementos propostos pela conferência principal, conduzida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, D. Antonio Catelan, responsável por esse momento na Assembleia Diocesana da Ação Evangelizadora em novembro último.

A Igreja como lugar de acolhida é o ponto central. Para isso, é necessário abrir-se à compreensão dos ensinamentos de Jesus, especialmente percebendo no sofredor que ele é o destinatário desta mensagem e de atitudes cristãs.

Durante a Assembleia Diocesana foi apontada a necessidade de criar espaços de fraternidade para as pessoas, carismas

e ministérios a serviço da comunidade, com atitudes de solidariedade, caridade e escuta e apoio aos irmãos e lideranças na sua missão e de manter a escuta em todos os lugares.

Reunidos em 16 grupos, bispo, padres, seminaristas, religiosos e religiosas e leigos, destacaram a importância do convite a mais pessoas da comunidade, a fim de que se tornem lideranças engajadas.

Destaca-se a convivência fraterna, conhecendo e reconhecendo-se como iguais na alegria, no sofrimento e nas vulnerabilidades. Para isso, ter humildade e sensibilidade no evangelizar a partir da leitura de realidade e, assim, diagnosticar onde estão as dificuldades. Pensar projetos, mesmo que pequenos, são favoráveis para semear a espiritualidade de comunhão. Neste sentido, oferecer espaço para a participação e rejeitar egoísmos e, assim, evangelizar não só com a palavra, mas com testemunho e ação. Um aceno

muito forte das lideranças se dá em favor da juventude, visando o estímulo à presença na Igreja com seus dons e talentos na evangelização. Estas inspirações ajudam a compor os planos paroquiais para a ação evangelizadora no próximo ano. E em 31 de agosto de 2025, a Diocese de Toledo estará novamente reunida em Assembleia para abarcar as inspirações que as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) da Igreja no Brasil venham a apresentar, bem como as conclusões do Sínodo dos Bispos. “Poderemos ter um redirecionamento de caminhos porque as conclusões do Sínodo trouxeram elementos novos que precisam ser considerados. E a Diocese também está disposta a seguir esse caminho”, salienta o coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, Pe. André Boffo Mendes. Futuramente, de posse das DGAE, um grupo vai refinar essas diretrizes nas reuniões com as lideranças nos Decanatos. Esse grupo é formado, inicialmente, por Pe. André, Pe. Lucimar Castellani e a leiga Marinês Bettega, até o passo a passo para a realização da Assembleia Diocesana de 2025 quando será formado o novo Plano Diocesano da Ação Evangelizadora. “Nesse meio tempo, cada paróquia tem o seu Plano, com as DGAE vigentes que falam dos pilares, com pontos a alcançar, enfim, um bom caminho de revisão e iluminação da nossa prática”, completa Pe. André.

Reunidos em grupos, leigos expuseram suas opiniões
Oração em grupo, seguindo a metodologia da Conversa Espiritual
Pauta nos grupos seguiu rigorosamente o tema proposto
Formato da Assembleia Diocesana observou ameaças e oportunidades na evangelização

Fiéis celebraram os 90 anos da Igrejinha de Pedra, em Guaíra

No dia 10 de novembro, Guaíra celebrou um marco singular de fé e história: os 90 anos da pequena igreja de pedra que, com sua simplicidade e beleza rústica, testemunhou décadas de fé e devoção da comunidade.

As festividades foram um convite à nostalgia e à celebração. Na parte da manhã, três missas foram celebradas: a primeira, em latim, com cantos gregorianos; em seguida, uma missa com casais que se uniram em Matrimônio na igrejinha e, finalmente, uma missa com batizados.

A programação principal aconteceu no final do domingo, com uma grandiosa missa às 19h, reunindo padres, religiosas, seminaristas e comunidades locais e vizinhas que, em ação de graças, rezaram pela existência desse ícone religioso e arquitetônico.

Além do aspecto religioso, a festa também destacou a importância da igrejinha como um patrimônio histórico, turístico e cultural de Guaíra, com o tradicional corte do bolo distribuído aos presentes. A arquitetura singular, a história por trás de cada pedra e a devoção que a cerca, a transformaram em um ponto de referência para a cidade, pois

atrai visitantes de diversas regiões.

Ao final da noite, a Banda Colo de Deus brindou a todos com um show contagiante, com participação expressiva dos jovens campistas, que tanto usufruem da espiritualidade de suas músicas. A Igrejinha de Pedra é hoje um sinal vivo da fé do povo guairense. “Este

de 90 anos é um convite à reflexão sobre o passado, à celebração do presente e à esperança no futuro”, como expressou o Pe. Jauri Strieder, pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, na Santa Missa. “Que essa história de fé e devoção continue sendo escrita por muitas gerações”, almejou.

Grande número de fiéis participaram das comemorações dos 90 anos da igrejinha de pedra, em Guaíra aniversário
Fotos: Caroline Coelho
Foto: Prefeitura de Guaíra
Ação de graças pelo aniversário da pequena igreja de pedra
Nas comemorações da igreja de pedra, casal faz renovação das promessas matrimoniais. Muitos casamentos foram assistidos nesta igreja
Pe. Jauri, pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, destaca a importância desta comemoração
14 crianças receberam o Sacramento do Batismo nas comemorações
Num gesto simbólico, representando os pioneiros, a leiga
Inês Schneider toca o sino da igrejinha de pedra

Natal: momento de transmissão da fé aos filhos

Mais um ano vai chegando ao fim e também assim chega o Tempo do Advento, período este muito rico para a Igreja Católica, pois se comemora o nascimento do Menino Jesus, Nosso Salvador.

Desta forma, podemos pensar neste Menino, que nasce em uma família, para exercer sua missão e todo nascimento é motivo de festa, pois como nos traz o Catecismo da Igreja Católica (CIC): “O instituto do Matrimônio e o amor dos esposos estão, por sua índole natural, ordenados à procriação e à educação dos filhos, e por causa dessas coisas (a procriação e a educação dos filhos), o instituto do Matrimônio e o amor dos esposos são como que coroados de sua maior glória” (nº 1652).

Assim, comparando com as nossas crianças, como elas vão entender sua missão neste mundo de hoje? O Catecismo tem algumas respostas para nós:

“A fecundidade do amor conjugal se estende aos frutos da vida moral, espiritual e sobrenatural que os pais transmitem a seus filhos pela educação. Os pais são os principais e primeiros educadores de seus filhos. Neste sentido, a tarefa fundamental do Matrimônio e da família é estar a serviço da vida” (CIC, nº 1653). Um pouco mais adiante, encontramos o ensinamento que, nos dias atuais, em um mundo que se tornou estranho e hostil à fé, as famílias cristãs são de fun-

A imagem do presépio é a imagem da realização das promessas de Deus para a humanidade

“É no seio da família que os pais são para os filhos, pela palavra e pelo exemplo, os primeiros mestres da fé (cf. CIC, nº 1656). Deste modo, o lar é a primeira escola de vida cristã e uma escola de enriquecimento humano”.

damental importância como lares de fé viva e irradiante. É no seio da família que os pais são para os filhos, pela palavra e

O que ensinar sobre o Natal?

No testemunho de vida, os casais têm muito a ensinar aos seus filhos a partir da imagem do presépio. O Menino Jesus, que ali está, é central. Afinal, Ele é a encarnação do Verbo, a promessa anunciada de que Deus está com seu povo e jamais o abandona. As tempestades da vida – doenças, aflições, conflitos – podem aparecer no dia a dia das crianças e adolescentes em formação, como é comum observar nos tempos atuais. Adolescentes e jovens estão precisando ainda mais de seus pais! E os pais têm muito a ensinar quanto a superação das

dificuldades, por meio da contemplação da missão deste Menino. Na catequese familiar, papai e mamãe comunicam a verdade da fé pelo testemunho.

Se cada um souber aproveitar melhor o tempo com os filhos, cultivar a vida de oração em casa, incentivá-los aos encontros com Jesus nas celebrações, certamente eles terão uma vivência significativa do que é o Tempo do Advento e estarão mais preparados para experimentar as belezas do Natal, e é por isso que a transmissão da fé aos filhos acontece na experiência de família que cada um vive.

pelo exemplo, os primeiros mestres da fé (cf. CIC, nº 1656).

Deste modo, o lar é a primeira escola de vida cristã e uma escola de enriquecimento humano. É nesse lugar que se aprende o amor fraterno, o perdão generoso e o culto divino pela oração e oferenda da sua vida (cf. CIC, nº 1657). Sendo assim, com base apenas neste documento oficial da Igreja, percebemos que os pais são os primeiros e principais catequistas de seus filhos. É obrigação dos pais transmitir a fé aos filhos e, na falta dos pais, é obrigação dos padrinhos de Batismo. Por isso, uma atenção aos pais: os padrinhos de Batismo devem ser escolhidos de forma consciente, com base no testemunho de fé que vão transmitir. Só assim, com essa estrutura ao redor de cada criança que nasce, vai encontrar um lugar propício para entender e exercer sua missão como cristão.

Fabiano Aparecido de Figueiredo e Andréa Aparecida Ferreira Casal coordenador diocesano do Setor Pré-matrimônio

“Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”

Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria | 8 de dezembro de 2024

Leituras: Gn 3,9-15.20; Sl 97(98),1.2-3ab.3cd-4; Ef 1,3-6.11-12; Lc 1,26-38

Queridos irmãos, acabamos de iniciar mais um Ano Litúrgico, que segue um ritmo diferente do calendário civil. Encerramos o Ano B com a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. E a primeira Solenidade que celebramos na abertura de um novo Ano Litúrgico é a da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria. No dia 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX, na Bula “Inefabilis Deus”, afirma que é por causa dos méritos de Jesus Cristo, que salvou a humanidade do pecado, que Maria foi preservada de toda mancha do pecado original. O dogma da Imaculada Conceição foi proclamado em 1854, mas a Igreja já acreditava nesta verdade de fé desde os primórdios, já nos primeiros séculos, mas ao longo do tempo, alguns teólogos começaram a pôr esta verdade em dúvida, até que surgiu João Duns-Escoto (1266-1308), grande teólogo franciscano, que ajudou a clarear a discussão, afirmando que “era conveniente que a Mãe de Deus fosse Imaculada”, depois, “Deus, Todo Poderoso, podia realizar tal coisa”, “então não resta dúvida que Deus o fez”.

ADÃO CHAMOU À SUA MULHER ‘EVA’

Por meio da primeira leitura, retirada do livro do Gênesis, somos convidados a refletir acerca do pecado original, afinal de contas se hoje celebramos Maria, que foi preservada do pecado original, precisamos meditar em que consiste este pecado. Jesus, ao se encarnar, anunciar o Reino de Deus, morrer e ressuscitar, recapitula, na sua história, a história humana, ou seja, com a sua história, Jesus inaugura uma nova forma de ser, diferente do modelo anterior. O modelo anterior era o de Adão, que desobedeceu a Deus e, ao pecar, inseriu o pecado na humanidade. Jesus é, portanto, o “Novo Adão”, já que, diferente do primeiro, “humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz”. Maria, não por conta própria, mas por causa da obra de Deus em sua vida, é instrumento de Deus nessa recapitulação da história, por isso é chamada de “Nova Eva”. Pela primeira Eva, o pecado entrou no mundo, pelo “sim” de Maria, nos veio O Salvador, que nos libertou do pecado. Algo que se destaca na primeira leitura é o nome dado à mulher. Adão a chama de Eva, nome que, lido no sentido contrário, se torna “Ave”, saudação utilizada pelo Anjo Gabriel para se referir à Virgem Maria; muito mais do que uma simples

coincidência, essa analogia nos ajuda a compreender que Maria, ao se submeter humildemente à vontade de Deus, supera a desobediência egocêntrica de Eva, ou seja, o “sim” de Maria supera a rejeição de Eva.

Deus preparou Maria desde a eternidade para ser mãe de seu Filho, por isso, a livrou antecipadamente do pecado original, lavado posteriormente pelo sangue de Jesus. Enquanto nós somos libertos do pecado original pelo Sacramento do Batismo – morremos para o pecado e renascemos para a vida eterna como filhos de Deus – o que só se tornou possível depois da morte e ressurreição de Jesus – Maria recebe de Deus a libertação do pecado original de maneira antecipada, já que o tempo de Deus não contempla as medidas de passado, presente e futuro, por ser eterno. Deus sabia que Maria seria a Mãe do seu Filho, aquele que salvaria a humanidade do pecado original, por isso, antes mesmo da ressurreição, morte e nascimento de Jesus, concede a Maria a graça antecipada.

NÃO TENHAS MEDO; ENCONTRASTE GRAÇA DIANTE DE DEUS

- Diante das dúvidas, qual caminho tenho escolhido, o da desobediência ou da confiança em Deus?

- Será que sou capaz de obedecer à vontade de Deus mesmo sem conhecê-la completamente?

- Frente aos planos de Deus, tenho conseguido abrir mão da minha vontade para cumprir a d’Ele?

No livro do Gênesis, vemos que a Serpente, ao se aproximar da mulher, coloca dúvida no seu coração: “Mas Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão e vós sereis como deuses, versados no bem e no mal”. Diante dessa dúvida, Eva escolhe o caminho da desobediência. Maria, frente ao anúncio do Anjo Gabriel, que revela o plano de Deus, também manifesta sua dúvida: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum”? Mas, diante da dúvida, diferentemente de Eva, Maria escolhe obedecer mesmo sem compreender, decide confiar inteiramente em Deus.

Leitura Diária

Dia 9: Is 35,1-10; Sl 84(85); Lc 5,17-26

Dia 10: Is 40,1-11; Sl 95(96); Mt 18,12-14

Dia 11: Is 40,25-31; Sl 102(103); Mt 11,28-30

Dia 12 (Nossa Senhora de Guadalupe): Gl 4,4-7; Sl 95(96); Lc 1,39-47

Dia 13 (Santa Luzia): Is 48,17-19; Sl 1; Mt 11,16-19

Dia 14 (São João da Cruz): Eclo 48,1-4.9-11; Sl 79(80); Mt 17,10-13

A Esperança e a Espera

3º Domingo do Advento | 15 de dezembro de 2024

Leituras: Sf 3,14-18a; Is 12,2-3.4bcd.5-6; Fl 4,4-7; Lc 3,10-18

Visto a liturgia apresentada, cabe-nos a compreensão do contexto, em breves palavras, para assim situarmos a liturgia deste 3º Domingo do Advento. João Batista é aquele que anuncia o Messias. O povo nutre a expectativa da concretização da promessa de Deus a seu povo, o povo eleito, nação santa. João Batista e Jesus Cristo são contemporâneos, mas isso não significa afirmar que João Batista tinha o conhecimento acertado de que Jesus de Nazaré era o Messias anunciado pelos profetas e a concretização da espera. João se torna instrumento de Deus, de anúncio e preparação do povo. Por isso que ele é definido como o último dos profetas, pois durante seu anúncio há a intervenção direta de Deus na história pela encarnação.

Este ambiente nos ajuda a nos situarmos dentro do texto de São Lucas. Alguns elementos chamam a atenção e merecem destaque:

“As multidões perguntavam a João” (v. 10). Temos aqui uma busca por João, busca esta que denota a grande necessidade de Deus que o povo sentia, e mais: uma grande ansiedade pela concretização de toda a promessa, visto que esta nutria a fé num Deus presente e real.

João ensina a serem justos, equitativos e caridosos. Isto é implicado nas orientações dadas àqueles que vinham. Detalhe a se destacar é quem eram os que vinham: cobradores de impostos e soldados, ou seja, aqueles responsáveis pela coleta e pela segurança. Indevidamente, muitos usurpavam dos pobres e marginalizados, tanto na sonegação de impostos quanto na aplicação da violência, ao invés da promoção da paz e segurança. Nota-se uma preocupação do evangelista São Lucas em expor as mazelas da sociedade e propor uma nova maneira de agir.

CONVERSÃO E PAZ

Diante de tudo isto, duas palavras são extremamente significativas. 1) Esperança: esta tem que ser reavivada a cada momento, ainda mais num contexto de escravidão, de desigualdades sociais latentes, de dicotomias entre ricos e pobres, perfeitos e imperfeitos, puros e impuros, salvos e condenados. A vinda do Messias era a esperança de uma nova condição para todos, uma condição de igualdade em Deus. Mas esta esperança é ameaçada a cada dia pelo cansaço. O cansaço diante da dor, diante da opressão, diante de uma vida dedicada à concretização de uma promessa.

2) Espera: a espera é uma das características fundamentais do Antigo Testamento. O imediatismo moderno não nos deixa compreender isto. Todo ativismo e correria insere o ser humano num querer imediato e determinado no nosso tempo, a ponto de aplicarmos o nosso imediatismo em Deus. Contudo, Deus não age seguindo as prerrogativas humanas, o tempo do homem; mas age segundo o seu tempo, que é o melhor tempo para nós. Por isso, a espera é uma virtude a ser cultivada, a ser aprendida.

PILARES DA EXPERIÊNCIA DE FÉ

- Com qual dos personagens do Evangelho mais me identifico?

- Sou praticante da justiça e da fraternidade com meu próximo?

Esperança e Espera, dois pilares fundamentais que moldam a experiência de fé de um povo que, mesmo diante das adversidades, soube acreditar e confiar na concretização da Palavra de Deus. João Batista prepara, mas não é o Messias, não é ainda aquele que tanto esperam, mas reconhece a grandeza d’Aquele que vem: “Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas sandálias” (v. 16). João Batista sabe a sua missão e não se vangloria por uma esperança posta nele, mas sabe que sua missão é de preparar, de incitar a conversão para que acolham aquele que pode transformar a partir do Espírito Santo e do fogo.

Ação implica em movimento. O movimento necessário para fazer parte deste Reino é ser justo e promover a paz. Todo aquele que promove a injustiça e a violência, está fadado a ser queimado como palha seca. É uma escolha livre diante de um Reino proposto.

Mas as perguntas implicam numa consciência do erro que está sendo cometido, incitando numa abertura para uma mudança de vida. Aqueles que eram os marginalizados estão buscando conversão, enquanto aqueles que se arrogam a pureza e santidade, afundam-se em seus vícios adornados de piedade e religiosidade. Aqui está uma condição indispensável para o encontro com Deus: reconhecimento da sua pequenez, da sua necessidade de Deus e deixar Deus transformar a história. Neste contexto, o encontro acontece.

A pregação de João Batista ensina que todos têm acesso a Deus, contudo, o critério para fazer parte deste povo eleito é a vivência da fraternidade e da justiça. Não nos conformemos com as injustiças e afrontas a dignidade da pessoa humana, bem como a sua identidade. Tenhamos esperança e esperemos confiantes na ação de Deus que nunca falha.

Leitura Diária

Dia 16: Nm 24,2-7.15-17a; Sl 24(25); Mt 21,23-27

Dia 17: Gn 49,2.8-10; Sl 71(72); Mt 1,1-17

Dia 18: Jr 23,5-8; Sl 71(72); Mt 1,18-24

Dia 19: Jz 13,2-7.24-25a; Sl 70(71); Lc 1,5-25

Dia 20: Is 7,10-14; Sl 23(24); Lc 1,26-38

Dia 21: Ct 2,8-14 ou Sf 3,14-18a; Sl 32(33); Lc 1,39-45

A alegria do servir

4º Domingo do Advento | 22 de dezembro de 2024

Leituras: Mq 5,1-4a; Sl 79(80),2ac.3b.15-16.18-19; Hb 10,5-10; Lc 1,39-45

Hoje contemplamos na liturgia, a Palavra de Deus que nos prepara para o Natal, convidando-nos a contemplar o Mistério da Encarnação, um mistério imenso e profundo.

Iniciemos nossa reflexão com a Epístola aos Hebreus, que revela os sentimentos do Filho eterno ao assumir a natureza humana: “Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo” (Hb, 10,5). Jesus, ao encarnar-se, realiza a vontade do Pai, oferecendo-se, de forma plena, além dos sacrifícios rituais. Ele veio ao mundo por amor e obediência ao Pai, tornando-se verdadeiramente humano, igual a nós em tudo, exceto no pecado. O Criador, aquele que abrange o universo, tomou o humilde espaço do ventre de uma Virgem e viveu a experiência humana em sua totalidade. Esse ato nos eleva e nos santifica. Por sua entrega, Cristo nos trouxe o perdão que Adão perdeu.

agora, como grávida, missionária, como aquela que leva o Salvador.

A missão de Maria é ser portadora da graça, a missão de Maria é levar seu Filho Jesus aos corações, e é por isso que ela não colocou nenhum empecilho, muito pelo contrário, ela tirou os empecilhos da frente, ela tirou as dificuldades e subiu àquela região montanhosa de uma forma apressada, quer dizer, totalmente impulsionada pela graça para ir ao encontro de Isabel, sua parenta, que estava grávida, necessitando também de cuidados, de ajuda. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança que estava no seu ventre pulou, exultou e também Isabel ficou cheia do Espírito Santo.

- Tenho buscado a presença de Deus?

- Quais situações em minha vida precisam ser iluminadas pela presença Jesus?

Bendito seja, Cristo Deus e Cristo homem! Obrigado por assumir nossa condição, nossa humanidade! Tu és nossa esperança, nosso consolo e nossa paz. Em ti, cumpriu-se a profecia de Miquéias: “De Belém, pequenina entre as cidades de Judá, sairá o que reinará sobre Israel... Ele estenderá seu poder e será nossa paz” (Mq 5,1).

“BENDITA

- Tenho deixado o Senhor fazer parte de minhas escolhas? O que tem me impedido de dizer sim aos projetos de Deus?

ÉS TU ENTRE AS MULHERES E BENDITO É O FRUTO DO TEU VENTRE” (LC

1,42)

A liturgia de hoje nos apresenta outro “sim” que ressoa ao lado do “sim” eterno de Cristo: o de Maria, uma jovem humilde que, ao aceitar a proposta divina, responde com um compromisso total. Esse “sim” da Virgem de Nazaré, sem reservas, foi essencial para a realização do plano divino, confirmando que o Criador se faz próximo e participa da nossa humanidade. Como uma nova Arca da Aliança, Maria traz em si o Salvador e, em sua fé, serve como exemplo de entrega e generosidade.

Não adianta desejarmos servir a Deus somente querendo que Ele cuide de nós, pois quem é cuidado por Deus cuida dos seus irmãos, coloca-se à disposição, coloca-se em missão. Não foi a gravidez que parou Maria, pelo contrário, se ela já era serva, ela se torna,

DEUS AGE ONDE O MUNDO NÃO VÊ ESPERANÇA

Por fim, há mais uma lição a ser considerada. De Belém, a mais humilde das cidades, e de uma Virgem pobre e frágil, nasceu o Salvador, aquele que “estenderá o poder até os confins da terra” (Mq 5,3b). Deus escolhe o caminho da fraqueza e da simplicidade. No Natal, aprendemos que Deus age onde o mundo não vê esperança e grandeza. Não está com os fortes e os soberbos, mas com os fracos e os humildes, com aqueles que choram e se sentem solitários, que nas diversas situações da vida se confiam ao Senhor.

Que nossa Mãe Santíssima e São José, com sua fé e humildade, intercedam por nós, para que possamos viver em tua paz e na certeza da tua presença. Amém.

Dia 23: Ml 3,1-4.23-24; Sl 24(25); Lc 1,57-66

Dia 24: Is 9,1-6; Sl 95(96); Tt 2,11-14; Lc 2,1-14

Dia 25 (Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo): Is 52,7-10; Sl 97(98); Hb 1,1-6; Jo 1,1-18

Dia 26 (Santo Estêvão): At 6,8-10.7,54-59; Sl 30(31); Mt 10,17-22

Dia 27 (São João, Apóstolo e Evangelista): 1Jo 1,1-4; Sl 96(97); Jo 20,2-8

Dia 28 (Os Santos Inocentes): 1Jo 1,5-2,2; Sl 123(124); Mt 2,13-18 Leitura Diária

“Tudo o que fizerdes, seja feito em nome do Senhor”

Sagrada Família de Jesus, Maria e José | 29 de dezembro de 2024

Leituras: Eclo 3,3-7.14-17a; Sl 127(128),1-2.3.4-5; Cl 3,12-21; Lc 2,41-52

Somos ‘Peregrinos da Esperança’ e, neste Domingo, dia do Senhor, celebramos a Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José. Em comunhão com a Santa Mãe Igreja, destacamos em nossa Diocese a abertura do Ano Jubilar. Formamos o ‘Povo de Deus’, esta grande família que, de mãos dadas, sendo suporte uns para com os outros, estamos a caminho rumo ao Reino definitivo. Que a partir do sim corajoso de Maria, e da obediência silenciosa de José, possamos dar ao mundo a razão de nossa Esperança.

AMPARA O TEU PAI NA VELHICE

Na missa celebrada na conclusão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, no dia 27 de outubro deste ano, Papa Francisco falou da importância de uma Igreja em movimento, atenta às necessidades e clamores da humanidade, ressaltando que uma Igreja sentada é uma Igreja estagnada, incapaz de enxergar o Senhor em seu meio e de responder aos apelos do mundo”. Nesta mesma linha de reflexão, em sua quarta encíclica, Papa Francisco nos leva a refletir sobre o amor humano e divino do Coração de Jesus Cristo. Com o título “Dilexit nos” (Amou-nos), o pontífice pede para recuperarmos aquilo que é mais importante e necessário: o coração: “Diante do Coração de Cristo, pede mais uma vez ao Senhor ‘que tenha compaixão desta terra ferida’ e derrame sobre ela ‘os tesouros da sua luz e do seu amor’, para que o mundo, ‘que sobrevive entre guerras, desequilíbrios socioeconômicos, consumismo e o uso anti-humano da tecnologia, recupere o que é mais importante e necessário: o coração’” (Dilexit nos, nº 31).

encha plenamente da alegria e paz na vossa fé, a fim de que superabunde em vos a esperança, pela virtude do Espírito Santo” (Rm 15,13). A esperança que nos anima a buscar a santidade, parte do princípio de que temos, em nosso coração, a fé e o amor de Deus como o maior tesouro que poderíamos receber com a graça do nosso Batismo.

Recebemos esse tesouro para vivermos em comunidade, nos relacionando uns com os outros. São Paulo nos diz: “revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro, como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição. Nada do que recebemos de Deus é para ser guardado e sim colocado a serviço dos outros, pois tudo é graça e missão”.

TEU PAI E EU ESTÁVAMOS, ANGUSTIADOS, À TUA PROCURA

- Quais sentimentos e atitudes tenho diante de meus pais?

- Que tipo de irmão tenho sido para com meus irmãos?

- Minhas inquietações são em prol a manifestação do Reino de Deus?

Vivendo o ano Santo, nós, ‘Peregrinos da Esperança’, devemos olhar para os desafios do tempo presente, conscientes de nosso passado, reconhecendo a ação de Deus por meio de todos os que nos antecederam, amando nossos pais, com suas qualidades e frustrações, atentos ao legado que deixaremos para as futuras gerações.

SUPORTAI-VOS UNS AOS OUTROS

Sabemos que, no cotidiano de nossa vida, temos fraquezas e limitações, que passamos por muitas perturbações que afligem nosso coração: dores, angústias, aflições, preocupações e até mesmo o desânimo, que nos tenta a esmorecer, ofuscando nossas esperanças. Necessitamos ouvir palavras que nos animem e encorajem, como nos transmitem os profetas: “Tende coragem, não temais: Aí está o vosso Deus... Ele próprio vem salvar-nos” (Is 35,4).

No tempo do Natal, celebramos o grande mistério da encarnação, Deus que vem ao nosso encontro e se faz um de nós, revigorando, continuamente, nossa esperança de sermos santos. São Paulo recomenda-nos vivamente: “O Deus da esperança vos

Conduzidos pelo Espírito Santo, tanto os primeiros cristãos, como todos nós, batizados, recebemos a missão de levar por toda parte o amor e a alegria que encontramos somente em Jesus Cristo, nosso Senhor. Ao celebramos hoje a festa da Sagrada Família de Nazaré, o Evangelho nos leva a refletir sobre a procura e a angústia que José e Maria viveram por não encontrarem Jesus. Muitas são as inquietações e preocupações que afligem o coração de tantos pais que têm seus filhos perdidos que, ao contrário de Jesus que estava na casa do Pai, se ocupam com as coisas do mundo, matando a esperança, perdendo-se na condução da própria vida. Realidade que reflete de geração em geração, levando a amargas consequências.

Vivemos o Ano Jubilar que estimula a fortalecer a virtude da Esperança, da qual devemos ser portadores e condutores, levando-a a todas as pessoas, em sintonia com a mensagem que Papa Francisco deixou ao término da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, em 2013: “Não deixemos morrem em nós a Esperança”. Com a intercessão da Sagrada Família, Deus abençoe a todos.

Leitura Diária

Dia 30: 1Jo 2,12-17; Sl 95(96); Lc 2,36-40

Dia 31: 1Jo 2,18-21; Sl 95(96); Jo 1,1-18

Dia 1º/01/2025 (Santa Maria, Mãe de Deus): Nm 6,22-27; Sl 66(67); Gl 4,4-7; Lc 2,16-21

Dia 2/01/2025 (Santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno): 1Jo 2,22-28; Sl 97(98); Jo 1,19-28

Dia 3/01/2025: 1Jo 2,29-3,6; Sl 97(98); Jo 1,29-34

Dia 4/01/2025: 1Jo 3,7-10; Sl 97(98); Jo 1,35-42

Vamos a Belém! Vamos encontrar Jesus!

Epifania do Senhor | 5 de janeiro de 2025

Leituras: Is 60,1-6; Sl 71(72),1-2.7-8.10-11.12-13; Ef 3,2-3a.5-6; Mt 2,1-12

Epifania quer dizer plena manifestação de Deus à humanidade. Deus que se revela misericordioso e a todos quer salvar. A humanidade inteira encontra, apesar de suas contradições e diferenças, guiada pela “estrela” de Belém, que é o próprio Cristo, o caminho da libertação e da paz.

JERUSALÉM, CIDADE-SÍMBOLO DA HISTÓRIA DO POVO

Esta terceira parte do livro do profeta Isaías (56–66), conhecida como Trito-Isaías, manifesta a esperança do povo no período pós-exílio babilônico. A missão do profeta é a de resgatar a identidade histórica da cidade como lugar de Deus e suscitar ânimo e esperança aos seus habitantes. A cidade que era um símbolo nacional estava prostrada por causa de sua pouca população, pela falta de recursos e pela dominação estrangeira.

“Levanta-te, acende as luzes... Levanta os olhos ao redor e vê, todos se reuniram e vieram a ti”. Com estas palavras, o profeta encoraja seu povo. Jerusalém deve despertar da noite do exílio e ver a chegada de gente de todas as nações. Elas trazem riquezas, encontram a luz e louvam o Senhor. A localização geográfica da cidade no planalto da região montanhosa da Judeia permite com que ela seja iluminada desde o nascer do dia até o pôr do sol, por isso pode ser chamada de “cidade da luz”.

A narrativa acontece a partir de uma série de contrastes: Jesus contrasta com o rei Herodes; Belém contrasta com Jerusalém. Em Jerusalém encontrava-se Herodes e em Belém encontra-se Jesus. Os magos representam o “discernimento”, pois mesmo sendo orientados pelo rei de um modo maldoso, conseguem encontrar “outro caminho”. Eles reconhecem no Messias o “poder alternativo”, bem diferente da prepotência e da violência manifestadas por Herodes. Os magos representam as intuições mais puras e os anseios mais profundos da humanidade sedenta de paz e justiça. A oferta do que há de melhor em seus países acompanha o gesto de reconhecimento e adoração, pondo-se assim, à disposição de Jesus com o melhor do que possuíam: ouro, incenso e mirra.

JUDEUS E ESTRANGEIROS

RECEBEM A MESMA HERANÇA

- Em quais situações você percebe sinais da luz do Senhor brilhando na sua comunidade, família ou vida pessoal?

- Com o que Herodes se preocupava e o que os magos buscavam?

- Como esta festa da Epifania de Jesus ajuda orientar as ações pastorais e prioridades da evangelização em nossos dias?

Assim como Jerusalém, as comunidades de hoje precisam tantas vezes recomeçar e reconstruir sua identidade a partir da esperança e da fidelidade à palavra de Deus. Em torno a Cristo, luz do mundo, é que as pessoas precisam se reunir e celebrar sua história e sua vida, reencontrar sua “iluminação”.

JESUS É O NOVO REI. QUEM IRÁ ADORÁ-LO?

Durante o ministério de Jesus, não foi difícil reconhecer que ele anunciou a chegada do Reino de Deus. Porém, desde a sua infância, Jesus manifesta características de sua realeza, da chegada de um novo tempo para a humanidade. O Evangelho de hoje nos narra a visita dos reis magos do Oriente a Belém. Eles são sinais de que Jesus, ainda menino, já é reconhecido por povos distantes. Eles deixaram-se guiar por uma estrela, encontraram-no, “ajoelharam-se diante dele e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes”. Contrastando com os magos, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a Jerusalém ligada ao poder, pois conheciam o anúncio messiânico dos profetas e temiam uma ameaça ao seu poder político. Este texto nos mostra um verdadeiro drama, que é o próprio drama das pessoas e da história, no esforço contínuo de se posicionar a favor ou contra Jesus, aceitando ou rejeitando a salvação que Ele oferece.

A Carta aos Efésios fala do desígnio eterno de Deus de se revelar à humanidade. Esse mistério/projeto completou-se em Jesus, o Messias. Nele todos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo e associados à mesma promessa. Este é o significado próprio da Epifania, manifestação de Jesus a todos!

A salvação é acessível a todos, sem discriminação. Paulo se torna anunciador e missionário, dedicando toda a vida à evangelização daqueles que num primeiro momento seriam excluídos, os pagãos. Também eles podem ser incluídos, pois todos os que se tornam discípulos de Jesus pertencem ao mesmo corpo e participam da mesma promessa. Com essa abertura aos “estrangeiros”, a comunidade que vive a mensagem de Jesus, como Paulo a viveu, torna-se missionária e acolhedora, uma Igreja em saída.

Portanto, Jesus é a própria estrela-guia que indica o caminho a ser seguido, que conduz à Belém, lugar quase insignificante, onde vivem os “pequenos” que o acolhem. E mesmo quem está longe, se o buscar de coração, o encontrará.

Leitura Diária

Dia 6/01/2025: 1Jo 3,22-4,6; Sl 2; Mt 4,12-17.23-25

Dia 7/01/2025: 1Jo 4,7-10; Sl 71(72); Mc 6,34-44

Dia 8/01/2025: 1Jo 4,11-18; Sl 71(72); Mc 6,45-52

Dia 9/01/2025: 1Jo 4,19-5,4; Sl 71(72); Lc 4,14-22a

Dia 10/01/2025: 1Jo 5,5-13; Sl 147(147B); Lc 5,12-16

Dia 11/01/2025: 1Jo 5,14-21; Sl 149; Jo 3,22-30

UM ESPAÇO DE CONEXÃO E APRENDIZAGEM

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Catequese de Natal

Está chegando o fim do ano, período marcado pelas férias, confraternizações e avaliações. Certamente, todos nós temos muito a comemorar e agradecer a Deus, sobretudo pelo dom da vida. Por outro lado, sentimos a necessidade de descansar, de passar mais tempo com a família, e de avaliar o ano que encerra-se para traçar novas metas para o próximo ano. E não é diferente com a Catequese formal, aquela que acontece nas salas de Catequese. Depois de alguns meses de encontros, também os catequistas e os catequizandos entram em um período de férias.

Além da Catequese formal, podemos dizer que existem outros espaços de Catequese. Um deles é o espaço da Liturgia, no qual, ao longo do ano, vamos aprendendo e vivenciando momentos muito importantes da vida de Jesus e da caminhada do povo de Deus. Outro espaço privilegiado de Catequese é a convivência na família, onde os pais vão ensinando os valores cristãos para os seus filhos na prática do dia a dia.

Pensando sob esta ótica, de que a Catequese não acontece somente de modo formal, mas também informal, podemos dizer que o Tempo do Advento e o Tempo do Natal são tempos privilegiados de Catequese. Por quê? Porque é um período em que aprendemos a nos preparar para a chegada de Jesus e a acolhê-lo bem no momento em que ele chega. Esta é a pedagogia da Liturgia católica: preparação e realização. O mesmo acontece com a Páscoa, na qual o tempo de preparação

se chama Quaresma.

Para que as crianças (e também os adultos) aproveitem bem o Natal e o tempo de preparação para ele, alguns elementos são importantes: a participação na Liturgia; a participação nas novenas; o entendimento sobre o sentido dos símbolos; e o espírito de fraternidade e solidariedade. Então, podemos dizer que os pais são fundamentais para que tudo isto aconteça.

O QUE É PRIORITÁRIO?

Quanto à Liturgia, apesar de ser óbvio, é preciso dizer que não se tira férias dela, ou seja, não podemos tirar férias das celebrações litúrgicas, ainda mais num dos períodos mais importantes do ano. Portanto, o que se espera é que pais e filhos continuem participando das missas, com fé e alegria. E, de modo especial, na noite e no dia de Natal, é fundamental a participação de todos. Seria uma grande contradição nos preparar para o nascimento de Jesus e no dia do seu nascimento, simplesmente, não irmos à missa por falta de tempo. E por in-

crível que pareça, apesar disso parecer tão absurdo, acontece. Infelizmente, há “católicos” que trocam a celebração litúrgica do Natal pela celebração gastronômica do Natal. Quem é católico fervoroso sabe que a prioridade é a missa, e depois encontrará tempo também para a ceia ou para o almoço festivo, que também é muito importante, mas não é a prioridade. Este tipo de Catequese é bom que os pais deem aos seus filhos.

Quanto às novenas de Natal, elas fazem parte de uma longa tradição da Igreja. Além de proporcionar às pessoas uma reflexão sobre textos bíblicos e temas ligados à expectativa pelo nascimento de Jesus, elas proporcionam também o encontro entre vizinhos, algo tão desafiador na época em que vivemos, sobretudo no ambiente urbano. Geralmente as crianças gostam muito de participar das novenas, desde que tenham a oportunidade. E, nos últimos anos, os livrinhos de novena que nossa Diocese de Toledo utiliza, apresentam uma proposta muito boa para as crianças: são os desenhos para serem pintados e os textos numa linguagem própria para elas. Ouvimos relatos de anos anteriores de pessoas dizendo que isto tem sido muito produtivo, pois as crianças gostam de fazer essas atividades.

Cabe à família orientar a pedagogia dos símbolos e elementos do presépio para as crianças

A IMPORTÂNCIA DE EXPLICAR OS SÍMBOLOS

Quanto aos símbolos natalinos, eles são muito pedagógicos para se catequizar. Porém, os pais precisam conhecer bem o seu sentido para poder explicar aos seus filhos, sobretudo o significado da coroa do Advento, da árvore de Natal, do presépio, das luzes, dos presentes, etc. É importante que as crianças também aprendam a diferenciar o aspecto comercial e consumista do aspecto religioso e espiritual. Sabemos que o simbólico tem um papel poderoso na pedagogia, por isso precisamos ficar atentos quando os símbolos correm o risco de nos conduzir para outra direção, diferente daquilo que está na sua origem. Por exemplo, para a Liturgia cristã, o tempo de preparação para o Natal começa no 1º Domingo do Advento, enquanto que para o comércio esta preparação já começa no início de novembro, ou até mesmo no final de outubro. Para a Liturgia cristã o centro é o Menino Jesus, enquanto que para o comércio talvez

“Neste tempo de Natal todos nós somos convidados a nos deixar ensinar por Jesus Cristo, que se fez solidário com a miséria humana, assumindo a nossa humanidade, colocando-se no nosso lugar. Natal é tempo de aprender a se colocar no lugar do outro, ter empatia, saber ouvir, ser tolerante, ser paciente”.

o Papai Noel seja mais atrativo, apesar de que também o Papai Noel tem uma origem cristã. Ou seja, trata-se de uma boa explicação sobre cada símbolo, e tudo fica melhor.

UMA MESMA FAMÍLIA; FILHOS DE DEUS

E, por fim, para completarmos a Catequese de Natal, resta-nos falar sobre o espírito de fraternidade e de solidariedade. Tem algo mais belo e mais concreto na espiritualidade cristã que o amor, que une as pessoas entre si, a partir da convicção e do sentimento

de fazerem parte da mesma família? Portanto, este é um ensinamento que faz a diferença na vida de uma criança: a partir de sua fé no nascimento do Filho de Deus, ela aprende que todos que o acolhem e o amam fazem parte da mesma família. Todos são filhos de Deus e merecem serem tratados com a mesma dignidade. E se tem algum irmão precisando de ajuda, cada um de nós pode fazer um pouco por ele, seja uma ajuda material como uma ajuda espiritual. Portanto, neste tempo de Natal todos nós somos convidados a nos deixar ensinar por Jesus Cristo, que se fez solidário com a miséria humana, assumindo a nossa humanidade, colocando-se no nosso lugar. Natal é tempo de aprender a se colocar no lugar do outro, ter empatia, saber ouvir, ser tolerante, ser paciente. Que a Catequese de Natal traga alegria e paz a todos!

Pe. Roberto Lopes de Souza Assessor diocesano da Animação Bíblico-catequética

O Natal e a juventude: um momento de reavaliação e crescimento

O Natal é sempre uma data muito aguardada por todos. Quantas vezes nos lembramos das boas memórias que essa época nos traz? São os encontros em família, as músicas natalinas, a emoção de decorar a árvore, as luzes que iluminam as ruas, a ida à igreja e a contemplação do presépio montado. O Natal é repleto de momentos que despertam memórias afetivas, tornando essa data ainda mais especial e cheia de significado. Nos últimos anos, no entanto, temos vivido uma realidade diferente. Com a presença constante da tecnologia, nossa rotina se tornou cada vez mais acelerada e, muitas vezes, nos vemos funcionando no “piloto automático”. Os dias, as semanas e os meses parecem passar mais rapidamente e, com isso, deixamos de apreciar os pequenos detalhes que tornam a vida significativa.

Nós, jovens, vivemos de maneira ainda mais intensa essa realidade. Com a correria dos estudos, da faculdade, do trabalho e de nossa participação nas comunidades e grupos de base, somos constantemente absorvidos pelos inúmeros afazeres do dia a dia. O ano passa rapidamente e, quando nos damos conta, o Natal já está novamente à porta. Diante disso, com a chegada do Advento e do Natal, é fundamental que possamos parar para refletir sobre esse período tão importante.

necer conosco por amor. Esse amor toca nossas vidas de tal maneira que nos leva a querer também corresponder. Este é o momento de avaliarmos como está o nosso coração para acolher o nascimento do Menino Jesus. Estamos ansiosos e sobrecarregados com nossas obrigações diárias? Conseguimos silenciar a mente e refletir sobre o verdadeiro significado do Natal, como comunidade? Ou nos encontramos apáticos com a vinda de Jesus?

Prepare-se para receber Cristo como uma verdadeira novidade e novo nascimento. Crie boas expectativas, busque o Sacramento da Confissão, a oração, a reconciliação com os outros e pratique a caridade. Abra seu coração para acolher Jesus, pois “o amor de Deus e a nossa relação com Cristo vivo não restringem nossos horizontes. Pelo contrário, nos instiga, nos estimula e nos impulsiona para uma vida melhor e mais bela” (Christus Vivit, nº 138).

DEUS VEIO HABITAR ENTRE NÓS

O verdadeiro significado do Natal se dá através da verdadeira motivação dessa vinda: o amor! O Senhor veio até nós movido por amor e deseja perma-

“Prepare-se para receber Cristo como uma verdadeira novidade e novo nascimento. Crie boas expectativas, busque o Sacramento da Confissão, a oração, a reconciliação com os outros e pratique a caridade. Abra seu coração para acolher Jesus, pois ‘o amor de Deus e a nossa relação com Cristo vivo não restringem nossos horizontes. Pelo contrário, nos instiga, nos estimula e nos impulsiona para uma vida melhor e mais bela’ (Christus Vivit)”.

“A ESPERANÇA É O QUE NOS FAZ LEVANTAR CADA MANHÔ

A esperança vem do verbo “esperançar”, significa ir atrás e nunca desistir. Esperançar é buscar o que é possível para realizar o inédito, sair da zona de conforto e buscar novas perspectivas. O nascimento de Jesus representa a renovação da esperança, pois Ele, como a luz verdadeira, reacende a chama interna que parecia apagada. “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz” (Is 9,1), expressando de maneira encantadora quem Cristo é para nós. Ele é a luz que nos ajuda a reconhecer quem somos, com nossas virtudes

Jovens enceram o Natal na Capela Santa Teresinha do Menino Jesus (Toledo)
Foto: Pastoral da Juventude

e falhas, e a fazer escolhas. Dessa forma, somos chamados a sonhar e construir a paz.

Que nós, jovens, não deixemos que nossa realidade nos impeça de ver o verdadeiro significado no Natal. Logo, que possamos superar nossas próprias irritações, manter a serenidade diante da agressividade alheia, optar por ouvir, dialogar e respeitar, e preferir construir pontes em vez de muros. Francisco de Assis, expressou essa busca em sua oração: “Senhor, fazei de mim instrumento da tua paz”, que seguindo ao exemplo de Francisco possamos ser construtores da paz.

“E ELA DEU À LUZ O SEU FILHO PRIMOGÊNITO”

A manjedoura, a alegria, os pastores e o Menino: elementos simples remetem à essência do Natal. A manjedoura, símbolo da humildade, é o lugar onde o Salvador da humanidade nasce, envolto em fai -

xas. A alegria que emana dessa noite divina, que não vem de riquezas, mas da simplicidade do acontecimento.

Os pastores, homens comuns e humildes, são os primeiros a receberem a boa nova. E, no centro de tudo, o Menino Jesus que, nascendo em uma noite silenciosa e modesta, traz uma mensagem de paz e esperança. O Natal nos convida a olhar para o simples e a perceber a grandeza que se esconde na humildade.

Cada jovem, em sua jornada de fé, poderá encontrar neste Natal de 2024, diversas lições e reflexões. Não deixemos passar despercebido! Somos chamados a acolher a Boa Notícia: “Nasceu para nós um Salvador”. A luz de Deus ilumina nossa história e nossa caminhada, somos convidados a fazer escolhas guiados por essa luz. Nossa alegria vem da certeza de que não estamos sozinhos!

Francieli Bolognes

Coordenadora diocesana da Pastoral da Juventude

A Sagrada Família e as velas do Advento são símbolos para inspiração do Natal da juventude

Presépio: simplicidade e memória

A coluna deste mês da Educação Financeira para a Vida (EFV) traz uma reflexão sobre alguns trechos da Carta Apostólica do Papa Francisco intitulada Admirabile Signum (Admirável Sinal), sobre o significado e valor do presépio. Em seguida, trataremos algumas lições práticas do ponto de vista financeiro.

Esta carta do Santo Padre foi escrita no ano de 2019, porém, no ano passado, a divulgação dela cresceu substancialmente, devido a comemoração dos 800 anos do Presépio de Gréccio (cidade italiana), uma intuição de São Francisco de Assis (Itália) para materializar, de maneira visível, a beleza do mistério da Encarnação.

“As Fontes Franciscanas narram, de forma detalhada, o que aconteceu em Gréccio. Quinze dias antes do Natal, Francisco chamou João, um homem daquela terra, para lhe pedir que o ajudasse a concretizar um desejo: “Quero representar o Menino nascido em Belém, para de algum modo ver com os olhos do corpo os incômodos que Ele padeceu pela falta das coisas necessárias a um recém-nascido, tendo sido reclinado na palha duma manjedoura, entre o boi e o burro”. Mal acabara de o ouvir, o fiel amigo foi preparar, no lugar designado, tudo o que era necessário, segundo o desejo do Santo. No dia 25 de dezembro, chegaram a Gréccio muitos frades, vindos de vários lados, e também homens e mulheres das casas da região, trazendo flores e tochas para iluminar aquela noite santa. Francisco, ao chegar, encontrou a manjedoura com palha, o boi e o burro. À vista da representação do Natal, as pessoas

lá reunidas manifestaram uma alegria indescritível, como nunca tinham sentido antes. Depois, o sacerdote celebrou solenemente a Eucaristia sobre a manjedoura, mostrando também, deste modo, a ligação que existe entre a Encarnação do Filho de Deus e a Eucaristia. Em Gréccio, naquela ocasião, não havia figuras; o Presépio foi formado e vivido pelos que estavam presentes”. A leitura desta carta do Papa Francisco, poderá ser feita por vocês, amigos e amigas leitores, pesquisando nos sites de busca da internet, ou no site oficial do Vaticano (www.vatican.va), e vale muito a pena.

Em outro trecho, ainda destaca o Pontífice: “Nascendo no Presépio, o próprio Deus dá início à única verdadeira revolução que dá esperança e dignidade aos deserdados, aos

marginalizados: a revolução do amor, a revolução da ternura. Do Presépio, com meiga força, Jesus proclama o apelo à partilha com os últimos como estrada para um mundo mais humano e fraterno, onde ninguém seja excluído e marginalizado (...) Jesus nasceu pobre, levou uma vida simples, para nos ensinar a identificar e a viver do essencial. Do presépio surge, clara, a mensagem de que não podemos deixar-nos iludir pela riqueza e por tantas propostas efêmeras de felicidade”.

O Papa ainda destaca aquilo que muito experimentamos na espiritualidade popular do Natal, o ato de fazer os presépios como ‘exercício de imaginação criativa’, e que esta bela tradição faz com que o ‘Evangelho vivo transvazar das páginas das Sagradas Escrituras’. Neste ponto o Papa apela para

Preparação do presépio pode conduzir a reflexões importantes sobre o que é essencial na vida

que não deixemos de transmitir este rico costume que passa de geração em geração, pois a partir dele “somos convidados a colocar-nos espiritualmente a caminho, atraídos pela humildade d’Aquele que Se fez homem a fim de Se encontrar com todo o homem, e a descobrir que nos ama tanto, que Se uniu a nós para podermos, também nós, unir-nos a Ele”.

AS LIÇÕES DO PRESÉPIO

E agora fica a pergunta: quais lições de Educação Financeira o presépio nos sugere? A Educação Financeira é um processo de Desenvolvimento Humano Integral, que busca favorecer, proteger e promover a vida, e vida em abundância para todos. Uma das primeiras lições do presépio é o valor da vida em si, pois em Jesus de Nazaré, o Cristo, o rosto humano de Deus, ao assumir nossa carne (fragilidade) faz-nos aprender o valor dos processos, que humanizar-nos requer tempo, etapas e percursos. “O Deus que Se fez menino para nos dizer quão

“Outra lição que o presépio nos sugere é: após compreender quão essencial é a vida, nos perguntamos sobre o supérfluo, ou aquilo que não está favorecendo a vida, ou até destruindo-a. (...) tudo na Economia e Finanças que não esteja promovendo e defendendo a vida deve ser revisto, reavaliado e modificado (...)”.

próximo está de cada ser humano, independentemente da condição em que este se encontre” (AS, nº 10). Por isso, a Educação Financeira deve ser um caminho educativo ao alcance de todos, para que todos vivam de forma mais digna, justa e plena.

A outra lição que o presépio nos sugere é: após compreender quão essencial é a vida, nos perguntamos sobre o supérfluo, ou aquilo que não está favorecendo a vida, ou até des-

truindo-a. Lembremos da frase do Papa Francisco: “O dinheiro deve servir, e não governar!” (EG 58). Ou seja, tudo na Economia e Finanças que não esteja promovendo e defendendo a vida deve ser revisto, reavaliado e modificado, e aqui certamente estamos nos referindo a vida de todos, inclusive de nossa casa comum.

Aos amigos leitores desejamos que se deixem questionar pela simplicidade do presépio, e se encantem cada vez mais com o Mistério da Encarnação que ele representa. Também desejamos que essa memória continue sendo transmitida por muitas outras gerações que virão, para que aprendam, com nosso testemunho, a alegria de ter um Emanuel (Deus Conosco). Feliz Natal e lembrem-se sempre: Educação Financeira é Educação para a Vida!

Ana Carolina Alves e Augusto Martins

Equipe Educação Financeira para a Vida

Preparar para bem celebrar o Natal do Senhor

Na Liturgia tudo deve contribuir para uma boa celebração: a maneira como o espaço está organizado, o canto escolhido e executado de modo adequado, as leituras bem proclamadas e as orações.

Estamos no tempo do Advento. Para bem celebrar este tempo é preciso levar em conta a sua dupla característica. O número 39 das Normas Universais do Ano Litúrgico e Calendário Romano Geral, dizem que o tempo do Advento possui dupla característica, sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens e também um tempo que, por meio dessa lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim dos tempos. Por esse duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta com um tempo de piedosa e alegre expectativa.

O QUE QUE VEM A SER O

TEMPO DO ADVENTO

Por ter uma dupla característica não podemos olhar o tempo do Advento como se fosse igual do início até o fim. Nós iniciamos o Advento com aquela característica do retorno do Senhor, que a Liturgia sempre diz a vinda do Cristo, a sua vinda gloriosa. Por exemplo, no embolismo, que conclui a oração do Pai-Nosso durante a missa, sempre nós terminamos dizendo: “enquanto aguardamos a feliz esperança e a vinda do nosso salvador Jesus Cristo.” Esperar a vinda é um aspecto dos primeiros domingos do Advento, a vinda no final dos tempos, a manifestação gloriosa de Jesus. As leituras e as orações falarão disso e os cantos também precisarão falar desta espiritualidade. Por isso, nós não podemos iniciar o Advento olhando o presépio.

aquele que voltará em sua glória. O terceiro domingo, marca uma outra expectativa. Agora nós nos voltamos para o mistério do Natal, o mistério do Nascimento do Senhor.

Na Liturgia, tudo precisa guardar esta dupla característica: a vinda gloriosa do Senhor no final dos tempos e a sua manifestação na encarnação, nascendo de Maria por obra do Espírito Santo. Ao

todo são quatro domingos. O tempo do Advento tem Domingos, porque pode acontecer que um domingo seja, de manhã o quarto domingo do Advento e, à noite, seja a missa da vigília do Natal do Senhor. Os dois primeiros domingos falam desta vinda gloriosa do Senhor no final dos tempos. Do terceiro domingo para frente tratamos do Natal especificamente. É como se a Liturgia dissesse assim: o Senhor não retornou ainda e, por isso, voltemos nosso olhar para o mistério da sua encarnação, o nascimento em Belém.

Os primeiros dois domingos nos ajudam olhar para o Senhor que vem: “eis que de longe vem o Senhor.” É

São Bernardo de Claraval, amplia esse conceito falando de uma terceira vinda. Ele recorda a primeira vinda, aquela que aconteceu com o nascimento de Jesus em Belém. Ele fala de uma vinda intermediária que se dá em cada encontro que nós temos com o Senhor na pessoa do pobre, nos momentos de oração, na escuta da Palavra, porque o cristão não é aquele que vive só de um passado e a expectativa do futuro, mas nós vivemos aqui e agora o mistério da nossa fé. São Bernardo de Claraval fala desses encontros intermediários que nós temos constantemente com o Senhor, porque Ele mesmo prometeu que “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí no mês deles” (Mt 18,20) e “cada vez que fizestes isto a algum dos menores dos meus irmãos, é a mim que o fazeis” (Mt 25,40). Ele recorda essa terceira vinda, que é escatológica, futura, a parusia. Ele diz assim: “na primeira vinda, o Senhor veio na fraqueza da carne, na intermediária, vem espiritualmente, manifestando o poder da sua graça. Na última virá com todo o esplendor da sua glória.” Em geral, a gente pensa no Advento somente como preparação para o Natal, mas seu sentido é muito mais amplo, no sentido espiritual e teológico do tempo.

ALEGRE EXPECTATIVA

Quero retomar esse número 39 das Normas Universais do Ano Litúrgico e Calendário Litúrgico para retomar o sentido desta alegre expectativa. Às vezes corre-se o risco de confundir o tempo do Advento com o tempo da Quaresma. Porque temos ao longo do ano litúrgico, dois tempos muito fortes de preparação: a Quaresma, que prepara para a Páscoa e o Advento, para o Natal. O tempo da Quaresma é marcado pela penitência, oração e jejum, enquanto

Com a Virgem Maria, esperamos a vinda do Salvador, Jesus Cristo

que o Advento apresenta essa alegre expectativa. O ditado popular diz que o melhor é esperar pela festa. O que vem a ser esta alegre expectativa?

Quando nos deparamos com expectativas, nos perguntamos: nós temos sonhos? Somos pessoas que se encantam e se deixem encantar? Que sonham e tem esperança? Que se lançam na vida corajosamente? Sem essas perguntas a alegria corre o risco de não existir ou poderia ser superficial. Sonhar pode fazer com que nossos corações se preparem com alegria para o encontro. Advento tem que incutir em nossos corações a possibilidade de um encontro, o encontro definitivo com o Senhor, Aquele que se dará no último dia na sua manifestação gloriosa em nossas vidas e para o mundo inteiro, para toda a criação, o cosmo todo e o encontro com o Senhor no nascimento concreto, no mistério da sua encarnação em Belém. A alegria precisa estar sempre ligada a sonhos, utopias e a um encontro, porque quando nós nos encontramos com a pessoa amada, aí sim a alegria chega ao seu auge. É a humanidade que se abre ao novo. É a terra inteira que acolhe o Salvador. Eu no meio daqueles que os anjos dirão na noite do Natal: “Paz aos homens que Deus ama” (Lc 2,14), isto é, a pessoa humana amada por Deus. Sonhar e preparar-se para um encontro. Se todo tempo é de alegre expectativa, o terceiro domingo reforça esta característica de todo o tempo do Advento. O encontro com o Senhor vai dando sentido aos nossos sonhos, alegrando as comunidades e cada um de nós nesse tempo do Advento. O terceiro domingo é o domingo da alegria dentro do Advento, quando poderemos dizer: vemos aquela grande mudança.

A LITURGIA É FONTE DE NOSSA ESPIRITUALIDADE

Quais frutos vivenciais estes domingos proporcionam para nós? Essa pergunta é bem instigante, porque a Liturgia é fonte de nossa espiritualidade e quando eu pergunto sobre os frutos que isto pode trazer para minha vida, eu estou dizendo justamente isto: que eu bebo da Liturgia, eu bebo do que eu celebro. Eu não preciso inventar outra coisa para alimentar a minha fé. A Liturgia, os seus textos, os seus ritos, a sua celebração são a fonte de minha espiri-

tualidade, da espiritualidade da Igreja. Recorrendo ao Missal Romano encontramos, a título de exemplo, a antífona do terceiro domingo do Advento, o domingo da alegria, que traz um trecho da Carta de São Paulo aos Filipenses. O motivo da alegria é a proximidade do Senhor: “alegrai-vos sempre no Senhor, de novo eu vos digo, alegrai-vos, o Senhor está perto” (Fl 4,4-5). Esta é a certeza da fé: não estamos sozinhos, o Senhor está perto de nós e se aproxima o seu Natal e, por isso, nos alegramos. O fruto primeiro vem desta antífona. Não estamos sozinhos, o Senhor está perto de nós e nos alegramos n’Ele. E se nós nos alegrássemos n’Ele, para nós, especialmente no Brasil, quando o final de ano tinha sido até agora tempo de organizar confraternizações, momentos de encerramento de atividades com novas confraternizações, balanço, revisão de vida, do quadro administrativo, tudo isso já traria aquele ambiente alegre. O motivo, porém, da Liturgia é esse: a nossa alegria vem do Senhor; Ele está bem perto.

A Liturgia é nossa fonte de espiritualidade. Por isso, é preciso ir aos textos litúrgicos. Basta um coração aberto que se deixe guiar pelo Espírito e vá ali, nas fontes da Liturgia e beber desta fonte.

É preciso buscar nos textos oficiais a fonte de nossa espiritualidade e não no gosto pessoal. Às vezes é o gosto do bispo, do padre, da religiosa, da equipe de canto que prevalece. Aí nós ficaremos perdidos numa comunidade. Ir aos textos da Liturgia e ir as introduções dos nossos livros litúrgicos muito ajudam a edificar nossas comunidades também nesse tempo do Advento.

COROA DO ADVENTO, ÁRVORE E PRESÉPIO

A coroa do Advento, a árvore de Natal e o presépio são três elementos que estão muito presentes em nossas comunidades e em nossas casas. Uma palavra chave para compreender a coroa do Advento, árvore de Natal e o presépio é justamente a palavra “o Vivente”. Cristo é o Vivente.

Nós tomamos esses elementos do norte da Europa, onde uma árvore permanecia sempre viva e, por isso, era dos galhos daquela árvore que se faziam, seja a coroa do Advento, seja a árvore

do Natal. Quando tomamos uma árvore artificial, quando colocamos um verde artificial na coroa do Advento, matamos o primeiro elemento da espiritualidade que é proclamar Cristo, o Vivente, Aquele que um dia virá e, no Natal, se manifestará como o Vivente. É preciso que o simbolismo seja autêntico.

Com relação à coroa do Advento, a maior discussão é sobre as cores das velas. Isso não é o mais importante. A indicação é que sejam quatro velas, que sejam bonitas e com uma chama para que possa pedagogicamente ajudar a comunidade a compreender que nós caminhamos em direção à luz que é Jesus. Então, velas bonitas, mas que podem ser todas de uma cor só. Não há necessidade de ser uma vermelha, uma verde, uma roxa e que, depois, ninguém sabe qual é a que tem que acender e a preocupação acaba sendo não a preparação num caminho de luz para o encontro com Senhor, mas qual vela vai acender. E de nada adianta velas feitas de modo tão bonito, mas com uma chama que ninguém enxerga. Assim, perdemos o sentido do caminho da luz.

A carta do Papa Francisco Admirabile Signum (Sinal Admirável), sobre o significado e o valor do presépio, trata sobre a sua espiritualidade. A história da Liturgia diz que os primeiros elementos a representar o presépio eram três: o menino, o boi e o burro. Ali não tem espaço para glamour. Esses eram os elementos principais porque tem a profecia de Isaías (1,3), que diz que o boi e o burro reconhecem o cocho do seu Senhor, mas o povo não reconheceu que Jesus, colocado na manjedoura, era o seu Senhor. São os três elementos mais simples e que não dão espaço para grandezas e riquezas. Fazer com carinho é uma coisa, romper com a realidade de inserção na tristeza e na pobreza é uma outra experiência.

Cristo vem para renovar a face da terra. Por isso, Cristo é o Vivente e, a partir desta compreensão, nós poderemos ter elementos para acolher com carinho e valorizar a árvore do Natal, a coroa do Advento e o nosso presépio.

Pe. Sérgio Augusto Rodrigues

Assessor diocesano da Pastoral Litúgica

Critérios para escolha do coordenador(a) do CPP

O Conselho Pastoral Paroquial (CPP) é de extrema importância para a vida da Paróquia. O CPP é fundamental para promover a comunhão, a participação e a corresponsabilidade de todos os membros da comunidade paroquial na missão evangelizadora da Igreja.

O CPP permite que leigos, religiosos e clérigos trabalhem juntos na missão de evangelização, refletindo a visão da Igreja como Corpo de Cristo, onde todos os membros têm um papel a desempenhar. Além disso, é responsável por elaborar, aprovar e acompanhar o Plano Paroquial da Ação Evangelizadora, garantindo que as ati-

vidades e iniciativas pastorais estejam alinhadas com as necessidades da comunidade e com as diretrizes diocesanas.

O Conselho oferece suporte ao páro-

co, ajudando-o na tomada de decisões e na implementação de ações pastorais, aliviando a carga do pároco e garantindo que as decisões sejam tomadas de forma mais informada e representativa. A existência do CPP também facilita a comunicação entre o pároco e os paroquianos, promovendo a transparência nas decisões e atividades da paróquia, criando um ambiente de confiança e colaboração.

O CPP encoraja a participação ativa dos leigos na vida da Igreja, valorizando os talentos e dons individuais e reforçando o sentido de corresponsabilidade na missão e nos projetos pastorais. Cada paróquia tem

Após eleito pelo próprio Conselho, o indicado deve ser aprovado pelo pároco

suas particularidades e desafios específicos e o CPP permite que as ações pastorais sejam adaptadas às realidades locais, tornando a evangelização mais eficaz e relevante para a comunidade.

Trabalhar conjuntamente no CPP fortalece a unidade entre os membros da paróquia e cria um espírito de comunhão e cooperação essencial para o testemunho cristão no mundo. Além disso, participar do CPP é uma oportunidade de formação e crescimento espiritual para seus membros, que são chamados a aprofundar sua fé, desenvolver habilidades de liderança e servir com humildade e dedicação.

De forma sucinta, o Conselho Pastoral Paroquial é um instrumento vital para a vivência comunitária e para a missão evangelizadora da Igreja, representando a colaboração entre clérigos

Para saber mais sobre os Conselhos de Pastoral Paroquiais, não deixe de baixar as Normas diocesanas para os CPPs, apontando a câmera do seu celular para o QR Code.

e leigos na construção de uma paróquia viva, dinâmica e fiel ao Evangelho de Jesus Cristo.

DIÁLOGO E A COMUNHÃO FRATERNA

O CPP tem um coordenador(a), que será eleito pelo próprio Conselho, devendo ser aprovado pelo pároco. Impossibilitado de estar presente numa determinada reunião o coordenador poderá delegar um dos membros do conselho para substituí-lo.

Quando pensamos nas qualidades que uma pessoa deve ter para assumir essa função, e consequentemente os critérios que devemos ter para escolher quando fazemos parte do CPP, devemos considerar o bom funcionamento do conselho e procurar uma pessoa com características que facilitem esse funcionamento com o diálogo e a comunhão fraterna.

Para coordenar o CPP, é essencial cultivar várias qualidades e características. Primeiramente, é necessário atuar com espírito de humildade e comunhão eclesial, demons -

trando uma fé madura e uma espiritualidade transparente, sem exageros. Essa fé deve ser acompanhada por um equilíbrio emocional e psicológico, que permita um relacionamento aberto e sadio com toda a comunidade.

A pessoa deve valorizar igualmente todas as Pastorais e Movimentos Eclesiais, reconhecendo que todos são necessários para o bom andamento da comunidade. A participação ativa na comunidade é fundamental, sendo necessário ser alegre, disponível, entusiasta e dinâmico, com consciência da caminhada da comunidade e sensibilidade para administrar as diferenças.

A clareza na comunicação e a capacidade de organização são igualmente importantes, assim como manter um bom relacionamento com o pároco e os vigários paroquiais. Por fim, deve ser capaz de tomar decisões com espírito de serviço, sempre disposto a contribuir para o crescimento e a harmonia da comunidade paroquial.

Fernando da Rocha Secretário diocesano de Pastoral

Agro mais forte: Sicredi Progresso realiza 1º Investor Day Agro

A primeira edição do Investor Day Sicredi Agro aconteceu na sede administrativa da Sicredi Progresso PR/SP, em Toledo, voltado ao público do agronegócio com foco em mercado econômico, tendências futuras e investimentos. O evento já havia acontecido em oportunidades anteriores, mas não com foco no segmento agro.

Atualmente, o Sicredi é a segunda maior instituição financeira do Brasil em carteira agro e é também por este motivo que iniciativas como essa são importantes, para que o setor avance ainda mais. “Eventos como este permitem integração, formação e conhecimento, o que faz todo sentido para o produtor estar ainda mais preparado e prosperar em suas atividades econômicas”, ressaltou o presidente da Sicredi Progresso, Inácio Cattani.

O Brasil é o quarto maior produtor de alimentos do mundo. O Paraná é um dos três maiores exportadores do agronegócio brasileiro, líder na produção de proteína animal, maior produtor de trigo e um dos maiores produtores de orgânicos. A região oeste se destaca com o título de maior produtor de alimentos do estado, liderando em suinocultura, avicultura e, na produção de grãos, com soja e milho.

O diretor executivo, João Augusto da Rocha, lembrou a

força do agro e que o Sicredi nasceu por meio dele, portanto, valorizar o segmento é sempre pauta da Cooperativa, fora o fato de que conhecimento é munição para melhores

negócios.

“Momentos assim são especiais para valorizar os agricultores associados, que cativam e motivam o direcionamento da Cooperativa até hoje. Precisamos promover esses encontros porque acreditamos que essa aproximação e o conhecimento beneficia tanto os produtores quanto a Cooperativa e a sociedade como um todo”, concluiu.

A Sicredi Progresso PR/SP possui 43 anos de atuação e está presente na vida de mais de 73 mil associados. A Cooperativa possui 23 agências distribuídas nas áreas de atuação, nos estados do Paraná e São Paulo.

Presidente da Sicredi Progresso saúda os participantes do evento
Primeira edição do evento atraiu interessados no assunto

Cursilho

Guardar a a fé

Com a proximidade do Natal, se espera que os cristãos, naturalmente, vão se enchendo de esperança, desejosos de que todos possam ter a certeza do nascimento de Cristo em seus corações, suas famílias, suas vidas e que o ano vindouro possa ser cheio de realizações.

Lembro-me do tempo em que se vivia o Advento como tempo de preparar-se com as novenas, celebrações, a coroa do Advento com suas quatro velas; as cores dos enfeites, o encanto das luzes; a riqueza dos detalhes dos presépios, por vezes com peças desgastadas; e o pinheiro, aquele natural, cheio de espinhos, tirado a machado. Ah, e as partilhas, as cestas para doação; o canto “Noite Feliz”; o Papai Noel, que só aparecia naquela noite e, geralmente, assustava as crianças e depois as alegravam com balas; o encontro com a comunidade, com a família, aquela bagunça boa com os primos, a bronca dos tios, as bolachas das nonas (...).

“Como estamos guardando nossa fé? Nossa maior herança, enquanto cristãos é o cultivo da nossa fé e o anúncio dela às gerações futuras. São Paulo Apóstolo também deixa este legado: ‘Combati o bom combate, guardei a fé’”.

Hoje todos nós somos chamados a ceder aos encantos do descartável, do modismo, do industrializado, artificial, individual e que muitos passam o Natal sem Jesus. O mundo, nas pessoas que detêm o poder ideológico, econômico e social, persegue os cristãos. Facilmente somos tragados aos ambientes, sejam reais ou virtuais, em que o que está dentro dos preceitos cristãos está errado. As famílias são atacadas, o exercício da caridade e do altruísmo são distorcidos; os bons vistos como maus e os maus aplaudidos. Cristãos ainda são mortos por sua fé.

Parece-me oportuno citar o exemplo de um jovem chamado Tarcísio, que viveu nos primeiros séculos da nossa Igreja, período onde os primeiros cristãos eram perseguidos e mortos. Este jovem acólito servia ao Papa Sisto II, no altar e nos serviços secundários, acompanhando o Santo Papa na celebração eucarística. Em certa ocasião, cristãos presos e condenados ao martírio apresentaram o desejo de receber Cristo Eucarístico como conforto final antes do martírio. Mas o Papa, ou outro sacerdote, seria reconhecido, preso e condenado. O jovem Tarcísio, de 12 anos, pediu ao Santo Papa que o deixas-

se tentar, pois não entregaria as hóstias a nenhum pagão, afirmando que “minha juventude é o melhor refúgio para a Eucaristia”. Comovido, o Papa Sisto II o abençoou e lhe concedeu a missão. Tarcísio não conseguiu chegar à cadeia. Foi reconhecido e mesmo sendo brutalmente atacado, recusou-se a entregar a Eucaristia. Ele foi espancado e apedrejado até morrer. Depois de morto, foi revistado e nada acharam do Sacramento de Cristo. De fato, ele não a entregou; alguns historiadores acreditam que seu corpo a tenha absorvido.

Guardadas as proporções, proponho refletirmos como temos guardado nossa fé. A ressureição de Cristo é a centralidade da fé cristã. O que, de verdade, estamos celebrando neste tempo? Quem nasce para nós, senão o nosso Salvador? Como estamos guardando nossa fé? Nossa maior herança, enquanto cristãos é o cultivo da nossa fé e o anúncio dela às gerações futuras. São Paulo Apóstolo também deixa este legado: “Combati o bom combate, guardei a fé”.

Que esses dois modelos, São Paulo Apóstolo e São Tarcísio, nos inspirem a guardar a fé; nos inspirem a celebrar o verdadeiro Natal; e a confiar nos planos de Deus para que, nesse tempo, possamos nos redimir dos nossos pecados e viver a plenitude do amor de Deus.

Josiane Bucalão Coordenadora diocesana do Movimento de Cursilhos de Cristandade

Guardar a fé implica em pensar no cuidado com as gerações

Cáritas em Ação

Cáritas e sua Área de Atuação: Voluntariado

Ao longo deste ano, passamos pelas áreas de atuação da Cáritas. Ao final, fazendo menção ao Dia Internacional do Voluntariado (5/12), queremos explicar certos referenciais do voluntário, uma área de extrema importância para a Rede Cáritas. Tratar do voluntariado é algo que podemos estender por várias edições, e assim faremos. Por isso, o foco deste mês é tratar apenas dos referenciais do voluntariado.

É fato que Deus age de maneira libertadora na vida de seu povo, disso não há dúvidas. Essa ação libertadora é sinal de amor, um amor gratuito, que se faz ação concreta em nossas vidas. Ações essas que se refletem na nossa vivência comunitária, e isso é confirmado quando pegamos o Compêndio de Doutrina Social da Igreja (cf. CDSI, nº 20).

A Rede Cáritas entende que esse amor concreto é uma expressão de que a “transformação social que responde às exigências do Reino de Deus não está estabelecida nas suas determinações concretas uma vez por todas” (Política Nacional do Voluntariado, p. 8), mas que é um convite para seguir um caminho onde cada um de nós percorre em busca da solidariedade e da construção de um mundo melhor.

Se voltarmos aos Evangelhos, nos depararemos com o Cristo se identificando constantemente com os mais pobres e necessitados. É nesse sentido que um dos pontos mais importantes para a Igreja é a promoção do cuidado incondicional para com todos. E quando nos deparamos com as atitudes de Jesus e de seus discípulos, vemos que o ponto central nas suas ações é o amor concreto para com os pobres. “É uma espécie de habilitação para a diaconia, o servir, isto é, a colaboração da caridade. Portanto, o amor concreto aos pobres é parte integrante do anúncio da obra salvadora e libertadora de Jesus, que Deus realiza por meio do amor recíproco entre os irmãos e irmãs” (Política Nacional do Voluntariado, p. 9).

TESTEMUNHO PROFÉTICO

Baseado nisso, as ações da Cá ritas sempre visam colocar em movimento

“Quando falamos de voluntariado, referimo-nos a pessoas que, com a cultura da gratuidade e da solidariedade, estão colaborando em especial com os pobres e estão dispostos em participar, ouvir, orientar, ajudar e apoiar todos aqueles cidadãos e irmãos empobrecidos e maltratados”.

e atualizar o serviço da caridade, que é expressão do amor da Igreja. Essa missão, portanto, se dá através de um testemunho profético, semelhante ao testemunho dos discípulos. Testemunho porque as nossas ações devem expressar os sinais do Reino de Deus, atuando em prol da justiça, da solidariedade, e entre outros. E Profético porque a Cáritas precisa influenciar a mudança social nela mesma, alcançando a realização da revolução do amor, por meio de gestos concretos que imitem o Cristo. Essas testemunhas proféticas, no caso da ação social da Igreja e principalmente da Cáritas, são os voluntários. “Os voluntários são pessoas que, não recebendo remuneração, têm como motivação em sua colaboração voluntária um sinal profético a favor da fraternidade universal, testemunhando dia a dia, do-

ando seus dons, talentos e tempo com e aos pobres, à concretização do Reino de Deus com uma sociedade mais justa e solidária” (Política Nacional do Voluntariado, p. 10).

Assim, o voluntariado na Cáritas não é algo circunstancial como que “se existir ótimo, e se não existir tudo bem”, mas é algo extremamente necessário e importante. Como testemunhar o Reino de Deus de maneira profética sem ter testemunhas proféticas? É impossível. Por isso, o voluntário sempre será necessário. Quando falamos de voluntariado, referimo-nos a pessoas que, com a cultura da gratuidade e da solidariedade, estão colaborando em especial com os pobres e estão dispostos em participar, ouvir, orientar, ajudar e apoiar todos aqueles cidadãos e irmãos empobrecidos e maltratados. Segundo o Papa Francisco (2013), os voluntários são agentes da paz e artífices de justiça que, semelhantes a Cristo, amam incondicionalmente.

Seja um voluntário! Somos Cáritas, somos solidariedade!

Marcus Vinicius de Jesus Sanita

Assistente de Integração da Cáritas Diocesana de Toledo

Voluntários da Cáritas Diocesana de Toledo

Lembranças para datas especiais

Artigos religiosos artesanais

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SERVIÇO ESPECIALIZADO PARA PEREGRINOS: ORGANIZAÇÃO, SUPORTE E APOIO.

Vania Maria Araújo
Dirce Reichert
Edésio Reichert

Seguro obrigatório voltará a ser pago em janeiro de 2025

O pagamento de indenização por invalidez ou morte a pedestres e motoristas voltará a ser feito no país com a criação do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). A taxa que viabilizará o serviço começará a ser cobrada em 2025 dos proprietários de veículos automotores.

Diferente do antigo Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT), extinto em 2020, a nova versão do seguro obrigatório traz, entre as novidades, o pagamento das despesas médicas às vítimas de acidentes em vias públicas. Serão garantidos os custos de atendimentos médicos, fisioterapia, medicamentos, equipamentos ortopédicos, que não sejam disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Assim como no antigo serviço, haverá indenização em caso de morte ou invalidez e também serão cobertas as despesas dos serviços funerários, ou de reabilitação em caso de invalidez parcial. Companheiros e herdeiros

das vítimas receberão os valores em acidentes com vítimas fatais.

As indenizações serão pagas pela Caixa Econômica Federal em um prazo de até 30 dias após o acidente, conforme tabela estabelecida pelo Conselho Nacional de Seguros Privados. O banco público também será responsável pela gestão do fundo em que serão depositados os valores das taxas pagas por

Crianças vivenciam modelo cooperativista

As Cooperativas Mirins do Sicoob Meridional realizaram, em novembro, as Assembleias Gerais Ordinárias (AGO) do ano de 2024. As atividades começaram com a Cooperativa Escolar Mirim Miguel Dewes (Cooemide), em Toledo. Em seguida, outras dez passaram pelo mesmo processo em que cooperados e conselheiros, além de professores e alunos das escolas, puderam conhecer as ações e atividades realizadas durante o ano. Na ocasião, foi feita a prestação de contas do exercício de 2024, a destinação dos resultados,

proprietários de veículos automotores. As regras foram estabelecidas pela Lei Complementar 207/2024. Foram vetados dois artigos aprovados pelo Congresso Nacional que tratavam da aplicação de multa por atraso no pagamento da taxa. Na justificativa do veto, o ônus foi considerado excessivo para um serviço considerado de caráter social. (Fabíola Sinimbú, da Agência Brasil)

eleição das novas chapas dos Conselhos de Administração e Fiscal, além de demais assuntos de interesse dos cooperados mirins. A responsável pelas atividades das Cooperativas Mirins, Loni Dupont, avalia positivamente esse

período de assembleias. “Cumprimos uma determinação, que é a realização da AGO. Este espaço serve também para empoderamento das crianças e dos professores, fortalecendo ainda mais o programa”, ressalta.

Seguro obrigatório será retomado a partir do ano que vem
Diretoria da Cooperativa Escolar Mirim Osvaldo Cruz (Vila Nova)
Aprovação dos atos da diretoria é um dos momentos da AGO
Foto: Arquivo Agência Brasil
Fotos: Divulgação

Instituto desenvolve Campanha

“Eu Paro Para Pedestre”

No dia 17 de outubro de 2024, o Instituto Pessoas Melhores (IPM) lançou, em Toledo, a campanha “Eu Paro Para Pedestres”, visando fortalecer, entre todos os agentes que utilizam o espaço público, um hábito bastante admirado em algumas cidades brasileiras e em outros locais fora do Brasil. Este hábito consiste em que, tão logo o pedestre coloque o pé na faixa, desejando atravessar, os condutores parem para que ele cruze com segurança, demonstrando grande harmonia entre motoristas e pedestres.

Além desse admirável hábito, outros indicadores serviram de base para a formatação da campanha, como o expressivo número de veículos registrados na cidade e o elevado número de acidentes, muitos deles com vítimas, algumas fatais.

O trânsito é um reflexo direto da nossa convivência urbana. Quando paramos para dar passagem a um pedestre, estamos afirmando que respeitamos o espaço do outro, que nos importamos com a segurança do próximo e que queremos viver numa cidade onde todos têm o seu lugar e a sua importância reconhecida. Esse é um valor que o IPM promove: pensar nas necessidades do outro.

Dezenas de organizações da cidade, entre empresas, associações, clubes de serviços, escolas e o poder público, estão envolvidas nesta iniciativa. Esses apoios nos dão muita confiança de que conseguiremos influenciar mudanças culturais significativas na direção de uma convivência mais harmoniosa entre todos os agentes que transitam pelas vias públicas.

Afinal, por menor que seja um acidente, com ou sem vítimas, sempre significará transtornos e resultará em prejuízos, materiais e/ou humanos, para pessoas, famílias, empresas e para a sociedade em geral.

E assim, como em muitas cidades

que, por força das ações de seus habitantes, conseguiram avançar na direção que imaginamos, temos confiança de que aqui, em Toledo, não será diferente. Por isso, convidamos cada cidadão, pedestre e condutor, seja de veículo, moto, patinete ou bicicleta, a pensar um pouco mais nas necessidades do outro, a olhar com atenção para os que estão ao seu redor e a dar prioridade sempre que possível. E nunca esquecer a regra de ouro do trânsito: o maior cuida do menor.

Assim, a campanha “Eu Paro Para Pedestres” simboliza a visão de uma

Toledo segura e humana, onde o desenvolvimento econômico e o crescimento urbano caminham ao lado do respeito e da proteção à vida.

Para participar da campanha ou conhecer mais sobre o trabalho do Instituto Pessoas Melhores, visite nossas mídias sociais e saiba como você também pode ser um agente desta mudança. Junte-se a nós para construir uma Toledo onde o trânsito é sinônimo de segurança, respeito e qualidade de vida.

Edésio Reichert Presidente do IPM

Mecânicas sentem escassez de mão de obra

O cenário atual das oficinas mecânicas de Marechal Cândido Rondon e região tem gerado grande preocupação entre os empresários do setor. O déficit de mão de obra está se tornando um desafio significativo, impactando diretamente a qualidade e a agilidade dos serviços prestados. O Núcleo Automotivo da Acimacar, que reúne empresários do setor na associação, debateu o tema.

Entre as causas, destacam-se a redução do interesse dos jovens pela profissão, a ausência de cursos técni-

cos especializados na região e a rápida evolução tecnológica dos veículos, que exigem conhecimentos cada vez mais específicos e atualizados. Essa combinação de fatores criou um descompasso entre a demanda das oficinas e a oferta de profissionais capacitados.

Na busca de soluções, são possibilidades a promoção de programas de capacitação continuada, a criação de parcerias com instituições de ensino técnico e a valorização da carreira mecânica automotiva.

Paraná é líder em doação de órgãos, mas 25% das famílias ainda dizem “não”

A doação de órgãos e tecidos para transplantes é um tema de constante sensibilização da sociedade sobre a sua importância na vida de quem está na fila de espera. Mesmo com o Paraná sendo o estado com o maior índice de doadores no Brasil – 42,5 doadores por milhão de habitantes (PMP) – ainda 25% das famílias recusam a doação. Esse é um dos maiores desafios enfrentados pela campanha “Precisamos Falar Sim”, lançada pelo Ministério da Saúde e apoiada pelo Centro de Cirurgia, Gastroenterologia e Hepatologia (Cighep), de Curitiba. De acordo com Eduardo Ramos, médico gastroenterologista e hepatologista e coordenador do Cighep, o maior obstáculo para aumentar o número de doações é a autorização familiar. “A partir do momento em que ocorre a morte encefálica, a notificação é obrigatória, e o próximo passo é consultar a família. Hoje, 25% das famílias no Paraná não autorizam a doação, e em outros estados, esse número chega a 50%”, explica o cirurgião.

Ele destaca a importância de campanhas como a “Precisamos Falar Sim”, que incentiva a conscientização e a conversa prévia entre familiares, facilitando a decisão em um momento tão difícil. “Esse ‘sim’ pode mudar a vida de muitas pessoas na fila de espera”, completa o médico.

COMO FUNCIONA A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

A partir da constatação da morte encefálica, o hospital notifica a Central de Transplantes, que coordena a logística da captação de órgãos. “Cada órgão tem um tempo limite para ser implantado. O coração, por exemplo, precisa ser transplantado em até 4 horas, enquanto o fígado tem até 8 horas”, explica Dr. Eduardo. A rapidez e organização são fundamentais: “São

É preciso avançar na conscientização sobre doação de órgãos e tecidos

várias equipes trabalhando simultaneamente para garantir que o órgão chegue ao receptor no menor tempo possível”, comenta.

O transporte também é um desafio, já que muitas vezes os órgãos permanecem no estado, mas podem ser enviados para receptores em outras regiões. “Tudo é gerido pela Central de Transplantes, garantindo que cada órgão chegue ao paciente mais adequado”, pontua o coordenador do Cighep.

DADOS QUE REFORÇAM A NECESSIDADE DE DOAÇÃO

Os números mostram o quanto a doação de órgãos é essencial para salvar vidas. Em 2024, o Paraná já realizou 1.200 transplantes, enquanto a fila de espera no estado conta com 3.992 pessoas aguardando por um órgão, sendo 2.222 esperando por um rim e 257 por um fígado. Em 2023, foram realizadas 1.213 notificações de morte encefálica, mas apenas 483 doações efetivas, com 218 recusas fa -

miliares (27%), 308 contraindicações clínicas (25%), 43 mortes encefálicas não confirmadas (4%) e 61 PCR (Covid) confirmados (5%).

FILA DE ESPERA E MORTALIDADE

O impacto da espera por um órgão pode ser devastador. “No caso do fígado, por exemplo, até 30% dos pacientes morrem na fila de espera”, afirma o gastroenterologista. O mesmo ocorre com o coração, devido à gravidade da condição dos pacientes. Já os pacientes renais podem contar com a diálise como suporte, mas mesmo assim, a mortalidade entre os que fazem diálise é significativamente maior do que entre os transplantados. Para mudar essa realidade, é crucial que as pessoas discutam a doação de órgãos com seus familiares. A campanha “Precisamos Falar Sim” tem o objetivo de aumentar o número de doações e salvar mais vidas. “A decisão de doar pode transformar muitas vidas”, enfatiza o coordenador do Cighep.

100º Cursilho de Cristandade da Diocese de Toledo

do Cursilho

Participantes da edição histórica que marcou o 100º Cursilho, promovido pelo Movimento de Cursilhos de Cristandade da Diocese de Toledo. Ao longo deste ano de 2024, nossas páginas trouxeram recordações importantes deste Movimento que faz parte da vida diocesana no contexto da ação evangelizadora. Shalom! – Fotos: Vagner Campos/Vivian Campos

Confraternização de secretárias(os) da Diocese de Toledo

É tradição nesta época, pouco antes da conclusão do ano, a realização de um momento de confraternização entre colaboradores da Mitra Diocesana que atuam nas secretarias paroquiais e de capelas, bem como nos demais organismos diocesanos. Realizado na Chácara RIE Eventos (Toledo), o encontro teve momentos de oração, sorteio de brindes entre os participantes e acolhida aos novos colaboradores, gerando um clima de convivência e integração.

Participantes
para Mulheres, de 21 a 24/11, no Santuário Nossa Senhora da Salette (Palotina)
Participantes do Cursilho para Homens, de 14 a 17/11, no Santuário Nossa Senhora da Salette (Palotina)

Lembranças do DNJ 2024

As belas recordações do Dia Nacional da Juventude (DNJ) comemorado em nível diocesano na Paróquia São Roque (Nova Aurora), que acolheu os grupos muito animados num clima de amizade, fraternidade, oração e fé. Que as boas

lembranças motivem o DNJ 2025 – Fotos: Carmo Follmann

Catequizandos que receberam o Sacramento da Crisma na Paróquia Cristo Rei, de Entre Rios do Oeste
101 catequizandos da 3ª etapa, da Paróquia São Vicente Pallotti – Matriz receberam a 1ª Eucaristia em celebração no último dia 10/11 – Foto: Adriana Weber

40 anos de sacerdócio

Nossos cumprimentos e orações a Deus pela vocação dos padres que exercem seu ministério na Diocese de Toledo e completam 40 anos de sacerdócio neste mês de dezembro.

Pe. Moacir José Piovesan (SAC)

Pároco da Paróquia São Vicente Palotti (Palotina) 9/12

Vigário paroquial da Paróquia

Sagrada Família (Toledo) 8/12

Pe. Egídio Valentim Trevisan (SAC)

Diretor Espiritual do Seminário São Vicente Palotti (Palotina)

9/12

Parabéns ao Carlos Gabriel Ferreira Mariano, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Guaíra), que comemora 24 anos (07/12) e recebe o carinho e homenagem e felicitações dos amigos e familiares por mais um ano de vida. Carlos é Catequista na Paróquia, Acólito e Mensageiro Líder da Capelinha de Jesus das Santas Chagas na Paróquia

Presença da Diocese de Toledo nas comemorações dos 20 anos da Pastoral da Pessoa Idosa, celebrados em Curitiba. A caravana foi composta por 40 pessoas líderes da Pastoral, representados pelas Paróquias São Cristóvão, Catedral, Sagrada Família (Panorama), São Francisco de Assis (Coopagro), Menino Deus e São Luiz Gonzaga (Pato Bragado)

Investidura de Coroinhas em Vila Nova

Pe. Lucas Sebastião Schwarz
Na Santa Missa do 30º Domingo do Tempo Comum, a Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Vila Nova), celebrou a investidura de novas Sementinhas e Coroinhas, pedindo a proteção de São Tarcísio.

11º Show Missionário

Com a realização da 11ª edição do Show Missionário da Infância e Adolescência Missionária (IAM), da Diocese de Toledo, ficou muito claro o compromisso dos agentes, que incentivam e apoiam as iniciativas, e a perseverança dos grupos que estão presentes nas comunidades de fé. Este ano, o evento foi sediado no Seminário São Cura d’Ars, em Quatro Pontes, e fica gravado pelas bonitas recordações de um tempo de oração, de manifestação da fé nas ruas e de muitas brincadeiras e descontração.

Missa de investidura na Paróquia São Vicente Palotti (Palotina), em que foram recebidos 38 novos coroinhas e renovados os compromissos dos que já atuam. No total são 70 coroinhas. A coordenadora paroquial é a Zelma Bombazar –Foto: Adriana Weber

O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, presidiu na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Tupãssi) a celebração em que 41 catequizandos receberam o Sacramento da Crisma. Do total, 30 eram da Comunidade Matriz, seis da Capela São Judas Tadeu (Jotaesse), três da Capela São Cristóvão (Palmitolândia) e dois da Capela Nossa Senhora Aparecida (Brasiliana). A missa foi concelebrada pelo pároco Pe. Vanderlei Ghellere – Foto: Sidney Neves/Foto Studio Tupãssi

Participação de 95 Zeladoras de Capelinhas, dos 17 setores da Paróquia Cristo Rei (Catedral) na missa da comunidade. Atualmente a Paróquia conta com 152 Zeladoras. No momento da celebração, Pe. Hélio Bamberg (pároco), transmitiu a importância desta missão em levar a oração nas casas das famílias, proporcionando a boa vizinhança e a fraternidade. Pe. Hélio fez questão de pontuar, que todas as famílias podem receber a Capelinha. “Sem obrigar, mas sempre convidar e zelar para que nenhuma família fique sem receber a Capelinha”.

Realizada a 1ª Gincana dos Acólitos da Paróquia São Vicente Pallotti, de Palotina (15/11), com participação de 28 acólitos, mobilizados pelos coordenadores Marcelo (paroquial) e Cauã (Igreja Matriz). Estiveram incentivando o evento o Pe. José Battisti, Pe. Egídio e o pároco, Pe. Moacir Piovesan – Foto: Adriana Weber

1ª Eucaristia em Novo Sarandi

Dois grupos de catequizandos receberam pela primeira vez a Eucaristia. As dez crianças receberam o Sacramento em celebração presidida pelo pároco, Pe. Angelo Virgílio Pellá, na Igreja Nossa Senhora das Graças, de Novo Sarandi, com participação de seus pais e da comunidade de fiéis. Agora, eles seguem participando dos encontros para futuramente alcançarem o Sacramento da Crisma – Fotos: Eliz da Rosa Fotografias

Festa da Paróquia Sagrada Família

A Paróquia Sagrada Família, de Toledo, realizou a Festa da Padroeira com presença de sacerdotes que marcaram a história da comunidade e celebrações com bênçãos específicas para cada dia. Nas festividades, o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, administrou o Sacramento da Crisma para catequizandos que participaram do processo formativo. E, é claro, uma bonita festa popular com o delicioso almoço de confraternização – Fotos: Pascom

Membros do Apostolado da Oração, da Paróquia Nossa Senhora das Graças (Novo Sarandi) que participaram de confraternização do Decanato Rondon

Viviane Dill comemora aniversário (2/12) com o carinho do filho Ryan Vinicius, da mãe Lourdes e demais amigos da Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Vila Nova)

Graciane Raissa Ganda Brixner, da Capela Sagrado Coração de Jesus – Paróquia Sagrada Família (Toledo), comemora aniversário neste dia 11/12, e recebe o carinho de familiares e amigos

A Paróquia Santo Antônio (Formosa do Oeste) acolheu com muita alegria cinco casais que fizeram sua preparação e receberam o Sacramento do Matrimônio (16/11), sendo: Rogério Ferreira Concas e Fabiana Kelly Gonzaga Mendes Concas; Rodrigo Reghini e Jesiele Trulia de Oliveira; Bruno Zacarias de Araujo e Analice de Souza Lobo; Josmar Aparecido Brizola Pelosi e Claudineia da Rocha Custodio; Tiago Rodrigues Coutinho e Aline dos Santos Oliveira Coutinho

Hedewirges lang recebe cumprimentos pelos 90 anos. Ela é da Capela Imaculada Conceição, de Vila Candeia – Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Maripá)

e

Guias de Oficinas de Oração e Vida de Toledo participaram de uma missa em memória da 11ª Páscoa do fundador, Frei Ignácio Larrañaga, celebrada na Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo)

Catequizandos da Capela São Francisco de Assis, da Paróquia Maria Mãe da Igreja (Marechal Cândido Rondon), que receberam a 1ª Eucaristia diante da recém-inaugurada iconografia feita pelo artista Antônio Batista – Foto: Oficina da Foto

1ª Eucaristia na Paróquia Santo Antônio (Formosa do Oeste): 66 crianças
sete adultos receberam o Sacramento da Eucaristia – Foto: Wilian Oliveira/Cine Foto

AÇÃO ENTRE AMIGOS EM PROL DO NOVICIADO NOSSA SENHORA DE LOURDES

Uma equipe de colaboradores e leigos consagrados se uniu com as Irmãs Franciscanas da Beata Angelina na promoção de uma ação entre amigos em prol do Noviciado Nossa Senhora de Lourdes, de Toledo. O evento, de caráter beneficente, contou com a expressiva participação de cerca de 800 pessoas e foi realizado no último dia 3 de novembro. As irmãs vivem o contexto celebrativo dos 50 anos de sua presença no Brasil. O evento foi uma oportunidade das pessoas conhecerem o ambiente franciscano do convento numa tarde muito fraterna de brincadeiras e partilha no pátio da casa das irmãs, lugar privilegiado pela natureza que a cerca – Fotos:

Luana Ortega

Felicidades ao pároco da Paróquia Sagrada Família (Dez de Maio), Pe. Ademir Alves Teixeira, que neste dia 6/12 comemora o 37º aniversário de sua ordenação presbiteral

Felicidades ao Pe. Milton Wermann, vigário paroquial da Paróquia São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand), pelos seus 43 anos de ordenação sacerdotal (12/12)

Parabéns ao Pe. Bráz Tarcízio Pauly que celebra a chegada dos seus 43 anos de ordenação sacerdotal (19/12)

Pe. Tobias Aloísio Hemkemeier recebe os cumprimentos pelo 38º aniversário de sua ordenação presbiteral

Cumprimentos ao vigário paroquial da Paróquia São Vicente Palotti (Palotina), Pe. José Battisti, que completa 38 anos de sacerdócio (8/12)

Neste dia 22/12, cumprimentos seguem ao Frei Juarez Bastiani (OAD), pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Ouro Verde do Oeste), que completa 17 anos de ordenação sacerdotal

Grupo de Jovens ABC , da Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Vila Nova), mantém sua perseverança na oração do Santo Terço, e em cada Mistério, os participantes refletem a confiança em Cristo de que Ele está sempre junto de cada jovem e de suas famílias.

PARABÉNS!

Dezembro é um mês muito significativo para o nosso bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, que é triplamente parabenizado: aniversário natalício no dia 11; aniversário de ordenação presbiteral no dia 15, e aniversário de ordenação episcopal no dia 16. Parabéns ao D. João, e que o Espírito Santo continue guiando seus passos no governo da Diocese de Toledo para o bem dos cristãos católicos desta região e pessoas de boa vontade

Rendemos graças ao Senhor pelo dom da vida de Ir. Luiza Menin, fundadora da Ação Social São Vicente de Paulo, de Toledo, que neste dia 3/12 completa 84 anos de vida

Estudo traz propostas para enfrentar crises hídricas

em áreas

rurais do Paraná

Estudo técnico-científico realizado pela Embrapa e parceiros mostra perda de nascentes e assoreamento de rios na região rural da Bacia Hidrográfica Paraná III (BHP III), localizada a Oeste do Estado. As análises consideraram caracterização de solos e clima, vegetação fluvial, geologia e processos erosivos, entre outros, e resultaram na publicação dos Anais da 1ª Reunião de Correlação e Classificação de Solos e Vegetação Fluvial (RCCSV). Com mais de dez artigos, o documento traz um capítulo com indicativos inéditos para orientar políticas públicas e tomadas de decisão voltadas, principalmente, ao uso de práticas mais sustentáveis de manejo do solo, vegetação e água na região.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

A perda de nascentes e o assoreamento de rios são provocados, entre outros fatores, por práticas de manejo inadequadas aplicadas à agropecuária, urbanização desordenada e desmatamento. Essas constatações tiveram como base os resultados do PronaSolos Paraná (levantamento dos solos paranaenses) e do projeto Ação Integrada de Solo e Água (AISA), além de apurações de pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Soja e o IDR-PR.

A erosão do solo, por exemplo, não degrada apenas a terra, mas também compromete a qualidade da água dos rios e lagos. De acordo com o pesquisador da Embrapa Florestas Gustavo Curcio, que também é um dos coordenadores do RCCSV, um cenário de aumento da escassez hídrica impactaria profundamente a sustentabilidade dos ecossistemas e a qualidade de vida das populações, bem como as atividades de produção agrícola, um dos pilares da economia do estado.

O estudo apresenta os principais desafios para o manejo sustentável dos solos na região, como a erosão, a compactação e a perda de matéria orgânica. Mas, paralelamente, apresenta opor-

tunidades para melhorar as práticas agrícolas e aumentar a produtividade de forma sustentável. O plantio direto, a rotação de culturas com o emprego de práticas agronômicas, o uso de coberturas vegetais e o manejo integrado de pragas e doenças são algumas das práticas que contribuem para a melhoria da qualidade do solo e a redução dos impactos ambientais. Participaram do estudo a Embrapa Florestas (PR), a Embrapa Soja (PR) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), com patrocínio da Itaipu Binacional e do Governo do Estado do Paraná, além do apoio técnico da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Instituto Água e Terra (IAT) e Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped).

Indicativos propostos

Entre as proposições do estudo, estão ações de capacitação integrada de técnicos das ciências agrárias para manejo da paisagem, com ênfase em solo, água e vegetação e criação de protocolos com parâmetros sobre potencialidades e fragilidades das paisagens.

Outra indicação apontada se refere à integração técnica intra e interinstitucional para apoiar as secretarias de Estado na criação de soluções e resoluções para o meio rural.

Ainda como apontamento, destaca-se o manejo emergencial da erosão, tendo como uma de suas ações a criação de programas de adequação de terraços, implantação de áreas com cobertura verde e aumento da

cobertura do solo, com a priorização de ações, considerando a fragilidade das paisagens.

Outras ações prioritárias indicadas pelo grupo técnico se referem ao desenvolvimento de uma base de dados georreferenciada e padronizada, que permita a integração dos dados e mapas; à valorização do componente florestal no sistema produtivo, considerando a produção de água e a fragilidade das paisagens; à criação e regulamentação de legislação que incentive a conservação de solo e água, assim como a garantia de pagamento aos produtores que conservem seus recursos, bem como o financiamento, via crédito rural, para propriedades que adotem práticas conservacionistas.

Estudo apresenta indicações para a conservação de solos e de água
(Manuela Bergamim, da Embrapa Florestas)
Foto: Marcelo Uliana

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