Revista Cristo Rei - Março 2025

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O cuidado com o que Deus confiou

A chegada do Tempo da Quaresma é oportunidade para a vida cristã se purificar. Um tempo próprio para buscar a reconciliação com Deus e com os irmãos. Sabiamente, a Santa Igreja reúne a inspiração bíblica, os elementos teológicos e fatos do presente para propor reflexões adequadas e pistas a seguir no caminho quaresmal.

No deserto que cada um pode e deve fazer, seja em casa ou na comunidade de fé, basta praticar os mesmos exercícios de Jesus: a oração e o jejum. A primeira abre a consciência do que é o ser humano – com seus dons e talentos; fragilidades e limitações – para que se coloque em diálogo com Deus. Em silêncio e com humildade, revele-se ao Pai com coração arrependido dos pecados cometidos e deixe Ele falar. Ouvir o que Deus quer do ser humano é fundamental na busca da conversão. Por sua vez, o jejum mostra-se como um sacrifício a ser oferecido para alcançar a misericórdia. Mas há outro elemento necessários nessa caminhada que é a caridade. “A fé sem obras é morta” (Tg 2,17). Portanto, rezar, jejuar e perdoar são essenciais no processo de conversão.

Para essa reflexão ser completa, há que se acrescentar o grito da Ecologia Integral que provém da Encíclica Laudato Si’ (Louvado Sejas), está contida na Campanha da Fraternidade como tema central e se insere enquanto alerta de conversão a ser contemplada na Quaresma.

Note que na capa desta edição, uma

gestante ilustra esse momento de expectativa. A esperança no futuro que ela sugere está pautada na premissa do cuidado. Desde a Criação, o ser humano é o responsável, com sua inteligência e capacidades dadas pelo Criador, por zelar, preservar e guardar a obra. Mas, olhe para a realidade do presente: avalie como estão as relações humanas em casa e no trabalho; perceba as respostas que a natureza vem dando às ações humanas. O homem está sendo fiel ao que pede Deus no cuidado com a Terra e com todos os seres vivos, inclusive ele próprio?

Conforme a Sagrada Escritura, enquanto vive na Terra, ao ser humano é dada a responsabilidade de zelar pela própria espécie, assim como dos animais que estão nos mares, sobre a terra e no céu, e as plantas. Se um desses elementos não está recebendo atenção é sinal de alerta para quem diz respeitar Deus. Para assumir as mesmas atitudes de Jesus diante das situações do dia a dia e, acima de tudo, com um olhar crítico para si mesmo, é preciso ter coragem de se questionar se as ações estão de acordo com o que Deus confiou.

Para alcançar o Reino do Céu e a vida eterna, você sabe que é preciso buscar o perdão dos pecados e ser merecedor da misericórdia. A Quaresma é esse tempo próprio de revisão da vida terrena. A mensagem de esperança, que provém do amor de Deus, as pessoas já conhecem. Falta praticar mais. Boa leitura!

A conversão de atitudes no presente abrirá caminhos para as novas gerações

Seminário tem meta de colocar vitrais em espaço revitalizado de Capela

Paróquia São Francisco de Assis, de Toledo, celebrou 25 anos

Duplicação virá acompanhada de praça de pedágio

A saúde da mulher acima dos 40 anos

“O mundo compra sanidade”, defende presidente da Adapar

Ano XXIX - nº 311 - Março de 2025 Revista mensal da Diocese de Toledo

Sejam bem-vindos ao Colégio Vicentino Incomar

Como escola, somos pioneiros na educação de Toledo/PR desde 1948, oferecendo um ensino de excelência, unindo tradição e inovação para formar gerações.

Como escola católica, ajudamos a contruir um mundo melhor, inspirados no amor e na fraternidade que Jesus nos ensinou.

E, como escola Vicentina, seguimos os ensinamentos de São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac valorizando a solidariedade, a fraternidade, a justiça social, a igualdade e a equidade.

ACONVERSÃO DEATITUDES NO PRESENTE

ABRIRÁCAMINHOSPARAASNOVASGERAÇÕES

A fé cristã tem como centralidade a ressurreição de Jesus. É a certeza que identifica e une as pessoas que reconhecem Deus como Senhor de suas vidas, e que só por Ele e com Ele será possível alcançar a vida eterna. Para isso, existe um caminho a percorrer, mas que exige um olhar para si mesmo e perceber como cada um tem construído as relações entre si. Da maneira como você age, qual é o parâmetro das suas atitudes. O amor ao próximo é a base para sua tomada de atitudes?

Como não se pode separar o ser humano do planeta, cabe também pensar sobre as relações com a casa comum (Encíclica Laudato Si’). Os fatos evidenciam que algo não caminha muito bem nessa relação dos seres humanos com o planeta. Por isso, o grito de conversão que está muito forte nos últimos anos parte da premissa do cuidado. Logo vem a pergunta: a obra da Criação, que foi confiada por Deus desde o princípio (lei o Livro do Gênesis), está sendo cuidada? Se não está sendo cuidada, o que cada um pode fazer? A manutenção da aliança com Deus está em tomar atitudes de cuidado no presente para garantir o futuro do ser humano e do planeta. Portanto, o apelo de conversão, em outras palavras está sintetizado em duas atitudes: amem-se e cuidem da casa que Deus oferece.

Diante da reflexão dos fatos, da realidade que se constrói a cada dia, tendo presente a Palavra de Deus, a Igreja tem

a mesma preocupação de uma gestante com bebê que está se desenvolvendo. Que casa comum ele encontrará? A pergunta é respondida pela personagem da nossa capa, a educadora física Danúbia Mayeli Waechter, 30 anos, grávida de 24 semanas (na entrevista feita em fevereiro). Ela e o marido, Gilmar de Carvalho, que são da Paróquia Sagrada Família (Toledo), estão à espera do Augusto. “O quartinho está quase pronto. Tem muita coisa para definir, mas as cores serão branca e tons de marrom. É uma função, mas é gostoso preparar a chegada do nosso primeiro filho”, conta.

Quando ela pensa no futuro, a sua maior preocupação é com relação à educação da criança para conduzi-la à aproximação com Deus. Mas, é claro, não está fora da lista da futura mamãe pensar no lugar que o Augusto encontrará para viver. “Eu acredito que a principal questão é em relação ao meio ambiente, onde se vê que a destruição está ocorrendo. As pessoas têm capacidade para reverter esse quadro. Se trabalharem juntos, população e governo, é possível manter o ambiente mais saudável. Eu penso no futuro, principalmente agora que estamos com o filho a caminho”, diz Danúbia que expressa um olhar de mais cuidado e atenção. “Quando vem uma outra vida que depende de você e que você tem um amor fora do que se compara ao redor, com certeza nos preocupamos mais”, acrescenta. O lugar ideal que ela descreve é uma cidade limpa, com muitas árvores para sombras, com natureza preservada, que gera trabalho e oportunidades e que seja acolhedora, onde as pessoas se dão bem. Um belo lugar e um belo futuro, não acha?

É com esse olhar para o futuro da humanidade e do lugar que se habita, que Deus convida, especialmente no Tempo da Quaresma, à reflexão do cuidado, da atenção, do zelo, da fraternidade, do perdão para alcançar a misericórdia. Quais são as atitudes que cada um toma no dia a dia e que exigem um processo de conversão?

A gestação é um tempo de espera e de expectativas com o futuro

O QUE FAZER NA QUARESMA?

Ao iniciar o Tempo da Quaresma, que é a preparação para a Páscoa, a Revista Cristo Rei conversa com o reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja, Pe. Juarez Pereira de Oliveira. Ele destaca a relevância de viver com muito fervor este Tempo que é pautado em práticas de oração e propósitos fundamentais para todo povo cristão católico. É um período muito forte de preparação porque ele aponta exatamente para a centralidade da fé. “O desejo de todos nós cristãos é participar da Páscoa do Senhor. Por isso, a Quaresma é esse período de preparação, onde somos convidados a olhar para nossas atitudes, olhar aquilo que precisamos melhorar na nossa vida e na vida de cada pessoa”, destaca o sacerdote.

A Quaresma tem como referência os 40 dias que Jesus passou no deserto, onde foi tentado, mas permaneceu fiel ao projeto de Deus. Após esse período de “retiro”, Jesus voltou mais fortalecido. É por esse motivo que os três pilares da Quaresma são a oração, o jejum e a esmola ou caridade.

ORAÇÃO

De acordo com Pe. Juarez, os cristãos precisam estar em contato com Deus. Jesus mostrou que, por diversos momentos, Ele subia à montanha para estar a sós com o Pai e poder discernir o que fazer na sua vida. “A montanha que Jesus subiu para estar em contato com o pai, nós também precisamos subir. Essa montanha pode ser o nosso quarto, embaixo de uma árvore, numa capela, enfim, um momento a sós com Ele. É preciso reservar esse tempo a sós, sobretudo diante das redes sociais que ocupam muito o nosso tempo e, às vezes, não paramos para refletir sobre a vida, sobre as nossas atitudes. Pela oração estamos juntos com Deus para ouvi-lo, e assim podemos acertar mais diante das situações que nos são colocadas”, pondera.

O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, salienta que o exame de consciência ou revisão de vida, passa por esse momento da oração feita com honestidade e coração aberto para Deus. Ele lembra que todos os católicos têm a chance de fazer os exercícios quaresmais para sair de si mesmo e encontrar-se com o outro e com Deus. Isso é fazer a experiência de Jesus Cristo que o fortaleceu

a ser fiel ao plano salvador do Pai. Jesus ensina que o recolhimento à oração é próprio para este tempo. Subir à montanha com Ele significada reservar-se à oração com Deus, um lugar de intimidade com o Pai para fortalecer a missão. (cf. Lc 6,12-19; Mc 9,2-10; Mt 14,23-25). Conforme D. João destaca, “a oração é necessária para ouvir a voz de Deus e, com isso, abrir os olhos para aquilo que está fazendo mal para nós mesmos e para as pessoas com quem convivemos”. “Por isso que a Quaresma é esse período grande de revisão daquilo que é essencial, de nos despojar daquilo que é supérfluo. Podemos ter tanta coisa que colocamos na nossa própria existência, dentro dos nossos corações, que perdemos o contato com nós mesmos. Logo, a Quaresma é esse período intenso de contato conosco e com Deus quando rezamos, quando fazemos a nossa penitência”, ensina o bispo diocesano.

JEJUM

Muitas pessoas praticam o jejum associado à abstinência de algum tipo de alimento que, na verdade, implica em deixar de fazer algo para um bem maior. A Igreja pede que se faça o jejum, mas que ao mesmo tempo que cada um olhe para suas atitudes, a fim de não correr o risco de viver como os fariseus, que falavam uma coisa, mas praticavam outra. Precisamos refletir sobre isso porque, às vezes, a pessoa deixa de comer a carne, mas por outro lado, ela acaba fazendo

outras coisas, como fofocando, fazendo maldades. “Mas o jejum também pode ser feito ficando uma tarde ou um dia inteiro sem o celular e reservar um tempo para si. Ligado à abstinência, o jejum é deixar de fazer algo para um bem maior”, sugere Pe. Juarez.

Na leitura do Profeta Joel é possível compreender o que significa rasgar o coração e não as vestes (Jl 2,13). Era muito comum, naquela época, diante de uma situação de pecado, de ofensa a Deus, rasgar as vestes e deitar sobre cinzas. Jesus pede para “rasgar” o coração que implica em ter a humildade de reconhecer o quanto cada um erra, o quanto cada um não age de acordo com aquilo que o Senhor pede ou mesmo em relação aos Mandamentos. “Por isso, com oração, jejum e caridade, a Quaresma é um tempo de conversão. É justamente esse período para verificar por onde estamos indo e mudar de direção. Nós temos que reverter aquele pensamento de que na Quaresma se come pouco para emagrecer, ou que nesse período vai ‘fazer um limpa’ no guarda-roupa porque depois da Páscoa vai comprar mais. O sentido da Quaresma é outro que é justamente rever essa lógica de pensamento”, alerta Pe. Juarez.

CARIDADE E PROPÓSITOS

NA QUARESMA

De acordo com Pe. Juarez, os propósitos são sempre muito bem-vindos “e nós precisamos fazer propósitos”. Ele sugere tomar uma tabela que contemple os exercícios quaresmais em que a oração, o jejum e a caridade estejam presentes em cada dia da Quaresma.

Por exemplo, na questão da oração, as sugestões são de um dia rezar mais intensamente pela própria conversão, no outro dedicar um tempo para conversar com Deus, no outro rezar o terço, ou participar da missa mais vezes do que apenas no domingo.

Mas esse é o primeiro compromisso do dia. E os outros dois? Jejum e caridade devem ser incluídos nos dias da Quaresma. Como por exemplo, não usar o whatsapp ou redes sociais por um determinado período do dia – isso é jejum – e visitar um doente ou idoso em hospital ou residência – isso é caridade. “Significa refletir sobre o que você vai fazer na Quaresma. É uma tabela simples que se

Pe. Juarez propõe práticas quaresmais

não for feita vai passar o tempo e nada ou pouco foi concretizado. Depois é que a pessoa percebe o tempo perdido e, com ele, vem o sentimento de culpa. Por isso é importante anotar quais são os meus propósitos para viver bem a Quaresma”, salienta Pe. Juarez. Ele citou o exemplo do uso de redes sociais. Você, caro (a) leitor, já acessou as configurações de uso dos aplicativos no seu smartphone? Nessas configurações fica registrado esse tempo. Muitas pessoas ficam impressionadas quando observam no ranking como as redes sociais tomaram esse tempo do dia. Tem muita coisa que precisa entrar na reflexão na Quaresma.

“Devemos fazer de tudo para não perder essa oportunidade de experimentar o perdão e o amor de Deus na vivência da Quaresma, da Semana Santa e seu Tríduo Pascal que nos conduzem a esse encontro glorioso com Deus na ressurreição. Que todos vivam essa experiência. Ela é, realmente, fundante na nossa vida e que nos abre sempre para a esse respeito pessoal e também com Deus. Que saibamos viver a Quaresma com muita alegria, com muita devoção e com muito amor”.

PREPARAÇÃOPARAASCONFISSÕES

Um período muito bonito de reconciliação, em que todos podem participar nesta caminhada Quaresmal em direção à Páscoa, é o mutirão de confissões que a Diocese de Toledo realiza todos os anos nesta preparação dos fiéis. Há um esforço muito grande entre os padres que se deslocam para as comunidades, visando atender as pessoas que buscam o Sacramento da Reconciliação e o perdão de seus pecados antes da Páscoa.

Dentre os Mandamentos da Igreja, o 2º Mandamento prevê que os católicos devem se confessar ao menos uma vez por ano, e principalmente nesse período de preparação para a Páscoa. “Além de ser prescrito pelas leis da Igreja, é um momento muito bonito para todos nós que contribui em todo o processo de conversão, porque nos faz tomar consciência do amor de Deus que nos alcança. Uma das maiores experiências quaresmais que podemos experimentar é o amor de Deus que perdoa nossos pecados. Chegar perto do sacerdote e reconhecer que quer voltar a essa união com Deus de uma forma plena, é o caminho”, destaca o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme.

diante do padre, e não tem nada de errado se portar dessa maneira. Então, se preferir, anote enquanto estiver sozinho, pois é algo pessoal, e depois pode ser feita a leitura diante do padre tendo consciência do arrependimento e de ser fiel a Deus”, acrescenta Pe. Juarez.

JOVENS NAS CONFISSÕES

A primeira orientação que Pe. Juarez oferece para uma boa preparação para as confissões é pedir a luz do Espírito Santo. “É ele quem nos ajuda a iluminar a nossa vida e mostrar onde que preciso reatar essa aliança com Deus”, destaca. Em seguida, sugere refletir sobre os dez Mandamentos, pensando como está sendo a sua vida diante dos Mandamentos; como está sendo a sua participação nas missas; e se tem colocado Deus em primeiro lugar na vida. “A preparação para a confissão é anterior ao dia da confissão. Algumas pessoas levam anotações e leem

Pe. Juarez percebe, como assessor do Setor Juventude da Diocese de Toledo, que o público jovem tem sede de Deus. “Estamos atentos e procurando ajudá-los nesse sentido. Eles nos procuram para falar dos seus pecados ou até em busca de uma direção espiritual”, destaca ao lembrar o que ocorreu no Dia Nacional da Juventude do ano passado. Durante o DNJ, havia quatro padres acompanhando a juventude e eles permaneceram cerca de quatro horas atendendo confissões. “Foi um momento muito bonito”, considera.

A Quaresma é tempo de buscar o Sacramento de Reconciliação

AECOLOGIAINTEGRAL:PROPOSTADE REFLEXÃO

No período quaresmal, o ser humano se coloca consigo mesmo e é apoiado por Deus para que possa se fortalecer nessa caminhada de conversão. É uma questão de consciência, de religião e de fé. É um momento ideal para fazer uma avaliação da sua aliança com Deus no cuidado da casa comum. A Campanha da Fraternidade 2025 (Fraternidade e Ecologia Integral), que acontece neste momento de Quaresma, expõe uma análise da realidade que expressa, lamentavelmente, fissuras no dever de cuidar da obra da Criação.

“Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31) é a inspiração bíblica que a CF 2025 oferece para este tempo quaresmal. Este versículo remete à conclusão da história de criação do céu e da terra, e de todos os seres vivos. Como a humanidade é o centro da criação, Deus entrega às suas responsabilidades o cuidado.

A Encíclica Laudato Si’ (Louvado sejas), do Papa Francisco busca em São Francisco de Assis o modelo de cuidado pelo que é frágil e inspirador do conceito de ecologia integral, onde nota-se que são inseparáveis a preocupação pela natureza, a justiça para com os pobres, as relações humanas, as relações com Deus e a paz interior.

“Uma ecologia integral requer abertura para categorias que transcendem a linguagem das ciências exatas ou da biologia e nos põem em contacto com a essência do ser humano. (...) A sua reação ultrapassava de longe uma mera avaliação intelectual ou um cálculo econômico,

SUGESTÕES

porque, para ele, qualquer criatura era uma irmã, unida a ele por laços de carinho. Por isso, sentia-se chamado a cuidar de tudo o que existe” (LS, nº 11). Esse trecho é importante para compreender o que a Encíclica expõe acerca das convicções inspiradoras de São Francisco de Assis quanto ao cuidado integral com as pessoas e com a natureza. “Esta convicção não pode ser desvalorizada como romantismo irracional, pois influi nas opções que determinam o nosso comportamento. Se nos aproximarmos da natureza e do meio

ambiente sem esta abertura para a admiração e o encanto, se deixarmos de falar a língua da fraternidade e da beleza na nossa relação com o mundo, então as nossas atitudes serão as do dominador, do consumidor ou de um mero explorador dos recursos naturais, incapaz de pôr um limite aos seus interesses imediatos. Pelo contrário, se nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe, então brotarão de modo espontâneo a sobriedade e a solicitude” (idem).

Portanto, perceba que o tema da Ecologia Integral é mais abrangente do que o cuidado exclusivo da natureza. Ele se insere nos exercícios quaresmais para a conversão daquelas atitudes que estão prejudicando o cuidado do ser humano consigo mesmo, com os outros, a sua relação com Deus e com a natureza. Sem ter em mente isso, como ser obediente ao que o Criador pede (cf. Gn 1,2930)? “Na casa comum, que é uma casa de todos, o cuidado também é responsabilidade de todos. Começa com coisas simples, como a separação dos resíduos para a destinação. Com os resíduos dispostos de maneira correta, a rua fica limpa, tem menos insetos, e assim, a casa comum se mantém bem cuidada. As pessoas vivem melhor. Temos que cuidar da obra de Deus”, comenta Marinês Bettega, integrante da equipe Cáritas Diocesana responsável pela Campanha da Fraternidade. “Na Quaresma, a Campanha da Fraternidade ajuda a fazer uma análise daquilo que é de bom e também nos coloca numa análise pessoal daquilo que pecamos diante da maravilha da obra de Deus”, acrescenta.

1ª LIVE

Tema: “Deus viu que tudo era muito bom!’’ (Gn 1,31) Ecologia Integral e toda a criação, tudo está interligado.

2ª LIVE

Tema: “Este é o sinal da aliança que faço entre mim e toda a carne sobre a terra’’ (Gn 9,17)

A Palavra de Deus é luz para o nosso caminho.

3ª LIVE

Tema: “Para cultivá-lo e guardá-lo” (Gn 2,15)

A CF reflete uma Igreja Sinodal que está a caminho.

1 ação para cada dia da Quaresma
Marinês Bettega, equipe Cáritas Diocesana de Toledo

Seminário tem meta de colocar vitrais em espaço revitalizado de Capela

No ano passado, a Capela do Seminário Maria Mãe da Igreja, em Toledo, passou por uma revitalização na sua estrutura, assim chamada do “piso ao teto”. O ambiente ficou ainda mais acolhedor e convidativo para a oração, meditação da Palavra e, é claro, para as celebrações eucarísticas que, por sinal, recebem benfeitores e pessoas que apoiam as vocações nesta casa de formação dos padres diocesanos. Porém, a revitalização estará concluída com a instalação dos vitrais, que completam o conjunto da obra.

De acordo com o reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja, Pe. Juarez Pereira de Oliveira, a pretensão é concluir a revitalização ainda este ano. Para tanto, em paralelo à Festa do Costelão ao Fogo de Chão, que será dia 4 de maio, está em andamento uma Ação entre Amigos que se realiza em conjunto com o Seminário São Cura d’Ars, de Quatro Pontes. Padres, seminaristas

Pe. Juarez, reitor do Seminário Maria Mãe da Igreja, enaltece apoio da comunidade às vocações

e suas famílias, além é claro das lideranças das comunidades paroquiais, estão empenhados nesta iniciativa.

PREPARATIVOS PARA A FESTA

A tradicional Festa do Costelão ao Fogo de Chão, do Seminário Diocesano Maria Mãe da Igreja, está em fase de comercialização dos kits para o almoço, que será servido no dia 4 de maio, no Centro de Eventos Ismael Sperafico. Felizmente, o Seminário conta com a mobilização de inúmeros voluntários dedicados no serviço às vocações.

“Esta festa, que acontece anualmente, tem como motivação principal render graças a Deus por tudo o que Ele realizou no decorrer destes anos, sobretudo, agradecer pelas vocações geradas nesta instituição. Tem, ainda o objetivo de reunir as famílias, os amigos, os trabalhadores e as empresas para confraternizar a passagem do Dia do Trabalhador”, informa Pe. Juarez.

Para tanto, as festividades do dia 4 contemplam a Missa Solene, às 9h, no Seminário Maria Mãe da Igreja, e almoço no Centro de Eventos Ismael Sperafico, na cidade de Toledo. As fichas para o Kit (Costelão ao Fogo de Chão, arroz, maionese, mandioca, saladas e cucas) podem ser adquiridas

através do WhatsApp do Seminário (45) 3277-1186, com representantes das comunidades paroquiais ou com os seminaristas. O valor do Kit para 25 pessoas é de R$1.500,00, que fracionado, fica R$ 60,00 por pessoa.

-Osho
Fiéis participam das celebrações e apoiam as vocações diocesanas

Joaquim Cardoso é ordenado diácono

Na Festa da Cátedra de São Pedro, celebrada em 22 de fevereiro, a Diocese de Toledo testemunhou a ordenação diaconal do seminarista Joaquim José da Silva Cardoso, 26 anos, ocorrida na Igreja Santo Inácio de Loyola, em Jesuítas. O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, manifestou sua alegria pela ordenação e sustentou o pedido aos fiéis para que continuem rezando e atuando nas comunidades pelas vocações sacerdotais. As vocações nascem nas comunidades e são acompanhadas pela Diocese nos seus seminários.

Conheça história vocacional do então menino Joaquim que insistiu para ingressar no seminário. A entrevista descontraída para a Voz da Diocese de Toledo você confere acessando o QR Code nesta página.

A história vocacional do Joaquim
Acolhida do bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, e demais membros do clero, ao neo-diácono Joaquim Cardoso
Fotos: Sidney Neves/Foto Stúdio Tupãssi
O neo-diácono é cumprimentado pelos membros do clero
Preparação do altar é um dos serviços do diácono
Pais de Joaquim apresentam os paramentos diaconais
Joaquim recebe abraço do pai, com mãe e irmã emocionadas
Joaquim recebe o livro dos Evangelhos
Rito de oração para ordenação diaconal
“A Eucaristia, escola de oração” é tema

de encontro diocesano de Liturgia

O primeiro encontro diocesano organizado pela Pastoral Litúrgica neste começo de ano elege o tema “A Eucaristia, escola de oração” como proposta de formação das lideranças. O assunto, sem dúvida, é fundamental para a evangelização, ainda mais neste tempo Jubilar 2025, pois a Eucaristia é fonte da esperança.

O assessor diocesano da Pastoral Litúrgica, Pe. Sérgio Augusto Rodrigues, e a co-

ordenadora diocesana, Andreia Frana, salientam que o encontro é destinado para quem atua na Liturgia nas comunidades de fé, membros das Equipes de Cantos, assim como podem participar Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC) e demais agentes de pastorais e movimentos. “É muito importante a presença de todas as paróquias para melhor articulação da caminhada da Pastoral Litúrgica em nossa Diocese”, destaca o assessor. O encontro atende

às necessidades de caráter formativo e está previsto no cronograma de atividades da Pastoral Litúrgica.

A assessoria do encontro diocesano será de Arnaldo Antônio de Souza Temochko, doutor em Teologia, especialista em Liturgia e Música Ritual. Arnaldo é membro do Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard, de Curitiba, e tem contribuído com seus conhecimentos nos eventos formativos realizados na Diocese de Toledo.

Encontro de Formação

- Tema: “A Eucaristia, escola de oração”

- Data: 23 de março (domingo)

- Horário: 8h às 16h30

- Local: Centro de Formação Instituto São João Paulo II - Toledo

- As inscrições deverão ser feitas na secretaria de sua paróquia

Jovens participam de reflexão sobre a Ecologia Integral

A Pastoral da Juventude, da Diocese de Toledo, está com suas atividades em andamento para o bem da evangelização do público jovem. No seu tradicional Encontro Diocesano, que deu início oficialmente às atividades do ano, como costume, concentrou estudos com base na temática da Campanha da Fraternidade: a Ecologia Integral.

Segundo informa a coordenadora diocesana da PJ, Kaliny Cruz Vieira, os participantes iniciaram o encontro com mística que fez “sintonizar” com a terra, solo sagrado. As assessoras, Marines Bettega e da Jennifer Teixeira, condu-

ziram a reflexão sobre como os jovens podem contemplar a criação divina, sua perfeição e em contraponto seu estado atual. Em seguida, todos rezaram o Terço pela ecologia integral, suplicando ao Criador a graça do bem viver.

No domingo, participaram da missa

na Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo, em Assis Chateaubriand. Na sequência das atividades, Ana Carolina Alves e Augusto Martins (que escrevem para a Revista Cristo Rei, na seção Educação Financeira para a Vida), apresentaram aos jovens a Economia de Francisco e Clara. “Dialogamos sobre possíveis formas de contribuição para o bem comum, e mudanças de pequenos hábitos”, comenta Kaliny a respeito do encontro realizado nos dias 1º e 2 de fevereiro. Para selar o compromisso dos jovens com a Ecologia Integral e a Criação, foi plantada uma muda de Ipê no pátio da Igreja Matriz.

A experiência eucarística é essencial para os fiéis
A assessoria do encontro formativo será de Arnaldo Temochko

Ano Santo: um convite para você reencontrar a esperança

Alegria e expectativas. Essas duas palavras sintetizam o que já se vê, tomando conta da Diocese de Toledo, em atividades práticas do Jubileu 2025. Há uma dedicação enorme de lideranças das comunidades de fé para que você leitor(a) tenha uma experiência marcante neste Ano Santo “Peregrinos da Esperança”.

Alegria porque as equipes paroquiais do Jubileu, formadas por pessoas que contribuem na organização desta comemoração da Igreja, estão devidamente preparadas com todas as orientações acerca dos três grandes conjuntos de atividades jubilares. E expectativas porque você, que tem o hábito de participar das missas, ou está se preparando para receber os Sacramentos, ou ainda quer fortalecer seus laços familiares e vínculos comunitários, encontrará gente disposta a fazer contigo o caminho de encontro com Cristo neste Ano Santo.

Como você poderá viver esta experiência jubilar? Muito simples. Na sua paróquia, haverá peregrinação e pregação sobre a Esperança, tema central deste Ano Santo. O Papa Francisco, ao propor essa temática, quer acentuar que

Jesus Cristo é a resposta para muitas situações do cotidiano que, eventualmente, estejam lhe causando alguma inquietação e até mesmo sofrimento.

As pregações sobre a esperança cristã, baseadas na Carta de São Paulo aos Romanos, estarão a cargo de presbíteros, religiosos e religiosas, seminaristas, candidatos ao diaconado, ministros da Catequese, leigos e leigas de pastorais, movimentos e serviços de Evangelização, que visitarão as paróquias no decorrer do ano, conforme missão confiada pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme (Carta Pastoral “Viu uma grande luz” (Is 9,1), p. 10). Já as peregrinações estão ligadas às indulgências, que são a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa (cân. 992). Para alcançar a indulgência jubilar, é necessário participar da peregrinação a uma Igreja indicada pelo bispo diocesano, que são: Catedral Cristo Rei (Toledo); Igreja São Francisco de Assis (Toledo); Igreja Sagrado Coração de Jesus (Marechal Cândido Rondon); Santuário Nossa Senhora da Salette (Palotina) e Igreja São Francisco de Assis (Assis Chateaubriand). O calendário de peregrinações

Encontro de coordenadores paroquiais do Jubileu foi realizado em 16 de fevereiro
Atividade de reflexão sobre a pregação do Ano Santo
Lideranças recebem o subsídio para a Pregação Jubilar
Fotos: Pascom

está disponível na Carta Pastoral, em www.diocesetoledo.org. As peregrinações começam em maio.

Para esta atividade, a Diocese de Toledo coloca à sua disposição, por adesão, o kit do Peregrino, que é

formado por uma bolsa, um chapéu e o manual de reflexões, além da credencial do peregrino. Esta credencial conta com espaços para registrar as paradas programadas com o grupo de peregrinos. Por isso, haverá traje -

tos que podem levar de 2 horas e 15 minutos a 3 horas e 40 minutos de caminhada. No percurso, orações e temas de meditação.

Sinais de Esperança

O encontro com os coordenadores paroquiais do Jubileu 2025, realizado na Paróquia São Cristóvão, de Toledo, no dia 16 de fevereiro último, contou ainda com uma atenção especial às pastorais e movimentos que estão empenhados na visibilidade dos Sinais de Esperança na Diocese de Toledo. Em cada mês, haverá algum destaque para esses Sinais, sendo o primeiro deles – contemplando o 5º Sinal – o Carnaval com Cristo e com a juventude. Além das mobilizações para esta vivência, estão previstos eventos diocesanos de participação dos fiéis e da sociedade, como por exemplo o Jubileu das Juventudes (3/08) e o Fórum “Rostos da Esperança” (14 e 15/11), este dedicado à promoção do diálogo com a sociedade civil, os órgãos públicos e a nossas lideranças leigas, a respeito de formas de se construir uma sociedade mais fraterna e solidária, à luz da Doutrina Social da Igreja.

Encontro instruiu lideranças sobre a programação do Jubileu
Kit Peregrino conduzirá os grupos às igrejas jubilares na Diocese
Participantes do encontro de coordenadores paroquiais do Jubileu
Encenação que representou o toque das trombetas de anúncio jubilar
Material produzido pela Diocese auxiliará nas pregações

Pastoral do Auxílio Fraterno: onde a esperança acontece!

Celebramos neste ano 33 anos de Pastoral do Auxílio Fraterno e temos como tradição publicar os resultados do ano que passou, neste caso 2024: a caminhada, os projetos, enfoques e crescimentos. Queremos sempre estar em sintonia com a Igreja buscando em Cristo as raízes da caridade que dão autenticidade, veracidade e mostra a fidelidade cristã. É um momento de partilhar com as lideranças desta pastoral, com as outras pastorais, com os padres, bispo e paróquias.

Papa Francisco, em teleconferência promovida pelo Centro para Teologia e a Comunidade, em Londres dizia que “Se a Igreja renega os pobres, torna-se elite moral ou intelectual” (15/01/2022). Corremos o risco de esvaziar a Igreja, tirando dela o Cristo e seu anúncio. Por isto queremos afirmar com o Ano Jubilar: “A esperança ela não engana” (Rm 5). É um sempre recomeçar, não esquecendo um aspecto penitencial de omissão e ao mesmo tempo um reavivar com metas mais claras, sem meios termos, a busca de caridade sem limites. Não fiqueis devendo nada a não ser na caridade conforme São Paulo. Ela é inesgotável e fonte absoluta para o testemunho cristão.

A Igreja que não prioriza a caridade nas diversas formas é vazia, e a responsabilidade maior recai sobre o clero e as lideranças da comunidade.

Não podemos esquecer do Juízo final (Mt 25,35-45). Isto nos leva a afirmar, sem radicalismo, que toda a ação da Igreja que não tenha semente de caridade, não é fecunda. É estéril, vazia e está longe da caminhada da fé.

NATUREZA E OBJETIVO GERAL

Pastoral do Auxílio Fraterno é uma Pastoral Social nascida em nossa Diocese, iniciada na cidade de Toledo em 1992, ampliando-se paulatinamente para os demais decanatos, hoje presente em 22 paróquias, das 31 existentes. Tem como natureza o acolhimento, a partilha de bens essenciais à vida e à evangelização de pessoas que se encontram em condições desumanas de vida. Aceita-se o desafio da prática de um amor concreto e ativo pelos irmãos em sofrimento. (Doc. Base Pastoral do Auxílio Fraterno, 2019-2025).

Seu objetivo geral é resgatar e promover a dignidade da pessoa na família e na comunidade, num processo participativo e de comunhão, rumo a construção de uma sociedade justa e

solidária (Doc. Base Pastoral do Auxílio Fraterno, 2019-2025).

ELEMENTOS NORTEADORES a) Mística: a mística vem muito forte e impulsiona à ação pastoral. Os agentes de pastoral são levados a refletir na forma existencial e unificante do homem com Cristo que faz sentir, amar e viver como Ele viveu. Em Atos (4,32), vê-se a alegria da comunhão sem exclusão: “A multidão dos fiéis era só um coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuíam, mas tudo entre eles era comum”. O Documento de Aparecida (nº 26), mostra que não se pode evangelizar sem o auxílio fraterno: “Iluminados pelo Cristo, o sofrimento, a injustiça e a cruz nos desafiam a viver como Igreja samaritana, recordando que a evangelização vai unida sempre a promoção humana e autêntica libertação cristã” (Doc. Base Pastoral do Auxílio Fraterno, 2019-2025).

b) Motivação psicoafetiva: a motivação psicoafetiva é o elo vital a partir do exercício da sensibilidade natural do ser humano que não se acomoda achando “normal” ou “fatalidade” a exclusão social e o sofrimento alheio. Como Cristo divino teve compaixão, assim

Agentes da Pastoral do Auxílio Fraterno - Decanato Toledo - participaram de formação prevista em cronograma que contou com treinamento sobre a informatização do Auxílio Fraterno

Jesus, humano, também teve compaixão. Trata-se de um impulso natural, posteriormente cultivado, num processo de sensibilização, que se lança em direção ao próximo (Doc. Base Pastoral do Auxílio Fraterno, 2019-2025).

CIDADANIA

A concepção de cidadania nos leva a praticar a caridade em sintonia com nosso tempo! Desde a Constituição Federal de 1988, a assistência social brasileira foi incluída no âmbito da Seguridade Social (art. 194), configurando um triângulo juntamente com a Saúde e a Previdência Social. Em nível nacional, foi implantado o Sistema Único da Assistência Social (SUAS), com gestão descentralizada e territorialização. Os municípios passaram a ter uma nova estrutura, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) são portas de entrada das pessoas que necessitam

da política de assistência social. Esse significativo avanço da Política de Assistência Social em garantia aos mínimos sociais à população que dela necessita, fez tornar-se indispensável a mudança nas posturas e engajamentos das organizações da sociedade civil que historicamente compõe as redes socioassistenciais que prestam serviços à população de baixa renda, devendo colaborar e exigir pela efetivação dos direitos sociais legalmente constituídos. As ações da Pastoral do Auxílio Fraterno encontram-se neste contexto. Assim, o enfoque às famílias atendidas não pode ser de subalternidade e sim, participativo/construtivo. Segundo o documento Base do Auxílio Fraterno 2019-2025, deve-se buscar sair das deficiências apresentadas, para centrar-se nas possibilidades de ajuda, através do acolhimento e ações pastorais, com

Atividades diocesanas desenvolvidas em 2024

Em 2024 foram desenvolvidos os quatro projetos, com enfoque no acolhimento e escuta das pessoas necessitadas, com muitos relatos e êxitos que nos trouxeram muita alegria.

Outro trabalho alcançado com muito sucesso e ainda em evolução e aperfeiçoamento é a informatização deste trabalho. Grande esforço foi realizado por parte da coordenação diocesana e das coordenações decanais, para que aos poucos, todas as paróquias fossem se adaptando ao novo formato de registro das ações realizadas por esta pastoral social, buscando sempre, dados mais reais da ação pastoral em toda a Diocese. Os dados apresentados, já são frutos, em sua maior parte, do sistema de informatização diocesana.

também de encaminhamentos à rede de serviços públicos (em especial aos CRAS) e de serviços privados, formando parcerias e articulando forças sociais, para o regate da vida e da cidadania. Interessante observar, que cada paróquia é um território de ação pastoral! Onde estão nossos pobres? Eles estão sendo atendidos em suas necessidades básicas? Foram encaminhados aos respectivos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), existentes em todos os bairros de nossa cidade, para realizarem o Castro Único (CAD Único), indispensável para poderem participar dos programas federais e estaduais públicos, voltados à população de baixa renda?

PROJETOS DESENVOLVIDOS

Para a consecução de sua natureza e objetivo geral, as paróquias desenvolvem quatro projetos: 1) Implantação e/ ou revitalização pastoral; 2) Famílias: conhecer para promover; 3) Vida e cidadania; 4) Jesus: fonte de vida para todos. Os quatro projetos podem acontecer nas paróquias, com características e estratégias próprias adaptadas à realidade local, servindo como instrumentos ágeis no enfrentamento das duras realidades sociais dos pobres de cada localidade de nossa Diocese. Eles têm na sua essência, o acolhimento e a escuta. O agente de pastoral deve colocar-se

junto às pessoas que atende, um “olhar de amor”, acolhedor, sem preconceitos e julgamentos. Exige sair de si e não enquadrar a pessoas no próprio modo de ver o mundo e nos meus próprios projetos pessoais de vida. É necessária uma grande empatia e deixar que a pessoa se encontre consigo e possa assumir seu projeto de vida, qual sujeito dono de sua história (Doc. Base do Auxílio Fraterno, 2019-2025).

BREVE ANÁLISE

Dados de uma breve análise feita pela

coordenação diocesana:

- Cresceu na informatização em tempo mais breve que se esperava. Há ainda que caminhar no aperfeiçoamento.

- A pastoral cresceu na dimensão do acolhimento e escuta. Dimensões muito importantes, pois o trabalho não é um simples entregar alimentos e roupas, sem desprestigiar o importante trabalho de partilhar bens básicos e necessários.

- Muitos que recebiam donativos não precisam mais e são gratos. Mostra o lado positivo da intenção mais profunda que é a inclusão social e não a geração de dependência.

- As visitas domiciliares, constantes no projeto “Famílias: conhecer para promover” - um dos 4 projetos essenciais da pastoral- foram intensificados e aumentaram significativamente.

Que Cristo Rei abençoe todos os agentes da Pastoral do Auxílio Fraterno, os padres, o bispo e as comunidades que expressam sua fé autêntica na caridade concreta.

Pe. Hélio José Bamberg Assessor Diocesano

Maria Inês Borges Mânica Coordenadora Diocesana

Participantes do encontro de formação do Decanato Guaíra/Palotina

Acolhida aos novos párocos

A acolhida aos novos párocos marca um tempo de renovação da caminhada de fé. A cada período, conforme previsto no Direito Canônico e atendendo necessidades

Paróquia São Pedro

São Pedro do Iguaçu

Em São Pedro do Iguaçu, Pe. Jociel Cristiano de Almeida foi recebido em celebração eucarística na Igreja São Pedro como novo pároco no último dia 5 de fevereiro. A chave do sacrário foi

Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Guaíra

Em Guaíra, assumiu como novo pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, o Pe. Valdeci Gaias. Com 13 anos de ministério presbiteral, Pe. Valdeci tem a missão de dar continuidade na história de evangelização desta Paróquia. A celebração com rito de acolhida ao novo pároco foi presidida pelo vigário geral da Diocese de Toledo, Pe. Hélio José Bamberg, tendo em vista a participação de D. João na Assembleia dos Bispos do Paraná que se realizava em Apucarana.

pastorais, o bispo diocesano envia os padres para novas missões e estes assumem, em comunhão com as lideranças, os passos da evangelização dos fiéis.

simbolicamente entregue pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, conforme o rito para a ocasião.

Desde que foi criada em agosto de 1976, a paróquia já teve 17 padres que exerceram o ministério presbiteral como párocos ou administradores paroquiais. Em seu território, a paróquia tem a necessidade de atenção aos fiéis que se reúnem na Comunidade Matriz, mas também na Comunidade Santa Luzia (saída para Toledo); Comunidade Santa Mônica (saída para Luz Marina); Comunidade São Judas (próxima a Marco Três); Comunidade Santo Antônio (Marco Três); Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Vila Rural); Comunidade Nossa Senhora do Rocio (Assentamento); Comunidade Sagrado Coração de Jesus (Campo Grande); e Comunidade São Cristóvão (próxima à Fazenda do Meio).

Fotos: Pascom
Fotos: Pascom
Fiéis e lideranças das pastorais e movimentos rezam na acolhida ao Pe. Valdeci
D. João confere o rito de posse ao novo pároco, Pe. Jociel
Celebração Eucarística em São Pedro do Iguaçu presidida por D. João
Acompanhado de Ministros Auxiliares da Comunidade e acólitos, o novo pároco faz sua oração diante do Sacrário

A missão de Pe. Valdeci é caminhar com o povo de Guaíra, por meio das pastorais e movimentos e numerosa liderança disposta em colaborar para que as pessoas conheçam, se aproximem e permitam que Deus possa agir em suas vidas. Prestes a completar 58 anos (julho), a Paróquia conta com a Comunidade Matriz e nove capelas: Capela São Pedro (Distrito de Bela Vista); Capela Senhor Bom Jesus de Salamanca (Salamanca); Capela Nossa Senhora de Fátima (Rancho Alegre); Capela Cristo Rei (Encruzo Lovera); Capela Nossa Senhora do Caravaggio (Maracaju dos Gaúchos); Capela Nossa Senhora do Carmo (Caximbeiro); Capela Nossa Senhora do Rocio (Vila Eletrosul); Capela São Maximiliano Maria Kolbe (Bairro Colagul); e Capela Santa Rita de Cássia (Bairro Parque Hortência).

Os católicos de Nova Aurora acolheram no último dia 16 de fevereiro, com grande festa, Pe. Nelton Hemkemeier como seu novo pároco. A Igreja São Roque esteve tomada por completo pelos fiéis que participaram igualmente da cerimônia de Crisma aos concluintes do período catequético de Iniciação à Vida Cristã. A missa foi presidida pelo bispo diocesano D. João Carlos Seneme. Em 60 anos de caminhada, a Paróquia já teve a atuação de 25 padres como párocos ou administradores paroquiais. Pe. Nelton tem a missão de dar continuidade à evangelização, imprimindo seu ritmo de atividades conjuntamente com as lideranças para o bem desta parcela do povo de Deus

que está presente na Comunidade Matriz e nas seguintes capelas: Capela São Luiz Gonzaga (Palmital); Capela Nossa Senhora de Fátima (São Jorge); Capela Nossa Senhora do Carmo (Universo); Capela Nossa Senhora da Glória (Anta Gorda); Capela São Bom Jesus (Marajó); Capela Nossa Senhora Aparecida (Alto Iguaçuzinho); Capela

São Sebastião; Capela Santa Luzia; Capela São Paulo; Capela Nossa Senhora Aparecida (Alto Alegre); Capela São João; Capela Santa Rita de Cássia (Padre Feijó); Capela Nossa Senhora Aparecida (Palmitópolis); Capela São José; Capela Nossa Senhora Aparecida (Melissa); Capela Santa Inês; Capela Cirilo Dias e Conjunto Coração de Jesus.

Paróquia São Roque - Nova Aurora
Fotos: Pascom
Pe. Nelton em rito com o Evangeliário
Pe. Nelton faz sua oração diante do Sacrário
D. João entrega chave do sacrário ao novo pároco
O novo pároco, Pe. Valdeci, se pronuncia aos fiéis
Pe Valdeci assina termo de posse diante do vigário geral Pe. Hélio Bamberg

De origem agostiniana, conheça Pe. Jairo Itamar dos Santos que chega a Assis Chateaubriand

A comunidade de fé da Paróquia São Francisco de Assis, de Assis Chateaubriand, já começa a conhecer o Pe. Jairo Itamar dos Santos. Um jovem sacerdote, com cinco anos de ministério presbiteral, que chega com disposição para a missão e comunhão no processo de evangelização na Diocese de Toledo. Desde o mês de fevereiro, ele exerce seu ministério como vigário paroquial, em trabalho conjunto com o pároco, Pe. Leonardo Ribeiro de Souza Castro, e toda liderança da comunidade paroquial. Para conhecê-lo melhor, acompanhe um breve relato sobre as origens do Pe. Jairo, sua vocação e esperanças em relação ao exercício de seu ministério na Diocese.

Natural de Capitão Leônidas Marques onde nasceu em 9 de dezembro de 1985, é filho de Darci e Italina, e tem uma irmã, a Keila. No ano de 1993, seus pais se mudaram para Toledo, onde residem até hoje.

Sua experiência vocacional começou aos 15 anos de idade, quando ingressou na Ordem dos Agostinianos Descalços (OAD), permanecendo nesta congregação religiosa por três anos. Depois desse período, fez uma pausa no seminário para refletir melhor sobre a vocação. Nesse tempo, fez o curso técnico em Gestão de Logística, voltado para a área onde trabalhava.

Contudo, aos 25 anos, ouviu novamente seu coração e retornou à congregação agostiniana, já mais amadurecido em relação à vocação para a qual Deus havia lhe chamado. Enquanto esteve na OAD, cursou Filosofia, na cidade de Ourinhos (SP), e logo em seguida a Teologia, na cidade de Petrópolis (RJ).

Após a Teologia, ele continuou a preparação para receber

Rezar pelas vocações

Três seminaristas diocesanos se preparam para mais um rito previsto na sua jornada vocacional. Mayron Fabricio de Oliveira, Matheus Thim e Matheus Orlando serão instituídos ao Ministério de Acólito, em celebração eucarística neste dia 9 de março (domingo). Com início às 9h30, a missa será presidida pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, na Capela São Vicente de Paulo, pertencente à Paróquia São Pedro e São Paulo, de Toledo. Através da instituição do Ministério de Acólito, o seminarista recebe da Igreja a missão de auxiliar o

as Ordens Sagradas, e também a profissão dos votos solenes. Com isso, foi ordenado diácono no dia 16 de fevereiro de 2019, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Ouro Verde do Oeste, pelo bispo D. João Carlos Seneme. Como diácono, foi enviado pela Ordem dos Agostinianos para o Mato Grosso, na cidade de Colíder – Diocese de Sinop. Após seis meses, foi ordenado presbítero, também pela imposição das mãos de D. João Carlos Seneme, em celebração no dia 17 de agosto daquele mesmo ano, na Paróquia Sagrada Família, em Toledo. Agora como padre, retornou à cidade de Colíder, no Mato Grosso, junto à Paróquia Papa São João XXIII.

Pe. Jairo conta que, depois de algum tempo refletindo, decidiu por fazer uma experiência na vida diocesana, tendo sido acolhido na Diocese de Toledo por D. João e demais padres. Esse período é chamado de ad Experimentum, pelo qual o sacerdote conhecerá melhor como é a caminhada pastoral diocesana, seus compromissos e deveres, assim como as alegrias e necessidades desta parcela do povo de Deus. Esse tempo de experiência é necessário para que possa futuramente ser incardinado (inserido como membro do clero) na Diocese de Toledo.

“Este processo e vivência começo a fazer, a pedido do bispo, na Paróquia São Francisco de Assis, em Assis Chateaubriand, juntamente como o pároco Pe. Leonardo, onde darei continuidade ao meu ministério sacerdotal. Pelo pouco tempo na comunidade percebi ser uma comunidade atuante e fervorosa. Então, espero ajudar a todos da melhor maneira possível, contribuindo com o crescimento espiritual e pastoral desta paróquia”, destaca Pe. Jairo.

diácono e o sacerdote no serviço do altar, sobretudo na celebração da Santa Missa. Os Acólitos, devem cultivar a piedade e um amor sempre mais ardente pela

Sagrada Eucaristia, buscando sempre compreender cada vez mais a celebração Eucarística. Por isso é fundamental rezar pelas vocações.

Pe. Jairo Itamar dos Santos está no período ad experimentum na Diocese de Toledo
Seminarista Matheus Thim
Seminarista Mayron
Seminarista Matheus Orlando

Estatuto do Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora

Com a aprovação das lideranças e registrado na Chancelaria da Cúria Diocesana de Toledo, está em vigor o Estatuto do Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora (CDAE). O documento atualiza, conforme leis canônicas (cân. 511514), a instância que até então era conhecida por Conselho Diocesano de Pastoral. Estudado pelas lideranças, o texto foi aprovado durante reunião em novembro do ano passado, com as ressalvas sugeridas, e ratificado pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme. O Estatuto é reconhecido e passado na Cúria Diocesana de Toledo em 5 de fevereiro deste ano, sob sinal e selo da Chancelaria.

Para você que acompanha a vida diocesana pela Revista Cristo Rei, é importante saber que a Diocese concretiza, desta forma, as orientações do Decreto Christus Dominus (CD) do Concílio Vaticano II e reforça a identidade do Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora como um órgão de comunhão e corresponsabilidade eclesial, de natureza consultiva, que tem por finalidade refletir e fomentar a ação pastoral e evangelizadora da Diocese (CD 27).

Por isso, uma de suas finalidades é colaborar na execução do Plano Diocesano de Ação Evangelizadora propondo objetivos, destaques e atividades-meio. É sua finalidade promover a Pastoral orgânica na Diocese, integrando de modo sinodal todos os Organismos, Serviços, Pastorais, Associações

e Movimentos com aprovada estabilidade. Além disso, esta instância diocesana auxilia, a cada ano, na preparação e realização da Assembleia Diocesana da Ação Evangelizadora e avalia, periodicamente, os êxitos, as carências e as dificuldades na Ação Evangelizadora. Por força de Estatuto, é também sua atribuição fomentar a ação missionária em nível diocesano nos Movimentos, Pastorais, Serviços e Associações.

IGREJA VIVA E PARTICIPATIVA

O CDAE é presidido pelo bispo e tem como membros o clero diocesano, representante dos religiosos, da comissão dos diáconos permanentes, dos seminaristas, e a presença

significativa dos leigos que colocam sua experiência humana, espiritual e pastoral a serviço da evangelização de um modo mais abrangente, e não apenas na sua área de atuação específica. Como integrantes do Conselho, todos participam ativamente da discussão e análise de todos os assuntos em pauta e comprometem-se zelosamente com as decisões tomadas. Esta instância da igreja viva e participativa, conforme o Estatuto, reúne-se ordinariamente duas vezes ao ano, sendo uma vez no primeiro semestre e uma vez no segundo semestre, depois da Assembleia Diocesana da Ação Evangelizadora. Contudo, poderão ser expedidas convocações para reuniões extraordinárias.

O Estatuto prevê ainda que os coordenadores dos Conselhos de Pastoral Paroquial (CPP) das paróquias são convocados para a instância chamada “Conselho Decanal Ampliado da Ação Evangelizadora”, com frequência de reunião semestral e ocorrendo nas sedes dos decanatos. Os assuntos ali discutidos podem e devem munir as reuniões do Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora.

Lideranças diocesanas confirmam texto do Estatuto do Conselho
Momento de aprovação das lideranças diocesanas em novembro do ano passado
Maria Inês fez a leitura do Estatuto durante reunião do Conselho

EQUIPE

Para a formatação do Estatuto, contemplando o previsto no Direito Canônico e orientações dos documentos da Igreja, uma equipe de trabalho da Diocese de Toledo se empenhou nesta tarefa. A equipe era formada por

Pe. André Boffo Mendes (Ação Evangelizadora), Maria Inês Mânica (Auxílio Fraterno), Alexandre (Movimento de Cursilhos de Cristandade), Carmo Follmann (Pascom), Joari Vieira (Pastoral Familiar), Ivani Tavares (Pastoral Litúrgica), Jean Néri (Acampamentos).

Composição do CDAE

- Bispo Diocesano

- Vigário Geral

- Coordenador Diocesano da Ação Evangelizadora e sua equipe

- Assessores eclesiásticos de Movimentos, Pastorais, Serviços e Associações, com aprovada estabilidade, presentes na Diocese de Toledo

- Representante da Comissão dos Religiosos (CRB)

- Representante da Comissão Diocesana dos Diáconos Permanentes

- Coordenadores diocesanos das Pastorais, Movimentos, Organismos, Serviços e Associações com aprovada estabilidade, presentes na Diocese de Toledo

- Representante dos Seminaristas diocesanos da etapa da Configuração/ Teologia

- Um leigo, preferencialmente o coordenador, representante do CNLB

- Outros, se eventualmente convocados.

D. João destacou a importância da aprovação do Estatuto

Catequistas são convidados à vivência do Ano Santo

Você se recorda daquela expressão “com o pé na tábua”? Ela era muito usada para dizer quando a pessoa estava em ritmo acelerado de atividades. É praticamente assim que começa o ano para os catequistas da Diocese de Toledo. Afinal, além das programações tradicionais – envio dos catequistas, preparação da acolhida aos catequizandos, encontros formativos, entre outros – os catequistas já estão envolvidos na grande convocação de vivência do Ano Santo “Peregrinos da Esperança”. Neste ano, o “Jubileu Diocesano dos Catequistas” fez parte do rol de temas trabalhados no Encontro Diocesano com as Coordenações Paroquiais e Decanais da Catequese. O encontro deu início oficial às atividades diocesanas da Catequese.

De acordo com o coordenador diocesano da Animação Bíblico-catequética, Fernando da Rocha, o Ano Jubilar é uma convocação especial aos catequistas, pois são eles, junto com os pais, importantes anunciadores da Esperança aos seus catequizandos. No contexto do Jubileu, precisamente no dia 20 de julho, todos os catequistas estão convocados a fazer uma experiência vivencial com uma programação específica de convívio e espiritualidade, concluindo com missa de envio na Catedral Cristo Rei.

Demais assuntos foram tratados no Encontro de Coordenações, como por exemplo, o início dos encontros de Cate-

quese nas comunidades, contemplando a acolhida aos novos catequizandos e também àqueles que já realizam sua caminhada. O assessor diocesano da Animação Bíblico-catequética, Pe. Roberto Lopes de Souza, frisa que é neste mês de março que esse cronograma ganha movimento mais intenso, pois essa acolhida se concretiza no cotidiano das comunidades paroquiais ou de capelas.

Programação jubilar para os catequistas é destacada no encontro
Ofício Divino introduz o encontro diocesano
Catequista Rosa, da Paróquia Santa Rosa de Lima
Maria Fedel, da Paróquia São Cristóvão, no encontro diocesano

Catequese junto às pessoas com deficiência

A Animação Bíblico-catequética da Diocese de Toledo tem dado uma atenção especial na preparação de catequistas e das comunidades diante da necessidade premente de acolhimento às pessoas com deficiência. O número de pessoas com alguma deficiência é grande nas comunidades de fé, conforme atesta a coordenação diocesana. Deste modo, a Catequese busca preparar-se melhor para acolher e incluir a todos. Diante desta rea-

lidade, a Catequese Diocesana vem promovendo um trabalho que visa a conscientização e o fortalecimento da Catequese Inclusiva, através do trabalho da Equipe Diocesana da Catequese junto às pessoas com deficiência. Neste sentido, prevê a realização de um momento forte sobre o tema com o o intuito da tomada de consciência para esta realidade. A iniciativa está programada para dia 21 de setembro.

Catequese abre inscrições para Adultos

Ainda neste mês de março, são retomados os encontros de Catequese com Adultos (Turma 2024-2025) nas comunidades. Em paralelo, serão abertas no período de 5 de março a 12 de abril, as inscrições para Catequese com Adultos de Inspiração Catecumenal (Turma 2025-2026).

Conforme orientado às coordenações paroquiais e decanais, com o início da Quaresma – para aqueles que já realizam sua caminhada de conhecimento da fé –no dia 9 de março, haverá a celebração de Eleição dos Catequizandos Adultos (Turma 2024-2025), conforme itinerário previsto.

Ainda nas comunidades, acontecerá no dia 23 deste mês de março, o rito do Primeiro Escrutínio dos Catequizandos Adultos, precisamente no 3º Domingo da Quaresma, seguindo a programação formativa de educação da fé.

Os catequistas que acompanham catequizandos adultos têm ainda outra atividade prevista na agenda para o dia 21 de junho. Neste dia, eles participarão do Encontro Diocesano de catequistas de adultos de Inspiração Catecumenal. São momentos importantes de espiritualidade e formação necessários na caminhada catequética.

Grupo de Reflexão Catequética

Estão confirmados quatro encontros do Grupo de Reflexão Catequética (Grecat), importante instrumento de formação que oferta estudos aprofundados da Palavra. Este ano, será dada continuidade aos estudos do evangelho de São Mateus. Confira o calendário:

1º Encontro Grecat: 05/04 – Online/Presencial

2º Encontro Grecat: 14/06 – Online/Presencial

3º Encontro Grecat: 16/08 – Online/Presencial

4º encontro Grecat: 08/10 – Online/Presencial

Pe. Roberto destaca importância do serviço dos catequistas
Angela mostra felicidade na missão da Catequese
Marilei, de Entre Rios do Oeste, atenta a programação do Ano Santo
Acolhida aos participantes do encontro diocesano

Palotina reúne 250 catequistas em evento formativo sobre vocação, mística e missão

É preciso reconhecer que a Diocese de Toledo tem catequistas realmente comprometidos com a missão e empenhados em aprender mais para que assim possam realizar o acompanhamento da educação da fé de milhares de crianças, adolescentes, jovens e adultos nas comunidades onde atuam.

Além do trabalho de organização das atividades para o ano, que é uma praxe, também é fundamental um olhar atento à espiritualidade dos catequistas e, por isso, os eventos formativos cumprem esse papel. Quando eles são realizados, recebem a devida resposta com a participação.

Nos dias 15 e 16 de fevereiro último, Palotina recebeu 250 catequistas para um evento formativo pautado no tema “A Catequese na missão evangelizadora da Igreja e a pessoa do(a) catequista: vocação, mística e missão”. A assessoria do tema coube ao Pe. André Gusta-

vo de Sousa, da Arquidiocese de Aparecida (SP). Ele enfatizou a necessidade de redescobrir a alegria e a esperança dos catequizandos e suas famílias. Ele abordou ainda a responsabilidade do catequista nas propostas catequéticas

do Ano Jubilar.

Além dos anfitriões da Paróquia São Vicente Palotti, o encontro atraiu catequistas de outras paróquias da região. As atividades foram realizadas na casa de formação São Vicente Pallotti.

Fotos: Adriana Weber
Participantes do encontro de formação para catequistas realizado em Palotina

Cirurgião

Especialista em Aparelho Digestivo

Paróquia São Francisco de Assis, de Toledo, celebrou 25 anos

A Paróquia São Francisco de Assis, de Toledo, festejou seu Jubileu de Prata, com uma missa solene que reuniu fiéis e autoridades locais. A celebração, no último dia 9 de fevereiro, foi presidida pelo arcebispo emérito de Maringá, D. Anuar Battisti, que há 25 anos, quando bispo de Toledo, assinou o decreto de criação da Paróquia. E as comemorações se intensificam neste período, uma vez que D. João Carlos Seneme, bispo diocesano de Toledo, elegeu a Igreja São Francisco, localizada no Jardim Coopagro, como local de peregrinação neste Ano Santo 2025.

Além da programação religiosa e do almoço, a celebração marcou as recentes melhorias na estrutura da igreja. Nos últimos anos, o espaço celebrativo passou por diversas reformas, incluindo a instalação de ar-condicionado, renovação do sistema de som, troca da iluminação e da parte elétrica. Para a comemoração dos 25 anos, foi con-

cluída a pintura externa do templo, e novas melhorias estão previstas, como a instalação de um novo altar, ambão e pia batismal, além da construção da Capela do Santíssimo prevista até o final do ano.

Com muita fé, união e alegria, o Jubileu de Prata da Paróquia São Francisco de Assis foi um momento marcante para a comunidade, celebrando a trajetória e o crescimento da igreja ao longo dos anos.

Vista aérea da Igreja Matriz da Paróquia São Francisco de Assis, em Toledo
Fotos: Juan Matoso
Apresentação do tempo de criação da Paróquia
Apresentação do tempo de criação da Paróquia
D. Anuar e o pároco, Pe. Laudemir da Rocha, diante da imagem do Padroeiro no contexto jubilar
Participação dos fiéis na celebração eucarística
D. Anuar fez um breve retrospecto da caminhada evangelizadora

Igreja Nossa Senhora Aparecida, de Guaíra, é revitalizada

Em apenas três meses de obras, a Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Guaíra, está revitalizada. Com a apoio e envolvimento dos fiéis, o espaço está com tudo novo: piso, forro, telhado, revestimento interno e molduras para as imagens sacras, iluminação, entre outros investimentos. O tempo recorde de obras é resultado do sentimento de pertença, pois em forma de mutirão as obras aconteceram. Muita gente se empenhou nos serviços,

Fotos: Pascom

na busca de recursos financeiros e em outras formas de doações. No retorno da mobília litúrgica ao am-

biente celebrativo, crianças, adultos e idosos se envolveram intensamente, mostrando que a unidade tem um poder transformador. A revitalização foi entregue no último dia 25 de janeiro, com celebração eucarística presidida pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme. A entrega das obras de revitalização aconteceu pouco antes das despedidas do Pe. Nelton Hemkemeier na sua missão como pároco desta Paróquia nos últimos dois anos.

Novo espaço para o presbitério contempla maior acessibilidade e devotos podem ser aproximar da imagem da Padroeira
Equipe litúrgica com D. João, Pe. Nelton, Pe. Jauri (Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes), Pe. Neimar (Paróquia Santa Rosa de Lima) e Pe. Elmiro Muller
Imagem da Padroeira é entronizada ao ambiente celebrativo
Moldura no teto produz efeito visual aos participantes da celebração
D. João e padres concelebrantes na ação de graças

Festa de Nossa Senhora dos Navegantes: fé, devoção e esporte

No ano de 2025, a Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes celebrou com grande alegria seus 70 anos de existência. Esta data tão significativa foi comemorada com uma extensa programação, envolvendo toda a comunidade paroquial.

A Semana Navegantes, realizada de 27 de janeiro a 31 de janeiro de 2025, contou com a presença especial de vários padres que, ao longo dos anos, deixaram sua marca na história da paróquia. Entre eles, Pe. Anderson Sgarbossa, Pe. Milton Wermann, Pe. Aloizio, Pe. Ricardo Pioner e D. Anuar Battisti, que celebraram missas especiais, fortalecendo a espiritualidade e a gratidão da comunidade.

As comemorações tiveram início no dia 26 de janeiro, com o animado Pedal da Padroeira, reunindo ciclistas de todas as idades em um momento de fé e confraternização. No dia 1º de fevereiro, foi realizada a tradicional Corrida da Padroeira, promovendo saúde, integração e devoção.

O ponto alto das festividades ocorreu em 2 de fevereiro de 2025, data oficial do Jubileu, com a solene Santa Missa presidida pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, e concelebrada por diversos sacerdotes: Pe. Jauri (pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes), Pe. Neimar, Pe. Elmiro e Pe. Bernardo.

“A Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes expressa sua profunda gratidão à comunidade, que participou ativamente de cada momento, demonstrando fé, dedicação e amor. Que esta celebração dos 70 anos inspire a continuidade da missão

evangelizadora, com o olhar voltado para o futuro, guiados sempre pela

intercessão de Nossa Senhora dos Navegantes”, destaca Pe. Jauri.

Entronização da imagem nas comemorações do jubileu paroquial
Corrida e Caminhada da Padroeira integrou as festividades
Apresentação dos pedidos de oração dos fiéis
Bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, na ação de graças pelos 70 anos da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes
Participação da Marinha do Brasil nas comemorações da paróquia
Fotos: Pascom

Mistagogia foi tema da Assembleia dos Liturgistas do Brasil e da Jornada Litúrgica

Há 35 anos, a Associação dos Liturgistas do Brasil (ASLI) desenvolve a pesquisa das ciências litúrgicas na perspectiva da ação da Igreja na América Latina. Por meio da articulação de atividades dos liturgistas, visa a integração de forças em benefício da formação e assessoria litúrgicas nas diversas regiões do Brasil.

No começo deste ano (de 27 a 31 de janeiro), Pe. Sérgio Augusto Rodrigues participou da 36ª Assembleia dos Liturgistas do Brasil e da 10ª Jornada Litúrgica, no Seminário Santo Afonso, em Aparecida (SP). O tema principal do encontro foi “Mistagogia”, palavra que vem do grego formada por duas partes; “Mist” (mistério) e “agogia” (conduzir, guiar), ou seja, a ação de guiar, conduzir para dentro do mistério.

O evento contou com a presença de D. Hernaldo Pinto Farias, bispo de Bonfim (BA), membro da Associação e presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB. Ele falou sobre o futuro da Liturgia na Igreja, para que os ritos possam ser vividos de maneira intensa e correta pelo povo de Deus. Salientou que o trabalho da Igreja é oferecer aquilo que é próprio da Liturgia: a tradução bem feita dos rituais, o

processo formativo, “para que a Liturgia seja bem compreendida e bem celebrada, ajudando também a compreender do ponto vista teológico-ritual para que não se intervenha sobre a Liturgia de modo arbitrário”. “O povo de Deus e quem trabalha na Liturgia precisam de formação para essa compreensão, pois todos nós somos Corpo de Cristo”, destaca.

Na semana do evento, os liturgistas tiveram conteúdos sobre a história e a atualidade da Mistagogia, da relação entre Cristo e a Igreja, a Iniciação à Vida Cristã, os impasses entre Liturgia e Catequese na reflexão do tema e a recepção da mistagogia na Igreja do Brasil.

Para D. Jerônimo Pereira (OSB), presidente reeleito da Associação, “a mistagogia nos ajuda a entrar no mistério dos Sacramentos, uma catequese que nos ajuda a celebrar os Sacramentos, que estão presentes nos ritos e nas preces”. “É uma espécie de catequese na dinâmica do mistério, para introduzir nesse mistério a pessoa que celebra os ritos. Os mistérios são coisas que admiramos diante de uma realidade

maravilhosa. Quando os primeiros cristãos encontraram essa palavra, ligada a cultos pagãos, eles traduziram a Palavra, que, nesse sentido, significa Sacramento”, comenta.

Pe. Sérgio integrou o grupo participante da Assembleia dos Liturgistas do Brasil e Jornada Litúrgica, em Aparecida (SP)
D. Jerônimo Pereira, presidente da ASLI
D. Hernaldo Pinto Farias, presidente do Conselho Episcopal para a Liturgia – CNBB

Assembleia Regional do Cursilho é realizada em Toledo

O Movimento de Cursilhos de Cristandade – Grupo Executivo Regional (GER Sul 2 PR 1), realizou sua 42ª Assembleia Regional na Diocese de Toledo. Com a presença de cursilhistas desta região que abrange dez dioceses, foram tratados diversos assuntos da caminhada evangelizadora, como a Dimensão do MCC para este ano “Peregrinos de Esperança no amor em busca da dignidade humana”. O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, participou da programação, acolhendo os participantes e presidindo celebração eucarística.

“Essa dimensão guia os trabalhos do MCC com foco na promoção da dignidade de cada pessoa, especialmente dos mais vulneráveis e marginalizados. A ideia de ser “Peregrinos de Esperança” evoca a missão contínua de caminhar lado a lado com a humanidade, levando o amor de Cristo aos lugares onde há sofrimento, exclusão e perda de sentido. A busca pela dignidade humana, intrinsecamente ligada ao

Evangelho, será o eixo norteador das ações e iniciativas do Movimento”, segundo explicou a coordenadora do Grupo Executivo Diocesano – Toledo, cursilhista Josiane Bucalão, em artigo para a Revista Cristo Rei.

A Assembleia, realizada de 21 a 23 de fevereiro, foi presidida pelo cursilhista Evailton Jacobsen (Grupo Executivo Diocesano – Cascavel), que é o atual coordenador do GED Sul 2 PR 1.

Auditório do Instituto São João Paulo II (Toledo) com lotação completa de cursilhistas reunidos em Assembleia
Fotos:
Após reuniões em grupos, cursilhistas expõem reflexões
Cursilhistas reunidos para reflexões propostas para a Assembleia
Evailton abriu os trabalhos da Assembleia que tratou de temas importantes para a caminhada no GER
D. João Carlos Seneme presidiu a eucaristia na abertura da Assembleia Regional do MCC
Momento de Adoração Eucarística realizada na Assembleia

Alunos de oito etnias recebem certificados de Língua Portuguesa

A Cáritas Diocesana de Toledo realizou a entrega de certificados aos migrantes que frequentaram as aulas da Escola de Língua Portuguesa. Foram três turmas de alunos, sendo registrada a presença de oito etnias diferentes neste grupo. A Escola é ofertada por meio de parceria com a Pontifícia Universidade Católica (PUCPR/Câmpus de Toledo) e Prefeitura de Toledo. Desde o início, já são mais de 200 alunos formados em nível básico ou intermediário em Língua Portuguesa. Diante da lista de espera, o Conselho Diretor da Cáritas aprovou a continuidade da oferta de vagas neste ano de 2025. Segundo dados da Embaixada Solidária, foram registrados cerca de

na realização da Escola de Língua Portuguesa, com migrantes que receberam os certificados

4,7 mil migrantes na cidade de Toledo e 22 mil pessoas na Região Oeste em janeiro deste ano. “Começamos com o ensino de Língua Portuguesa, mas

oferecemos ainda o acesso à regularização documental e a empregabilidade”, informa o presidente da Cáritas, Pe. André Boffo Mendes.

Parceiros
Pe. André entrega certificado a Ahmed Mostafa Manoucheka Nicolas faz apresentação musical
D. João entrega certificado para Marionise Senat
Diretor Ricardo (PUCPR) entrega certificado a Therminia Bathol
Secretária Municipal, Sheila, entrega certificado para Nasin Uddin Público aplaude apresentações culturais

“Não tentarás o Senhor teu Deus”

1º Domingo da Quaresma | 9 de março de 2025

Leituras: Dt 26,4-10; Sl 90(91),1-2.10-11.12-13.14-15; Rm 10,8-13; Lc 4,1-13

Estamos no início da Quaresma, tempo de reflexão, oração, jejum e caridade em preparação para a Páscoa de Jesus Cristo, Nosso Senhor. Iniciamos também a Campanha da Fraternidade de 2025, com o tema “Fraternidade e Ecologia Integral”, e o lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31). Neste 1º Domingo da Quaresma, a Liturgia nos revela a importância da gratidão e da confiança em Deus para sermos perseverantes em nosso propósito cristão, frente as diversas tentações.

POR ISSO, TRAGO OS PRIMEIROS FRUTOS DA TERRA

Desde a infância aprendemos que é importante sermos bons e que precisamos rezar, pois assim seremos abençoados por Deus e Ele atenderá nossos pedidos. No entanto, a iniciativa não é nossa. Deus nos amou por primeiro, e tudo o que temos vem d´Ele e a Ele pertence. Não consagro meu Dízimo para que Deus me abençoe, mas sim porque sou abençoado por Ele. Assim Moisés orientou o Povo de Deus, fazendo uma releitura da Ação Divina na história, trazendo à consciência das pessoas que a conquista da terra não foi mérito do esforço pessoal, mas sim um presente de Deus.

Tomar posse da terra não significa se apossar do que é de Deus. Por isso a importância da oferta dos primeiros frutos da terra, em gratidão a Deus. Deus que ao concluir sua obra, viu que tudo era muito bom e confiou ao ser humano a missão de dominar sobre a criação: “O planeta que habitamos é a nossa Casa Comum, onde todas as coisas estão em profunda conexão, em uma relação de interdependência, troca e cooperação. A ecologia ensina que a casa não pode ser compreendia de maneira fragmentada e compartimentada. Ao contrário, deve ser contemplada e vivida dentro de uma visão sistêmica. A Ecologia Integral supõe uma inter-relação entre o Criador e toda a criação, dentro da qual o ser humano deveria se destacar como protagonista no cuidado, pois coube a ele a missão de guardião responsável da Casa Comum. Em uma cosmovisão integradora, não se separa o ambiental, o antropológico e o teológico” (Texto Base, CF 2025, nº 46).

O ressuscitou dos mortos, alcançará a justiça e a Salvação. Há muitos que se angustiam por não terem seus desejos atendidos, mas não sentem desconforto com pecado. Até se preocupam com as consequências do mesmo, mas sem um sincero arrependimento e decisão de mudança de vida. Que possamos cultivar os propósitos vividos por São Francisco de Assis: “Sentia o laço fraterno que nos une a todos os seres criados. Com ternura, chama a todos de irmãos e irmãs: o sol, a lua, as formigas e o lobo. As coisas têm coração e nele pulsa a vida que vem apenas de Deus. Por isso, ele nutria profundo respeito e veneração por todos os seres, por menores que fossem, pois todos, a seu modo, louvam o Criador. O coração de Francisco é um estilo de vida, é a expressão genial do cuidado, uma prática de confraternização e um renovado encantamento pelo mundo. Recriar essa espiritualidade nas pessoas e resgatar a cordialidade nas relações poderá suscitar no nosso mundo o mesmo fascínio pela sinfonia do universo e o mesmo cuidado com irmã e mãe Terra vividos por São Francisco” (Texto Base, CF 2025, nº 173).

NÃO SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM

- Minhas oferendas à Deus, são as primícias?

- Manifesto Cristo Ressuscitado, com minhas palavras, atitudes e sentimentos?

- Tenho compreensão sobre a natureza do pecado?

Ter, poder e prazer: estas três tentações sugerem uma satisfação instantânea, mas que na verdade acabam por gerar apenas o mal. O “ter” pode ser compreendido como possuir bens a qualquer custo, nem que seja passando por cima de valores, princípios ou de outras pessoas. Já o “poder” remete aos poderes econômico e político. Ter esses poderes nas mãos e não saber usá-los se torna dominação e opressão. Já a tentação do prazer” está relacionada ao hedonismo, uma doutrina que defende o prazer como um bem supremo e o único propósito de vida, onde o ser humano não pode ter nenhum sofrimento e nem passar por provações.

Com a intercessão da Sagrada Família, iluminados pela Palavra de Deus neste domingo, saibamos nos colocar em nosso lugar, fiéis à missão que o Criador nos confiou. Pois, muito mais significativo do que ter nossas necessidades atendidas é a nossa obediência à Palavra de Deus.

TODO AQUELE QUE CRER EM JESUS CRISTO, NÃO FICARÁ CONFUNDIDO

A missão de dominar sobre a criação não nos coloca no lugar de Deus. O tentador, de diversos modos, busca nos enganar, induzindo a nos afastar de Deus, ter atrito com os irmãos e não zelar pela criação. Tudo isso é consequência da desobediência de amar a Deus sobre todas as coisas.

São Paulo nos anuncia que todo aquele que confessar com a boca, que Jesus é o Senhor e crer com o coração que Deus

Leitura Diária

Dia 10: Lv 19,1-2.11-18; Sl 18(19); Mt 25,31-46

Dia 11: Is 55,10-11; Sl 33(34); Mt 6,7-15

Dia 12: Jn 3,1-10; Sl 50(51); Lc 11,29-32

Dia 13: Est 4,17n.p-r.aa-bb.gg-hh; Sl 137(138); Mt 7,7-12

Dia 14: Ez 18,21-28; Sl 129(130); Mt 5,20-26

Dia 15: Dt 26,16-19; Sl 118(119); Mt 5,43-48

Cristo, a luz que dissipa as trevas

2º Domingo da Quaresma | 16 de março de 2025

Leituras: Gn 15,5-12.17-18; Sl 26(27),1.7-8.9abc.13.14; Fl 3,17 – 4,1; Lc 9,28b-36

Este 2º Domingo da Quaresma convida a deixarmo-nos iluminar pela luz divina que transforma nossas incertezas, medos e desolações em esperança renovada e transformadora. A Liturgia nos motiva a viver com mais intensidade o caminho quaresmal em que as escuridões das nossas incertezas dão lugar à luz do Cristo Transfigurado, que nos oferece fé renovada e a certeza do cumprimento das promessas e luz que iluminam o caminho de nossa Salvação.

DA NOITE DESOLADORA À FÉ RESTAURADA

A primeira leitura nos apresenta a experiência de Abrão, o homem de fé. Mesmo depois de alguns anos de caminhada com Deus, diante das promessas de descendência e terra, já idoso e sem filhos, Abrão se encontra com a esperança ofuscada pela inquietação e desolação. Deus então conduz Abrão para fora de sua tenda e o chama a contemplar o céu e as estrelas. Na verdade, convida-o a ver, de maneira nova, o céu que certamente já havia visto inúmeras vezes. Esta é uma experiência transformadora, na qual Deus expande a visão limitada de Abrão, encarcerada até então aos limites da angústia, e o faz ver a realidade com os olhos e o coração de Deus. Abrão, então, renova sua confiança no Senhor. Em meio àquela noite, envolto ao desânimo e desolação, Deus sela uma aliança com Abrão. A escuridão é rompida por um braseiro fumegante e uma tocha de fogo: é um dia memorável, pois “naquele dia o Senhor fez aliança com Abrão” (v. 18).

nossa maneira de viver, nossas escolhas e vontades de acordo com os sentimentos que havia em Cristo Jesus. Trilhando este caminho de configuração com Cristo, que acontece gradualmente, possamos trazer em nossa própria vida as marcas que lembram o próprio Cristo. Que ao olharem para nós, cristãos, em nosso modo de viver, vejam o próprio rosto de Cristo.

A EXPERIÊNCIA TRANSFIGURADORA

O Evangelho apresenta-nos o relato da Transfiguração. Jesus sobe ao monte para rezar, acompanhado de Pedro, Tiago e João. O monte, nas Sagradas Escrituras, são sempre o lugar privilegiado para a manifestação de Deus ao povo. O relato se dá num contexto de oração, onde Cristo, manifesta-se. Aparece ao lado de Jesus, Moisés e Elias, que representam a Lei e os Profetas, testemunhando que Cristo é o cumprimento da salvação anunciada. Eles falam do “êxodo” de Cristo, ou seja, tal qual o êxodo do Egito foi caminho de libertação para os Israelitas, a cruz de Cristo torna-se via de salvação, do pecado para a vida para todo aquele que a acolhe.

- Tenho permitido que a luz de Cristo transforme minhas angústias e desolações?

- Meu modo de viver, tem refletido o rosto de Cristo?

- Estou disposto a descer do monte e transfigurar minha realidade concreta?

Também em nossa experiência de fé, podemos ser tomados por “noites” desoladoras, situações em que nosso coração parece se encontrar inquieto e preso aos limites da angústia, assim como Abrão. Somos convidados a acreditar e projetar nossa vida em Deus, contemplando a realidade de maneira nova e permitindo que ela seja transfigurada pela luz divina. Sabemos que Cristo trouxe luz às trevas, e na sua presença a escuridão tornou-se luz. Por isso podemos cantar com o salmista: “O Senhor é minha luz e salvação, de quem eu terei medo?” (Sl 26(27),1).

NO AGIR, O ROSTO DE CRISTO

Na segunda leitura, São Paulo nos convida a vivermos como concidadãos do céu. Isto implica que, em nossa maneira de viver, o façamos de maneira coerente ao caminho de Cristo, abraçando a sua cruz. É preciso ordenar

Esta experiência impactou profundamente os discípulos. Pedro propõem a construção de três tendas, como que querendo permanecer ali, esquecendo-se de que a missão os aguardava na cidade. Talvez em muitos de nós haja semelhante tentação. A experiência fundamental de encontro com Cristo que nos ilumina e transforma, não nos afasta da realidade, mas lança-nos novamente ao mundo para que aí, em nossa realidade concreta, fortalecidos pela luz de Cristo, possamos transfigurar nossa realidade concreta com a força do Evangelho. Que possamos fazer a experiência de termos nossa vida iluminada pela luz de Cristo, que nos fortalece e envia em missão.

Leitura Diária

Dia 17: Dn 9,4b-10; Sl 78(79); Lc 6,36-38

Dia 18: Is 1,10.16-20; Sl 49(50); Mt 23,1-12

Dia 19 (São José, esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria): 2Sm 7,4-5a.12-14a.16; Sl 88(89); Rm 4,13.16-18.22; Mt 1,16.18-21.24a

Dia 20: Jr 17,5-10; Sl 1; Lc 16,19-31

Dia 21: Gn 37,3-4.12-13a.17b-28; Sl 104(105); Mt 21,33-43.45-46

Dia 22: Mq 7,14-15.18-20; Sl 102(103); Lc 15,1-3.11-32

“Arrependei-vos,

diz o Senhor; está próximo o reino dos Céus”

3º Domingo da Quaresma | 23 de março de 2025

Leituras: JEx 3,1-8a.13-15; Sl 102(103),1-2.3-4.8.11; 1Cor 10,1-6.10-12; Lc 13,1-9

Neste 3º Domingo da Quaresma, somos chamados a refletir sobre o projeto de Deus para nossas vidas, um plano de liberdade e vida plena. Deus, com amor e misericórdia, caminha conosco, nos ajudando a romper as correntes do egoísmo e do medo, que nos aprisionam. A Quaresma é um tempo para refletirmos sobre o que Deus deseja para nós, um convite à libertação de tudo que nos limita e impede de viver plenamente a liberdade que Ele nos oferece, seguindo o exemplo da libertação do povo de Israel no Egito. Deus continua ao nosso lado, oferecendo novas oportunidades para nos libertarmos e vivermos a vida verdadeira.

Nesse processo de libertação, Jesus nos chama para uma conversão profunda. Ele nos convida a mudar a nossa forma de ver o mundo e de viver, e a colocar Deus no centro da nossa vida. Não basta seguir práticas religiosas se o coração não for verdadeiramente transformado. A conversão que Jesus nos pede é uma mudança real; uma mudança de atitudes e de prioridades. Ele nos alerta que, se não estivermos dispostos a mudar de verdade, nossa vida será como um projeto incompleto, uma chance que perdemos de viver algo muito mais pleno.

“SE VÓS NÃO VOS CONVERTERDES, IREIS MORRER TODOS DO MESMO MODO”

A Quaresma, então, nos desafia a refletir sobre nossas escolhas e sobre como estamos vivendo nossa fé. Precisamos parar e olhar para dentro de nós mesmos, e ver onde precisamos deixar Deus agir.

a Salvação, pois muitos dos hebreus cederam à tentação e não chegaram à Terra Prometida. Paulo alerta a comunidade de Corinto a não se acomodar, lembrando que, mesmo com todas as graças recebidas, é necessário um esforço contínuo para seguir Jesus e viver de acordo com a fé. Ele adverte especialmente os que se consideram “fortes”, dizendo que é preciso cuidado, pois a autossuficiência pode levar à queda.

GERAR FRUTOS DE JUSTIÇA

- Quais são as “correntes” que ainda me aprisionam e me impedem de viver plenamente a liberdade que Deus deseja para mim?

Na Liturgia de hoje Deus se revela a Moisés e aos hebreus como aquele que não é indiferente ao sofrimento de seu povo, mas age com compaixão e libertação. Ele os conduz para um novo horizonte de liberdade, e esse gesto se repete ao longo da história, nos convidando sempre a sair das correntes do pecado e das limitações que nos afastam da verdadeira vida.

- Estou realmente disposto a mudar minhas atitudes e prioridades para viver de acordo com os ensinamentos de Jesus?

No Evangelho, Jesus, ao ser informado sobre um massacre de galileus ordenado por Pôncio Pilatos, refuta a ideia de que suas mortes foram um castigo divino pelos pecados deles. Ele alerta que, embora esses acontecimentos não sejam punições de Deus, eles mostram a fragilidade da vida humana, que pode terminar a qualquer momento. A conversão e o arrependimento devem ser buscados urgentemente, pois ninguém sabe quando será sua hora de partir deste mundo. Para reforçar sua mensagem, Jesus conta a parábola da figueira estéril, onde um agricultor pede paciência para que a árvore tenha mais tempo para produzir frutos. A figueira simboliza Israel, que não está respondendo à Aliança com Deus. Embora Deus seja paciente, Ele não espera indefinidamente; a conversão de Israel é necessária. A lição também se aplica aos discípulos e hoje a nós: é preciso viver de maneira genuína, não focando apenas no próprio bem-estar, mas gerando frutos de justiça, compromisso e mudança interior. Deus espera frutos bons, e a conversão é urgente, pois o tempo é incerto.

- De que maneira estou cultivando uma fé genuína, que não se resume a rituais externos?

Leitura Diária

Neste tempo de Quaresma, somos desafiados a aceitar o convite de Deus à libertação, à conversão e ao seguimento de Jesus. Que, ao refletirmos sobre a Paixão de Cristo, possamos também rever a nossa vida de fé.

Dia 24: 2Rs 5,1-15a; Sl 41(42); Lc 4,24-30

Na segunda leitura Paulo exorta os cristãos de Corinto a se esforçarem para alcançar a Salvação, utilizando o exemplo do povo de Israel no deserto. Ele lembra que, assim como os hebreus foram guiados por Deus, passaram pelo “batismo” da nuvem e da água, e receberam alimento e bebida milagrosos (cf. Ex 16,14-21), os cristãos também receberam o Batismo, o Espírito e a Eucaristia. No entanto, isso não garante

Dia 25 (Anunciação do Senhor): Is 7,10-14;8,10; Sl 39(40); Hb 10,4-10; Lc 1,26-38

Dia 26: Dt 4,1.5-9; Sl 147(147B); Mt 5,17-19

Dia 27: Jr 7,23-28; Sl 94(95); Lc 11,14-23

Dia 28: Os 14,2-10; Sl 80(81); Mc 12,28b-34

Dia 29: Os 6,1-6; Sl 50(51); Lc 18,9-14

A misericórdia é fundamental para a conversão

4º Domingo da Quaresma | 30 de março de 2025

Leituras: Js 5,9a.10-12; Sl 33(34),2-3.4-5.6-7; 2Cor 5,17-21; Lc 15,1-3.11-32

A Liturgia da Palavra deste domingo desenvolve um dos temas centrais da Quaresma que é a misericórdia. Ela deveria envolver todas as práticas deste tempo tão especial, pois é difícil pensar a penitência, a conversão, a oração e a caridade sem um coração humilde e amoroso. Praticar a misericórdia e sentir-se tocado pela misericórdia divina é humanizador e santificador, é parte integrante da dimensão humana e experiência profunda da espiritualidade cristã. Deus é o “Pai das misericórdias” (2Cor 1,3). E Jesus nos convida: “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!” (Mt 5,7).

O POVO COM DEUS SE SENTE LIVRE

O livro de Josué celebra a chegada do povo de Deus em Canaã depois de haver passado muitos anos em “peregrinação” pelo deserto. Depois de atravessarem o rio Jordão, esse grupo de pessoas, os hebreus, se encontram acampados em Guilgal. O que haveriam de encontrar pela frente para habitar na terra prometida e se organizarem como comunidade não seria simples. Porém, eles carregavam na memória e no coração um passado de superação e com a certeza da presença de Deus que os sustentava. Lembrar deste passado através da liturgia da Páscoa é o que eles fazem.

Josué faz lembrar que foi o Senhor que os livrou do “opróbio do Egito”. E essa libertação se atualiza naquele momento e sempre. Um pouco antes do texto lida, Josué ordena a circuncisão de todos aqueles “que nasceram no deserto, durante a viagem, depois do êxodo” (Js 5,5). Isso porque inicia-se uma nova etapa, pois antes eles estavam marcados pelo sofrimento e pela mentalidade de servidão e maldade, e agora experimentam a liberdade, à maneira daqueles que servem a Deus.

e ambígua. Enquanto pensa ter encontrado a liberdade e uma vida tranquila, vai se afundando em seu próprio “mundinho”. Ele perde assim qualquer referencial, seja da família como de Deus. Ele chega ao fundo do poço e, então, toma consciência. A miséria extrema o fez amadurecer e reconhecer seu pecado. Ele se arrepende, toma coragem e regressa. Deseja recomeçar. E o pai o acolhe de braços abertos.

- Quais os novos “frutos da terra” que estamos conquistando pela nossa penitência quaresmal?

- Como aproximar-se mais deste “Pai Misericordioso” e viver esta graça?

O filho mais velho, que se julga justo, obediente a todos os mandamentos e ordens, mas não compreende a atitude do pai em relação ao irmão. Escandalizado, recusa-se a participar da festa. Pensava ser melhor que o irmão, mas suas declarações o condenam, pois deixa-se levar pelo orgulho e falta de misericórdia. O pai de que fala a parábola, a exemplo de como é Deus, age assim porque ama imensamente seus filhos. Um pai assim está sempre disposto a perdoar e a receber com alegria quem o procura. Ele é misericordioso, isto é, ele tem o coração voltado para as nossas misérias. E seus filhos, precisam ter humildade e reconhecer suas fraquezas, sua pobreza de coração para buscar sempre o Senhor. As indicações detalhadas sobre a festa que o pai preparou com a volta do filho mostram como ele devolve àquele que regressa a dignidade de filho (veste nova, anel, sandálias) e o direito de tomar parte na mesa do banquete familiar. O perdão dignifica a pessoa!

- O que você sente que precisa deixar para trás e o que precisa ser hoje assumido?

Depois que celebraram a Páscoa, “comeram dos frutos da terra de Canaã”. Eles colhem e saboreiam um pão novo, não mais ázimos, não mais o Maná. Significa que o tempo provisório passou e que agora a promessa da Aliança está se cumprindo. Como se canta no Salmo: “Provai e vede quão suave é o Senhor! De todos os temores me livrou. O Senhor o libertou de toda angústia”.

A PARÓBOLA DO PAI RICO EM MISERICÓRDIA

Conhecida também como a “parábola do filho pródigo” ou a “parábola dos dois filhos” essa passagem é exclusiva do evangelista Lucas. Neste Ano Litúrgico “C” já, tantas vezes, percebemos o “olhar” e os cuidados atentos de Lucas ao nos apresentar Jesus e Maria, e como Deus se revela aos pequeninos, acolhe os humildes, consola os que sofrem e perdoa os pecadores.

A primeira parte narra as peripécias do filho mais novo que parte e, longe da companhia do pai, vive de forma irresponsável

“SE ALGUÉM ESTÁ EM CRISTO, É UMA NOVA CRIATURA”

O apóstolo Paulo nos ajuda reconhecer as consequências da fé e de nossa condição de filhos de Deus e em comunhão com Cristo. “N’Ele, Deus reconciliou o mundo consigo”. Isso muda radicalmente a condição humana. Se nós, verdadeiramente, nos deixarmos amar por Deus e por Ele sermos regenerados, nos tornamos novas criaturas, convertidos e chamados a uma nova vida.

Enfim, algo precisa ser deixado para trás, pois o “mundo velho desapareceu”. A vergonha do pecado foi apagada. Os vícios e maldades foram curados, pois Jesus nos torna verdadeiramente livres, nos devolve a paz e traz a alegria de viver.

Leitura Diária

Dia 31: Is 65,17-21; Sl 29(30); Jo 4,43-54

Dia 1º/04: Ez 47,1-9.12; Sl 45(46); Jo 5,1-16

Dia 2/04: Is 49,8-15; Sl 144(145); Jo 5,17-30

Dia 3/04: Ex 32,7-14; Sl 105(106); Jo 5,31-47

Dia 4/04: Sb 2,1a.12-22; Sl 33(34); Jo 7,1-2.10.25-30

Dia 5/04: Jr 11,18-20; Sl 7; Jo 7,40-53

Família e Esperança

Estamos vivendo um grande ano para a vida das nossas famílias, o Ano Santo Jubileu 2025, para iluminar as famílias com suas alegrias e esperanças, tristezas e angústias. Ouvimos com frequência uma frase que disse o Papa São João Paulo II que “o futuro da humanidade passa pela família” (Exortação Familiaris Consortio – sobre a função da família cristã no mundo de hoje). E esse futuro de alegrias e esperanças é confiado aos pais que, baseados na Palavra de Deus, recebem pelo Matrimônio a graça de serem chamados de mestres da fé; são pessoas com a responsabilidade de educar os filhos nos seus primeiros passos num lugar sagrado, seu próprio lar, que é considerado por todos nós como sendo igreja doméstica. Mas, como viver nos dias de hoje numa igreja doméstica, sendo sinal de esperança, a ponto de transformar o presente num grande futuro para a humanidade, onde haja mais amor mútuo, mais reciprocidade das coisas positivas que recebemos? Portanto, temos uma grande oportunidade para primeiro, de forma pessoal, viver intensamente o Ano Jubilar 2025 sendo, de fato, Peregrinos da Esperança, assim como Maria foi ao dar seu sim e se tornou a grande estrela da esperança.

PEREGRINAR

Por outro lado, você já se perguntou o que é peregrino e o que faz um peregrino? Na Bíblia, peregrino é a pessoa que caminha rumo à morada eterna e busca sua salvação. Já no dicionário, é um termo que se usa para dizer que alguém viaja para um lugar, ou alguém que faz uma longa viagem. Dentro deste contexto a nossa vida familiar é, sem dúvida, uma longa viagem e de extrema responsabilidade e, por isso, necessita de planejamento, caminhada de fé, escuta e execução da Palavra, partilha de boas práticas, consciência de que nossa história não é construída ou escrita somente de coisas positivas e alegrias, contudo

“Nossa vida familiar é, sem dúvida, uma longa viagem e de extrema responsabilidade e, por isso, necessita de planejamento, caminhada de fé, escuta e execução da Palavra, partilha de boas práticas, consciência de que nossa história não é construída ou escrita somente de coisas positivas e alegrias, contudo tem também as dores que nos fazem ser melhores, que nos ajudam aprender, que nos ajudam a fazer o exercício do perdão”.

tem também as dores que nos fazem ser melhores, que nos ajudam aprender, que nos ajudam a fazer o exercício do perdão.

Na Carta Pastoral “Viu uma grande luz” (IS 9,1), nosso bispo diocesano de Toledo, D. João Carlos Seneme, comenta como o Jubileu 2025 pode iluminar as “alegrias e esperanças, as tristezas e as an -

gústias dos homens de hoje” ( Gaudium et Spes). Mas, primeiro, é preciso fazer um exame de consciência com muita seriedade para enxergar quais são as nossas tristezas e angústias. Esses dois elementos são sentimentos de infelicidade, vazio, desgosto ou aperto no peito causado por diversas situações na vida familiar, sendo assim, o Ano Jubilar nos apresenta grandes oportunidades para vivermos os sinais de esperança que significam confiar em algo ou alguém; no nosso caso, confiar na misericórdia de Deus.

Joari Vieira da Silva e Sueli de Barros Silva Casal coordenador diocesano da Pastoral Familiar

Família tem muitos desafios, mas muita esperança para partilhar neste Jubileu
TOLEDO E REGIÃO AGORA CONTAM COM UM ESPAÇO GASTRONÔMICO E CULTURAL ÚNICO!

Campanha da Fraternidade 2025: chamado à Conversão Ecológica

A cada Quaresma, a Igreja no Brasil nos convida a refletir sobre um tema social urgente, ajudando-nos a viver mais profundamente o pilar da Caridade. Em 2025, a Campanha da Fraternidade nos interpela a uma conversão ecológica, com o tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31). Inspirada pelo Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis e pelos 10 anos da Encíclica Laudato Si’ (Louvado Sejas), neste ano do Jubileu da Esperança, a Campanha reforça a necessidade de cuidar da Casa Comum como expressão do amor ao próximo e a Deus.

Ecologia integral supera a percepção de proteção às árvores, mas aborda o modo como o ser humano se relaciona e cuida da obra da criação

Ao longo dos 61 anos de existência da Campanha da Fraternidade, a temática ecológica já foi abordada oito vezes. Desde a CF 1979, que alertava sobre a importância da preservação, até a CF 2017, que tratou dos biomas brasileiros, a Igreja tem insistido na necessidade de uma relação responsável com a criação.

O Papa Francisco, em sua exortação apostólica Laudate Deum, sobre a crise climática, recorda que “tudo está interligado” (nº 19) e que a crise ambiental não pode ser separada da crise social e moral que enfrentamos. Essa consciência nos leva a um compromisso concreto com a conversão ecológica, como nos pede o Santo Padre.

O cuidado com a criação deve ser ensinado desde cedo, e cultivado com

“A Campanha da Fraternidade 2025 nos convida a louvar a Deus pela beleza da criação e a assumir um caminho decidido de conversão ecológica. Como nos lembra São Paulo, “a criação aguarda ansiosa a manifestação dos filhos de Deus” (Rm 8,19), essa vida clama em nós e as respostas devem ser de vida. Que nossa resposta a esse chamado seja um compromisso renovado com o cuidado da Casa Comum, testemunhando, na prática, o amor e a justiça do Reino de Deus”.

carinho. Por isso, a Catequese desempenha um papel fundamental ao introduzir nas atividades com as crianças o amor e respeito pela natureza. O material disponível da Campanha da Fraternidade inclui conteúdos específicos para cada etapa catequética, ajudando a despertar nos pequenos uma espiritualidade ecológica baseada na gratidão e no compromisso com o planeta. Ensinar as crianças a valorizarem a criação de Deus é também prepará-las para serem agentes de transformação no mundo.

CATEQUESE NO DIA A DIA

A Catequese dissociada da vida cotidiana não rende fruto e tende a ficar num mundo idealizado que dificilmente corresponde à realidade que vivemos. Que tal propor para as nossas crianças refletir sobre o lixo que produzimos e a ne-

Desafio ainda é a tomada de consciência do processo de reciclagem

cessidade do consumo consciente e da reciclagem? Ter atenção em cada encontro para evitar o uso de plásticos, e quando for inevitável, recolher e dar a destinação correta. A mensagem de Jesus está intimamente ligada à preservação do meio ambiente.

Uma atividade prática que pode ser realizada com as crianças é a criação de uma colagem inspirada no cartaz oficial da CF 2025, que utiliza essa técnica artística para representar a beleza da criação, com vários elementos diferentes: paisagem urbana, fauna e flora, uma cruz e São Francisco. Utilizando recortes de revistas (como da própria Revista Cristo Rei), jornais e materiais recicláveis, as crianças podem compor imagens que expressem sua visão sobre a natureza e a responsabilidade de cuidá-la. Esse exercício artístico não apenas reforça o aprendizado visual, mas também incentiva a reutilização de materiais, promovendo uma cultura de sustentabilidade. Ao realizar a atividade, fotografe, poste e marque as redes sociais @catequesetoledo e @revistacristorei.

A Campanha da Fraternidade 2025 nos convida a louvar a Deus pela beleza da criação e a assumir um caminho decidido de conversão ecológica. Como nos lembra São Paulo, “a criação aguarda ansiosa a manifestação dos filhos de Deus” (Rm 8,19), essa vida clama em nós e as respostas devem ser de vida. Que nossa resposta a esse chamado seja um compromisso renovado com o cuidado da Casa Comum, testemunhando, na prática, o amor e a justiça do Reino de Deus.

Que nossas atitudes e atividades possam agradar o criador e que ele continue olhando para o nosso cuidado e repetindo que tudo é bom!

Douglas Vinicius Mequelin e Maria Artés I Coma Membros da coordenação diocesana da Animação Bíblico-catequética

A Quaresma no Ano Santo

O Jubileu da Esperança, proclamado pelo Papa Francisco no dia 25 de dezembro de 2024, traz, nas palavras do pontífice, “uma oportunidade para mudar nossa vida, reavaliar nosso pensamento e recomeçar, aprendendo com Jesus e colocando nossa esperança em Deus”. A Quaresma, nesse contexto, intensifica esse chamado, oferecendo-nos um tempo propício para a conversão e a renovação interior. Esse processo se dá por meio da escuta da Palavra de Deus, do cuidado com os irmãos e irmãs que necessitam de nossa ajuda e da prática da oração.

A Quaresma, como sabemos, ocorre num período de 40 dias antes da Semana Santa. O número 40 na Bíblia está relacionado a vários episódios que nos remetem à expectativa, preparação ou mudança. Tomemos como exemplo: o jejum de Moisés no Monte Sinai por 40 dias e 40 noites (Ex 34, 28); os 40 dias do Dilúvio (Gn 7,17); e os 40 anos que o Povo de Israel caminhou no deserto rumo à Terra Prometida (Dt 29, 5). Da mesma forma, nós também somos convidados a viver o período da Quaresma de uma forma que possamos ter uma mudança concreta em nossas vidas, com objetivos e propósitos claramente definidos.

JORNADA DE CURA

A Quaresma é uma jornada de cura, um convite a viver cada dia com um espírito renovado. A oração, a caridade e o jejum são pilares que nos ajudam nessa caminhada. Neste Ano Santo, a men-

“Se desejamos viver a Quaresma de maneira concreta, o primeiro passo é abrir os olhos para a realidade que nos cerca. Além da palavra de esperança, devemos dar vida ao verbo “esperançar”, tornando práticos os desejos desta Quaresma: gestos de caridade para com os mais necessitados, atitudes que contribuam para a preservação do mundo em que vivemos, presente de Deus, e para ações que possam animar e reacender a esperança em nossos irmãos e irmãs através do nosso exemplo”.

sagem central é a Esperança: em Deus, cultivada pela oração; na humanidade, expressa pela caridade; e em nós mesmos, fortalecida pelo jejum. A Quaresma é, portanto, a estação da esperança, na qual voltamos nosso olhar para Deus, que é paciente e misericordioso. São Paulo nos exorta a colocar nossa esperança na reconciliação:

“Reconciliai-vos com Deus” (2Cor 5,20). A oração, quando verdadeira, frutifica na caridade, e a caridade nos liberta da pior das escravidões: a escravidão do ego. A caridade quaresmal nos conduz ao essencial, à profunda alegria que se encontra no ato de doar-se. Neste tempo quaresmal, somos também convidados a reflexão da Campanha da Fraternidade, que neste ano tem como tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e como lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1, 31). A Campanha da Fraternidade se conecta profundamente com o Ano Santo, especialmente no que diz respeito à esperança. A esperança é um desejo, muitas vezes voltado para o futuro, de que possamos habitar este mundo de forma sustentável, utilizando os recursos naturais com responsabilidade e zelando pela nossa casa comum, para as gerações que virão depois de nós. É a esperança de que o consumo desenfreado e a busca incessante pelo lucro deem lugar a um modo de vida mais humano, justo e equilibrado. Se desejamos viver a Quaresma de maneira concreta, o primeiro passo é abrir os olhos para a realidade que nos cerca. Além da palavra de esperança, devemos dar vida ao verbo “esperançar”, tornando práticos os desejos desta Quaresma: gestos de caridade para com os mais necessitados, atitudes que contribuam para a preservação do mundo em que vivemos, presente de Deus, e para ações que possam animar e reacender a esperança em nossos irmãos e irmãs através do nosso exemplo. Cristo nos convida à conversão, a seguir seus passos com humildade e práticas concretas. Que possamos ser Peregrinos da Esperança em um mundo que tanto clama por ela. Paz e Bem!

Marcos do Prado de Souza Coordenador de mística e espiritualidade da Pastoral da Juventude

Cristo ensinou o cuidado como atitude de conversão e de esperança

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Se organize para a Declaração do Imposto de Renda 2025

Todos os anos, a Receita Federal exige a declaração do Imposto de Renda (IR), um tributo federal que incide sobre os rendimentos de pessoas físicas (CPF) e jurídicas (CNPJ) no Brasil.

Na coluna EFV deste mês, vamos esclarecer e chamar a sua atenção leitor para a declaração do Imposto de Renda Pessoa física (IRPF), que tem suas novidades a serem anunciadas ainda este mês pela Receita Federal.

Tradicionalmente, o período para a entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda começa em março e termina em maio. Para 2025, a expectativa é que o prazo seja semelhante, iniciando em 15 de março e encerrando em 31 de maio. No entanto, é importante aguardar a confirmação oficial da Receita Federal para essas datas.

QUEM DEVE DECLARAR O IMPOSTO DE RENDA EM 2025?

Devem apresentar a declaração do IRPF em 2025 as pessoas físicas residentes no Brasil que, em 2024, se enquadraram em pelo menos uma das seguintes condições: 1) Obteve rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90; 2) Recebeu rendimentos não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 200 mil; 3) Obteve receita bruta anual decorrente de atividade rural em valor acima de R$ 153.199,50; 4) Contribuintes que realizaram operações na Bolsa de Valores acima de R$ 40 mil ou tiveram ganho de capital também precisam

declarar; 5) Pretenda compensar prejuízos da atividade rural deste ou de anos anteriores com as receitas deste ou de anos futuros; 6) Teve a posse ou a propriedade,

Preparação dos documentos é importante para não errar nas contas

até 31 de dezembro de 2024, de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima de R$ 800 mil; 7) Realizou operações em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; 8) Obteve ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto; 9) Optou pela isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro, no prazo de 180 dias; 10) Passou à condição de residente no Brasil, em qualquer mês de 2024, e nessa condição se encontrava em 31 de dezembro de 2024.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA A DECLARAÇÃO

Enquanto as datas ainda não são definidas, o que todos os contribuintes já podem fazer para adiantar e facilitar o preenchimento do processo de entrega da declaração é a separação de documentos. Dentre eles, destacamos os que seguem.

- Informes de rendimentos: Documento que consta os rendimentos recebidos pelo contribuinte ao longo do ano. Esses documentos devem ser fornecidos por empregadores, instituições financeiras e outras fontes pagadoras, até o dia 28 de fevereiro;

- Notas fiscais e recibos de despesas

“Organize-se antecipadamente: verifique sua obrigatoriedade, separe seus documentos e entregue a declaração com antecedência para evitar problemas”.

dedutíveis: É super importante que os pagamentos feitos em 2024 já tenham sido vinculados ao CPF do contribuinte ou de seus dependentes, tanto em notas fiscais, como em recibos, os documentos referentes a gastos com educação (mensalidade de escolas, faculdades, pós graduações, podem ser utilizados, cursos, por exemplo, pagamentos feitos a escolas de idiomas, não podem ser utilizados), saúde (pagamento de convênios médicos, consultas particulares, exames clínicos), contribuições previdenciárias (previdência social ou privada) e doações incentivadas;

- Documentação de bens e direitos: Notas fiscais, recibos ou escrituras referentes a compras de bens, contratos de compra e venda, entre outros;

- Dados bancários: Para eventual restituição ou para o pagamento de imposto devido.

Falando em dados bancários, vale desta-

car, que a restituição do Imposto de Renda segue um calendário de pagamento pré determinado, que sempre possui como prioridade idosos, pessoas com deficiência, contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério, aqueles que utilizaram a declaração pré-preenchida ou optaram por receber a restituição do Imposto de Renda por meio de PIX, sendo que a data que a declaração é entregue, é seguida depois do pagamento do grupo prioritário, sendo feito o pagamento nos primeiros lotes de restituição, quem entregou a declaração por primeiro.

A declaração pré-preenchida, obtida pelo sistema gov.br, está auxiliando a facilitar o processo de entrega da declaração, ao importar automaticamente dados vinculados ao CPF.

Concluindo, organize-se antecipadamente: verifique sua obrigatoriedade, separe seus documentos e entregue a declaração com antecedência para evitar problemas.

Jéssica Karine de Oliveira Gomes

Mestre em Contabilidade (Unioeste), integrante da Equipe EFV

Preparando o Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor

Com toda a Igreja, iniciamos o Tempo da Quaresma com a Quarta-feira de Cinzas, que dá abertura a um novo tempo litúrgico bem mais amplo, o Tempo Pascal. A Quaresma visa preparar a celebração da Páscoa; a Liturgia quaresmal, com efeito, dispõe para a celebração do mistério pascal tanto os catecúmenos, pelos diversos graus de iniciação cristã, como para os fiéis, pela comemoração do Batismo e pela Penitência (Normas Universais do Ano Litúrgico e Calendário Romano Geral, 27). A Quaresma são os 40 dias, a contar da Quarta-feira de Cinzas até a missa da Quinta-feira Santa ou da Ceia do Senhor, exclusive.

Um mistério tão grande precisa de longa e intensa preparação. São 40 dias, lembrando que os domingos não entram na contagem, nos quais a Igreja convida a todos a fazerem a preparação da festa da Páscoa. Convida à conversão e a mudança de vida. A fixação de 40 dias como preparação da festa pascal é fruto de acontecimentos importantes da vida de Cristo e do Povo de Deus do Antigo Testamento. Indica um tempo de prova antes de uma vitória final.

Jesus, ao passar pelas águas do Jordão, foi conduzido pelo Espírito ao deserto. Por 40 dias, reviveu, na sua experiência, os 40 anos do Povo de Deus no deserto, como Moisés, que passou 40 dias no Monte Sinai, ou Elias em seus 40 dias no Horeb, ou ainda Jonas em seus 40 dias em Nínive. A Quaresma chega a cada ano como sinal sacramental da Salvação, o sacramento dos 40 dias, como tempo de preparação para a grande festa do coração, a Vigília Pascal. Essa preparação poderia ficar no plano superficial se não aproveitássemos para retomar a nossa fé no sentido mais profundo, quase como que recomeçando o caminho do discipulado, e fazer uma nova escolha de Deus, renunciando às falsas referências que trazem um sentido ilusório para a nossa vida. Era assim que, no século IV, São Bento exortava seus monges e monjas: “Na alegria do desejo espiritual, esperem a Santa Páscoa” (Regra Beneditina, 49).

TEMPO DE RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

A Quaresma é tempo de renovação espiritual, uma espécie de retiro pascal estruturado pela oração, jejum e esmola. Já dizia São Pedro Crisólogo: “Três são, irmãos, as colunas que fazem com que a fé se mantenha firme, a devoção constante e a virtude permanente. Estas três colunas são: a oração, o jejum e a misericórdia. Porque a oração chama, o jejum intercede e a misericórdia recebe”.

O Cristo orante no deserto, no momento das tentações, e o Cristo orante no Tabor, na cena da transfiguração, chamam toda

a comunidade de seus seguidores e seguidoras a assumir esta mesma atitude, não tanto como esforço e devoção nossa, mas como abertura ao Espírito que reza em nós e que nos faz continuadores da missão do Senhor.

A oração, sinal do nosso desejo de Deus e da unificação do coração, torna-se espaço de gratuidade e de perdão, para acolher a ternura de Deus em nossa vida e em tantas vidas ligadas a nós pela missão e pela amizade, ou afastadas de nós por qualquer motivo que seja.

O jejum é apresentado nas Escrituras e na tradição das comunidades, ao mesmo tempo, como gesto da liberdade dos filhos e filhas de Deus e como sinal da espera vigilante do Senhor. O jejum pode ser de alimento, fundamental para a saúde do corpo e do espírito, mas pode ser também o cultivo da paciência e da tolerância, o esforço para depor as armas da violência e optar por uma conduta para uma cultura de paz e harmonia. Por fim, a esmola nos lembra que a Quaresma é tempo de solidariedade. No Brasil, a cada ano a Campanha da Fraternidade nos convida a uma luta concreta, para contribuir com a nossa parte na construção de um mundo como Deus sonhou para todos os seus filhos e filhas.

Assim, vamos concentrando as energias para o grande dia da Páscoa, conforme o mandado do Senhor: “Preparem tudo!” (Lc 22,12). E se, como diz o ditado popular, o melhor da festa é esperar por ela, vamos ensaiando e afinando os instrumentos para cantar a música da alegria; tecendo a roupa da festa e preparando a comida que congregará a todos.

TEMPO DE CATECUMENATO

Uma antiga e vigorosa tradição faz da Vigília Pascal o tempo por excelência da celebração dos Sacramentos da Iniciação Cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia), e da Quaresma um tempo de catecumenato, isto é, de preparação para a entrada de novos membros na comunidade. Só mais tarde esses Sacramentos puderam ser celebrados em outros momentos. Preparando novos irmãos e irmās para o Batismo, ou mesmo independentemente disso, a comunidade toda é chamada a se fazer catecúmena, isto é, a deixar a palavra do Senhor ressoar em seu coração, como Jesus no deserto: “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4); ou como nos pede a voz do Pai na transfiguração de Jesus: “Este é o meu Filho Amado, escutem o que Ele diz” (Mt 17,5).

A Quaresma se torna o tempo oportuno para um espaço maior à palavra como pão cotidiano e para ser mais discípulo de Jesus, fazendo uma nova escolha do Deus vivo e verdadeiro,

Na fila das cinzas, os fiéis manifestam a vontade de conversão interior

contra todo ídolo! É tempo de celebrar a graça de um novo nascimento, e de aprender a ser filha e filho no Filho, a passar da morte à vida na força do Espírito! Como Jesus que subiu a Jerusalém para cumprir a missão que o Pai lhe confiou, para dar a sua vida e ser glorificado, renovamos nossa consagração na escola do seu serviço.

TEMPO DE PENITÊNCIA

“Não se trata simplesmente de uma conversão moral, trata-se, antes, da conversão a Deus, como fez Jesus no deserto. A partir de uma nova escolha de Deus, a pessoa, a comunidade, pode começar a pensar e a julgar de modo diferente, a orientar a vida de outra maneira, a tomar iniciativa no amor em pequenos gestos do cotidiano, movida pela santidade e pela bondade de Deus”.

Quando, no início da caminhada das igrejas, a celebração da penitência tinha uma dimensão pública, a quaresma era o momento da reconciliação e penitência dos irmãos e irmãs que desejavam retomar seu elo de comunhão com a comunidade. No 1º Domingo da Quaresma, eles se apresentavam à comunidade e recebiam as cinzas e a roupa dos penitentes, usando-as até a Quinta-feira Santa pela manhã, quando eram novamente integrados e readmitidos para a celebração pascal. Depois, quando mudou a disciplina penitencial das igrejas, este aspecto estendeu-se para a comunidade inteira, como pode-se perceber na imposição das cinzas. Como vemos, a Quaresma está profundamente inserida na tradição religiosa do povo como tempo de penitência, e a Palavra que nos convida a entrar neste espírito é: “Convertam-se e creiam no Evangelho”.

Alguns lembretes

Para celebrarmos profundamente a Quaresma que se estende da Quarta-feira de Cinzas até a manhã da Quinta-feira Santa, é importante não esquecermos alguns símbolos e cuidados.

- A cor litúrgica é o roxo. Para guardar as energias para a grande festa, tenta-se conter certas expressões de festa. Assim, o espaço da celebração fica mais despojado, sem flores (menos no 4º Domingo da Quaresma). Não cantamos nem o Aleluia, nem o Glória. Os instrumentos musicais ficam reservados apenas para o acompanhamento dos cantos litúrgicos.

- As celebrações do sacramento da Penitência e da Via-Sacra ocupam um lugar importante neste tempo.

- É bom lembrar que, no Ano “A”, as leituras enfatizam a dimensão batismal da Igreja. É o esquema de leituras mais antigo, ligado ao caminho catecumenal. Foi somente após o Concílio Vaticano II que se apresentou a opção de outras leituras, tais como se estruturam nos Anos “B” e “C”. O Ano “B” acentua a glorificação de Cristo pela cruz; este ano, Ano “C”, sublinha a conversão do coração e o perdão. O Ano “A” tem precedência sobre os demais sempre que a comunidade desejar, mesmo não

Podemos assumi-la como o tempo que Deus nos dá para nossa conversão, mas sem insistir em costumes que reforcem a valorização da dor em si mesma como centro da espiritualidade cristã ou o fatalismo.

A penitência é uma exigência que decorre do próprio compromisso batismal. Ao preparar os catecúmenos para o Batismo e ao se preparar para a renovação de suas promessas na noite pascal, a Igreja e cada um de seus membros são chamados a viver as exigências deste Sacramento mediante uma profunda e progressiva conversão: como o grão de trigo que morre para renascer; como a mulher que está para dar à luz e sofre as dores do parto; como a uva que é esmagada para fazer o vinho que alegra o nosso coração. Não se trata simplesmente de uma conversão moral, trata-se, antes, da conversão a Deus, como fez Jesus no deserto. A partir de uma nova escolha de Deus, a pessoa, a comunidade, pode começar a pensar e a julgar de modo diferente, a orientar a vida de outra maneira, a tomar iniciativa no amor em pequenos gestos do cotidiano, movida pela santidade e pela bondade de Deus. Há uma iniciativa de Deus que reconcilia o mundo em si mesmo, no seu amor, e nos convida a passar da morte à vida amando, como fez Jesus, o seu filho. Assim, nós nos preparamos para celebrar a Páscoa “não com o velho fermento, nem com o fermento da malícia e da perversidade, mas com pães sem fermento, isto é, na pureza e na verdade” (1Cor 5,8).

havendo catecumenato.

- Os diversos domingos são associados com as diversas etapas do catecumenato. O primeiro domingo é consagrado a escolher e acolher os candidatos para os sacramentos. O terceiro, quarto e quinto Domingos são consagrados para abençoar e invocar a força amorosa de Deus sobre os catecúmenos, para que sejam libertados de todo mal, como também para a entrega do credo, dos evangelhos e da oração do Senhor. Sempre que houver catecumenato, as leituras podem ser tomadas do Ano “A”, mais ligadas a este itinerário.

- O 4º Domingo da Quaresma é conhecido, na tradição da Igreja latina, como Domingo da Alegria, ou laetare (em latim, alegrar-se). Colocado na metade da caminhada pascal, somos convidados a deixar para trás qualquer atitude de tristeza e assumir uma atitude de alegria que vem do amor de Deus. Esta alegria torna-se visível no uso de flores para ornamentar ou nos instrumentos musicais que voltam a fazer parte da celebração.

- Quanto às músicas, a Diocese de Toledo dispõe o Hinário Litúrgico Digital que oferece ótimas sugestões próprias para este tempo. Acesse em: www.diocesetoledo.org/publicacoes. (Pe. Sérgio)

A Quaresma se revela como o tempo favorável (cf. 2Cor 6,2) a reencontrarmos o sentido da nossa existência com Deus, com o próximo e conosco. Conforme declara o Papa Francisco, a Quaresma “é o tempo favorável para nos convertermos, começando por mudar a visão que temos de nós mesmos no nosso íntimo: quantas desatenções e superficialidades nos distraem daquilo que conta, quantas vezes nos concentramos nos nossos gostos ou naquilo de que carecemos, distanciando-nos do centro do coração, esquecendo-nos de abraçar o sentido da nossa presença no mundo. A Quaresma é um tempo de verdade, para fazer cair as máscaras que pomos todos os dias, a fim de aparecer perfeitos aos olhos do mundo; para lutar como nos disse Jesus no Evangelho – contra as falsidades e a hipocrisia: não as dos outros, mas as nossas. Olhá-las de frente e lutar (Homilia na Santa Missa, bênção e imposição das cinzas, 22 de fevereiro de 2023).

Pe. Sérgio Augusto Rodrigues Assessor diocesano da Pastoral Litúgica

estudo e lazer: aspectos fundamentais para os Conselhos de Pastoral

Continuando a nossa reflexão sobre as características dos Conselhos de Pastoral da Comunidade e Paroquial (CPP/CPC), desta vez nos dedicamos um pouco sobre o relacionamento dos Conselhos, pois um é voltado para a realidade da comunidade enquanto o paroquial é um conjunto das comunidades. Além, é claro, desse relacionamento horizontal, é preciso destacar uma relação vertical, pois somente embebidos de uma espiritualidade verdadeira é que a experiência dos Conselhos pode realmente dar frutos.

O relacionamento entre os membros dos Conselhos de Pastoral deve ser

pautado por atitudes que favoreçam a comunhão, o diálogo e o compromisso com a missão evangelizadora da Igreja. Para que as atividades do Conselho sejam frutuosas e produtivas, é essencial

que cada membro cultive uma fé viva, manifestada por uma vida de oração e uma postura séria diante das responsabilidades assumidas.

O diálogo construtivo deve ser incentivado, despertando o interesse e o engajamento de todos. As reuniões dos Conselhos devem ser espaços de partilha e construção coletiva, onde as dinâmicas de grupo ajudam a fortalecer a coesão e a clareza nas decisões. Discussões são importantes para esclarecer pontos, mas é essencial focar no que é relevante, sem se prender a questões secundárias. As características pessoais devem ajudar a criar o bom ambiente; aquilo que não fa-

Presentes Afetivos Personalizados

Estudos são importantes, mas em sintonia com a espiritualidade e a convivência fraternal

vorece o diálogo necessita ser evitado.

A aprovação das decisões do Conselho é um compromisso de todos, independentemente de opiniões individuais, demonstrando maturidade e responsabilidade. A participação assídua nas reuniões reflete o compromisso com a missão e o respeito pelo trabalho conjunto.

Para tanto é necessário considerar três aspectos a serem cultivados: a parte espiritual, a parte de estudo e também o lazer. Três aspectos que podem, à primeira vista, parecer desconectados, porém nos ajudam a cuidar da integralidade das pessoas e, consequentemente, de suas relações.

EQUILÍBRIO E BEM-ESTAR

DO GRUPO

É evidente que essas três dimensões são complementares e essenciais para o equilíbrio e o bem-estar do grupo. A espiritualidade, ou mística cristã, é a base que sustenta o testemunho de fé dos membros do Conselho. Uma espiritualidade

“O equilíbrio entre espiritualidade, estudo e lazer contribui para o crescimento pessoal e comunitário dos membros dos Conselhos de Pastoral e fortalece sua missão de servir com alegria e compromisso na construção do Reino de Deus”.

sólida renova o encontro pessoal com Cristo e fortalece a entrega pela causa do Reino, integrando razão e coração.

O estudo, por sua vez, é indispensável para a formação contínua dos conselheiros. É preciso desenvolver a capacidade de “dar razões da esperança” (cf. 1Pd 3,15), por meio do aprofundamento no conteúdo da fé e da moral católica. Além disso, conhecer a realidade concreta das comunidades, compreender suas inquietações e de-

Para saber mais sobre os Conselhos de Pastoral Paroquiais, não deixe de baixar as Normas diocesanas para os CPPs, apontando a câmera do seu celular para o QR Code.

safios, e avaliar criticamente as ações pastorais são aspectos fundamentais para uma atuação eficaz.

O lazer, muitas vezes subestimado, também tem um papel importante. Momentos de convivência descontraída promovem a integração, fortalecem os laços de amizade e criam um ambiente de confiança e fraternidade. O descanso é necessário para renovar as energias e manter o entusiasmo na missão, valorizando o contato humano e o conhecimento mútuo entre os membros do Conselho.

Podemos resumir que o equilíbrio entre espiritualidade, estudo e lazer contribui para o crescimento pessoal e comunitário dos membros dos Conselhos de Pastoral e fortalece sua missão de servir com alegria e compromisso na construção do Reino de Deus. Que ao longo deste Ano Santo, os membros dos Conselhos experienciem os necessários aspectos que os auxiliam à nobre missão.

Fernando da Rocha Secretário diocesano de Pastoral

Cursilho

Jubileu da Esperança: um chamado à santidade

O Ano Jubilar é um convite à conversão, ao arrependimento dos pecados e à reconciliação com Deus e com os irmãos. É um tempo de graça, de perdão e de renovação da fé. Os fiéis são chamados a refletir sobre suas vidas, a buscar a santidade e a viver de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo, sendo peregrinos e anunciadores da esperança.

Dando início aos trabalhos de formação, fortalecimento do tripé do cristão comprometido e missão do MCC, realizamos a Primeira Escola Vivencial Diocesana de 2025 onde, oportunamente a este ano Jubilar, iniciamos os estudos e reflexões sobre o título deste artigo “Jubileu da Esperança: um chamado à santidade”.

Como base neste tema, a Igreja oferece vários documentos para nos orientar, como Encíclicas e Exortações. Aqui em especial, daremos ênfase à Exortação Apostólica Gaudete Et Exsultate (Alegrai-vos e Exultai).

Segundo o Papa São João Paulo II, a Igreja existe para nos levar à santidade, através dos Mandamentos, Sacramentos, Adoração Eucarística, meditação da Palavra, com ênfase nas Bem-aventuranças, da vida de trabalho (servir) e oração, e através dos testemunhos e ensinamentos de vários santos e de Maria, serva fiel, que viveu em tudo as vontades do Pai.

O chamado à santidade é para todos. Deus nos dá a vida inteira para chegarmos à ela e, assim, alcançarmos o céu. A santidade não se manifesta apenas em grandes feitos, mas principalmente nas pequenas ações diárias que transformam a vida de quem nos cerca e fortalecem nossas virtudes.

São nos pequenos gestos que vamos construindo nossa santidade: vencendo

‘São nos pequenos gestos que vamos construindo nossa santidade: vencendo o orgulho, a vaidade, o egoísmo, amor próprio exagerado, ganância (...). Vamos nos conhecendo, corrigindo, confessando, rejeitando o pecado, aumentando nossa vida sacramental. O importante é perseverar, nunca parar e achar que já fizemos o suficiente ou que cumprimos a nossa parte”.

o orgulho, a vaidade, o egoísmo, amor próprio exagerado, ganância (...). Vamos nos conhecendo, corrigindo, confessando, rejeitando o pecado, aumentando nossa vida sacramental. O importante é perseverar, nunca parar e achar que já fizemos o suficiente ou que cumprimos a nossa parte.

O Papa Francisco nos orienta a ficarmos vigilantes e atentos a tudo que nos desvia do caminho, em especial chama nossa atenção para dois inimigos sutis da santidade: achar que sabemos mais que Deus, um saber orgulhoso (gnostocismo), ou achar que podemos tudo, somente com esforço pessoal: “Eu me basto”; “Tudo o

que eu preciso está dentro de mim, e não pela Graça de Deus”; sentindo-se superior (neo-pelagianismo).

Buscar a santidade não é se isolar do mundo. Santidade é estar em um mundo “sujo” e não se deixar contaminar, se corromper. Existem muitas ideologias que querem normalizar as coisas que são pecado, músicas profanas, bebidas exageradas, drogas, traição, exposição do corpo, entre tantas situações em que o sistema do mundo nos afasta de Deus.

O melhor lugar para crescermos na santidade é na família e na igreja/ comunidade. Ali somos desafiados o tempo todo: no perdão, na paciência, na misericórdia, em reconhecer que também falhamos, erramos e machucamos os outros.

E neste contexto todo, estarmos alertas em buscar a santidade, buscando o crescimento espiritual enquanto vivemos nossas responsabilidades diárias; desenvolvendo uma vida de oração, realizando um sincero exame de consciência, buscando discernimento através do Espírito Santo, reconhecendo nossa missão desde o Batismo. Além disso, entendendo e praticando obras de misericórdia, ação, caridade, solidariedade, servindo com alegria de ser um cristão, demonstrando compaixão pelos excluídos. Por fim, coragem e esperança para seguirmos no nosso propósito.

Como cursilhistas, vamos fortalecendo nosso carisma, evangelizando no dia a dia nossos ambientes, compartilhando a fé, anunciando a Boa Nova do Reino de Deus e caminhando todos juntos rumo a santidade.

Joceane Guideli Cursilhista da Diocese de Toledo

O caminho de peregrinação à santidade
Foto: Free

Campanha da Fraternidade: uma iniciativa Cáritas

Estamos às portas do início da Campanha da Fraternidade deste ano (2025), que tem como tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema: “Deus viu que tudo era muito bom (Gn 1,31)”. A Campanha inicia em 5 de março (Quarta-feira de Cinzas). Anualmente somos convidados, no período da Quaresma, a vivenciar essa experiência concreta de fé e fraternidade. As articulações na Igreja do Brasil e na Diocese de Toledo já começaram. Mas como surgiu a Campanha, lá no início? Essa é uma pergunta que muitas vezes não sabemos a resposta, e tentarei apresentar um pouco a sua história.

A Campanha da Fraternidade teve início no ano de 1961, quando alguns padres que realizavam seus ministérios na Cáritas Brasileira planejaram uma campanha para arrecadar dinheiro a fim de financiar as atividades assistenciais da Cáritas. Essa ação foi batizada de Campanha da Fraternidade, que teve seu início na Quaresma de 1962, localmente em Natal, capital do Rio Grande do Norte.

Os padres do Regional Nordeste 2, apoiados por seus bispos, percebendo a boa experiência, e os êxitos alcançados, expandiram a ação no ano seguinte para as 16 dioceses do Nordeste Brasileiro. Esse foi o princípio, isto é, o projeto piloto daquilo que hoje conhecemos como Campanha da Fraternidade, um gesto concreto quaresmal da Igreja no Brasil.

Também em 1962, a Igreja Católica iniciava o Concílio Vaticano II. Essa foi a oportunidade perfeita para que os Bispos do Brasil, estruturassem um projeto para ser implantado em todas as dioceses do Brasil, com seu teor

“Até hoje, a campanha tem o objetivo de despertar a solidariedade dos cristãos e da sociedade, a respeito de um problema real que atinge a sociedade brasileira”.

fundamentado e estruturado. O Concílio durou quatro anos, e nesse tempo, os bispos participavam, em Roma, das sessões do Concílio, de momentos de estudo e trocas de experiências. Nesse cenário, estruturaram o projeto, indo para as todas as dioceses do Brasil e iniciando na Quaresma de 1964.

Em 20 de dezembro de 1964

a CNBB aprovou o texto que fundamentava a campanha, que recebeu o nome “Campanha da Fraternidade: Pontos Fundamentais apreciados pelo episcopado de Roma”. Já em 1965, a Cáritas e Campanha da Fraternidade passaram a estar vinculadas oficialmente à CNBB, através do Secretariado Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e desde então é a Conferência quem a coordena. Em 1967, os bispos iniciaram a preparar um subsídio mais completo para a Campanha da Fraternidade, que duram desde então, ano após ano. E três anos depois, em 1970, a campanha recebeu o apoio do Papa, que todos os anos publica uma mensagem em seu favor.

Em suma, como vimos, a Campanha da Fraternidade foi um projeto criado pela Cáritas, que ganhou forças e foi assumido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e que em 2025, completa seus 61 anos. Até hoje, a campanha tem o objetivo de despertar a solidariedade dos cristãos e da sociedade, a respeito de um problema real que atinge a sociedade brasileira. Essa história, mais detalhada e completa, pode ser acessada no site oficial da Campanha da Fraternidade e da CNBB. E se você quer saber mais sobre a Campanha, não deixe de acompanhar as ações da Diocese de Toledo e da Cáritas Diocesana de Toledo, que promoveram, em fevereiro, as lives formativas da Campanha da Fraternidade 2025 (gravações disponíveis no canal da Diocese de Toledo no YouTube), e os encontros decanais.

Marcus Vinicius de Jesus Sanita Assistente de Integração da Cáritas Diocesana de Toledo

Cartaz para divulgação da CF 2025
Material de divulgação da CF em 1964

Associados Sicredi Progresso participam de ato simbólico no Show Rural

O Show Rural 2025 aconteceu entre os dias 10 a 14 de fevereiro, com um público total de 407 mil visitantes, em Cascavel/ PR. O Sicredi, como principal financiador privado do Agro no Brasil, também esteve presente no evento com estande personalizado e voltado para o atendimento próximo aos produtores rurais.

No dia 12 de fevereiro, a Sicredi Progresso PR/SP fez um convite especial a três associados para a assinatura simbólica de investimentos feitos em suas propriedades. Daniel Ebert tomou crédito para um novo investimento: recria e produção de ovos férteis. Já o casal, Ini e Claudino Lorenzatto, de Nova Santa Rosa, adquiriram uma colheitadeira e uma plataforma de corte.

“O Sicredi é um parceiro para todos os nossos investimentos ao longo dos anos sem falar que é como uma segunda família. Estamos felizes com os novos investimentos e porque a Cooperativa também acredita nos nossos sonhos”, afirma Daniel.

O presidente da Sicredi Progresso, Inácio Cattani, destaca que a o agronegócio é uma fortaleza do nosso país e que ver os associados investindo no setor com o auxílio da Cooperativa é motivo de orgulho.

“Reunimos nossa expertise em soluções financeiras e atendimento humanizado para facilitar o crescimento do setor e dos nossos produtores associados, como na modernização de frotas que na ponta significa mais agilidade na colheita, para investir em novos projetos e outras frentes. O associado sabe que pode contar conosco em todos os momentos, como é caso do Daniel, da Ini e do Claudino. Nosso objetivo é garantir prosperidade e estar junto nessas conquistas”, finaliza o presidente.

Para o primeiro semestre do ano, o Sistema Sicredi disponibilizará mais de R$ 8 bilhões em linhas de crédito direcionadas aos produtores rurais associados.

Ação conjunta visa recolhimento de lâmpadas fluorescentes

O Paraná vai viabilizar a coleta e destinação gratuita de lâmpadas fluorescentes (brancas) pós-uso em municípios com menos de 25 mil habitantes. A iniciativa é da Associação Brasileira Para Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação (Reciclus), entidade sem fins lucrativos, e conta com o apoio do Governo do Estado por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

Se considerar o porte pelo número de habitantes, são elegíveis de participação no edital alguns municípios da região, como por exemplo: Formosa do Oeste, Iracema do Oeste, Jesuítas, Nova Aurora e Tupãssi; Maripá, Terra Roxa, Entre Rios do Oeste e Mercedes; Nova Santa Rosa, Pato Bragado e Quatro Pontes, além de Ouro Verde do Oeste e São Pedro do Iguaçu.

O edital de chamamento já está aberto e as prefeituras interessadas têm até 31 de março para se inscrever. A iniciativa integra o Termo de Compromisso para Operacionalização do Sistema de Logística Reversa de Lâmpadas Pós-Consumo no Estado do Paraná assinado em 2022 pelo Governo do Estado, Ministério Público do Paraná (MPPR), Federação do Comércio do Estado do

Para que o município seja atendido, é necessário:

- Ter menos de 25 mil habitantes;

- Armazenar, em um único local, pelo menos 1.000 lâmpadas fluorescentes

- Disponibilizar um local próprio para armazenamento temporário;

- Garantir que as lâmpadas estejam acondicionadas em ambiente coberto, conforme as normas de segurança.

reversa

Paraná (Fecomércio) e Associação Comercial do Paraná (ACP).

“Esse edital é essencial para que possamos incentivar o recolhimento desses materiais de caráter perigoso, evitando que gerem contaminação de solo ou água por estarem no local

Incentive a devolução

Para que a logística reversa funcione, são necessárias campanhas educativas de devolução das lâmpadas pós-uso, bem como as cidades possuírem local adequado e condições de armazenamento. Geralmente, o consumidor doméstico tem pouca quantidade, mas não desconsiderada, de lâmpadas se for feito comparativo com escolas, universidades, hospitais e outros órgãos públicos.

Isabella Tioqueta salienta que as lâmpadas contêm mercúrio em sua composição, um metal pesado e tóxico. A intoxicação por mercúrio pode causar problemas nos rins,

incorreto”, afirma a coordenadora de Saneamento Ambiental de Economia Circular da Sedest, Isabella Tioqueta. Nesta ação conjunta, não serão aceitos outros tipos de lâmpadas, como LED, halógenas, decorativas, luminárias, entre outras.

cérebro e funções neurológicas. Por isso, o manuseio deve ser feito com muito cuidado, bem como seu armazenamento, até a devolução da lâmpada usada. Afinal, os riscos são grandes de contaminação do solo e corpos hídricos, afetando fauna, flora e a própria população.

Uma vez destinado corretamente, passando pelos processos adequados, o vidro é renovado, comumente utilizado na produção de cerâmicas e revestimento de azulejos; os metais são destinados a novas utilizações, como a indústria automotiva; e o plástico é granulado e usado em diversos segmentos da indústria.

Iniciativa conjunta atende obrigações da lei de logística
Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST-PR

Duplicação virá acompanhada de praça de pedágio

Já está sendo preparado o leilão do Lote 5 para concessão da Rodovia Federal BR163 à iniciativa privada. O trecho sob concessão passa pelas cidades de Cascavel, Toledo, Quatro Pontes, Marechal Cândido Rondon, Mercedes, Terra Roxa e Guaíra. Neste trecho estão grandes áreas de produção de produtos agrícolas, da pecuária e da indústria do Estado do Paraná.

Uma praça de pedágio tem previsão de ser instalada em Terra Roxa, exatamente no Km 313 da BR-163/PR. A outra praça de pedágio ficará entre Toledo e Cascavel, no Km 225 da BR-163/PR. O prazo de concessão é de 30 anos.

DUPLICAÇÃO

A concessão do Lote 5 do Paraná prevê a execução de obras de duplicação na BR163/PR com extensão total de 58,20 km em segmento contínuo no trecho entre Marechal Cândido Rondon a Guaíra. O prazo para execução será entre os anos 4 ao 6 da concessão, o que equivale de 2030 a 2032. O primeiro trecho de duplicação previsto é de Marechal Cândido Rondon a Mercedes; depois até Terra Roxa; e em seguida até Guaíra. Além desse projeto de duplicação, a concessão prevê a construção do “Contorno de Guaíra” na BR-163, com extensão de 3,71 km a ser realizado no ano 4 (2030). A concessão ainda prevê descontos progressivos de tarifa, de acordo com frequência

utilizada da via, para veículos leves com uso de um dispositivo chamado “Tag”.

A previsão é de que o leilão para implantação do pedágio neste trecho aconteça até maio deste ano para assinatura do contrato no segundo trimestre de 2025.

A Associação Comercial e Empresarial de Guaíra divulgou nota em que calcula uma tarifa de R$ 10,75 para o deslocamento até Toledo. A entidade promete vigilância na execução de obras de infraestrutura rodoviária prometidas há anos.

Cidade de Guaíra, na divisa com o Mato Grosso do Sul
Foto: Secretaria de Turismo/Guaíra
Previsão de instalação das praças de Pedágio
Após a implantação do contorno, o segmento rodoviário paralelo a este (interno ao perímetro urbano) será devolvido ao poder público municipal

Um Início de Ano com Esperança e Sabedoria

Todos os anos, no início das aulas, a tradicional Bênção das Mochilas marca o início de mais uma jornada de aprendizado e crescimento para nossos estudantes. A celebração contou com a presença do Frei Fiorentin, que abençoou as mochilas e, com elas, os sonhos e os estudos de cada estudante.

Como Escola, Católica e Vicentina, valorizamos a educação não apenas como um meio de adquirir conhecimento, mas também como um caminho de fé e valores. A cerimônia foi um momento de reflexão e proteção divina para que cada jornada acadêmica seja repleta de sabedoria, esperança, perseverança e realizações. As mochilas, carregadas de livros e cadernos, se tornam símbolos das oportunidades e desafios que o ano escolar traz. A bênção, além de fortalecer o espírito de união entre a comunidade escolar, também reforça a importância do estudo como um caminho para o futuro. Que a memória deste dia acompanhe nossos estudantes ao longo do ano letivo, iluminando seus passos e guiando-os para uma trajetória de aprendizado transformadora.

Câmara de São Pedro do Iguaçu ganha projeto para prédio próprio

A Câmara de Vereadores de São Pedro do Iguaçu ganhou o projeto arquitetônico para construção da sua nova sede. O projeto foi desenvolvido de forma gratuita pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), por meio do Escritório de Projetos Executivos de Engenharia e Arquitetura (Projetek), um programa inovador, que atende pequenos municípios com a elaboração de projetos de obras públicas. O Projetek é coordenado pela Seti e conta com unidades nos câmpus das sete universidades estaduais.

Atualmente o legislativo do município está funcionando de maneira provisória em uma edificação alugada que não atende as necessidades do poder público, principalmente em relação à infraestrutura predial e acessibilidade. A nova sede terá 518 metros quadrados de área total e será construída em um terreno próprio, com uma estrutura adequada para o pleno exercício das atividades legislativas e atendimento à população. A cerimônia de entrega do projeto contou com a presença do secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Bona, e pelo reitor da Unioeste, Alexandre Webber, à presidente do legislativo são-pedrense, vereadora Alessandra Trindade Dias Cezar, Palotina foi escolhida para sediar a Fase Regional dos Jogos Escolares do Paraná (JEPs), que ocorrerá de 2 a 7 de maio. A competição reunirá delegações de diversos municípios da região, movimentando a cidade e atraindo centenas de atletas.

acompanhada de demais autoridades.

A arquitetura prioriza funcionalidade, sustentabilidade e acessibilidade, a fim de reforçar o compromisso ambiental e servir como exemplo para a cidade. A economia para os cofres públicos municipais foi de R$ 72 mil, valor equivalente ao custo de mercado para a elaboração dos desenhos desenvolvidos pela equipe do Projetek. O conjunto abrange os projetos arquitetônico, estrutural, elétrico, hidrossanitário, de climatização e de prevenção contra incêndios.

Considerando o principal espaço de

para autoridades uso comum da edificação, o plenário da Câmara, em que ocorrem as sessões com os vereadores, terá capacidade para 122 pessoas sentadas, incluindo lugares para pessoas com deficiência, rampas e corrimão; e um palco elevado com guarda-corpo para prevenção ao risco de quedas, mesa-diretora com nove lugares e tribuna. O projeto também prevê gabinetes para os vereadores, saguão de entrada, recepção, salas administrativas, sala para reunião, sanitários, entre outros espaços de apoio (copa, despensa e almoxarifado).

Palotina receberá os Jogos Escolares do Paraná

O secretário municipal de Esportes, Adan Conte, salienta que a escolha de Palotina como sede dos JEPs é um reconhecimento à excelente infraestrutura da

cidade, tanto para alojamentos quanto para a realização dos jogos.

No período de 8 a 15 de maio, será realizada a fase regional do Paraná Bom de Bola. A competição reúne equipes formadas por estudantes da rede pública e particular de ensino no futebol de campo. No ano passado, Marechal Cândido Rondon ficou campeã com a equipe feminina (15+) – Série Ouro.

Projeto da nova sede da Câmara de Vereadores é apresentado
Foto: SETI
Jogos Escolares movimenta a garotada em competições saudáveis

A saúde da mulher acima dos 40 anos

No mês de março, surgem muitas campanhas e eventos de confraternização para celebrar o Dia Internacional da Mulher. A saúde da mulher entra na pauta deste mês, com uma atenção muito especial aos cuidados que o público feminino deve ter com a chegada dos 40 anos. Esta é a faixa etária (40-44 anos) com maior distribuição populacional, segundo o Censo do IBGE 2022.

Quando se trata de saúde, elas são as mais atenciosas, tanto nos cuidados individuais ou mesmo coletivos. São elas que levam as crianças para as consultas, tratamentos e vacinas, e também são as mulheres as que mais realizam exames preventivos.

Para aquelas que já estão acima de 40 anos, a recomendação de exames varia de acordo com a saúde individual e histórico médico, porém alguns exames são geralmente recomendados para monitorar a saúde e prevenir doenças. A recomendação específica para cada exame depende das condições individuais de saúde, e o melhor é sempre consultar um médico para uma orientação personalizada.

Uma das doenças de grande impac-

to para as mulheres, certamente, é o câncer. E quando se fala em câncer de mama, as campanhas se concentram no segundo semestre, mas a vigilância deve ocorrer durante o ano todo. Geralmente agressivo, esse tipo de câncer muda a rotina da paciente e de seus familiares. Por isso, a mamografia é um exame fundamental que deve estar na rotina das mulheres.

O respeitado Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 73,6 mil novos casos de câncer de mama no País, com uma taxa de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres, e que a doença cause 18 mil mortes. A doença é a neoplasia que mais atinge mulheres no Brasil, sendo as regiões Sul e Sudeste as que apresentam maiores taxas de incidência e mortalidade.

QUEM PROCURAR

A mulher que identificar um nódulo mamário persistente por mais de um ciclo menstrual e, principalmente, se houver histórico na família, deve procurar o atendimento médico para esclarecimento de dúvidas.

No sistema público, as Unidades

Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada das pacientes. Por isso, manter uma rotina de consultas de acompanhamento com clínico geral e, se precisar, com especialista, é importante para a prevenção ou tratamento, conforme o caso. Os usuários do SUS têm direito ao atendimento de qualidade, assim como responsabilidades de comparecer às consultas, realizar os exames e retornar nas datas agendadas. Gestores da área dizem que isso ajuda ao ordenamento do sistema e na fluidez das filas.

Para contribuir com a prevenção, o Inca sugere às mulheres atenção aos fatores de risco modificáveis, como por exemplo, excesso de peso corporal, inatividade física, consumo de álcool e terapia de reposição hormonal. Esses fatores são, em princípio, passíveis de mudança na rotina e, portanto, podem trazer resultados satisfatórios desde que tenham o devido acompanhamento por profissional da medicina.

Outro exame importante para mulheres acima de 40 anos é a densitometria óssea. Já ouviu falar dele? Ele detecta o surgimento da osteoporose. Assunto para a próxima edição.

É importante encontrar momentos agradáveis de lazer

em momento devocional a Padroeira da Paróquia Nossa

Família de devotos junto da imagem da Padroeira da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Toledo) durante as festividades deste ano

Vitorino Cerutti recebe o carinho de familiares e amigos da Capela Nossa Senhora das Dores –Paróquia São Cristóvão (Toledo), pelos seus 60 anos de vida (19/02). Leitor assíduo da Revista Cristo Rei, Vitorino serve há 32 anos como Ministro Auxiliar da Comunidade (MAC). Parabéns e bênçãos ao Sr. Vitorino!

Membros da equipe de Liturgia e canto da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Toledo) na Festa da Padroeira 2024

Até parece um “aquecimento” para as atividades do ano. Esse é o grupo de coroinhas e acólitos da Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas) em atividade de interação

Catequistas da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Terra Roxa), com o pároco, Pe. Erno Schlindwein, participaram da formação catequética promovida pela Paróquia São Vicente Palotti (Palotina)

Crianças
Senhora Aparecida (Toledo)

Coordenação do encontro de formação para catequistas, realizado em Palotina (15 e 16/02), com o assessor do evento Pe. André Gustavo de Sousa, da Arquidiocese de Aparecida (SP)

Atividade da Infância e Adolescência Missionária da Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas) - Foto: Patrícia Furlaneto Pelissari

A Paróquia São Vicente Pallotti (Palotina) acolheu no dia 16 de fevereiro último, Pe. Juliano Dutra e Pe. Egide Coradine que terão atuação presbiteral junto ao Seminário São Vicente Pallotti – Fotos: Pascom

Catequistas da Paróquia São Vicente Palotti (Palotina), com Pe. André Gustavo de

da Arquidiocese de Aparecida

que assessorou encontro de formação em fevereiro último

Sousa,
(SP)

Alívio das dores

Protege articulações

Flexibilidade

Anti-inflamatório natural DISPOSIÇÃO CONEXÃO

Reacenda a paixão e recupere a energia – para ele, para ela, para vocês dois!

Gratidão ao Pe. Nelton

Fiéis participam da ação de graças pelo ministério do Pe. Nelton Hemkemeier na Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Guaíra

Lideranças da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Guaíra) em gratidão ao Pe. Nelton Hemkemeier pelo exercício de seu ministério como pároco nos últimos dois anos (2023/2024)

Espiritualidade para Catequistas de Jesuítas

Fotos: Patrícia Furlaneto Pelissari

Grupo de catequistas da Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas), alimentados pela Palavra e oração em evento formativo assessorado por Joaquim Cardoso, agora neo-diácono

Catequistas no momento de adoração ao Santíssimo

A escuta da Palavra é essencial para os catequistas

Crismas em Nova Aurora

Na data de acolhida ao novo pároco, Pe. Nelton Hemkemeier, familiares e amigos participaram da celebração eucarística que contou com o rito de administração do Sacramento da Crisma para os adolescentes e jovens da Paróquia São Roque, de Nova Aurora. Que os dons do Espírito Santo sejam presença na vida deste grupo que realizou a sua caminhada catequética – Fotos: Adriana Mansano Fotografias

Catequese Matrimonial

Agentes da Pastoral Familiar, da Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas), empenhados no acompanhamento dos casais que buscam o Sacramento do Matrimônio. Por meio da catequese matrimonial, os noivos participam ativamente desta preparação até o dia do “sim”. Nas imagens, alguns participantes do grande grupo que marcou presença nos encontros e receberam os certificados – Fotos: Patrícia Furlaneto Pelissari

Devotos comemoram o 1º ano do grupo dos Mensageiros e Mensageiras de Jesus das Santas Chagas presente na Capela Santa Rita de Cássia (Bairro Parque Hortência) – Paróquia Nossa Senhora Aparecida de (Guaíra). A comemoração ocorreu com todos rezando o Terço no dia 9 de fevereiro último. Os participantes rendem graças a Deus e agradecem o apoio da comunidade que abraçou a devoção das Santas Chagas. O grupo se reúne todas as sextas-feiras na Capela Santa Rita de Cássia, às 19h30 - Foto: Pascom

Claudina Benassi, da Paróquia São Cristóvão (Toledo), chega aos seus 89 anos de vida (29/03), e recebe cumprimentos dos filhos, filhas, genros, noras, netos e bisnetos. Que Deus lhe conceda muita saúde e bênçãos!

Amizade, carinho e fraternidade tomaram forma na presença de familiares e amigos do Pe. Aloysio André Kasper, durante as comemorações do 50º aniversário de sua ordenação presbiteral. Ele mesmo presidiu a celebração na Igreja Nossa Senhora da Glória, em Quatro Pontes, e foi concelebrada por diversos irmãos do sacerdócio, dentre eles, o vigário-geral, Pe. Hélio Bamberg, representando a Diocese de Toledo na ocasião. Na recordação de sua biografia, as homenagens acentuaram o que ele soube fazer nestes 50 anos de sacerdócio: apresentar o Evangelho como resposta às necessidades do povo. “Que todos sejam um. Eles sejam um em nós” (Jo 17,21-26) – Fotos: Juan Matoso

Jubileu de Ouro sacerdotal do Pe. André Kasper

Pe. Cleiton Silveira

A Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Assis Chateaubriand, recebeu a celebração eucarística com o rito de ordenação presbiteral do diácono Cleiton Aparecido Silveira, 30 anos. Cleiton frequentou o Seminário Maria Mãe da Igreja, em Toledo, até migrar para a Congregação dos Missionários Redentoristas (CSsR) onde discerniu sua vocação. O bispo ordenante foi D. Henrique Aparecido de Lima (Dourados-MS), que também é natural de Assis Chateaubriand, assim como o neo-sacerdote. Pe. Cleiton escolheu o lema presbiteral: “Pela tua Palavra lançarei as redes” (Lc 5,5). A ordenação, em 8 de fevereiro, teve momentos de forte emoção, como a memória dos pais Jorge e Sônia, a presença de seus quatro irmãos, e especialmente da avó materna, dona Naolina, de 94 anos, que entrou na Igreja com as vestes de ordenação e recebeu a primeira bênção do Pe. Cleiton. As imagens são da Foto do Zinho/Assis Chateaubriand.

Neo-sacerdote Pe. Cleiton, sua avó e seus irmãos
Momento da unção com o óleo do Crisma
Bênção à avó materna

A Festa da Padroeira é uma oportunidade de reunião e congraçamento entre os fiéis da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Tupãssi). Em fevereiro, as festividades foram marcadas pela bênção e envio das capelinhas e uma celebração com participação das pastorais e movimentos na procissão de entrada, demonstrando a presença dos leigos na evangelização. Houve ainda um momento da queima das intenções recolhidas nas novenas do comércio, em sinal de súplica dos fiéis pela misericórdia de Deus – Fotos: Pascom

FELICIDADES

Osvaldo Busiquia e Fátima Pinheiro Busiquia, da Paróquia Santo Inácio de Loyola (Jesuítas), recebem os cumprimentos de familiares e amigos pelos 50 anos de casados. Pe. Valdecir Caires Trajano acompanhou a renovação das promessas matrimoniais - Foto: Patrícia Furlaneto Pelissari

Festa de Nossa Senhora de Lourdes

“O mundo compra sanidade”, defende presidente da Adapar

O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, ressaltou a importância do debate para a competitividade do Estado no mercado internacional. “Se analisarmos o que acontece, o mundo não compra produtos, o mundo compra sanidade. Essas reuniões permitem que a sociedade discuta o que ainda precisa ser aprimorado na avicultura e na suinocultura”, afirmou Martins durante reuniões do Comitê Estadual de Sanidade Suína (Coesui) e do Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa), realizadas em fevereiro, na cidade de Cascavel.

Segundo ele, a biosseguridade é o principal tema a ser reforçado para que o Paraná continue se destacando na produção e exportação. “Só podemos continuar exportando e buscar novos mercados se mantivermos a sanidade e fortalecermos ainda mais a biosseguridade”, acrescentou. Martins completou que a parceria entre o Estado e as cooperativas neste tema possibilita o avanço do Paraná para novos mercados.

IMPACTOS ECONÔMICOS

Para entender a relevância do tema, bastas dar uma olhada nos números da produção pecuária do Paraná, especialmente concentrada na Região Oeste. No ano passado a carne de frango, da qual o Paraná é o maior produtor e maior exportador, continuou no topo de exportação de proteínas animais. Foram enviados pouco mais de 2,171 milhões de toneladas aos países parceiros comerciais, resultado 4% superior às 2,087 milhões de toneladas de 2023. O Estado responde por 33,7% de toda a produção nacional.

A carne suína do Estado trouxe 12,7% a mais de riqueza monetária, com a entrada de mais de US$ 423,6

milhões, ante US$ 375,6 milhões em 2023. No ano passado o Paraná colocou 183,6 mil toneladas de suínos nos mercados mundiais, volume 9,3% superior às 168 mil toneladas do período anterior.

BIOSSEGURIDADE NA SUINOCULTURA

Durante as reuniões dos Conselhos, pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves apresentaram um software

desenvolvido para auxiliar na análise da biosseguridade na suinocultura. No setor avícola, as discussões focaram na prevenção da influenza aviária, especialmente para garantir que o Paraná continue livre da doença em unidades comerciais. Mesmo com registros do vírus em aves silvestres no ano passado, o Estado manteve sua produção protegida, e a vigilância sanitária segue como prioridade para evitar novos riscos.

Investimento em biosseguridade

Uma granja livre de vírus e bactérias com alto poder de infecção é o ideal. É constante o esforço dos produtores rurais, pesquisadores e responsáveis pela normatização dos processos, a fim evitar que os chamados “agentes infecciosos” se instalem e provoquem perdas nos planteis. Por isso, são necessários os investimentos em estruturas que

promovam a biosseguridade para a proteção do plantel e para a garantia de compra dos países importadores e do mercado doméstico. O grande desafio, porém, está em manter acessíveis, economicamente falando, os equipamentos e estruturas de apoio e suporte às granjas. Afinal, muitas vezes, o investimento recai exclusivamente a quem produz.

Granjas livres de doenças respondem pelos milhares de reais exportados
Foto: Ari Dias/Arquivo AEN

Ensino Fundamental no La Salle Toledo:

aqui, o processo de aprendizagem é centrado no estudante, promovendo seu desenvolvimento integral e socioemocional. Conheça alguns dos nossos projetos:

Educação Financeira

Do 1º ao 5º ano

Ensinando inteligência financeira desde cedo, o projeto permite que os estudantes apliquem conceitos matemáticos em atividades práticas como compras em feirinhas e projetos de empreendedorismo.

Tecnologia

Educacional – Maker

Do 6º ao 9º ano

Utilizando a tecnologia como estímulo da criatividade e aprendizado prático, o projeto Maker ajuda os estudantes a desenvolverem habilidades de inovação, resolução de problemas e trabalho em equipe.

Projeto de Simulados

Do 6º ano à 3º série

Preparando os estudantes para avaliações importantes, o projeto ajuda a identificar áreas de melhoria e a aprimorar estratégias de estudo, aumentando a confiança e o desempenho nas provas.

Matrículas abertas!

(45) 98812-5448

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