



A solução para a fome pede conversão. Há muitos modelos econômicos que produzem barreiras e impedem o acesso de pessoas em situação de vulnerabilidade aos recursos básicos para se alimentar, e essas mesmas pessoas tentam sobreviver com auxílios pontuais, seja por meio da ajuda dos próprios familiares, da sociedade em geral ou dos governos.
Alimentar-se é um direito básico e pleno para o ser humano. Sem a comida “não tem quem se sustente em pé”. O sentido de permanecer de pé, nesse caso, ganha o contorno da dignidade. Com barriga vazia a saúde fica debilitada, não se tem forças para trabalhar e a capacidade para aprender fica comprometida. Num país tão rico, mesmo a fragilidade dessas pessoas sendo tão grande, há quem olhe para elas com a lente do preconceito. Trocar pela lente da caridade ao próximo ainda é um desafio.
Ao iniciar o ano e adentrar no Tempo Quaresmal, todo cristão católico está diante do imperativo do Senhor: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). No contexto dessa expressão, Jesus havia recebido triste notícia da morte de João Batista, o precursor que anunciava a presença do Messias. Sem mesmo ter um momento para
esse luto, já é chamado pelos discípulos que observavam uma multidão se aproximar. Jesus deixou de lado sua própria angústia por compaixão das pessoas que estavam com fome pela falta de alimento, mas também pelas injustiças da época. Ali, abriu os olhos dos discípulos para que percebessem que, uma vez aprendido com o Mestre, eles mesmos teriam condições de alimentar aquela multidão.
O elemento chave, mais uma vez, é a compaixão. Sem ter compaixão de uma pessoa que passa fome, pouco o ser humano sabe o que ele é verdadeiramente. Quando alguém se fecha em si e não é capaz de ajudar aquele que bate à porta pedindo um alimento, então a sociedade como um todo precisa rever seus conceitos morais e éticos. É impossível alguém não se sentir tocado com a cena de uma mão estendida pedindo socorro.
Com muita sobriedade e refletindo sobre as próprias condições que cada um tem para ajudar a quem precisa, será possível experimentar o poder transformador de uma Quaresma com reais propósitos e compromissos de conversão. Boa leitura e bom ano!
Compaixão com quem passa fome: um imperativo cristão para tocar a realidade
Live mobiliza agentes para o Ano Vocacional
Seminários diocesanos acolhem vocacionados
Ano XXVII - nº 288 - Fevereiro de 2023 Revista mensal da Diocese de Toledo
ESCRITÓRIO
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CIRCULAÇÃO
Toledo, Marechal Cândido Rondon, Palotina, Guaíra, Assis Chateaubriand, Jesuítas, Tupãssi, Terra Roxa, Nova Santa Rosa, Nova Aurora, Iracema do Oeste, Entre Rios do Oeste, Pato Bragado, Mercedes, Quatro Pontes, São Pedro do Iguaçu, Ouro Verde do Oeste, Formosa do Oeste e Maripá.
TIR AGEM
7.000 exemplares
IMPRESSÃO Gráfica TUICIAL
Os assuntos tratados em artigos assinados são de inteira responsabilidade do autor
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Os primeiros seguidores de Jesus estavam convencidos de que um batismo de água, ou um rito semelhante, não era suficiente para seguir Jesus; era necessário receber a efusão do seu Espírito Santo. É por isso que as palavras de João Batista foram bem recebidas no Evangelho: “Eu vos batizei com água, mas Ele, Jesus, vos batizará com o Espírito Santo”.
Precisamente por isso, não é de estranhar que, em momentos de crise, os primeiros cristãos tomaram consciência da necessidade de viver guiados, sustentados e fortalecidos pelo Espírito de Jesus. O livro do Apocalipse relata os momentos de crise que a Igreja experimentava sob o imperador Domiciano, e repete várias vezes aos cristãos: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas”.
A mudança cultural sem precedentes que vivemos hoje exige dos cristãos batizados uma fidelidade sem precedentes ao Espírito do Senhor. Antes de pensar em estratégias e planos programáticos para enfrentar o desafio da secularização, devemos nos perguntar como estamos vivendo nosso Batismo? Qual verdadeiro espaço o Espírito que recebemos no Sacramento do Batismo ocupa em nossas vidas?
Em vez de reclamar continuamente do crescente relativismo ético, do secularismo, da diminuição dos fiéis, devemos nos interpelar e nos perguntar se realmente é
possível viver um cristianismo sem Cristo e sem a Igreja! É urgente renovar o nosso modo de pensar, proclamar e viver a fé para que a Palavra de Deus ilumine as interro gações, dúvidas e medos que surgem no nosso coração. Devemos deixar o Espírito Santo habitar mais em nossas vidas. Somente Jesus e seu Espírito de vida poderão dar um novo rosto à Igreja. Somente Jesus e seu Espírito de vida poderão lavar o que está sujo, molhar o que está seco, curar o que está ferido, dobrar o que está rígido, aquecer o que está congelado, encontrar o que está perdido. Sem o Espírito de Jesus, a vida cristã esmorece, já não se desfruta da doce alegria do amor de Deus, diminui o entusiasmo de fazer o bem. Sem o Espírito de Jesus, a confiança em Deus desaparece, a fé vacila, o amor esfria, tornamo-nos descontentes e sem vida. Sem o Espírito de Jesus, nossas celebrações se transformam em um hábito monótono; a comunhão entre os fiéis se rompe e cada um vai em busca de sua própria verdade sem a iluminação da Palavra. Sem o Espírito de Jesus, o Evangelho se torna uma proposta inaceitável, a esperança morre, os medos crescem; a fé nos desconecta da vida.
A presença de Deus continua atuando nas pessoas. O Espírito de Jesus está vivo e operando até hoje na vida das pessoas! Porém, se não o ouvimos, se o consideramos um estranho, ultrapassado, como podemos colocar em prática os seus sete santos dons?
Este é o momento de viver nosso Batismo, de viver como cristãos, “com Cristo”. É chegado o tempo – e é este – de nos confiarmos verdadeiramente ao Espírito de Jesus, que sabe fazer novas todas as coisas e sabe renovar a face da terra.
Nosso grande e grave erro é abdicar de nosso Batismo, esquecer Jesus, negligenciar seu Espírito. Devemos voltar à raiz de nossa fé: renovar o nosso Batismo com o Espírito de Cristo e recuperar o Evangelho em toda a sua vitalidade e verdade para que se torne uma lâmpada para os nossos passos, uma luz para o nosso caminho.
D. João Carlos Seneme, CSS Bispo da Diocese de ToledoCresol
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começa por você.
Muito se tem estudado que a organização econômica pessoal é crucial para garantir um futuro de prosperidade. Se colocam todas as fichas no componente material para determinar uma certa estabilidade a longo prazo. Mas o futuro é feito de planos e nem sempre eles dão certo. Assim como modelos econômicos que privilegiam a produção que, no entanto, geram acúmulo e retenção, e ainda assim não são capazes de alimentar o povo. Onde está o erro nesta fórmula que o resultado se traduz na geração de mais e mais famintos?
É muito forte o apelo da Campanha da Fraternidade deste ano que coloca a fome sobre a mesa. No tempo quaresmal, esse apelo é ainda mais acentuado. Afinal, com seu cunho catequético, é possível pedagogicamente inserir a partilha em meio à fartura de uma mesa na própria casa. Basta lembrar daquela sobra de leite na caneca que resultou do exagero, da casca do pão não ingerido porque assou um pouco além do desejado, ou da xícara de arroz a mais que foi rejeitada na refeição. Basta lembrar neste momento daquelas pessoas que passam fome. Mas não só lembrar delas, e sim agir em favor delas.
Sim, o alimento é sagrado, assim como a hora da refeição é para ser uma experiência de vida, entre os membros da família e entre irmãos na fé que se reúnem para celebrar. Esse é um exercício importante de fé e vida. Cabe ainda neste momento da refeição uma atenção para aquele alimento que poderia ter sido partilhado com quem
bate à porta de casa ou toca o interfone do apartamento pedindo comida, não a sobra, mas o fruto da partilha.
Embora presente nos quatro evangelhos, a inspiração desta Campanha da Fraternidade vem do contido em Mateus: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). Este Evangelho foi escolhido por trazer uma abordagem de expansão da mensagem cristã, especialmente no desenvolvimento de um conjunto de costumes e valores relacionados à misericórdia e à solidariedade pelas necessidades do outro, especialmente dos pobres.
É esse o contexto em que a Palavra de Deus ilumina uma proposta de mudança de comportamento, livre de preconceitos em relação ao outro que passa fome.
Neste episódio descrito em Mateus, fica muito clara a urgência do alimento para o ser humano. Pode-se imaginar que naquele momento Jesus estava abalado pelas notícias da morte de João Batista e das perseguições por preparar a Boa-Nova ao povo. Porém, diante da informação vinda dos discípulos de que uma multidão o aguardava com fome, Ele não pensou duas vezes e deixou tudo de lado para acolher aqueles que sofriam. Perceba que Ele também estava angustiado, mas colocou-se no lugar daqueles que mais precisavam. Quem hoje faria o mesmo? Quem hoje teria compaixão para largar apenas um compromisso de agenda para saciar a fome de alguém? “Antes de curar o próprio coração, Ele se dedica a curar os sofrimentos dos outros – eis o exemplo da verdadeira compaixão” (Manual da CF 2023, nº 128).
Na Sagrada Escritura, outros momentos contribuem nessa proposta de reflexão e que levam a pensar não apenas na fome pela falta de alimento propriamente dito, mas acrescentam aspectos ligados ao compromisso do ser humano prover o alimento para si e para outros que talvez com as próprias
forças já não consigam mais. A Eucaristia é o elemento-chave nessa reflexão. São Paulo, escrevendo aos coríntios, manifesta preocupação com os irmãos que insistem em celebrar a Eucaristia sem se comprometer com as necessidades práticas e objetivas de cada membro da comunidade, salien-
A proximidade do início da Campanha da Fraternidade 2023 provoca cada cristão profundamente com o tema da “Fome”. E este ano com uma novidade na nossa Diocese. Todo serviço de articulação desta temática está sob responsabilidade da Cáritas Diocesana, um organismo recentemente articulado para interagir com as Pastorais Sociais que já realizam um excelente serviço em prol de quem mais precisa e é o rosto caritativo da Diocese.
tando aqueles que passam fome (cf. 1Cor 11,17-34). Aqui reside uma falta grave para com Deus no rito celebrado que é necessário cada um refletir um pouco diante dessa proposta quaresmal em que se insere a Campanha da Fraternidade. Portanto, fome, Eucaristia e missão estão entrelaçados nessa proposta.
Desperdício de
A Cáritas tem muitas linhas de ação, cada qual com seus líderes referenciais, e uma dessas áreas é justamente a sua atuação na CF 2023. Dentre essas pessoas responsáveis pela mobilização da Campanha, a Revista Cristo Rei conta com a Jennifer Teixeira para contribuir com a reflexão desta temática. “A Campanha tem um histórico que nos permite olhar para o chão que pisamos e pensar de que forma podemos agir, à luz da fé, para afastar esse flagelo da fome que é um problema muito sério no nosso País. A fome está interligada com problemas sociais, com saneamento básico, saúde, com desemprego, com educação, trabalho infantil, enfim, uma série de situações que envolvem os direitos dos cidadãos brasileiros. É assim que a fome grita”, pontua.
A necessidade de tocar nesse assunto vem da gravidade revelada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, a qual apurou que 33 milhões de pessoas estão em “insegurança alimentar grave” no Brasil. Uma pessoa em situação de
ainda é um desafio para a sociedade
insegurança alimentar grave é quando não tem dinheiro para comprar alimentos, faz apenas uma refeição ao dia ou fica sem comer um dia inteiro. O dado inclui crianças. Por isso, essa constatação é base para promover reflexões que ajudem a recuperar a dignidade das pessoas. “A fome existe; ela é real. Ela está aqui em municípios da nossa Diocese. É muito comum ouvir pessoas dizendo que na minha cidade não há fome ou pessoas passando fome ou que não tem pobreza. Contudo, nós precisamos olhar a realidade mais de perto”, afirma Jennifer que já atuou em Centro de Referência em Assistência Social, um serviço público presente nos municípios para o atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Eu lembro que no período mais forte da pandemia de covid-19, a procura por alimento só aumentou e mesmo com a diminuição dos riscos da pandemia essa procura continuou intensa. Vejo que a popula-
ção está sim precisando desse cuidado, dessa atenção com políticas públicas que venham a convergir para romper o ciclo de pobreza. Com toda certeza, os municípios precisam de investimentos nessa área”, considera.
Para ela, vale a pena ouvir o convite do Papa Francisco para que os cristãos cheguem mais perto dessa realidade e pratiquem a caridade. “Isso é parte da nossa fé, é parte daquilo que acreditamos. Mas também precisamos lutar para que essas pessoas que sofrem de insegurança alimentar ou que passam fome, tenham o direito garantido através de políticas públicas. Quem nunca se preocupou como vai conseguir essa comida, esse alimento para si e para sua família? Então essa tem que ser a nossa preocupação de cristãos: como está aquela pessoa que talvez vive na nossa rua e não tem um rendimento, não tem um trabalho ou condições de trabalhar?”, pondera.
Quando se toma a Eucaristia para dar base a essa reflexão sobre a fome, vale recuperar os escritos de São Paulo aos coríntios (cf. 1Cor 11,17-34), onde o apóstolo está preocupado com a forma pela qual estavam testemunhando sua fé. Naquela época, primeiro se fazia uma ceia, onde todos repartiam alimentos que cada um levava e logo em seguida se conduzia a celebração eucarística.
Lembrando: “Eucaristia é a memória permanente da morte de Jesus como dom de vida para todos (corpo e sangue)” (Bíblia Sagrada, Paulus, notas explicativas, p. 1404). O fato de descontentamento era de que quem chegava atrasado, por conta das tarefas, não encontrava mais nada para partilhar. E assim a celebração (que deveria ser da partilha) se tornou um lugar de ostentação para alguns, discriminação e contrastes. “Paulo interpela a comunidade: não será uma incoerência celebrar a Eucaristia quando na própria celebração se fazem distinções e se marginalizam os mais pobres? (....) Ao participar da Eucaristia a comunidade forma um só corpo. Se a comunidade não entender isso, estará celebrando a própria condenação” (idem). Quem deseja e comunga da Eucaristia deve ter consciência dos compromissos deste ato. É por meio de um pobre faminto que bate
à porta onde Deus faz o cristão compreender o que é o amor e materializá-lo no gesto concreto de partilha. “O Evangelho traz uma forma muito bonita e ao mesmo tempo muito intensa, muito forte, sobre a força do milagre da multiplicação que justamente se dá na partilha. Por isso, o pão partilhado com o pobre é o pão partilhado com Jesus”, comenta. “A partilha é um sinal eloquente do perfeito seguimento de Jesus”, completa. Quem não partilha está sendo egoísta, e com essa atitude as necessidades surgem e a desigualdade brota com
Em sua estrutura, a Diocese de Toledo conta com o serviço da Pastoral do Auxílio Fraterno, com mais de 30 anos de atuação e de resultados expressos em números (confira na página 32 desta edição), mas substancialmente vistos por conta da mudança de comportamento de pessoas que fazem uma experiência de fé prática por meio da partilha. Esse é um dos exemplos, pois existem outros tantos realizados pelas pastorais e movimentos.
Esta organização da Igreja Católica, em Toledo e outros 18 municípios, é aquilo que se diz da caridade visível no combate à fome e no resgate da dignidade humana. Leigos e sacerdotes que se empenham neste gesto concreto em auxílio a quem precisa. Um serviço estruturado, organizado, com cadastros, que
muita força. Quem não partilha, portanto, ainda não entendeu o que é a Eucaristia; ela é o próprio corpo e sangue de Cristo, com tudo o que Ele ensinou e com todo seu amor. “E qual é o primeiro gesto que o padre faz quando no rito da consagração? Ele reparte o pão. Então, a partir do momento que faz essa partilha, todos nós fazemos memória de Jesus que deu esse exemplo para que nós o sigamos neste gesto com nossos irmãos. É importante a gente conseguir ter essa coragem e amor eucarístico de olhar para o outro”, salienta.
faz o primeiro atendimento e mais urgente com alimentos. “É muito bom ver o quanto a comunidade pode se envolver pelo próximo para que ninguém passe fome e tenha sua dignidade respeitada. Afinal, não podemos ignorar a realidade e só ficar em casa rezando. A oração é extremamente importante, faz parte do processo de conversão e a Quaresma vem para nos lembrar disso. Mas também que a fé sem obras é morta. Esse compromisso social é o convite que a Campanha da Fraternidade vem nos fazer, um convite de olhar para o próximo e ver a fome que bate à porta de muitas pessoas. Precisamos desenvolver esse olhar carinhoso e misericordioso e enxergar que é o nosso irmão que está precisando”, conclui Jennifer.
Para viver esse tempo Quaresmal, a Igreja no Paraná, por meio da CNBB Regional Sul 2, distribuiu para todas as dioceses o subsídio “Encontros para Quaresma, Via-Sacra e Celebração Pascal”. Com ele, os cristãos têm a possibilidade de se reunir nos grupos de famílias e de vizinhos para realizar a sua preparação para a Páscoa. Neste subsídio, os cinco encontros contemplam momentos de acolhida, leitura orante do Evangelho, participação em uma dinâmica, apresentação dos pedidos ao Senhor na oração e um gesto concreto. Em cada um deles são apresentados testemunhos de pessoas que tiveram experiências fortes de conversão e de proximidade com Deus.
Um desses testemunhos é da Analice Tomadon de Abreu, esposa de Pedro Bento de Abreu, da Paróquia Sagrada Família, de Toledo. Com o título “Deus me deu a graça de perdoar”, ela relata uma experiência marcante a partir de um fato que tornou-se decisivo para o fortalecimento da vida do casal. “Nós conseguimos fazer a experiência do verdadeiro perdão e isso só foi possível com a graça de Deus. Hoje, falamos do assunto e testemunhamos o perdão que salvou o nosso casamento”, afirma ao concluir seu testemunho que está contido no 2º Encontro do subsídio (p. 10).
O sentido de toda vida de Jesus,
e por consequência da vida humana, é testemunhar o amor. Não é fácil compreender essa dinâmica do rosto que levou uma bofetada oferecer a outra face, ou da mão que o prego transpassou ser a mesma que oferece a paz. Logo, a Quaresma é um convite a esta pedagogia do amor maior que insiste em brotar nos corações que parecem já enrijecidos pela secura da incapacidade de se autoirrigar.
Pelas práticas quaresmais, todos são convidados à reconciliação que,
por sua vez, aproxima cada um com Deus. “O amor é a fonte de qualquer comportamento verdadeiramente humano, pois leva a pessoa a discernir as situações e a criar gestos oportunos, capazes de responder adequadamente aos problemas. (...) O amor é a força de Deus e também a força da pessoa aliada a Deus” (Bíblia Sagrada, Edição Pastoral – Paulus). Esse é o remédio que colocado aos poucos e diariamente ajuda a cicatrizar as feridas mais expostas possíveis dentre as quais a ferida do coração, talvez uma das principais e mais difíceis. Mas o amor está ali, pronto e na dose certa. Jesus ensina que para estar perto de Deus é preciso antes de tudo se lavar com as águas do perdão para adentrar na morada do Pai. O elemento do perdão é crucial neste tempo próprio que dá direção ao sentido da fé. Cada cristão ganha nova oportunidade na Quaresma para rezar e praticar o amor até chegar a esta compreensão de que é necessário “jogar fora” todos os sentimentos e atitudes que estejam causando sofrimento para si e para as outras pessoas, próximas ou não da convivência. A Quaresma é esse tempo que propicia condições para que cada um olhe para si mesmo e note essas “falhas” que precisam ser corrigidas, caso queira permanecer no amor do Pai.
Agora é pra valer! Está agenda a primeira Live do Ano Vocacional 2023. É importante que você conheça e se engaje nessa proposta que tem por finalidade contribuir para despertar e acompanhar vocações, especialmente para a Diocese de Toledo. Anote na sua agenda e participe. Será no dia 10 deste mês de fevereiro, às 19h30. Para participar, os agentes vocacionais deverão se inscrever, no máximo até 8, através de um link, cujo convite encontra-se na secretaria da sua Paróquia. Entre em contato e faça parte desta mobilização que visa oferecer oportunidades aos jovens.
Ainda no final do ano passado, na última reunião do Conselho Diocesano de Pastoral, o assessor para o Ano Vocacional na Diocese de Toledo, Pe. Juarez Pereira de Oliveira, salientou a característica da corresponsabilidade de cada cristão em se envolver com vistas a incentivar as atividades vocacionais. “Catequistas, membros da Infância e Adolescência Missionária, coordenadores de Coroinhas e Acólitos, Setor Juventude, Pastoral
Dados esses primeiros passos, um pouco mais adiante será promovido um encontro de formação diocesana para Agentes do Ano Vocacional. A programação está marcada para o dia 26 deste mês de fevereiro, na qual serão repassadas algumas informações importantes sobre a condução das atividades na Diocese de Toledo. As inscrições poderão ser realizadas até o dia 20, através de um link que será enviado às secretarias paroquiais. O local do encontro será a Paróquia Sagrada Família, em Toledo, com início às 8h. O término está previsto para às 17h.
Universitária, Pastoral Familiar, nossos formadores, enfim, nossa comunidade precisa se envolver e incentivar as vocações. No nosso dia a dia da comunidade de fé, todos nós podemos ser agentes vocacionais. Precisamos ajudar nessa articulação lá nas nossas comunidades e nas pastorais e movimentos”, afirmou. Durante a live, será lançado o primeiro roteiro de atividades.
O 3º Ano Vocacional do Brasil tem como tema “Vocação: Graça e Missão” e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33). Em sintonia com esta campanha nacional, a Igreja no Paraná (Regional Sul 2) dirige o convite para Despertar e Acompanhar as novas gerações a fim de lhes facilitar a experiência da graça da vocação e as conduzir para a missão. Este apelo se estende às paróquias, comunidades eclesiais, consagradas e formativas, pastorais e movimentos em todo o Paraná.
Neste trabalho, é preciso ir ao encontro do público infantojuvenil. Sendo assim, cabem aqui, duas questões importantes: primeira, de quem é a tarefa de conduzir este trabalho nas comunidades?
Para efetuar as conversas com o público infantojuvenil, é preciso contar com agentes, os quais são leigos da própria comunidade paroquial, sobretudo os que já acompanham um grupo de crianças, adolescentes ou jovens e que interage com eles com boa frequência.
Também não há necessidade de fazer eventos extraordinários, o melhor caminho é aproveitar os encontros que já acontecem e neles tratar dos temas vocacionais. Das conversas surgirão motivações críticas, sugestões, ideias... Tudo isso não pode se perder ou cair no esquecimento. É necessário que os agentes recolham essas informações em sínteses, depois socializem-nas com os demais agentes da comunidade e/ou paróquia. Posteriormente, será preciso, também, ser socializadas com a Diocese, depois com a Provincia Eclesiástica e, por fim, com o Regional. Esse é o caminho para ajudar a Igreja a tomar consciência de sua responsabilidade com o Despertar e Acompanhamento das novas gerações.
A segunda questão é o que conversar com estes adolescentes e jovens sobre o Ano Vocacional? Os candidatos a agentes do AV2023 serão acompanhados por uma equipe diocesana e regional. Aos dispostos, a este trabalho, terão que realizar inscrição online na plataforma regional do AV2023, que, por sua vez, lhes dará direito a receber informações e orientações em seu próprio Whatsapp, como: instruções, lives de preparação dos agentes, roteiros vocacionais, passo-a-passo das sínteses, etc. Entretanto, não se pode perder de vista três temáticas indispensáveis para o futuro vocacional das nossas Igrejas: Ambientes, Atitudes e Acompanhamento Vocacional.
Animação litúrgica e animação missionária são as duas grandes dimensões apontadas como prioridades para a Ação Evangelizadora da Diocese de Toledo ao longo deste ano de 2023. Você que acompanha a Revista Cristo Rei se recorda muito bem que estas urgências de atenção pastoral são resultado da Assembleia Diocesana realizada em novembro do ano passado, no Centro de Formação Instituto São João Paulo II. Na ocasião, houve a participação de 158 agentes eclesiais, entre membros do clero diocesano, religiosos e leigos. O período acentuado de isolamento social é o que prejudicou oportunidades mais concretas de experiências com os pilares do Pão e da Missão, e por isso a estratégia de atuação foi reformulada para dar prosseguimento a esta realidade.
Essas prioridades contemplam o conjunto de quatro pilares que compõem a grande tarefa de formar comunidades eclesiais missionárias, descritas nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e, por conseguinte, do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora. “A comunidade eclesial missionária é como se fosse uma casa que precisa ser sustentada por quatro pilares: Palavra (animação bíblica), Pão (animação litúrgica), animação fraterna da comunidade (Caridade) e animação missionária (Missão). Tais pilares são os caminhos que temos a percorrer para contemplar a comunidade eclesial missionária”, explica o coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, Pe. André Boffo Mendes.
Tendo presente essas prioridades, no âmbito local, as Paróquias seguem o
Após avaliação da realidade, desafios são apresentados com pistas de ação
mesmo percurso de unidade, refletindo com seus membros como fazer para que as pessoas consigam entender melhor o rito da Santa Missa, como valorizar a experiência do Domingo e como motivar as lideranças para que se autocompreendam como missionárias? “Nota-se que aqueles que frequentam as celebrações encontram dificuldades em entender a dimensão do rito celebrado. Nosso desafio é explicar a Santa Missa sem torná-la uma aula. A Santa Missa é um rito para ser vivido”, comenta Pe. André.
Além disso, soma-se o desafio para os cristãos da valorização do Dia do
Domingo. “O Domingo, para nós cristãos católicos, é o dia da Ressurreição, o dia da família. No âmbito da fé, o Domingo é um dia diferente de todos os outros. Além disso, ele oferece a contemplação do Ano Litúrgico. Atualmente, essa dimensão está um pouco desgastada dentro do contexto de sociedade. Entendemos a complexidade das pessoas que trabalham aos domingos, mas não podemos relativizar”, acrescenta.
O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, reforça essa reflexão salientando que o Domingo é um dia de pertencimento do fiel com a comunidade. “Nas comunidades os fiéis se identificam pelo amor ao próximo, observam a necessidade do outro, partilham e rezam juntos. Por isso, a celebração do Domingo é para fortalecer esses laços e também promover o crescimento da consciência de comunidade”, observa.
No aspecto da dimensão missionária, a Diocese de Toledo mantém sua experiência com a Igreja irmã, a Diocese de Brejo, localizada no Maranhão, e a partilha com a Igreja no Paraná na Missão Católica São Paulo VI, em Guiné-Bissau (África). “Mas muito mais do que fazer ações missionária é refletir sobre ‘Como eu sou missionário?’, uma pergunta para todos nós pensarmos”, completa Pe. André.
Para colaborar com as comunidades, a Diocese de Toledo divulgará ao longo do ano alguns materiais audiovisuais que explicam partes da Santa Missa, tanto para adultos quanto para crianças, bem como a relevância do Domingo. Numa parceria com as Pontifícias Obras Missionárias (POM), a Diocese de Toledo organiza uma agenda de encontros
com as lideranças para uma espiritualidade missionária. “Fazer missão não é só entender o que precisa ser feito, mas é ter uma espiritualidade missionária”, salienta o coordenador da Ação Evangelizadora.
Conforme D. João, as atividades programadas para este ano têm a
AÇÃO LITÚRGICA (PILAR DO PÃO)
- Formações litúrgicas nas Paróquias, tendo por base a Carta Apostólica Desiderio Desideravi, do Papa Francisco;
- Investir no aspecto mistagógico da Santa Missa, promovendo a compreensão dos seus ritos;
- Catequese como meio de inserção litúrgica (explicação dos ritos, símbolos e sacramentais);
- Resgate do real sentido do Domingo para os cristãos;
- Melhor preparação das Celebrações da Palavra;
- Salientar aos cristãos que as mis-
finalidade de que cada pessoa se reconheça membro da Igreja, inclusive se autocompreenda como missionária. “Eu sou missionário quando vou à Igreja e participo da Eucaristia; sou missionário quando visito uma pessoa doente; participo do momento de oração de alguém que faleceu, e outras formas de missão.
Tudo isso faz parte. E depois essa missão vai alargando horizontes até chegar na missão que chamamos de ad gentes, que vai para outros lugares. O que precisamos ter consciência é de que fazemos parte da Igreja, por meio do Batismo e participação nos demais Sacramentos”, salienta o bispo diocesano.
sas da semana não devem substituir o Domingo;
- Publicidade para valorização do Domingo.
AÇÃO MISSIONÁRIA (PILAR DA ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA)
- Prioridade na dimensão testemunhal missionária das lideranças;
- Incentivo aos meios de comunicação como instrumentos de evangelização e missão;
- Despertar a Infância e Adolescência Missionária (IAM) nas paróquias e valorizar onde ela já está presente;
Assustados com o horror da guerra, mas muito solidários e generosos, os católicos paranaenses reuniram doações que alcançaram um total de R$ 494.463,28 por meio da Campanha “Pela Ucrânia, pela vida”. Realizada de março a agosto do ano passado, a campanha foi uma iniciativa da Cáritas Brasileira Regional Paraná, em parceria com a CNBB Regional Sul 2 e a Metropolia Católica Ucraniana São João Batista, em resposta emergencial e humanitária às vítimas da guerra. O primeiro montante foi repassado em julho daquele ano para a Cáritas da Ucrânia, perfazendo a quantia de R$ 341.683,32. Mas para fazer a transferência, a Cáritas pagou R$ 62.550,93 entre taxas bancárias, tarifa de envio e retenção de Imposto sobre Operações
- Mais de 6,6 milhões de pessoas estão deslocadas na Ucrância, fugindo das zonas de combate.
- Pelo menos 4,8 milhões de pessoas refugiadas da Ucrânia foram registradas em toda a Europa, quase todas são mulheres, crianças e idosos, em 44 países daquele continente.
- 17,7 milhões precisam de assistência humanitária
- Valorizar a juventude missionária e fomentar as diferentes expressões juvenis;
- Nas preparações para os Sacramentos (Batismo e Matrimônio), ressaltar o caráter missionário do cristão;
- Formações sobre missionariedade para os Conselhos de Pastoral Paroquial e das Comunidades (CPP/CPC);
- Ir ao encontro das minorias e periferias existenciais; fomentar pequenos grupos em perspectiva de descentralização;
- Compromisso de membros das pastorais, movimentos e afins no acompanhamento de afastados.
Financeiras (IOF). O saldo restante ficou para alavancar a campanha e disponibilização para as solicitações de apoio às famílias de migrantes ucranianos que chegaram ao Brasil e estão sendo atendidas nas comunidades por meio da Cáritas.
A Quaresma dá abertura ao Tempo Pascal, que tem como seu núcleo a celebração do próprio Tríduo Pascal. Para que os fiéis possam ter uma experiência de fé por meio da Liturgia, a Pastoral Litúrgica da Diocese de Toledo promove um encontro de formação neste dia 12 de fevereiro, com o tema “A Mistagogia do Tríduo Pascal”.
Esse evento formativo é destinado a todos que atuam na Pastoral Litúrgica, nas Equipes de Cantos, bem como aos Ministros Auxiliares da Comunidade e demais agentes de pastorais e movimentos interessados. Como proposta de articulação para que este conteúdo produza frutos na comunidade, é importante a presença de representantes de todas as paróquias. Quem participar, certamente poderá exercer seu Batismo junto com os irmãos na fé para que esta espiritualidade os auxilie no seguimento aos passos de Jesus, contemplando os mistérios da fé cristã.
O evento está em sintonia com a decisão da Assembleia Diocesana que apontou uma das prioridades para este ano o Pilar do Pão (cf. Plano Diocesano da Ação Evangelizadora), que envolve a dimensão litúrgica e sua espiritualidade.
“Ao aproximar-se a Quaresma, que inicia o Tempo Pascal se faz necessária a formação dos que atuam nas celebrações em nossas comunidades”, salienta o assessor diocesano da Pastoral Litúrgica, Pe. Sérgio Augusto Rodrigues.
CURIOSIDADES LITÚRGICAS
Encontro de formação: “A Mistagogia do Tríduo Pascal”
- Data: 12 de fevereiro. Início às 8h e término às 16h30.
- Assessoria: Arnaldo Antônio de Souza Temochko, de Curitiba. Mestrando em Teologia, Especialista em Música Ritual e Pós-graduando em Liturgia.
- Local: Paróquia São Cristóvão - Toledo
- Inscrições: Site da diocese de Toledo até o dia 6 de fevereiro, com acesso via secretaria de sua paróquia ou com Sueli Guerra, via WhatsApp (45) 99914-1397.
O ritmo acelerado da semana, permeado de uma série de atividades, pode nos levar à desvalorização da participação da Santa Missa aos domingos. Esta tem sido uma grande preocupação da Igreja. Por esse motivo, nos próximos meses, abordaremos as motivações para a relevância e precedência do domingo em relação aos outros dias da semana e as suas celebrações.
O primeiro ponto a ser tratado está na diferença entre o sábado e domingo como dia reservado ao culto divino. No Antigo Testamento, o sábado é o dia de destaque. Foi o dia em que, simbolicamente, Deus descansou e santificou depois de ter criado o universo (cf. Gn 2,3). Promulgou como o dia santo na Lei de Moisés (cf. Ex 20,8-11). E se tornou um preceito reco-
nhecido por outros povos em relação aos judeus (cf. Ex 31,16-17).
Nós, cristãos, herdamos a configuração da semana dos israelitas. Contudo, já os primeiros cristãos celebravam os mistérios eucarísticos após a tarde do sábado (I Vésperas de domingo), o que chamavam
de una sabbati, isto é, “no primeiro dia depois do sábado”, conforme São Paulo nos indica em 1Cor 16,2.
O grande motivo desta mudança no dia do culto se dá pela abolição das leis cerimoniais do Antigo Testamento com o estabelecimento da Nova Aliança em Jesus Cristo (cf. Cl 2,16). Em outras palavras, não se trata da mesma celebração. Celebra-se, agora, uma nova páscoa. A Páscoa de Cristo, o Mistério Pascal, Salvação, cujo domingo é o dia por excelência, uma vez que testemunha o ápice deste mistério: a Ressurreição. O domingo se torna, portanto, o Dia do Senhor.
LeonardoAcontecem neste mês de fevereiro, a maioria das celebrações eucarísticas com o Rito de Posse dos padres que vão exercer seus ministérios como párocos em diferentes comunidades paroquiais. Esta é a conclusão do processo de transferências anunciadas em 13 de dezembro do ano passado pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme. O período das posses foi aberto pelo Pe. Nelton Hemkemeier, que assu -
miu oficialmente no dia 25 de janeiro último, como pároco na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Guaíra, que mais recentemente vinha sendo atendida pelo Pe. Jauri Strieder, da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes. Por sua vez, o seminarista Leonardo Ribeiro de Souza Castro atuará como colaborador paroquial na Paróquia São Francisco de Assis, em Assis Chateaubriand.
A Diocese de Toledo começa muito bem este ano anunciando o primeiro grupo de leigos candidatos ao diaconado permanente. Eles farão parte da Escola Diaconal Diocesana que é inaugurada com 22 homens. São fiéis católicos, com vivência na comunidade e experiência em pastorais e movimentos, que se colocam neste momento ao início de um período de discernimento acerca deste ministério que faz parte do primeiro grau do Sacramento da Ordem.
A partir deste mês de fevereiro até novembro, eles participarão de encontro, retiros – inclusive com suas famílias – para se aproximarem do conteúdo formativo. É a chamada fase propedêutica, com abordagem de alguns temas específicos para contribuir ao discernimento. Ao final, se o candidato tem condições de dar continuidade a esta caminhada formativa, ele poderá ser admitido aos estudos da Teologia para se configurar a este ministério ordenado. Para isso, a Diocese de Toledo contará com o aproveitamento de estruturas já disponíveis, como por exemplo o Centro de Formação Instituto São João Paulo II.
A relação dos integrantes desta primeira turma contempla homens dos quatro decanatos da Diocese e que apresentam esse tom vocacional. Nesse primeiro grupo, estão os indicados pelos párocos. Entretanto, com o passar dos anos, a própria pessoa poderá ser apresentar para este serviço.
Ledir Brustolin é um dos candidatos. Ele é da Paróquia São Vicente Palotti, de Palotina, onde também atua há dez anos como Ministro Auxiliar da Comunidade (MAC) e faz parte com a esposa Teresinha no Caminho Neocatecumenal. Ao falar sobre o convite para fazer a Escola de Diáconos Permanentes, Brustolin se disse um pouco surpreso pela in-
dicação. “Foi uma reação positiva e um pouco até de surpresa. A família reagiu muito bem e minha esposa já se dispôs a me apoiar nessa nova etapa na minha vida”, comenta.
Brustolin foi visitado pelo Pe. André Boffo Mendes, responsável pela animação vocacional dos diáconos permanentes nesta Escola organizada pela Diocese de Toledo. De acordo com o candidato, ambos tiveram uma conversa muito esclarecedora. “[Pe. André] É uma pessoa que sabe orientar e esclareceu todas as dúvidas. O que mais chamou a atenção no que ele me disse, claro se chegar até o final, do propedêutico e a Teologia, é que faremos parte do clero da Diocese e responderemos ao bispo. É algo que chama a atenção se vamos conseguir sermos dignos disso tudo. Mas é claro, estamos com a mente aberta e entusiasmados para esse ano Propedêutico e dispostos a aprender mais sobre nossa Igreja e
colaborar mais com a comunidade”, sublinha.
A formação dos Diáconos Permanentes será acompanhada também por Pe. Marcos Denck da Silva, que é o assessor dos Diáconos, e Pe. Luiz Carlos Franzener como formador. Os diáconos permanentes poderão, além da vida pessoal, familiar e profissional, colaborar mais proximamente com a evangelização na Igreja.
O diaconado é uma riqueza da Igreja e faz parte do Sacramento da Ordem. Há tempos a Diocese de Toledo vinha pensando como incluir os diáconos permanentes na caminhada. Dentre as 18 dioceses, apenas três não têm a presença de diáconos. No caso da Diocese de Toledo, a reflexão passou pelos conselhos diocesanos, dentre eles, o Conselho de Presbíteros que conjuntamente com o todo o clero decidiu pela implantação do processo formativo.
Decanato Assis
Candidato Paróquia Cidade
Adão da Silva Leite São Francisco de Assis Assis Chateaubriand
Claudimar Uliana Santo Inácio de Loyola Jesuítas
João Ilton Paiva São Francisco de Assis Assis Chateaubriand
Vanderlei Mariussi Nossa Senhora de Lourdes Tupãssi
Decanato Palotina
Candidato Paróquia Cidade
Carlos Alberto Rodrigues São Vicente Pallotti Palotina
Cledio Antonio Sganderla Nossa Senhora dos Navegantes Guaíra
Fabricio Cesar Turcatto Nossa Senhora Aparecida Terra Roxa
José Moreira dos Santos Nossa Senhora Aparecida Guaíra
Ledir Nelson Brustolin São Vicente Pallotti Palotina
Vicente Cremonez São Vicente Pallotti Palotina
Decanato Rondon
Candidato Paróquia Cidade
Edson Luiz Rhode Maria Mãe da Igreja Marechal Cândido Rondon
Roque Cezar Barbosa Sagrado Coração de Jesus Marechal Cândido Rondon
Valdeci Conrat Maria Mãe da Igreja Marechal Cândido Rondon
Decanato Toledo
Candidato Paróquia
Edmar A. Teixeira Menino Deus
Edmar J. Silva São Pedro e São Paulo
Fabiano Vieira da Silva Sagrada Família
Inácio Puhl Sagrada Família
Marcelo Alois Moresco Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida
Marcos Antônio Padilha Quase-Paróquia Nossa Senhora Aparecida
Paulo Roberto Salesse Menino Deus
Rogério Gárcia Pachelli Santa Rita
Sebastião Luís da Silva São Cristóvão
Cidade
Toledo
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Toledo
Toledo
Os Seminários Diocesanos São
Cura d’Ars, de Quatro Pontes, e Maria Mãe da Igreja, de Toledo, iniciam suas atividades com seus vocacionados em clima de acolhida e de uma programação intensa de atividades.
No caso específico do seminário menor de Quatro Pontes, a acolhida para as atividades de 2023 acontece de maneira festiva. Muitos dos ingressantes são provenientes do Pré-seminário. Mas todos eles entram na casa de formação que vivencia o contexto de comemoração pelos seus 40 anos de presença formativa e de oportunidades aos adolescentes e jovens. Neste dia 12 de fevereiro, uma celebração eucarística marca essa data tão representativa no quadro vocacional da Diocese de Toledo. As comemorações destas quatro décadas do Seminário São Cura d’Ars estão pautadas no lema “Formando homens livres e misericordiosos para o pastoreio na Diocese de Toledo”.
Por sua vez, o Seminário Maior Maria Mãe da Igreja, em Toledo, que acolhe jovens e adultos para as etapas de Discipulado (Filosofia) e Configuração (Teologia), recebe 19 seminaristas, sendo que 18 moram no próprio seminário e um no Seminário São Cura d’Ars, pois auxilia na formação dos iniciantes.
O Seminário Maria Mãe da Igreja completará 44 anos em maio.
Catequista: Roque Cezar Barbosa
Formação Humana: Elenira Cunha Aparecida Moreira
Acompanhamento intelectual: Ivanete Barbosa
Acompanhamento psicológico: Gilberto Moreira Rocha
Língua Inglesa: Luciana Roesler
1º ANO
SEMINÁRIO SÃO CURA D’ARS Quatro Pontes
Kauan de Souza – Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Vila Nova
Matheus Oliveira de Souza Donega – Paróquia Santo Inácio de Loyola – Jesuítas
Rafael Michell Parise – Paróquia Sagrada Família – Toledo
2º ANO
Bruno Gabriel Gobbi – Paróquia Menino Deus – Toledo
Matheus Biscaro Brixner – Paróquia Cristo Rei – Entre Rios do Oeste
3º ANO
Daniel André Bianchetti – Paróquia São Luiz Gonzaga – Pato Bragado
Lucas Marcelo Troes Wickert – Paróquia São Vicenti Pallotti – Palotina
Kevin Benevento Kerber – Paróquia Santa Rita de Cássia – Toledo
Pedro Henrique Andrele – Paróquia São Luiz Gonzaga – Pato Bragado
Reitor: Pe. Marcelo Ribeiro da Silva
Diretor espiritual: Pe. Milton Wermann
Seminarista Assistente: Lucas Eduardo Teixeira Barbosa
1º ANO DE FILOSOFIA
Bred Patrik Oliveira Mugnol – Paróquia Menino Deus – Toledo
Carlos Eduardo Motta Antunez – Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Marechal Cândido Rondon
Erick Antonio Mathias – Paróquia Santo Inácio de Loyola – Jesuítas
2º ANO DE FILOSOFIA
Carlos Kauan de Oliveira Pereira – Paróquia São Francisco de Assis – Toledo
Rafael Ribeiro de Souza Castro – Paróquia Nossa Sra. do Carmo – Assis Chateaubriand
Vinicius Gomes Fazuline – Paróquia Santo Inácio de Loyola – Jesuítas
3º ANO DE FILOSOFIA
Daniel Rosa Brasil – Paróquia Nossa Senhora de Lourdes – Tupãssi
Lucas Tertuliano Alves da Silva – Paróquia Nossa Sra. do Carmo – Assis Chateaubriand
Vinicius Eduardo dos Santos Soares – Paróquia Sagrada Família – Toledo
Vitor Gustavo Ito Mazorana – Paróquia São Roque – Nova Aurora
4º ANO DE FILOSOFIA
Lucas Eduardo Teixeira Barbosa – Paróquia Maria Mãe da Igreja – Marechal Cândido Rondon (Residente em Quatro Pontes, como Assistente)
SEMINÁRIO MARIA MÃE DA IGREJA
Toledo
1º ANO DE TEOLOGIA
Gabriel Crome dos Santos – Paróquia São
Francisco de Assis – Assis Chateaubriand
Marcus Vinicius de Jesus Sanita – Paróquia Nossa Sra. do Carmo – Assis Chateaubriand
2º ANO DE TEOLOGIA
Antonio Aparecido de Souza Junior – Paróquia São Roque – Nova Aurora
Matheus Orlando – Paróquia Nossa Senhora do Carmo – Assis Chateaubriand
Matheus Thim – Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Maripá
Mayron Fabricio de Oliveira – Paróquia São Pedro e São Paulo – Toledo
Vinicius Ricardo Galvão Rosa – Paróquia São Roque – Nova Aurora
3º ANO DE TEOLOGIA
Joaquim José da Silva Cardoso – Paróquia Nossa Sra. do Carmo – Assis Chateaubriand
FORMADORES
Reitor: Pe. Juarez Pereira de Oliveira
Diretor espiritual: Pe. Lucas Sebastião Schwarz
“O Setor Juventude é o espaço que articula, convoca e propõe orientações para a Evangelização da Juventude, respeitando o protagonismo juvenil, a diversidade dos carismas, a organização e a espiritualidade para a unidade das forças ao redor de algumas metas e prioridades comuns (CNBB, Doc. 85, nº 193) à luz do documento 85 – Evangelização da Juventude, das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e do Documento de Aparecida”, afirma o Pe. Kleber Pacheco, coordenador do Setor Juventude do Regional Sul 2, que compreende todas as dioceses do Paraná.
Na Diocese de Toledo, o assessor do Setor Juventude é o Pe. Juarez Pereira de Oliveira, juntamente com o seminarista Joaquim José da Silva Cardoso. O objetivo principal do Setor Juventude é gerar um espaço de comunhão e participação para unir e articular todos os segmentos juvenis diocesanos num trabalho conjunto. E, portanto, tem a missão de favorecer a integração e o diálogo, além de propor algumas diretrizes comuns para a evangelização dos jovens.
Fazem parte do Setor, em nossa Diocese: a Pastoral da Juventude, cuja coordenadora é Flávia Barbosa; o Ministério Jovem da Renovação Carismática Católica (RCC), sob a coordenação do Mauro Sérgio da Silva; o Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), sendo coordenado pelo Carlos Eduardo da Silva; o Movimento Cursilho de Cristandade Jovem (MCC), coordenado pelo Marcos Paulo Hawerroth; a Juventude Mariana (JAM), na
coordenação da Juliana Amaral Miranda Brisqueleal. Há ainda a Pastoral da Juventude Lassalista (Pajula).
Conforme preveem alguns documentos, também estão convidados a fazer parte do Setor Juventude, as Congregações Religiosas que trabalham com juventude, Catequese Crismal, Pastoral Vocacional, Pastoral da Educação, Pastoral Familiar, Pastoral do Adolescente, Pastoral Universitária e outros segmentos eclesiais envolvidos com evangelização juvenil (cf. CNBB, Doc. 85, nº 193).
Caso existam outros ramos jovens na Diocese, o coordenador pode entrar em contato com a secretaria de pastoral e se identificar.
Além do Assessor Diocesano, que também assessora o Decanato Toledo, cada Decanato conta com um padre assessor: Pe. Ricardo Pioner, no Decanato Assis; Pe. Jauri Strieder, no Decanato Palotina; e Pe. Marcelo Ribeiro da Silva, no Decanato Rondon.
- Celebração mensal da Missa Jovem em um local determinado pelo Decanato, além de outras atividades propostas no próprio Decanato. Em Toledo, a Missa Jovem acontece no 4º Domingo do mês, às 19h30, na Capela Santa Maria, localizada no Jardim Santa Maria.
- Luau da Juventude, no dia 25 de fevereiro, no campo do Seminário Santa Mônica, a partir das 19h30.
- Festa Julina da Juventude, no dia 1º de julho, com divulgação do local nas próximas edições da Revista Cristo Rei.
- Em âmbito diocesano, haverá o Retiro para as coordenações Jovens, nos dias 26 e 27 de agosto, no Centro de Formação
Instituto São João Paulo II; - Festival Vocacional (Festivo), no dia 22 de outubro, em Quatro Pontes.
Para você que é jovem e ainda não participa do grupo de jovens da sua paróquia, procure se informar na secretaria paroquial. Mas, se na sua paróquia ainda não tem grupo de jovens, que tal você mesmo iniciar? Saiba que poderá contar com o apoio dos padres assessores, do seminarista responsável pelo Setor, além dos coordenadores das pastorais e movimentos presentes na Diocese.
Ter os pés nas terras missionárias da Amazônia, vivendo a realidade de fé e sinodalidade junto às comunidades foi a proposta do projeto “Pés a Caminho: experiência vocacional-missionária nacional”, que aconteceu de 5 a 17 de janeiro de 2023, na Arquidiocese de Manaus (AM). A experiência aconteceu em sintonia com a caminhada missionária da Igreja no Brasil, e dela participaram seminaristas, reitores, formadores, bispos e jovens e assessores da Juventude Missionária. O tema escolhido foi “Enviados pelo Espírito até os confins do mundo” e o lema “Cristo aponta para a Amazônia”.
O projeto “Pés a Caminho” foi organizado pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM), em parceria com a Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB), coordenação nacional dos Conselhos Missionários de Seminaristas (Comise), Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e Arquidiocese de Manaus. Entre os participantes, estiveram presentes cinco seminaristas da etapa da Configuração (Teologia) da Diocese de Toledo, os quais relatam suas experiências realizadas neste grande campo missionário que é a Amazônia.
“Finalizando este momento de missão, todos nós nos reunimos para pontuar algumas luzes que inspirem
nossa caminhada missionária da Igreja do Brasil. Como inspiração temos Jesus o missionário do Pai, que a Igreja, iluminada pelo Espírito Santo, coopera nesta missão de propagar o Reino de Deus”, afirma o seminarista Antonio Aparecido de Souza Junior. Para ele, conhecer a realidade da Amazônia significou perceber uma realidade complexa, rica e plural, onde a Igreja busca ser viva, ministerial e profética. “Há uma imensa força da realidade e da proximidade com o povo de Deus, que é constantemente iluminada pela Palavra de Deus, que concorre para a conversão através de um testemunho vivo do povo. Isso nos ajuda a perceber que a realidade da vida precisa ser contemplada, tocada e iluminada pela palavra de Deus, a fim de trazer para o povo a esperança de uma vida digna e de abundância de amor, justiça e solidariedade, como pede Jesus”, considera.
O jovem seminarista entende a relevância de cada batizado se
compreender como um missionário. “É uma missão de todos nós. Por isso, tenhamos força e coragem para trabalhar constantemente em favor de uma Igreja em saída, que favoreça a cultura vocacional-missionária, de ter sempre um coração que arde para ir ao encontro dos irmãos e os pés dispostos em sair a caminho”, salienta.
Os participantes desta experiência missionária avaliaram a necessidade da transversalidade da missão no processo de formação de todo discípulo missionário, dentro das comunidades e das casas de formação, uma vez que a missão é constante e exige de cada fiel um deslocamento existencial para acolher a realidade de cada pessoa presente na Igreja e na sociedade. “Somos formados para Igreja e não simplesmente para a minha realidade que vivo, por isso é necessário um caminho de integração humana, assumindo a missão como compromisso de nossa vocação cristã de construir uma Igreja em saída”, avaliam.
Que esta missão continue a inspirar ações de fé, amor, devoção e vocação de missionários de Jesus na Igreja local e universal, para colocar os pés a caminho rumo a propagação e construção do Reino de Deus.
“Esta experiência missionária foi um momento para conhecer um pouco mais da realidade da nossa Igreja. Junto à comunidade Divino Espírito Santo, da área Missionária Santa Helena, pude fazer a experiência de ser um com a comunidade. Uma verdadeira experiência de fé encarnada, aonde vimos, ouvimos e sentimos a dor, o sofrimento e a alegria de muitas pessoas, que nos testemunharam uma confiança total em Deus. Ser como Cristo é estar com os irmãos em suas necessidades. Foi uma experiência de amor, alegria e hospitalidade com esta família que se reúne em torno da comunidade para viver intensamente sua fé”.
Antonio Aparecido de Souza Junior
“A experiência missionária, a partir da disponibilidade de cada um, obrigatoriamente nos molda, por isso é fundamentalmente formativa. Muito mais do que nos tirar de nossa zona de conforto, nos faz tocar a realidade, muitas vezes dramática e trágica, do próximo. O confronto entre realidades e contextos tão distintos é mediado pela fé que nos une e aproxima. Por fim, o simples fato de sermos acolhidos com tanto carinho se torna sinal evidente da presença de Deus no coração e na vida daqueles que nos receberam; não saímos em missão com o intuito colonizador de levar
Cristo, porque Cristo já nos esperava lá e nos acolhia por meio dos braços daqueles que nos abraçaram”.
Matheus Orlando
“A experiência missionária em Manaus foi para mim uma experiência intensa e muito enriquecedora. Uma terra magnífica e plural. A beleza é presente tanto do lugar em si, quanto na vida e história daquelas pessoas, proporcionando uma experiência de verdadeiro encontro com Cristo, que se revela
no rosto e na história das pessoas. E, como encontro com Cristo que toca o coração, é uma verdadeira experiência de conversão e renovação da fé e da vocação. A Igreja amazônica tem como marca um grande impulso missionário, sendo sinal de vida e esperança para tantos, na árdua missão de fazer chegar o Evangelho, a Eucaristia, os Sacramentos e, muitas vezes, a assistência básica a tantas pessoas, mesmo com todas as dificuldades que enfrentam, como a falta de sacerdotes e a miséria. Gratidão
a Deus e a todos que tornaram esta preciosa experiência possível”.
Matheus Thim
“Esta experiência missionária foi algo inexplicável, onde pudemos sentir o carinho e acolhida de cada pessoa que visitamos. No seu olhar nos mostravam o próprio Cristo vivo dentro de sua simplicidade e amor. A área missionária Nossa senhora Aparecida do Cacau Pirêira núcleos 2 e 7, foi a qual tive o privilégio de estar junto deles, vivenciando esta experiência missionária. Em meio a tantas dificuldades e sofrimentos, podíamos ver no olhar de cada pessoa um brilho de amor e fé, que não se apagava e isto dá força a cada um para recomeçar quantas vezes for necessário. Missão é isto, ir ao encontro
quantas vezes for preciso, e deixar ser guiado por Jesus, que nos envia em seu amor”.
Mayron Fabrício de Oliveira
“Esta primeira experiência vocacional missionária serviu com dois direcionamentos: um vivencial e outro de postura de vida. O primeiro significa que pôr os ‘Pés a Caminho’ é algo que se expressa em qualquer realidade e que é necessário estar em movimento
para a realização das coisas sagradas. O segundo aponta para a solicitação de viver segundo o chamado de Cristo na realidade em que vivemos, e em uma das mais basilares atitudes humanas, que é a escuta e acolhimento do outro. Volto para a terra paranaense com este espírito de entendimento da unicidade de cada ser, suas particularidades e desafios, bem como de suas conquistas e alegrias”.
Sim, a Pastoral do Auxílio Fraterno, que surgiu na Diocese de Toledo há 30 anos, a partir de experiências concretas, pretende a cada ano prestar contas com o intuito de celebrar e animar nossa caminhada, estimular a necessidade de uma Igreja em saída, tendo como pilar também essencial e não alternativo, secundário ou até dispensável, a caridade fraterna.
Esta Pastoral tem como objetivo “estar voltada ao acolhimento, à partilha dos bens essenciais à vida e à evangelização de pessoas que se encontram em condições desumanas de vida. Através de práticas solidárias e ações sociotransformadoras, a Igreja aceita o desafio da vivência de um amor concreto e ativo em prol da pessoa” (Manual do Auxílio Fraterno, p. 10).
A Pastoral do Auxílio Fraterno se orienta em base a 4 (quatro) projetos, citados no mesmo manual: 1) Implantação em toda Diocese; 2) Famílias, conhecer para promover; 3) Vida e cidadania; 4) Jesus: Fonte de Vida.
O que move Jesus Cristo no anúncio do Reino de Deus é a compaixão divina do Pai, assumida de forma existencial e com atitude concreta pelo Filho. Deu-se na cruz para nos salvar e este ato supremo de caridade o celebramos na Santa Missa a seu mandato: “Fazei isto em memória de mim”.
Por isso, o Sacramento da Eucaristia de Cristo se torna pleno na resposta, sem meios termos, dos que dele participam pela caridade. “Viver a comunhão com Cristo é totalmente oposto ao permanecer passivo e alheio à vida de todos os dias. Os gestos de Jesus vão muito além de um rito: Olhar para o céu – abençoar
– repartir – distribuir, são passos que a comunidade não pode parar de dar, não apenas como rito semanal, mas como vivência cotidiana, sobretudo onde e quando há multidões famintas” (CF 2023, nº 24).
Muitos textos poderíamos citar, mas não é necessário. É só abrir a Palavra de Deus e deixar de ser indiferente. Crer e praticar são indivisíveis de uma verdadeira e Santa Missa (missão).
Mas vamos nos ater a São Paulo (1Cor 11,17-34). Nos diz sobre o
“Temos nos inspirado no texto da CF 2023 porque vimos no seu conteúdo a mesma luta do Auxílio Fraterno ao longo dos 30 anos, para que a conversão aconteça, a missa não seja invalidada pela nossa omissão. O sofrimento do pobre seja amenizado, ele se sinta incluso e nossa fé seja verdadeira rumo à vida plena”.
texto a Campanha da Fraternidade 2023: “O ápice da relação estabelecida entre pão e a dimensão salvífica está, sem dúvidas, nos relatos eucarísticos. A preocupação expressa por Paulo reside naqueles que insistem em celebrar a Eucaristia sem se comprometer com o amor mútuo ou com as necessidades práticas e objetivas de cada um. Os versículos 20-21 deixam claro que a despreocupação com as necessidades alheias, invalidam o reto propósito da celebração da Ceia e, dentre tais necessidades, a mais evidente é a fome” (nº 123).
“Dai-lhes vós mesmos de comer! É uma referência à Eucaristia para além do milagre; está no ensinamento de Jesus que associa à Eucaristia a responsabilidade pela necessidade do outro. A Igreja dos primeiros séculos colocava tudo em comum (cf. At 2,42ss). Jesus assim
“Muitos textos poderíamos citar, mas não é necessário. É só abrir a Palavra de Deus e deixar de ser indiferente. Crer e praticar são indivisíveis de uma verdadeira e Santa Missa (missão)”.
acresce ao compromisso de repartir e distribuir a Eucaristia a responsabilidade pela fome dos irmãos, o comprometimento sobre as necessidades mútuas” (CF 2023, nº 144)
São João Crisóstomo, na sabedoria de quem escuta a Palavra de Deus e entende a coerência à qual convida, chamava a atenção: “Muitos cristãos saem da Igreja e contemplam fileiras de pobres, sem se comover, como se vissem colunas e não corpos humanos”.
O santo ainda interroga: “Queres louvar o Corpo de Cristo? Então não o desprezes nos seus membros, isto é, nos pobres” (CF 2023, nº 149).
O que queremos e cantamos nas Santas Missas não pode não nos levar ao compromisso de caridade concreta. São muitos os hinos, tais como:
“É Cristo a forte comida, o Pão que dá vida, o amor comunhão... A Eucaristia nos faz Igreja, comunidade de amor”. Ou ainda, “Diante do altar Senhor, entendo minha vocação; devo sacrificar, a vida por meu irmão”.
Temos nos inspirado no texto da CF 2023 porque vimos no seu conteúdo a mesma luta do Auxílio Fraterno ao longo dos 30 anos, para que a conversão aconteça, a missa não seja invalidada pela nossa omissão. O sofrimento do pobre seja amenizado, ele se sinta incluso e nossa fé seja verdadeira rumo à vida plena.
Agradecemos o apoio, ao longo do ano, do bispo, dos padres, dos agentes da Pastoral do Auxílio Fraterno, das lideranças leigas e das comunidades.
A Cristo Rei, padroeiro da Diocese “Louvor e glória eternamente”.
Pe Hélio José Bamberg Assessor Diocesano da Pastoral do Auxílio Fraterno Maria Inês Borges Mânica Coordenadora Diocesana Fraterno- 101 reuniões pelas equipes paroquiais;
- 256 missas com participação na vida sacramental nas comunidades;
- 787 encaminhamentos realizados, saúde, escola, sacramentos, Centros de Referência em Assistência Social (Cras), empregos, documentação de imigrantes, internamentos na Fazenda Esperança;
- Aporte financeiro do Dízimo e ofertas de missas para instituições de caridade nas diversas comunidades;
- Outras formas de ajuda e atividades: partilha da Palavra, momentos de oração, estudo do documento do Auxílio
Fraterno. Entrega de roupas, calçados, brinquedos, móveis, camas, colchões, fogões, cobertores, louças e passagens;
- Formação com cursos de corte e costura, crochê, artesanais com geração de renda, aulas de música.
“Sabemos que bem mais foi realizado. Estes dados são dos relatórios dos quatro decanatos, feitos ao longo do ano de 2022. O que escrevemos é um pouco para que todos saibam da realidade e estimularmos cada vez mais a dimensão da caminhada a partir do mandato e exemplo do próprio Cristo”. (Pe. Hélio)
Sabe aquela conversa descontraída sobre temas da fé cristã? É o que você encontra na Voz da Diocese de Toledo, agora nas redes sociais. Tem também conteúdos variados que divulgam as atividades pastorais realizadas de pessoas para pessoas. Acesse toda quinta-feira, às 17h, nas redes sociais Facebook (Revista Cristo Rei) e Youtube (Diocese de Toledo), com espaço para interação. E para quem quer ouvir a Voz da Diocese no trânsito, seja indo para o trabalho ou retornando para casa, tem a opção de acessar os podcasts nas plataformas Spotify, Deezer e Google Podcasts.
Você pode conferir todas as edições e ficar por dentro de assuntos sobre as vocações, curiosidades a respeito do Ano Litúrgico, Sacramentos, a devoção aos Santos, Sagrada Escritura, organização da Igreja, e outros.
Muitas pessoas têm medo de ler o livro do Apocalipse, pois lá menciona a besta, a fera, o dragão. A Voz da Diocese conversou com especialista que abordou o que ainda é preciso conhecer para desmistificar esses elementos presentes na Sagrada Escritura. O programa já questionou “O que ainda, como comunidade de fé, precisamos aprender sobre a caridade cristã?” e tratou da “Economia de Francisco”. E tocou em assuntos como Dízimo, política e defesa da vida.
Todos os programas contam com a presença do bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, ou do coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, Pe. André Boffo Mendes. Tem um conteúdo especial sobre a Escola de Diáconos Permanentes, a administração de bens na Igreja e o funcionamento do Tribunal Diocesano.
Aproveite e acesse todas as edições da Voz da Diocese no seu smartphone, tablet ou computador.
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Um serviço muito bem organizado e estruturado já está dando seus passos na Diocese de Toledo para somar, de maneira muito intensa, com o trabalho realizado pelas pastorais sociais. É a Cáritas, organismo internacional da Igreja Católica, que vem com o propósito de trabalhar conjuntamente para fortalecer os gestos de caridade.
Para toda a Diocese, projeta-se um ganho de atuação junto a demandas específicas, mas que fica ainda maior quando se pode contar com todo o serviço consolidado e muito reconhecido pela sociedade dos 19 municípios da região que já contam com a Pastoral do Auxílio Fraterno, por exemplo. Soma-se aqui a Pastoral da Criança, da Pessoa Idosa, entre outras que são riquíssimas no seu jeito caritativo, e que certamente farão em sintonia o que for preciso para o resgate da dignidade humana.
A Cáritas possui muitos projetos e iniciativas, como a Campanha “Pão Nosso” que visa arrecadar recursos para repasse de alimentos a comunidades e pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica e em combate à fome. Além disso, por meio da Campanha, devem ser mapeadas informações acerca das populações em situação de vulnerabilidade e fome no Paraná como forma de serem produzidas políticas públicas e ações práticas que possam atender essas pessoas. A Campanha da Fraternidade deste ano de 2023 é outro exemplo de envolvimento da Cáritas diocesana para que se desperte essa consciência naqueles
que ainda não se sentiram provocados em fazer algo para afastar o flagelo da fome nas cidades da região. A Cáritas é um organismo com reconhecimento público e, por isso, pode receber recursos externos para fazer essas obras de caridade, uma
vez que o objetivo da Cáritas não é exclusivo para católicos, até porque ela trabalha com as urgências humanitárias.
- Economia Popular Solidária
- Meio Ambiente, gestão de riscos e emergências
- Migração, refúgio e apatridia
- Programa Infância, Adolescência e Juventudes
- Convivência com biomas
- Povos e comunidades tradicionais
- Mulheres e equidade de gênero
- Segurança alimentar e nutricional
- Mundo urbano
- Gestão de resíduos sólidos
- Voluntariado
- Formação
- Campanha da Fraternidade
A Capela Nossa Senhora da Saúde, localizada em Vila Flórida, interior de Toledo, completou seus 60 anos celebrando a fé e devoção deste povo que mantém seus laços de comunhão e partilha desde os tempos do pioneirismo. Esta é a única capela da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Vila Nova.
Nas comemorações, realizadas ainda em 2022, o histórico lido na celebração recordou que “o início não foi fácil, mas temos certeza que a mão de Deus sempre esteve presente”.
Tudo começou em 1962, quando 14 famílias chegaram para procurar melhor qualidade de vida. O que encontraram, no princípio, foram muitas dificuldades, uma vez que tiveram o trabalho de desbravamento da mata virgem, e tendo que lutar para sustentar suas famílias.
Organizada a vida social e familiar, então as 14 famílias se reuniram e resolveram construir uma Capela, uma vez que sentiam a necessidade de ter esse espaço de agradecer a Deus. Com o esforço de cada um foi possível a construção da Igreja no ano de 1962, sendo que a madeira para construção da Capela foi repassada pela Prefeitura Municipal de Toledo. A edificação foi rápida, sendo que no dia 5 de agosto do mesmo ano a Capela foi inaugurada.
Na época, pertencendo à Paróquia Nossa Senhora da Glória, de Quatro Pontes, o primeiro vigário a atender essa comunidade foi Pe. Aloisio Baumeister. Naquele tempo a diretoria (expressão usada por muitos anos para denominar o grupo de lideranças leigas à frente da comunidade de fé) foi constituída por Domingos e Delize Mar-
con, Paulo e Herminia Tremea. A primeira missa foi celebrada pelo Pe. Aloisio no dia 5 de agosto de 1962.
A Capela pertenceu à Paróquia de Quatro Pontes até o ano de 1965, quando então foi criada a Paróquia Nossa Senhora e Fátima, em Vila Nova.
Em 1979, a comunidade passou a contar com os dois primeiros Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC) que foram Osvaldo Pellizzaro (em memória) e Ervino Canevesi. Hoje, a comunidade é atendida por seis ministros e várias pastorais. Desta pequena comunidade de área rural, destacam-se as vocações religiosas de famílias do local, sendo as Ir. Araci e Ir. Imelda Angst, esta em memória.
O grande marco da Capela Nossa Senhora da Saúde foi em 2012, quando celebrou o Jubileu de Ouro.
“Como tivemos o passado muitas lideranças, hoje
a comunidade também é acompanhada por pessoas que se dedicam e desenvolvem o trabalho de pastoral”, salienta o histórico da comunidade.
Era conclusão do ano de 2022, quando no dia 7 de dezembro três novas Ministras Auxiliares da Comunidade (MAC), da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Maripá, receberam a investidura em celebração eucarística presidida pelo pároco, Pe. Ademir Alves Teixeira. São elas: Elizabeth Maria Meier Schroder, Rita de Cássia Guilherme Walz e Simony Varella Martins Zoz. As recém-vocacionadas realizam atividades voluntárias e estão sob comando da autoridade eclesial local. Exercem um mandato de prazo certo e um chamado espiritual que depende da sua disponibilidade em auxiliar as ações eucarísticas e correlatas da Igreja.
A missão das Ministras consiste em levar informações sobre o catolicismo a diferentes fiéis, despertar o senso de comunidade e Igreja na sociedade, fomentar o exercício da caridade e outros vieses importantes para a expansão do alcance e o exercício local dos ensinamentos de Deus. O ministério tem duração de dois anos, ou seja, é temporário, e envolve diferentes tarefas, como colaborar na Celebração Dominical, distribuir a Comunhão Eucarística, realizar a celebração das Exéquias na impossibilidade do Pároco e assistir e assessorar grupos de oração, entre outras funções.
Para a atividade, as Ministras passaram por uma preparação teórica sobre o seu papel na vida da Igreja, como a formação básica e específica em alguns ministérios, entre eles o da Palavra, da Pastoral e da Comunhão. Portanto, além do chamado
de Cristo reconhecido pelo Ministro para estar à disposição da autoridade eclesial, é preciso que estejam aptas para atender o convite divino, mediante o conhecimento de noções essenciais da caminhada de Cristo, as celebrações da Santa Missa e a vida em fraternidade.
Os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão são leigos que provam o seu amor a Jesus ao servir para o andamento das ações essenciais da Igreja, como o momento eucarístico, o envio da Palavra de Deus ao próximo, o acolhimento das pessoas necessitadas e outras ações que fazem com que a Igreja esteja ainda mais próxima de seus fiéis. Trata-se de um compromisso junto à Igreja, zelando para o bom andamento da cerimônia religiosa e dedicando-se com amor, fé e caridade às procuras sociais.
Os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão auxiliam a forma em que a evangelização se
realiza, de modo que se desenvolva sempre procurando atender os desígnios divinos. Eles atuam com diligência nas atividades auxiliares da Santa Missa e também realizam ações fundamentais na comunidade, seja levando os ensinamentos de Cristo aos fiéis, estimulando a fraternidade ou prestando auxílio espiritual aos enfermos. São tarefas importantes e que fazem com que a Igreja seja exemplo de amor, empatia, companheirismo e auxílio aos mais necessitados.
As novas Ministras fazem este trabalho pela Paróquia de Maripá, a fim de que haja o incremento e o fortalecimento da Catequese na comunidade, a coordenação das celebrações e mais solidariedade no cotidiano da sociedade. Após a preparação inicial para o exercício da função, as auxiliares encontram-se capacitadas para atender as demandas que sobrevirem, favorecendo a ação de Deus no Município.
Entra e sai ano, mas algumas coisas precisam permanecer, dentre elas a importância de realizar o planejamento financeiro para iniciar o novo ano com tranquilidade. Por isso, o artigo inaugural da coluna “Educação Financeira para a Vida” em 2023 traz reflexões e dicas práticas para que você possa revisar ou começar a organizar o seu orçamento e o planejamento dos seus projetos e sonhos.
Inicialmente, gostaríamos de propor a você, nosso querido leitor, que pense sobre como você enxerga o papel do dinheiro em sua vida. Tal reflexão é fundamental antes da realização de qualquer planejamento, tendo em vista a necessidade dos recursos financeiros para a realização de grande parte dos nossos sonhos pessoais, familiares e comunitários. Reflita agora sobre um (ou alguns) dos projetos que você gostaria de realizar neste ano recém-iniciado. Na sequência questione-se: “O que está faltando para que eu consiga realizá-los”? Tenho certeza de que muitas (se não a maioria) das respostas foram: tempo e dinheiro, ou até mesmo as duas coisas. É certo que por muitas vezes a renda é o principal limitador para a organização das finanças, mas isso não deve ser uma desculpa para não realizar um planejamento.
Seguindo tal reflexão, compreendemos que o dinheiro é assunto cotidiano, um instrumento que pode ser um facilitador, um meio para alcançar uma vida digna e para a transformação dos nossos sonhos em metas possíveis. Aqui entramos em outro ponto fundamental: a diferença entre sonhos e metas. Sonho é algo que está no “nosso coração”, no plano das ideais, algo que idealizamos. A partir do momento em que construímos um caminho para realizar o sonho, ele começa a se tornar uma meta, com prazos, estratégias e orçamento claros e definidos.
Quanto custa esse sonho? Quando pretende realizá-lo? Quais as primeiras atitudes que podemos realizar hoje em direção ao meu ou meus sonhos? Respondendo a essas perguntas você está construindo a sua meta. Seguindo esse caminho de preparação para a construção do seu planejamento financeiro de 2023, reflita se o alcance dessa meta realmente faz sentido para você, para o seu projeto de vida pessoal, familiar, comunitário e/ou empresarial.
Questionar-nos sobre o que queremos é fundamental porque é muito comum “confundirmos” o que realmente queremos, precisamos aprender a discernir melhor nossos desejos, sonhos, emoções, sentimentos, inspirações. Muitas vezes, depois de trilhar um longo caminho de nossas vidas, vamos nos dando conta que buscamos “sonhos” que não eram os nossos, mas influenciados por questões sociais, culturais, familiares, e muitos outros fatores. Incorporamos projetos de vida alheios à nossa vocação, à nossa personalidade.
Neste sentido, a Cultura do Descartável e a Globalização da Indiferença (termos ditos pelo Papa Francisco), sustentam uma economia da exclusão, do consumismo desenfreado e da perda de sentido humano, reduzindo as pessoas a meros consumidores. Isso, o neuromarketing não cessa de estudar para nos vender sempre mais
e mais. Por isso, muitas vezes pela ausência de reflexão, nos deixamos levar (comportamento de manada). Então, questione-se sempre! Nesse ponto especificamente, a espiritualidade nos traz um ensinamento que pode ser aplicado: discernimento sempre! Como nos disse o próprio Papa Francisco em uma de suas homilias: “Somos o que desejamos, mas é preciso discernimento”. Entender o que realmente queremos e o que realmente contribui com a nossa vocação é fundamental”.
Saber o que buscamos é importante não só para o alcance das nossas metas, mas também para a celebração das conquistas. Um exercício proposto agora é olhar para o ano que se findou. Como foi o seu 2022? Santa Clara de Assis nos ensina que não devemos “perder de vista o nosso ponto de partida”, portanto é necessário olhar para o 2022, olhar para os avanços e conquistas mesmo que sejam coisas “pequenas” ou simbólicas. Para quem estava endividado, por exemplo, e iniciou no ano que se findou um processo de organização para sair desta situação, tem muito a celebrar. Todo ano que se encerra deve ser norteador do nosso caminho, do que fizemos e do que podemos melhorar e iniciar novos processos.
Passado este primeiro momento de reflexão vamos à parte prática: já tenho minhas metas em mão? É chegada a hora de encarar (ou começar) o seu orçamento! Se você ainda não começou a anotar todas as suas receitas e suas despesas é chegado o momento. Não importa a tecnologia utilizada, pode ser um caderno, planilha ou aplicativo o que importante é saber o destino do nosso dinheiro. Para quem já prática a construção do orçamento é hora de estar de olho na sua inflação pessoal
(ou familiar), ou seja, nas contas que apresentaram aumento já no início do ano. A partir daí, identifique o que é essencial, o que pode ser economizado ou cortado. Essa análise é fundamental em todo planejamento.
Em sequência é o momento de trabalhar com os seus sonhos transformando-os em metas possíveis de serem realizadas. É justamente nesse ponto que a maioria das pessoas costuma ter dificuldades, devido a fatores comportamentais. Uma dica importante aqui é refletir e dialogar em família. Escutar e permitir que todos participem do processo. Crie o hábito de conversar com os seus familiares sobre sonhos e finanças, iniciando a conversa em termos amigáveis, acolhendo e escutando a todos. Na construção e execução de um planejamento financeiro que tenha a vida no centro, o discernimento e o diálogo devem estar sempre presentes.
Após essa etapa, liste e organize as suas metas estabelecendo a quantida-
de de dinheiro a ser poupada e prazo para cada um deles. E inicie. Poupe e tenha prazos determinados, mas tenha cuidado com as metas audaciosas. Olhe seu orçamento e a partir da sua realidade comece fazendo o que é possível. Então inclua essa poupança para as suas metas no seu orçamento. Aqui, não poderíamos deixar de lembrar de dois objetivos que devem ser comuns
“Questionar-nos sobre o que queremos é fundamental porque é muito comum ‘confundirmos’ o que realmente queremos, precisamos aprender a discernir melhor nossos desejos, sonhos, emoções, sentimentos, inspirações. Muitas vezes, depois de trilhar um longo caminho de nossas vidas, vamos nos dando conta que buscamos “sonhos” que não eram os nossos, mas influenciados por questões sociais, culturais, familiares, e muitos outros fatores. Incorporamos projetos de vida alheios à nossa vocação, à nossa personalidade”.
a todos: reserva de emergência e aposentadoria. Não deixe que suas outras metas as atrapalhem pois são estes dois os portos seguros da nossa vida financeira tanto no presente quanto no futuro.
Por fim, seja maleável e leve consigo mesmo, mas sem deixar de levar o planejamento à sério. Planejar é importante, mas viver é essencial. Se você teve que mudar seu plano durante o trajeto não se culpe, isso é parte importante na trajetória da Educação Financeira. Lembre-se: todo planejamento e organização deve nos levar a ter uma relação mais saudável com as finanças e fazer com que o dinheiro esteja a serviço da nossa vida, família e comunidades. Lembrem-se sempre “Educação Financeira é Educação para a Vida!”
Ana Carolina Alves e Augusto Martins Equipe Educação Financeira para a Vida
5º Domingo do Tempo Comum | 5 de fevereiro de 2023 Leituras: Is 58,7-10; Sl 111(112),4-5.6-7.8a.9; 1Cor 2,1-5; Mt 5,13-16
Estamos no início do Tempo Comum. Nos domingos anteriores, mediante o evangelista São Mateus, fomos imersos na experiência do chamado dos primeiros discípulos e ao início do discurso do Sermão da Montanha. Nos encontramos, portanto, num contexto vocacional, onde os discípulos e a multidão topam com o caminho do discipulado e com um novo modo de ser.
A missão de Jesus, além de anunciar o Reino, é instruir os seus seguidores, o que se dá concomitantemente. Isto é, enquanto comunica a Boa-Nova, conduz os seus discípulos à experiência da Nova Aliança. Com o episódio do Sermão da Montanha, os seus seguidores terão a consciência de que o caminho é exigente e requer uma constante superação de si mesmo. Com os símbolos do sal e da luz, Jesus indica um novo modo de ser. São símbolos da identidade dos discípulos. Dizem de uma nova postura frente à vida e um cristão não pode agir senão de acordo com a sua identidade.
autoritarismo, opressão e fofoca, denotam a ausência de amor ao próximo. Não existe essa disparidade, como nos recorda a 1ª Carta de São João, de maneira que o amor a Deus sempre conduz ao amor fraterno, e não existe um sem o outro. O jejum nos leva a desejar uma boa refeição e esta não se realizará se não estiver bem temperada de sal. O Reino de Deus, cujo reflexo é a Igreja, não pode parecer como um alimento insosso, desinteressante e irrelevante. Precisamos ser uma boa notícia! Promover a diferença! Sermos sinal de justiça.
- Será que a minha fé perdeu o sabor?
- A nossa comunidade de fé tem sido “uma boa notícia” para as pessoas?
- Tenho realizado boas obras por mim ou por Deus?
A luz pode iluminar a todos, contudo, também pode ser ocultada e distorcida. No exercício de sua função, não é a protagonista, mas evoca aquilo que precisa estar no foco. No anseio de darmos um bom testemunho do Reino, corremos o risco de nos colocar em evidência. Podemos usar das qualidades pessoais para parecermos habilidosos. Simular comportamentos a fim de expressar virtudes.
Na qualidade de sal, o cristão realça e conserva o Reino de Deus, mas pode correr o risco de se desvirtuar. A Igreja, a família de Deus, é a mais forte expressão do Reino entre nós. É a semente do projeto divino que se eterniza nos céus. Mas pode ser que se torne irrelevante em meio a comunidade humana em variados níveis e contextos. E tudo isso pode estar ligado à perda do sentido de ser sal. Quando nos tornamos uma instituição estática, de atividade cômoda e de “auto nutrição”, então, podemos dizer que perdemos o sabor. A anemia espiritual pode ocupar grande espaço e gerar elementos como o tédio, o descontentamento e a falta de sentido, levando à indiferença. Dessa forma, a força do Evangelho se esvai. A Igreja é cada um de nós! E antes de tomar conta de todo o corpo, o dissabor aflige os membros, ou seja, cada um de nós. Não podemos permitir que o Evangelho deixe de ser uma boa notícia. A leitura do profeta Isaías nos mostra o caminho!
O profeta denuncia a discrepância entre culto e vida. Na ambiência da perícope, a crítica está relacionada ao jejum, uma prática de piedade religiosa, muito indicada pela Igreja, principalmente, em tempos de forte apelo à conversão. Mas que pode perder o seu sentido, caso não ressoe em atitudes convertidas no cotidiano. O jejum demonstra o amor a Deus. A injustiça, a qual, a partir do profeta, podemos chamar de fome, apátridia, falta de moradia digna,
No discurso religioso, somos capazes de nos colocar no centro das questões. Todavia, esse não é sentido da luz. O cristão não é a Luz, uma vez que não tem luz própria. Podendo distorcer a própria identidade, precisa ter consciência de que a Luz é Deus e toda iluminação possível provém de Sua graça.
A humildade testemunhada na 1ª Carta de São Paulo aos Coríntios é um ótimo exemplo de ser luz, diferentemente do fariseu que reza agradecendo a Deus por “ser santo”. Não precisamos viver a patologia de nos considerarmos o centro do Universo com todos os problemas implicados. É bom e saudável a ciência de quem somos. É libertador reconhecer que toda graça manifestada em nós e por meio de nós tem a origem no Senhor. Para que tudo se mantenha no seu devido lugar, o protagonista de toda a história deve ter o seu justo espaço. Deste modo, cumpriremos o pedido de Jesus: “para que veja as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”.
Dia 6 (São Paulo Miki e companheiros): Gn 1,1-19; Sl 103(104); Mc 6,53-56
Dia 7: Gn 1,20-2,4a; Sl 8; Mc 7,1-13
Dia 8: Gn 2,4b-9.15-17; Sl 103(104); Mc 7,14-23
Dia 9: Gn 2,18-25; Sl 127(128); Mc 7,24-30
Dia 10 (Santa Escolástica): Gn 3,1-8; Sl 31(32); Mc 7,31-37
Dia 11: Gn 3,9-24; Sl 89(90); Mc 8,1-10
do Tempo Comum | 12 de fevereiro de 2023
Leituras: Eclo 15,16-21; Sl 118(119); 1Cor 2,6-10; Mt 5,17-37
A Liturgia da Palavra abarca situações simples e outras bem mais desafiadoras sobretudo no que diz respeito às decisões a serem tomadas dia a dia a serviço da vida. Existe uma sabedoria de Deus presente em tudo e que nos inspira no exercício de nossa liberdade, conscientes e reflexivos para não sermos manipulados e conduzidos por falsos mestres. Estar a serviço da vida, praticar a justiça significa “amar a todos, amar a cada um e amar sempre”
AS BOAS ESCOLHAS DA VIDA SÃO SINAIS DE SABEDORIA
O Livro do Eclesiástico se insere no contexto sapiencial bíblico, isto é, seu conteúdo tem por objetivo apresentar indicações de caráter prático sobre a arte de viver bem e respeitar a Deus acima de tudo. A inspiração é a própria história do povo marcada pela presença de Deus que se revela como defensor da vida e proteção dos mais fragilizados.
O tema principal da passagem lida hoje é a liberdade humana. As situações favoráveis ou desfavoráveis dependem do querer de cada pessoa e de suas escolhas. É preciso constantemente estar atento às lições da própria história, aos mandamentos da Lei de Deus e, por fim, sempre ser responsável e estar atento às consequências dos próprios atos.
contrapõe a sabedoria deste mundo, que é defendida pelos poderosos, arrogante e autodestruitiva, à sabedoria eterna, divina, perfeita.
A comunidade de Corinto se via envolvida pelas tentações da cultura grega, própria de sua época. De modo semelhante ao contexto dos escritos do Eclesiástico, muitas pessoas se julgavam autossuficientes e entregues aos prazeres imediatistas e inconsequentes. Por isso, Paulo propõe aprofundar o entendimento da vida e de seus mistérios a partir do mistério de amor da entrega do Cristo na cruz. Dar a vida para que outros a tenham em abundância, eis o desafio.
- O que significa para você viver com sabedoria? Faça o exercício de julgar menos e de sentir mais compaixão.
Em continuidade com os anteriores domingos, estamos lendo os ensinamentos de Jesus no Sermão da Montanha. Em comparação com os Mandamentos deixados por Moisés, temos aqui um aperfeiçoamento para não se cair no legalismo ou no orgulho farisaico. Vamos meditar sobre o verdadeiro sentido da justiça, atributo divino e qualidade indispensável do Reino dos Céus.
- Qual ensinamento resume a liturgia de hoje e que você está disposto a praticar?
- O que você poderá fazer para amar seu próximo segundo a proposta de Jesus?
Um pouco antes, o texto afirma: “Não digas: é o Senhor que me faz pecar ou é o Senhor que me faz errar”! Essa é uma realidade muito comum. As pessoas gostam de se justificarem quando as coisas não acontecem como gostariam. Culpa-se Deus, os outros, alguém que a gente não gosta, especialmente argumenta-se fazendo juízo a partir de ideias pré-concebidas e que agora são confirmadas, a partir de um raciocínio errôneo e egoísta.
O texto conclui justamente falando: “Deus não mandou ninguém agir como ímpio e a ninguém deu licença de pecar”. Por isso, é importante refletir sempre antes de decidir e antes de agir. Cultivar virtudes como a prudência, a temperança e a compaixão são essenciais para evitar o orgulho e a soberba, que inclusive atinge muitos membros de nossas comunidades. Isso tornará você mais sábio, respeitoso e com uma personalidade madura no caminho da santidade.
Enquanto a primeira leitura descrevia a sabedoria num sentido mais prático, das escolhas realizadas e das virtudes humanas, o apóstolo Paulo fala da sabedoria de Deus a ser assumida a partir de Cristo e de seu mistério pascal. O texto
São apresentados os seguintes mandamentos para serem cumpridos segundo o espírito de Jesus: “Não matarás! Não cometerás adultério! E não jurarás falso”. Trata-se de perceber o que significa amar o próximo como a si mesmo. Somos todos os dias desafiados a criar fraternidade, a viver como irmãos e irmãs uns dos outros, mesmo que isso, muitas vezes, custe um certo sacrifício.
“Seja o vosso sim: Sim, e o vosso não: Não”, conclui Jesus. Nos diversos ambientes, inclusive os virtuais, precisamos testemunhar Jesus e os valores de seu Reino. “Não matar” significa estar mais atentos para não compartilhar notícias tendenciosas, maledicências ou preconceitos. A humildade e a compaixão precisam estar mais presentes como proposta de santidade que não envelhece.
Dia 13: Gn 4,1-15.25; Sl 49(50); Mc 8,11-13
Dia 14 (São Cirilo e São Metódio): Gn 6,5-8;7,1-5.10; Sl 28(29); Mc 8,14-21
Dia 15: Gn 8,6-13.20-22; Sl 115(116B); Mc 8,22-26
Dia 16: Gn 9,1-13; Sl 101(102); Mc 8,27-33
Dia 17: Gn 11,1-9; Sl 32(33); Mc 8,34-9,1
Dia 18: Hb 11,1-7; Sl 144(145); Mc 9,2-13
7º Domingo do Tempo Comum | 19 de fevereiro de 2023
Leituras: Lv 19,1-2,17.18; Sl 102 (103); 1Cor 3,16-23; Mt 5,38-48
A busca da santidade não é uma procura que visa a autossatisfação humana ou vanglória. Esta busca está impregnada no nosso ser cristão, desde o Batismo recebido. Move nosso ser por completo, polindo nossos atos e pensamentos, visando a salvação. Para tanto, os critérios concretos de ação do cristão não devem se pautar numa relação meramente causal: recebo o bem, devolvo o bem; recebo o mal, devolvo o mal. A bondade, a justiça, os valores devem prevalecer mesmo diante do mal, da injustiça, da falta de valores. A Liturgia nos ajudará nesta compreensão.
Pontualmente, o livro de Levítico aborda questões relacionadas ao culto, apresentando uma gama de ritos e preceitos relacionados ao culto que o povo deve praticar para viver como povo de Deus. Contudo, nesta perícope, aponta uma nova forma de relacionamento com Deus e também um convite à santidade: “Eu sou Javé, Deus de vocês”; “Sejam santos, porque eu, Javé seu Deus, sou santo”. A comunhão com o Deus Santo exige que o povo cultive tal santidade. A santidade aqui é a capacidade de arrancar toda raiz do mal existente dentro da comunidade e ter um relacionamento “justo” com os irmãos. Não é algo simples, pois há de se ter presente uma relação de troca muito enraizada no povo: bem gera bem, mal gera mal, inclusive na relação com Deus.
de Deus”.
O texto sugerido pela Liturgia quer projetar luz sobre os conflitos que surgem nesta comunidade de Corinto, dentre eles um bem pontual: as lideranças não são donas da comunidade. O projeto de Deus “desmonta” a sabedoria humana, rompendo um sistema desigual de relação piramidal, na qual um é mais importante que o outro (reflexo de uma sabedoria meramente humana).
COMO CAMINHO DE SANTIDADE
“Olho por olho” – citação de uma normativa legal (lei de Talião: talião é o termo latino de talis, que significa “parelho, tal”), que regulamenta a vingança e a retaliação por danos. Esta mesma lei pode ser encontrada no Código de Hamurábi, na Lei Romana das 12 Tábuas e em Ésquilo. Sua intenção primeira, mesmo soando atualmente como algo repugnável, era de limitar a vingança, dando assim uma reciprocidade exata, surgindo como um progresso moral.
- Santidade é uma relação de amor ao próximo: quais são os critérios que adoto para minhas relações?
Agora temos uma nova interpretação da normativa que se apresentava, como vimos, como uma evolução moral. A nova interpretação é evitar a todo custo a disputa, o mal, os conflitos, mas a partir de uma nova ótica: o bem ao próximo, por vê-lo como filho de Deus.
- Superamos o preceito de Talião a ponto de amar e rezar pelos perseguidores?
A busca da santidade só é possível mediante algumas superações: superação do ódio, superação do individualismo, para culminar no desejo de amor também ao próximo, pois a santidade está intrinsecamente relacionada com o outro.
O comportamento que a santidade exige – “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” – é a máxima da santidade: a capacidade de exacerbar o eu, superar o ódio, superar as diferenças dentro da comunidade e na relação com os irmãos, desejando, acima de tudo o bem.
A comunidade cristã de Corinto, mesmo tendo recebido de Paulo o anúncio do Evangelho de Cristo, anunciado como a “sabedoria de Deus revelado em Jesus Cristo”, ainda se funda sobre as fragilidades do homem carnal: limitado, pecador, escravo das paixões, cultivando discórdias e divisões dentro da comunidade, buscando em homens a salvação e não em Cristo, vivendo contradições entre a vida e a fé. Ou seja, buscam viver a “sabedoria dos homens” e não a “sabedoria
“Amarás o teu próximo”, “amar os inimigos e rezar pelos perseguidores”, não é um idealismo impossível, mas é a forma de superação da normativa legal de Talião, dando novos adornos e limites na relação humana, não mais como uma reciprocidade exata como previa o preceito, mas agora extrapolando a ponto de rezar pelos perseguidores, amar o próximo, mesmo que este maquine a maldade.
Somente assim alcançaremos a santidade que nos é pedida e intrínseca a nosso ser cristão: amar, rezar, praticar a bondade e justiça com o próximo, mesmo que este tenha atitudes que contrariem tais princípios.
Dia 20: Eclo 1,1-10; Sl 92(93); Mc 9,14-29
Dia 21: Eclo 2,1-13; Sl 36(37); Mc 9,30-37
Dia 22 (Quarta-feira de Cinzas): Jl 2,12-18; Sl 50(51); 2Cor 5,20-6,2; Mt 6,1-6.16-18
Dia 23: Dt 30,15-20; Sl 1; Lc 9,22-25
Dia 24: Is 58,1-9a; Sl 50(51); Mt 9,14-15
Dia 25: Is 58,9b-14; Sl 85(86); Lc 5,27-32
1º Domingo da Quaresma | 26 de fevereiro de 2023
Leituras: Gn 2,7-9;3,1-7; Sl 50(51); Rm 5,12-19; Mt 4,1-11
Oração, jejum e caridade formam o tripé que nos sustenta na caminhada de conversão, a qual somos convidados a fazer neste período do ano, nos preparando para a grande celebração da Páscoa de Nosso Senhor Jesus. É um tempo oportuno para mudarmos nossos hábitos e nos reconciliarmos com Deus, com nossos irmãos e com a natureza. Porém, essa jornada quaresmal exige consciência no momento presente, de modo que cada rito celebrado e cada propósito assumido não seja mero costume ou tradição.
O Livro do Gênesis nos apresenta a narrativa da criação com toda sua beleza e perfeição. No texto que a Liturgia nos apresenta hoje encontramos na fala atribuída à serpente, ironizando a Palavra de Deus, perguntando se é verdade que não podiam comer fruto de nenhuma árvore do jardim. Logo em seguida, vem a mentira induzindo a pessoa humana a uma atitude contrária a Lei de Deus. Se olharmos para o tema da justiça social, em nosso tempo, entre tantas opiniões contrárias, percebemos a urgência de uma séria reflexão de quem teme a Deus.
A Campanha da Fraternidade de 2023, que também ocorre neste período, nos leva a refletir sobre o tema da fome que nos desafia a deixar o preconceito e os julgamentos e com compaixão agir a partir dos princípios cristãos, consciente de que a percepção da realidade deve nos levar a atitude. É verdade também que não faltam vozes dizendo ao contrário da Palavra de Deus, para nos desviar de nosso propósito, e querendo nos convencer de que se tivermos coragem de desobedecer aos ensinamentos divinos, seremos evoluídos, atualizados, felizes. Basta olharmos ao nosso redor para perceber que as coisas não são assim.
ao Sínodo em outubro deste ano “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. Ressaltando que Sinodalidade é o esforço coletivo e a busca contínua de aprendermos a “caminhar juntos” como irmãos e irmãs que somos. É um jeito de ser Igreja pelo qual cada pessoa é importante, tem voz, é ouvida, capacitada e envolvida na realização da missão. Não se trata mais de estar uns sobre outros, mas de nos colocarmos entre iguais para juntos fazermos a experiência de fé, frente aos desafios internos e externos que se apresentam em nosso dia a dia (cf. https://www.cnbb.org.br/).
No deserto, Jesus foi tentando nos aspectos que mais facilmente o ser humano se rende à tentação: no ter, poder e ser. O jejum, a oração que Jesus viveu, o preservou de se render a proposta do tentador, e possibilitou que Sua caridade se manifestasse a todas as pessoas de todos os tempos. Que nós também possamos viver a caridade, como um desdobramento de nossa vida de oração e sacrifício. Permitindo que o Espírito Santo, nos conduza nesta Quaresma para alcançarmos uma vida de santidade, digna de um cristão.
- Quais critérios e valores tenho observado em minhas decisões?
- Busco viver a fraternidade cristã, ou a vejo apenas como uma proposta entre outras?
Neste ano de 2023, aqui no Brasil, temos a graça de vivermos o 3º Ano Vocacional, há exatamente 40 anos do primeiro Ano Vocacional que aconteceu em 1983, cujo lema foi “Vem e segue-me”; o segundo Ano aconteceu em 2003, com o tema “Batismo, fonte de todas as vocações” e o lema “Avancem para águas mais profundas”.
- Em minha escolha vocacional, como e onde sinto a presença do Espírito Santo?
Nesse ano de 2023, o Ano Vocacional traz como tema “Vocação: graça e missão” e o lema “Corações ardentes, pés a caminho”, inspirado no encontro de Lucas com os discípulos de Emaús.
São Paulo, ao escrever aos Romanos, enfatiza que a graça oferecida por Cristo supera o pecado. Pecado esse que induz a desobedecer a Lei de Deus, de modo que o ser humano, dando ouvidos às vozes do mundo, se distancia da graça divina. Jesus Cristo que é a plena realização da Lei, possibilita a salvação a todos, mas não se impõe a ninguém. Assim como na narrativa do Gênesis, o ser humano teve a liberdade entre ser obediente a Palavra de Deus ou seguir as vozes que dizem ao contrário, somos convidados nessa Quaresma, a um verdadeiro retiro espiritual diante da Santíssima Trindade e em comunhão com a doutrina e os mandamentos da Igreja. Não podemos nos esquecer, que toda a Igreja está convocada pelo Papa Francisco a percorrer o caminho rumo
Que todo cristão, vocacionado à Santidade, sinta a unção do Espírito Santo recebida pelo Batismo e, resistente a toda e qualquer forma de tentação, consciente da realidade na qual está inserido, se coloque em ação, na continuidade da obra iniciada por Cristo. Com a intercessão da Sagrada Família, a bênção de Deus.
Dia 27: Lv 19,1-2.11-18; Sl 18(19); Mt 25,31-46
Dia 28: Is 55,10-11; Sl 33(34); Mt 6,7-15
Dia 1º/03: Jn 3,1-10; Sl 50(51); Lc 11,29-32
Dia 2/03: Est 4,17n.p-r.aa-bb.gg-hh; Sl 137(138); Mt 7,7-12
Dia 3/03: Ez 18,21-28; Sl 129(130); Mt 5,20-26
Dia 4/03: Dt 26,16-19; Sl 118(119); Mt 5,43-48
Leituras: Gn 12,1-4a; Sl 32(33); 2Tm 1,8b-10; Mt 17,1-9
Existem pessoas que sabem o que Deus quer delas. Mas também muitas pessoas que não querem saber de Deus. A resistência ao chamado de Deus é autodestrutiva. O que chamamos de “voz de Deus” é a revelação providencial daquilo que trazemos inscrito no mais profundo do nosso ser. É a chave secreta que dá acesso a nossos melhores recursos!
A vocação de Abraão marca a origem do povo de Deus. Abraão, avançado em idade, não tinha filhos, e sua mulher era estéril. Deus lhe pede que deixe sua terra, parentes e familiares rumo a uma terra que por enquanto é somente promessa. Abraão foi o grande emigrante do Espírito, interpretou que sua grande inquietação era Deus. Abraão respondeu a esse chamado. Saiu sem saber para onde ia, não saiu para desfrutar sua Pátria, já desde o primeiro instante, e sim para procurá-la.
Para o povo da Bíblia, a bênção está intimamente associada à vida que passa de pai para filho, garantida pela herança dos bens que dão sustentação à vida. Abraão recebe a promessa de obter o que mais esperava. Deus fala com ele: “Vou abençoar os que te abençoarem e amaldiçoar os que te amaldiçoarem”.
Abraão não é só pai do povo de Deus. Sua paternidade atinge os povos todos: “Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra”. Ele é o primeiro responsável pelo projeto que Deus tem para a humanidade. Quem se deixar orientar por ele estará no caminho da bênção. Esse caminho se faz pela fé em Deus. Nossa felicidade se encontra no caminho. A estagnação nos desumaniza. Ficar sempre no conhecido nos aprisiona. Existem momentos na vida em que é preciso responder à voz que nos chama para “mais além”. É preciso acreditar na promessa, mesmo que seja arriscado, mesmo que as coisas não estejam em segurança.
com Jesus. A partir desse momento, as pessoas falam diretamente com Deus falando com Jesus. Pedro quis colocar Jesus em pé de igualdade com Moisés e Elias, fazendo uma tenda para cada um. Porém, Jesus veio dar pleno cumprimento da Lei e dos Profetas, representados em Moisés e Elias. Ele trouxe a nova Lei.
Jesus é proclamado por Deus como seu Filho Amado ao qual devemos escutar o que Ele diz. É o Rei servo e profeta que cumpre a vontade do Pai. A reação dos discípulos é de medo. Essa é a reação dos que receberam grandes revelações divinas. Jesus substitui o medo pela coragem.
Quando abrimos os olhos da fé, percebemos que o grande anúncio é a pessoa de Jesus que comunica o projeto do Pai. A transfiguração é sinal de sua ressurreição, vencendo a morte e a sociedade violenta que o matou. Nada nem ninguém poderão deter o projeto de Deus, que é liberdade e vida.
Paulo está preso e sabe que em breve será morto e abandonado por todos, mesmo assim transmite fé e coragem. Convida-nos a solidarizarmos com esse sofrimento, consequência da atitude em relação ao Evangelho.
– Será que teríamos a coragem e a fé que motivou Abraão de responder o chamado de Deus?
Ele pede para confiar no poder de Deus mesmo sabendo que vai morrer. Pois está enraizado no mistério pascal, de onde brotaram nossa salvação e vocação à santidade, não por mérito nosso, mas por graça de Deus a nós concedida em Jesus Cristo.
– Qual a atitude que temos diante da realidade divina em nossa vida? Estagnamos ou seguimos em frente?
– Quais foram e são as provações que a opção pelo Evangelho te fizeram e fazem passar?
A vocação é uma experiência da visão e ao mesmo tempo de escutar: “Tu és meu filho (a)”. Vocação é um envio, um mandato. Quando se escuta uma pessoa chamada por Deus, descobre-se nela a mesma voz de Pai. É preciso prestar muita e muita atenção, pois por trás de qualquer pessoa vocacionada está o próprio Deus.
A transfiguração de Jesus serve para mostrar que Ele é o novo Moisés, o servo de Deus e o Profeta por meio do qual chega a nós o Reino de Deus. Para o povo da Bíblia, a montanha é o lugar onde Deus se dá a conhecer. É a esse lugar que Jesus nos quer levar.
O texto afirma que o rosto de Jesus brilha como o sol, e as suas roupas ficaram brancas como a luz. “Os justos brilharão como o sol no Rino de Deus”. Jesus é o rosto brilhante do Pai. Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas, foram pessoas que falaram diretamente com Deus e agora falam
Vocação leva ao temor, a pessoa sempre se sente indigna, incapaz, mas Deus faz o que quer. Ninguém é chamado (a) a desfrutar Deus sozinho. A luz que habita em nós irá pouco a pouco iluminando o mundo e enchendo-o de vida.
Dia 6/03: Dn 9,4b-10; Sl 78(79); Lc 6,36-38
Dia 7/03: Is 1,10.16-20; Sl 49(50); Mt 23,1-12
Dia 8/03: Jr 18,18-20; Sl 30(31); Mt 20,17-28
Dia 9/03: Jr 17,5-10; Sl 1; Lc 16,19-31
Dia 10/03: Gn 37,3-4.12-13a.17b-28; Sl 104(105); Mt 21,33-43.45-46
Dia 11/03: Mq 7,14-15.18-20; Sl 102(103); Lc 15,1-3.11-32
A Igreja no Brasil, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), organiza, a cada quatro anos, as suas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) com a finalidade de auxiliar as dioceses, paróquias e comunidades a trilhar um caminho no processo evangelizador.
A Diocese de Toledo, seguindo essas diretrizes, elaborou seu Plano Diocesano da Ação Evangelizadora, que estaria em vigor até este ano. Mas, devido ao período da Pandemia, que ainda continua presente e afetando nossa sociedade e as atividades eclesiais, obrigou nosso calendário e planejamento pastoral, a prolongar este período até que novas diretrizes sejam definidas pela Igreja no Brasil, previstas para aplicação a partir de 2025.
As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, diante da cultura urbana, cada vez mais abrangente, estão estruturadas a partir da Comunidade Eclesial Missionária, apresentada com a imagem da “casa”, “construção de Deus” (1Cor 3,9), em que se acentuam as dimensões pessoal, comunitária e social da evangelização. Casa tem a ver com maior proximidade entre as pessoas, lugar da convivência e das relações. Casa cujas portas estão continuamente abertas para o duplo movimento de entrar e sair. São portas que acolhem os que chegam para partilhar suas alegrias e curar suas dores. Portas que estão abertas para sair em missão, anunciando Jesus Cristo e seu Reino, indo ao encontro do outro (cf. DGAE 109, nº 4 a 7).
Esta casa, ou seja, a comunidade eclesial missionária, é sustentada por quatro pilares: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária. Cada um desses pilares apresenta suas necessidades: a
Palavra refere-se à iniciação à vida cristã e a animação bíblica; o Pão abrange a liturgia e a espiritualidade; a Caridade tem a ver com o serviço à vida plena e a Ação Missionária nos coloca em estado permanente de missão (cf. DGAE 109, nº 8).
Segundo decisão da Assembleia Diocesana ficou definido como prioridade para este ano os pilares do Pão e da Ação Missionária. Como nossa coluna refere-se a Liturgia, vamos aqui tratar do Pilar do Pão.
“Esta compreensão da celebração eucarística coloca a mesa no centro da celebração da fé cristã, que é sempre ato comunitário, que exige presença, acolhida das pessoas, cuidado e afeto pelos outros. A comunidade eclesial tem na Eucaristia a sua mesa por excelência: memorial da Páscoa do Senhor, banquete fraterno, penhor da vida definitiva. Ela transforma as pessoas em discípulos missionários de Jesus Cristo, testemunhas do Evangelho do Reino” (cf. DGAE 109, nº 93-94).
O pilar do Pão tem como finalidade desenvolver os aspectos da Liturgia e da espiritualidade, tendo, como referência bíblica, o texto dos Atos dos Apóstolos: “Eles eram perseverantes (…) na fração do pão e nas orações” (2,42).
Entre os primeiros cristãos a comunhão se expressava principalmente na celebração eucarística. Os vínculos anteriores e posteriores à Eucaristia suscitavam a partilha das dificuldades do cotidiano e o compromisso com o Reino de Deus.
Os membros da Igreja, nas casas, eram instruídos a assimilar que a celebração comum da “ceia do Senhor” exigia a comunhão de todos com o Corpo e Sangue de Cristo. A celebração eucarística, memória do sacrifício do Senhor, alimentava a esperança do mundo que há de vir (1Cor 11,17-32). Essa realidade implicava em trilhar um caminho pascal, para viver no mundo sem ser do mundo (Jo 17,14-16).
Esta compreensão da celebração eucarística coloca a mesa no centro da celebração da fé cristã, que é sem-
pre ato comunitário, que exige presença, acolhida das pessoas, cuidado e afeto pelos outros. A comunidade eclesial tem na Eucaristia a sua mesa por excelência: memorial da Páscoa do Senhor, banquete fraterno, penhor da vida definitiva. Ela transforma as pessoas em discípulos missionários de Jesus Cristo, testemunhas do Evangelho do Reino (cf. DGAE 109, nº 93-94).
A comunidade eclesial, como casa que nutre os seus filhos, é sustentada pela oração, enraizada na Palavra de Deus, tendo em Jesus Cristo, o orante por excelência e na Oração do Senhor o modelo de toda oração. Pela oração cotidiana, os membros da comunidade se sentem consolados, redescobrem sua dignidade de filhos e filhas de Deus, tomam consciência de que são colaboradores de Deus na missão e são impelidos a saírem ao encontro das pessoas e à prática da misericórdia.
Pela oração, os discípulos missionários de Jesus Cristo cultivam a espiritualidade do seu seguimento. É preciso pedir ao Senhor, assim como os discípulos pediram a Cristo, “ensina-nos a rezar” (Lc 11,1). Só assim é possível sair do egoísmo e de uma experiência religiosa fechada sobre si mesma. Orar, antes de ser o resultado de um esforço humano, é a ação do Espírito em nós, abrindo espaço para chamar a Deus de Pai (GI 4,6). É um abandono nas mãos de Deus, dirigindo-se a Ele com simplicidade e suplicando-lhe: “Que faça brilhar sobre nós a sua face”. (Sl 67[66],2; 80[79],4.8; 119[118],135).
Na pastoral, é preciso superar a ideia de que o agir já é uma forma de oração. Quando confundimos agir com rezar, chegamos a abreviar ou dispensar os tempos de oração e de contemplação. Quando reduzimos tudo ao fazer, corremos o risco de nos contentar apenas com reuniões, planejamentos e eventos. Estes são importantes no cotidiano pastoral, mas não substituem a vida de oração. Ao contrário, devem decorrer dela e a ela conduzir. Muitas atividades podem
facilmente levar os cristãos a caírem em tentações como ativismo, vaidade, ambição e desejo de poder. Nessa perspectiva, os agentes de pastoral correm o risco de se esquecer da dignidade batismal, como verdadeiros sujeitos eclesiais, reduzindo-se a meros voluntários (cf. DGAE 109, nº 95 a 97).
Aprendemos a fazer, do trabalho pastoral, um lugar onde a oração nutre nossas atividades e nos mantém de pé, de modo que o ativismo e o excesso de reuniões e outros afazeres não sejam o substituto da oração. O ativismo pastoral nos torna vazios, decorrente da pouca ou de nenhuma oração.
Somos ainda impelidos a buscar a santidade, que favorece e alimenta um jeito de ser Igreja (GeE, nº 2), como fez Jesus no seu encontro com a samaritana e lhe pediu: “Dá-me de beber” (Jo 4,7). O Senhor Jesus tem sede da entrega confiante a Ele de nossas comunidades eclesiais e de nosso empenho missionário. Ele deseja uma Igreja servidora, samaritana, pobre com os pobres. Foi o que uma multidão de santas e santos experimentaram e testemunharam ao longo da história da Igreja: Santo Agostinho, São Bernardo de Claraval, São Francisco de Assis, Santa Teresa de Jesus, Santa Teresa de Calcutá, São Paulo VI, Santo Oscar Romero, André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e seus companheiros,
protomártires do Rio Grande do Norte, e Santo Antônio de Santana Galvão. Estes, e tantos outros, por caminhos diversos, abriram-se à ação transformadora da graça divina e, imersos nos eventos da história, foram capazes de ser instrumentos de Deus na construção de relações autênticas, transfiguradas, fazendo-se dom a serviço da solidariedade e da compaixão.
O pilar do pão ensina-nos a também desenvolver uma espiritualidade com o exemplo dos santos e os beatos do Brasil que são modelos da ação misericordiosa ativa de quem, movido pela compaixão, coloca-se em saída e vai ao encontro do outro. As Diretrizes apresentam alguns exemplos que valem a pena conhecer melhor: São José de Anchieta que aprendeu a língua dos índios para aproximar-se deles e anunciar-lhes o Evangelho; a Bem-Aventurada Dulce dos pobres foi ao encontro dos últimos nas sarjetas das periferias de Salvador; Santa Paulina, ao chegar a São Paulo, depois de partir de Nova Trento, dirigiu-se aos escravos “libertos” e abandonados à própria sorte; a Beata Nhá Chica, uma leiga pobre, catequista que a acolhia as pessoas e orava com elas. Os desafios dos nossos tempos são novos, mas a dor humana continua a mesma que sensibilizou e continua a impactar os santos e santas de todos os tempos, impelindo-os a uma saída efetiva do seu lugar em direção ao lugar onde o outro se encontra (DGAE 109, nº 98 a 99).
Ainda tem lugar, principalmente nesta pastoral urbana, a “experiência de fé da comunidade cristã, a piedade popular há de ser valorizada na comunidade, na sua pureza de expressões (DAP, 258-265), como uma força ativamente evangelizadora que não podemos subestimar” (EG, nº 126). “É preciso, porém, ter atenção para os riscos de instrumentalização da piedade popular, quando é apresentada de modo intimista, consumista e imediatista”, afirma também este documento (DGAE 109, nº 100).
Continua o documento ressaltando
que, neste pilar, não pode faltar a consciência de que as comunidades eclesiais missionárias, a Igreja – como uma casa da comunhão – são chamadas, frequentemente, a celebrar o perdão e a misericórdia do Senhor, de modo privilegiado, no sacramento da Penitência. A Igreja não é a comunidade dos perfeitos, mas dos pecadores perdoados e em busca do perdão (Mt 9,13), “não é uma alfândega; é a casa paterna, onde há lugar para todos com a sua vida” (EG, nº 47). A experiência do amor misericordioso de Deus, faz dos discípulos do Senhor embaixadores da misericórdia. Estes são impelidos a constituir comunidades de discípulos missionários abertos ao diálogo, à acolhida, à compreensão e à compaixão (Lc 15,11-32). Igualmente, é necessário formar comunidades dispostas a percorrer um caminho de discernimento espiritual, buscando a verdade do Evangelho (DGAE 109, nº 100).
Somos motivados a construir ambientes de diálogo, de acolhida, de
compreensão e de compaixão. É, ainda, resgatar a centralidade do domingo como Dia do Senhor por meio da participação na Missa Dominical ou, faltando essa, na Celebração da Palavra, valorizar o canto litúrgico, o espaço sagrado e tudo o que diz respeito ao belo como serviço à vida espiritual; respeitar o Ano Litúrgico nas suas especificidades, tanto no conteúdo quanto na forma; zelar pela qualidade da homilia, cuidando para que a vida litúrgica lance raízes profundas na existência e na vida comunitária e social.
Enfim, é preciso prover uma Liturgia essencial, que não sucumba aos extremos do subjetivismo emotivo, nem tão pouco da frieza e da rigidez rubricista e ritualística, mas que conduza os fiéis a mergulhar no mistério de Deus, sem deixar o chão concreto da história (DGAE 109, nº 162). “É necessário evitar a separação entre culto e misericórdia, liturgia e ética, celebração e serviço aos irmãos” (CNBB, Doc. 100, nº 275), pois “a verdadeira celebração
e oração exigem conversão e não criam fugas intimistas da realidade, ao contrário, remetem à solidariedade e à alteridade” (CNBB, Doc. 100, nº 79).
A Diocese de Toledo realizou no dia 6 de novembro de 2022 a sua Assembleia de Revisão da Ação Evangelizadora, que refletiu sobre o modo de evangelizar, seus desafios recentes e os mais urgentes pontos de atuação da ação evangelizadora. No pilar do Pão, destaca-se o investimento na dimensão mistagógica da Santa Missa, bem como na compreensão dos seus ritos.
Diante de tal prioridade, vamos ao longo deste ano, tratar sobre a celebração eucarística e seus ritos. Até a próxima edição!
A internet é certamente uma das maiores e melhores invenções do ser humano, e o jovem é o principal usuário de suas ferramentas, com destaque ao uso das redes sociais. Apesar das redes sociais terem se tornado nosso principal instrumento de comunicação, existe um perigo oculto nesse espaço, que é contrário à fé cristã.
O uso das redes sociais dá ao usuário a ilusão do anonimato. Escondido atrás de telas, alguns malfeitores encontram a munição necessária para mostrar seu lado mais sombrio. Internautas destilam ódio e opiniões criminosas pelas redes sociais, metralhando o que lhes convém sem pensar nas consequências.
A Safernet é a primeira ONG do Brasil a estabelecer uma abordagem multissetorial para proteger os Direitos Humanos no ambiente digital. A ONG criou e mantém uma Central Nacional de Denúncias onde foi identificado um aumento expressivo de denúncias de crime de ódio na internet envolvendo racismo, lgbtfobia, xenofobia, neonazismo, misoginia, apologia a crimes contra a vida e intolerância religiosa.
A principal conclusão da Safernet é de que as denúncias aumentam em anos de eleições. Como comparativo, nos primeiros seis meses de 2022 foram 23.947 denúncias, 67,5% mais que o mesmo período de 2021. E é nesse ambiente hostil que o jovem passa a maior parte do seu tempo.
Recorda daquela máxima “a liberdade de um termina quando a do outro começa”? Pois bem, a liberdade é uma característica fundamental da pessoa humana criada à imagem e semelhança de Deus. É para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5,1).
A liberdade cristã, além do amor a Deus, visa o amor ao próximo. Ao
inaugurar a lei da liberdade, Cristo inaugura também a lei do amor ao dizer “Caríssimos, se Deus nos amou assim, nós também devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e seu amor em nós é plenamente realizado” (1Jo 4,11-12). Dessa forma, sendo as redes sociais uma extensão do nosso convívio humano, lá também deve imperar a máxima divina: o amor ao próximo.
Deus nos dá a liberdade e nós devemos vigiar esse direito que nos foi oferecido, pois atentar contra a liber-
“O olhar cristão é capaz de superar todas as barreiras que existem no mundo, e a criatividade do jovem pode ir muito mais além. Esses dois instrumentos aliados, são ótimas alternativas para superar o desafio de tornar as redes sociais um espaço de convívio pacífico, capaz de promover o bem comum”.
dade viola a dignidade da pessoa humana e os desígnios de Deus.
Certamente se você não fez ou faz parte de um grupo do WhatsApp em que pessoas se utilizam do espaço para destilar seu ódio gratuito, conhece quem participa desses grupos. Talvez você seja a pessoa que destila esse ódio, já parou para pensar nisso?
Por vezes, a intolerância e o ódio estão disfarçados sob um véu de religiosidade, mas lembre-se sempre: nossas palavras e ações devem promover o amor, a justiça e o cumprimento pleno e definitivo do projeto de Deus.
O olhar cristão é capaz de superar todas as barreiras que existem no mundo, e a criatividade do jovem pode ir muito mais além. Esses dois instrumentos aliados, são ótimas alternativas para superar o desafio de tornar as redes sociais um espaço de convívio pacífico, capaz de promover o bem comum. Deixo como sugestão, para refletirmos sobre nossas atitudes a seguinte atividade. Sempre que sentir necessidade de compartilhar sua opinião em grupos do WhatsApp e redes sociais, pense em como ela pode ofender e magoar outras pessoas, se coloque no lugar do outro e reflita: “Se outra pessoa fizesse o mesmo que eu estou fazendo, mas com uma ideia ou opinião contrária à minha, como eu me sentiria”? Se sua opinião ofender e magoar, guarde-a para você.
Vigia seus atos para que “Não saia da vossa boca nenhuma palavra que cause destruição, mas somente a que seja útil para a edificação, de acordo com a necessidade, a fim de que comunique graça aos que a ouvem” (Ef 4,29).
Cristina CoelhoNo serviço da Catequese temos algumas questões que volta e meia retornam, que às vezes perdem força e outras vezes crescem e voltam a inquietar os nossos corações de catequistas. Uma delas é a comparação com a escola. É inevitável que sempre que iniciamos nosso itinerário catequético nos deparemos com as comparações, a começar das inscrições das crianças, adolescentes, jovens e adultos para participarem do itinerário que, não poucas vezes, escutamos falar de matrículas, ao que se juntam as dificuldades impostas pela nomenclatura como a precificação da situação.
Já nesse primeiro momento, na inscrição, no anúncio, na propaganda do início, deixamos passar uma grande oportunidade de catequizar. A acolhida, a escuta e a atenção dispensadas para as famílias que confiam seus filhos aos nossos cuidados fazem muito, e principalmente dizem de nós aquilo que não precisamos levantar a voz nas praças para falar, pois o exemplo de seguidores de Jesus os interpela.
Continuamos com as comparações que inocentemente fazemos: os (as) catequistas são chamados de professores pelas crianças, pelos seus pais, pelos responsáveis, quando não, pelo próprio pároco. Os catequizandos são alunos.
Além das comparações na nomenclatura temos também a organização do ambiente e os horários. Temos em quase todas nossas comunidades salas preparadas com mesas escolares, quadro e giz, além é claro da clássica organização em filinhas. O nosso apertado horário para distribuir catequistas e catequizandos também nos permite pensar no ambiente escolar.
As características apresentadas não pretendem de nenhuma forma fazer uma crítica aos nossos costumes. Se bem que nos policiamos para criar uma nomenclatura própria para justamente diferenciar o ambiente e fazer com que todos nos convençamos que não se trata de uma escola. Muitas vezes fazemos um esforço exagerado e inclusive perdemos mais uma oportunidade de catequizar.
Mas e se olhássemos para a Catequese como uma escola? Afinal é o ambiente onde fazemos eco da Palavra de Deus, dos ensinamentos de Jesus, da doutrina da Igreja, onde compartilhamos com aqueles que frequentam as histórias dos santos, as mais diversas atividades e partilhas que permitem que a transmissão da fé seja realizada de forma natural e adequada.
É claro que a nossa insistência e dar nomes próprios às nossas atividades catequéticas reafirma a nossa identidade católica, e ajuda a criar o nosso próprio ambiente para desenvolver nosso projeto de educação na fé, que começa em casa, que somos introduzidos pelo Batismo ou pelo primeiro anúncio e nos
sentamos à beira do poço para pedir sempre da água viva que somente o Senhor Jesus pode nos dar.
A catequese é cristocêntrica, ou seja, Jesus Cristo é o centro de todas as nossas atividades. Todos os nossos manuais, nossos encontros, nossas atividades giram e devem girar ao redor de Jesus, pois é por causa dele que nos reunimos. O mandato de “ide e anunciar” (Mc 16,15) foi recebido em nossos corações de catequistas e cresceu, floresceu e está dando seus frutos quando anunciamos e ajudamos a espalhar essa semente da Palavra.
Hoje, mais do que nunca, nossa Catequese precisa forjar cristãos dispostos a seguirem o Evangelho, testemunhando em um mundo cada vez mais secularizado que relativiza a religião. Não obstante, nossa fé não pode ser superficial e apegada aos panos, velas e miudezas superficiais; dever ter sua base na fé, ser cheia de esperança e vivida na caridade, lembrando sempre que essa é a maior das virtudes (1Cor 13,13).
Neste início do itinerário voltemos
nosso olhar para nós mesmos, não para caminhar olhando para o nosso umbigo de forma egoísta, mas para revisar nosso testemunho de seguidores de Jesus e catequistas que fazem eco de seus ensinamentos em nossa comunidade local. Será que nos preocupamos em ser espelhos da misericórdia de Deus?
Não esqueçamos que toda a caminhada da Igreja é de aprendizado. Nas questões de Deus, somente Ele tem a última palavra e todos caminhamos na mesma direção, bispo, padres, diáconos, religiosos, religiosas, catequistas, agentes de pastoral, de forma que podemos afirmar que na Igreja e, consequentemente, na Catequese estamos em uma escola, pois faz parte do múnus da Igreja a tarefa de ensinar. Da mesma forma que já na educação contemporânea o professor não é o único detentor do saber e o dispensa conforme sua eloquência e sabedoria, e a pedagogia atual o enxerga como um facilitador, aquele que conduz o aluno no caminho do aprendizado, assim também é o catequista: um companheiro de caminho que vai levar aqueles que lhe são confiados lado a lado com Jesus, que facilita esse encontro e dá testemunho da alegria do encontro com o Senhor. Somos uma Igreja Povo de Deus, que caminha junto, cada um dando a sua contribuição. A nossa, como catequistas, é o empenho incondicional com a formação da fé primeiramente nossa, depois daqueles que nos são confiados. Para responder aos apelos daqueles que acorrem a nós para esse processo de educação da fé (testemunho) devemos manter a serenidade para seguir o conselho de São Pedro: “Não temais as ameaças e não vos turbeis. Antes, santificai em vossos corações Cristo, o Senhor. Estai sempre prontos a responder para
“Da mesma forma que já na educação contemporânea o professor não é o único detentor do saber e o dispensa conforme sua eloquência e sabedoria, e a pedagogia atual o enxerga como um facilitador, aquele que conduz o aluno no caminho do aprendizado, assim também é o catequista: um companheiro de caminho que vai levar aqueles que lhe são confiados lado a lado com Jesus, que facilita esse encontro e dá testemunho da alegria do encontro com o Senhor”.
vossa defesa a todo aquele que vos pedir razão de vossa esperança, mas fazei-o com suavidade e respeito” (1Pd 3,15).
Ainda nesse espírito de acolhida no início dos nossos trabalhos, gostaríamos de deixar uma palavra sobre o ministério do catequista, instituído pelo Papa Francisco, uma vez que várias coordenações e catequistas nos procuram com dúvidas e inquietações. Antes de mais nada: “Não turbeis vosso coração!” (Jo 14,1). A Igreja do Brasil recepcionou o Motu Proprio do Papa e está se organizando. Já se prepararam alguns critérios gerais, porém cada Igreja Particular, organizada nos regionais da CNBB está estudando as melhores formas de adaptar à nossa realidade. Sendo assim, ainda estamos em fase de estudo para implantação, e como já dissemos antes “estamos no mesmo caminho”. O ministério do catequista não é um prêmio, mas uma tarefa e uma missão de serviço e deve ser encarado desde o ponto de vista vocacional.
9ª Etapa: 24 a 26/03
10ª Etapa: 28 a 30/04
11ª Etapa: 26 a 28/05
Ainda é um tema que será bastante trabalhado e organizado.
As atividades da Animação Bíblico-catequética para o ano de 2023 já se iniciaram em nossas comunidades. Aliás, desde o fim de 2022 nossos grupos estão se inscrevendo em nossas comunidades e paróquias de toda Diocese. Nossos catequistas iniciam suas atividades já neste mês de fevereiro com encontros de formação, com os encontros das coordenações paroquiais e decanais em nível diocesano para dar as pistas à condução das atividades durante o ano.
Também em fevereiro os encontros da Catequese de Adultos são retomados, uma vez que estes encontros estão bem ligados à vivência litúrgica da comunidade.
Em março, retomaremos em pleno as atividades com a Catequese regular e as demais atividades de formação já tradicionais do nosso calendário diocesano que são a Escola Catequética Companheiros de Emaús, que este ano ainda tem três encontros para finalizar o ciclo para a 13ª turma, iniciada em 2021. Com o Grupo de Reflexão Catequética (Grecat) continuaremos os estudos do Evangelho de Lucas, iniciado no ano passado e que está inserido no programa de estudo dos evangelistas. Este ano os encontros do Grecat continuarão sendo em dois encontros presenciais nos decanatos, intercalados com dois encontros on-line conduzidos de forma remota, de modo que toda a Diocese participe ao mesmo tempo.
Contemplamos em nosso cronograma diocesano sugestões de datas para que as importantes celebrações previstas nos manuais “Crescer em Comunhão” possam ser realizadas em comunidade, da mesma forma como são realizadas as dos adultos, para que a comunidade participe também da caminhada catequética das crianças e adolescentes.
Abençoado itinerário a todas as comunidades catequizadoras da nossa Diocese de Toledo!
Douglas
Miquelin e Maria Artés Coma Membros da coordenação diocesana da Animação Bíblico-catequética
Neste dia 22 de fevereiro, com a celebração da Quarta-feira de Cinzas, a Igreja dá início ao tempo da Quaresma, que visa preparar o coração dos fiéis para a solenidade da Páscoa da Ressurreição. Um tempo forte de oração, de jejum e práticas de caridade fraterna. Durante este tempo também nos dedicamos a refletir algum dos temas mais preocupantes de nossa realidade brasileira, ao qual voltamos a atenção e nos debruçamos para encontrarmos soluções para o bem do povo. É a Campanha da Fraternidade.
Este ano a Campanha da Fraternidade tem como tema “Fraternidade e Fome”, tema este que é fruto da participação do povo de Deus por meio de plataformas pela internet. Com a participação do povo, o lema escolhido para iluminar as reflexões em torno da realidade de muitas pessoas em nosso país que passam pelo flagelo da fome, é “Dai-lhes vós mesmos de comer!” (Mt 14,16).
A reflexão deste tema visa “despertar a solidariedade nos fiéis e da sociedade em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos de solução à luz do Evangelho. A CF vem para nos convidar a imitar a misericórdia do Pai repartindo o pão com os necessitados, fortificando nosso espírito fraterno. Este tema não é novo, tendo sido abordado pela primeira vez em 1975, com o tema ‘Fraternidade é repartir’ e o lema Repartir o pão’ e também na Campanha de 1985 com o lema “pão para quem tem fome” (Pe. Patriky, coordenador nacional da CF).
Como agentes de pastorais e movimentos, somos chamados a nos envolvermos de corpo e alma nas reflexões e atitudes concretas em relação a este tão angustiante problema que aflige grande parte da humanidade. Este deve ser, portanto, o propósito de todos os agentes da Pastoral Familiar. Como ressalta o texto proposto para nossa refle-
xão “a fome é um fenômeno biológico que aciona uma sensação passageira de desconforto, um sinal breve do corpo, que indica a hora de comer”, realidade que afeta todo ser vivo, pois toda criatura tem necessidade de alimentar-se para desenvolver-se.
Como agentes da Pastoral Familiar, esta reflexão se torna muito mais eloquente, pois sabemos que, nos planos de Deus, a família deve ser o porto seguro onde todo ser humano encontra guarida e sustentação. Olhar para um incontável número de famílias que não
“Quando reflito sobre estas questões sempre me vem à mente o capítulo 6 do Evangelho de São João, onde Jesus nos mostra a sua pedagogia evangelizadora, ou seja, inicia sanando as necessidades básicas das pessoas, dando-lhes de comer, multiplicando os pães e curando suas enfermidades, para depois iniciar sua catequese sobre a Eucaristia e as consequências para os discípulos que quisessem participar de seu projeto de Vida”.
tem o mínimo necessário para ter uma vida digna, por falta de alimentação e de outras necessidades básicas e não nos indignarmos e não assumir um compromisso de empenhar-se para que a realidade seja transformada, de tal forma que todas as famílias tenham o necessário para levarem uma vida digna e segundo o Plano de Deus, é deixar de lado nossa humanidade e também a essência do nosso ser cristão.
Para o Papa Francisco, ao falar do escândalo da fome, o atual sistema é assassino: “As crises sociais, políticas e econômicas fazem morrer de fome milhões de crianças, já reduzidas a esqueletos humanos por causa da pobreza e da fome; reina um inaceitável silêncio internacional”(FT, nº 29). Esta fala de Papa Francisco nos faz refletir sobre o sentimento que apodera-se do coração de pais e mães de família que amanhecem o dia sem saber se poderão oferecer um mínimo necessário para amenizar a fome de seus filhos. Mas este olhar deve ser um olhar de compromisso, de envolvimento, de empatia, do ser com, para que nos comprometamos a atuar fortemente nas causas da
pobreza e da fome, para que todas as famílias possam ter garantido o direito de oferecer o mínimo necessário para o bom desenvolvimento de seus filhos.
Esta já é a terceira vez que a fome é tratada pela Igreja no Brasil, na Campanha da Fraternidade. Este tema nasce sempre como resposta às reflexões realizadas pelos congressos Eucarísticos nacionais. Logo depois do 18º Congresso Eucarístico Nacional, que se realizou em Recife, de 11 a 15 de novembro de 2022, sob o tema “Pão em todas as mesas”, a Igreja no Brasil enfrenta pela terceira vez o flagelo da fome com o lema que é uma ordem de Jesus aos seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16).
Quando reflito sobre estas questões sempre me vem à mente o capítulo 6 do Evangelho de São João, onde Jesus nos mostra a sua pedagogia evangelizadora, ou seja, inicia sanando as necessidades básicas das pessoas, dando-lhes de comer, multiplicando os pães e curando suas enfermidades, para depois iniciar sua catequese sobre a Eucaristia e as consequências para os discípulos que
Milhares de pessoas vivem o flagelo da fome
quisessem participar de seu projeto de Vida. Ler este capítulo do Evangelho de São João, à luz das reflexões propostas pela CF deste ano, me faz pensar, como já mencionei, sobre o que pensam um pai e uma mãe que, ao amanhecer do dia, não sabem o que poderão dar de comer a seus filhos. Certamente irão correr para encontrarem o pão que alimenta o corpo e só então, quem sabe, pensarão em outras necessidades. A pedagogia de Jesus, retratada em João 6 nos ensina que devemos nos empenhar para oferecer aos famintos
o Pão de cada dia, para que estejam abertos e confortáveis para receberem os ensinamentos do Evangelho.
“É vocação, graça e missão da Igreja responder ao chamado e cumprir a ordem de Jesus, afirmamos no contexto do 3º Ano Vocacional que estamos vivendo desde novembro do ano passado. A fome é um instinto natural de sobrevivência presente em todos os seres vivos. Contudo, na sociedade humana, a fome é uma tragédia, um escândalo, é a negação da própria existência” (Pe. Patriky).
Comungar do pão Eucarístico nos impulsiona ao compromisso de saciar a fome dos irmãos. Que tenhamos uma boa caminhada quaresmal e com a graça de Deus alcancemos o compromisso de viver a caridade na partilha do pão, para que todas as famílias tenham o pão de cada dia em suas mesas. Que a Sagrada Família de Nazaré seja modelo de amor e caridade para todas as nossas famílias.
Neste início de ano, a retomada das atividades do Movimento de Cursilhos de Cristandade na Diocese de Toledo é marcada pelo chamado da Campanha da Fraternidade 2023 da CNBB, cujo tema é “Fraternidade e Fome”, tendo como lema “Dai-lhes vós mesmos de comer!” (Mt 14,16).
O período de crise econômica que se enfrenta deixou rastros que aprofundaram ainda mais a desde sempre lastimável situação da fome no Brasil. A pandemia, que assolou o país nos últimos anos, não afetou apenas o âmbito sanitário, mas trouxe desemprego, diminuiu o já limitado poder de compra de grande parte da população e condenou à miséria muitos daqueles que já lutavam pela subsistência. Por três vezes o combate à fome foi trazido como cerne do tema da Campanha da Fraternidade da CNBB. As duas primeiras foram nos anos de 1975 e 1985, sendo que, desta vez, a realidade apresenta um contexto no qual tal teor mostra-se especialmente oportuno.
Segundo o Senado Federal e o Conselho Federal de Nutricionistas, atualmente, cerca de 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil, enquanto mais da metade (58,7%) da população brasileira
vive com algum grau de insegurança alimentar. Esses são dados obtidos por meio do 2º Vigisan – Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da
“O combate à fome e, principalmente, às raízes de suas causas, são tema perene de luta do protagonismo cursilhista, que constantemente procura não apenas cessar a necessidade imediata, mas empenha-se em modificar tal realidade de modo que essa necessidade deixe de ser uma realidade que assombre o amanhã do irmão desprovido. É diante desse chamado à vivência da Quaresma que o MCC se propõe à reflexão e à ação”.
Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado em julho de 2022.
A Campanha da Fraternidade é o chamado a viver a Quaresma buscando uma conversão pessoal, comunitário-eclesial e sociopolítica. No curso de formação da CF 2023, D. Joel Portella Amado, secretário-geral da CNBB, explica que a Campanha da Fraternidade nos mostra uma situação que é consequência do pecado e a Quaresma é convite para vencer esse pecado e superar essa situação. D. Joel aponta, ainda, que ao longo de quase seis décadas, a cada ano a Campanha da Fraternidade apresenta um tema que não é, necessariamente, religioso, mas sim humano, voltado a todos, sejam
católicos, cristãos ou não.
Para o ano de 2023, destaca-se o questionamento do porquê tantas pessoas no mundo inteiro ainda experimentam o flagelo da fome, ou seja, a incapacidade de ter acesso ao mínimo necessário para se alimentar, mesmo numa realidade de pujante avanço tecnológico e riqueza em tantas áreas.
Para ajudar nessa reflexão, a CF 2023 traz um versículo da multiplicação dos pães, quando os discípulos apresentam a Jesus a dificuldade em alimentar tão grande multidão com tão poucos recursos. A lógica dos discípulos era matemática, que impunha a necessidade de mandar as pessoas embora, desamparadas. Mas a resposta de Jesus é desconcertante: “Dai-lhes vós mesmos de comer”! E, por assim dizer, conclama aos discípulos que, simplesmente, façam alguma coisa: ajam, ainda que as condições não sejam, aparentemente, favoráveis.
Notadamente, diante da adversidade, das dificuldades, do sofrimento e da dor, parece-nos impossível fazer algo por aqueles
“Destaca-se o questionamento do porquê tantas pessoas no mundo inteiro ainda experimentam o flagelo da fome, ou seja, a incapacidade de ter acesso ao mínimo necessário para se alimentar, mesmo numa realidade de pujante avanço tecnológico e riqueza em tantas áreas”.
que padecem do que há de mais básico à sobrevivência humana. Mas é nesse momento que Jesus nos conclama à união, convidando-nos a empreender esforços conjuntos e apresentar-Lhe o nosso agir, para que, então, o milagre aconteça.
Assim como aquela multidão foi alimentada por pequena quantidade de pães e peixes, nós somos convidados a transformar nossa ação solidária e nosso coração, colocando-nos diante de Jesus em posição de confiança.
O Movimento de Cursilhos de Cristandade, por meio de seu carisma, certamente é ferramenta especial nessa missão e perpetra ações transformadoras nos mais diversos ambientes, desde a sociedade, até o lar das famílias e o
íntimo do coração cristão.
O combate à fome e, principalmente, às raízes de suas causas, são tema perene de luta do protagonismo cursilhista, que constantemente procura não apenas cessar a necessidade imediata, mas empenha-se em modificar tal realidade de modo que essa necessidade deixe de ser uma realidade que assombre o amanhã do irmão desprovido.
É diante desse chamado à vivência da Quaresma que o MCC se propõe à reflexão e à ação. Para tanto, como movimento eclesial organizado e regido por seu método, o MCC na Diocese de Toledo prepara-se para dois eventos que ocorrem neste mês e que norteiam as diretrizes das ações empreendidas em âmbito regional, diocesano e setorial.
Nos dias 10 a 12, acontece, na Diocese de Cascavel, a Assembleia Regional do MCC – GER SUL 2 PR 1, na qual serão debatidas e delimitadas as metas das ações a nível regional do Movimento.
No dia 25, acontecerá no Setor Toledo, a Assembleia Diocesana, na qual as metas e diretrizes estabelecidas na Assembleia Regional são pensadas e adequadas à realidade vivenciada na Diocese e nos Decanatos que a compõem.
É assim que o MCC responde ao desafio lançado pela Campanha da Fraternidade 2023 e aceito por cada cristão que, no momento do encontro com o Senhor, em seu 5º dia, deseja ouvir: “Porque tive fome, e destes-me de comer” (Mt 25,35).
Marcos Hawerroth, Rafael Hirata, Josiane Bucalão e Giani VerdiCursilhistas da Diocese de Toledo
O Sicredi, instituição financeira cooperativa com atuação em todos os estados e no Distrito Federal, conquistou mais de 1 milhão de novos associados em 2022, totalizando mais de 6,4 milhões de pessoas. O dado representa um aumento de 15% na base de associados em comparação ao fechamento de 2021.
O crescimento da base de associados foi impulsionado pela atuação das mais de 105 cooperativas de crédito que integram o Sicredi, as quais buscaram proporcionar a melhor experiência e relacionamento próximo aos associados a partir da disponibilização de canais físicos e digitais. Para isso, a instituição investe continuamente na ampliação e qualificação do portfólio de soluções digitais e ao mesmo tempo na sua rede de agências físicas.
Com a chegada ao estado de Roraima em abril de 2022, o Sicredi passou a atuar em todas as unidades federativas do Brasil. Atualmente são 2.439 agências no país, sendo que 250 delas foram abertas este ano. Em mais de 200 municípios brasileiros, o Sicredi é a única instituição financeira fisicamente presente.
Os canais digitais do Sicredi também têm contribuído bastante para a expansão e para a adesão de novos associados a partir da possibilidade de uma jornada mais digital. Atualmente o aplicativo do Sicredi é um dos mais bem avaliados entre as instituições financeiras nas principais lojas.
“O cooperativismo de crédito é regido por um propósito genuíno de apoiar as pessoas na sua vida financeira e de gerar prosperidade nas regiões de atuação. A vinda de mais de um milhão de novos associados apenas em 2022 nos enche
de orgulho, pois demonstra o quanto a sociedade está receptiva a esse modelo de negócio que é baseado na cooperação e no interesse pela comunidade, gerando uma cadeia de valor que beneficia a todos”, contextualiza Odair Dalagasperina, diretor-executivo de Produtos e Negócios do Sicredi.
“Quem se associa à uma cooperativa têm todas as soluções financeiras que necessita e, além disso, tem voz e participação nos resultados da sua cooperativa e apoia na realização de programas e iniciativas sociais que contribuem para o desenvolvimento de todas as regiões do Brasil”, complementa.
Um estudo realizado em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), chegou à conclusão de que o cooperativismo gera incremento mensurável nos municípios. “Onde há presença de uma cooperativa de crédito, em comparação com onde não há, o PIB é superior em 5,6%, são criadas 6,2%
mais vagas de trabalho formal e o número de estabelecimentos comerciais cresce em 15,7%, estimulando, portanto, o empreendedorismo local”, destaca Odair.
NO BRASIL E NO MUNDO
De acordo com dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), atualmente existem 763 cooperativas de crédito no Brasil, atendendo 13,9 milhões de associados e empregando diretamente quase 90 mil pessoas. Os ativos totais delas atingem R$ 518,8 bilhões, e as operações de crédito ultrapassam os R$ 258 bilhões. Somadas as cooperativas de crédito têm 7,9 mil agências.
No mundo, de acordo com o relatório de 2021 do Woccu (Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito), são mais de 393 milhões de associados às quase 90 mil cooperativas de crédito existentes. Enquanto a média mundial de penetração do cooperativismo de crédito é de 12,69%, a América Latina ultrapassa os 16%.
D. João Carlos Seneme, bispo da Diocese de Toledo, foi ordenado bispo no dia 16 de dezembro de 2007. Atuou primeiramente como bispo-auxiliar na Arquidiocese de Curitiba e foi transferido para o Oeste paranaense em 2013. Seu humilde chamado e sua inspiradora história vocacional são um convite à interação com os jovens e o encontro de culturas.
A história vocacional de D. João inicia com uma família que, apesar de católicos, não eram tão praticantes. Em uma entrevista, D. João afirma que buscou o aprofundamento por si próprio. Por volta dos 14 anos, era participante de grupos de jovens e tocava violão nas missas de sua paróquia, em Santa Gertrudes, município do interior de São Paulo. Apesar de ser muito ligado com a juventude, o bispo afirma que seu pároco na época, não era muito adepto aos movimentos juvenis. Contudo, o jovem João, movido pelo “amor de Cristo que nos impele”, escutava um programa no rádio, no qual um padre comentava o Evangelho do dia.
D. João afirma que foi a união entre os laços com o grupo de jovens e aquele programa de rádio que despertaram nele a vocação ao sacerdócio. Seu desejo inicial era de proclamar a Boa-Nova, assim como aquela voz no rádio. Inquieto por esse desejo, João resolve escrever uma carta ao apresentador, e inicia seu contato com aqueles que seriam os instrutores no caminho de
discernimento vocacional.
O jovem do rádio pertencia à Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (Estigmatinos – C.S.S), e em contato com ele, João inicia seu processo de acompanhamento junto ao seminário da congregação. Durante três anos ele passou por acompanhamento vocacional, até atingir a idade para o ingresso no seminário, no qual cursou Filosofia e Letras.
D. João, sobre a rotina do seminário, relata que eles estudavam Filosofia de manhã no próprio
seminário, durante à tarde se dividiam entre formações sobre a fé católica, a doutrina e as regras da congregação e trabalhos braçais como cultivar a horta e manutenção da casa. No período da noite, eram levados ao centro da cidade e o grupo de seminaristas se dividiam para irem à faculdade, e no seu caso, para a PUC-Campinas, onde cursava Letras.
Ele descreve que sua experiência no seminário foi muito rica pois convivia com rapazes de todo o Brasil e pôde conhecer culturas de várias regiões. Além disso, destaca os momentos de oração, em que se recolhia, rezava a Deus e conhecia a vida do santo fundador da congregação dos Estigmatinos: São Gaspar Bertoni.
Assim ele passou o período de formação até sua ordenação diaconal. Trabalhou como diácono na Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho, no bairro Mocca, na cidade de São Paulo (onde tinha feito trabalhos pastorais durante sua formação) por seis meses até tornar-se padre em 15 de dezembro de 1985.
Após sua ordenação sacerdotal, o seu Superior lhe pediu para que fosse formador, atuando no seminário dos Estigmatinos na cidade de Curitiba, capital do Paraná. Depois de três anos, segue como formador, mas na cidade de Campinas, acompanhando os jovens que se preparavam para efetuar seus primeiros votos religiosos. E, posteriormente, na cidade de
“D. João exorta que sejamos abertos a escuta ao chamado de Deus, e que sejamos perseverantes, assim como ele foi nas diversas experiências e nos diversos caminhos que Deus lhe proporcionava. ‘Se nós ouvirmos Deus e acharmos que damos conta de responder ‘sim’, o Senhor nos ajuda com o restante. Basta querermos melhor servi-lo e servir ao povo que Ele nos confia’”.
Uberaba, Minas Gerais, onde ficou mais sete anos.
Após isso, foi trabalhar, por dois anos, como coordenador dos padres Estigmatinos que estavam estudando em Roma. O encontro com a cultura também estava bastante presente, já que convivia com pessoas do mundo todo. Em seguida teve um breve retorno para o Brasil. E, nesta visita, foi eleito como secretário-geral do Conselho da Congregação, indo novamente a Roma, por seis anos. Nesse tempo, acompanhava o superior-geral por vários países, conhecendo e visitando as várias casas dos Estigmatinos espalhadas pelo mundo. Novamente um encontro com a cultura é o que fascinava o Pe. João. Assim retorna para o Brasil e cerca de um ano depois é nomeado pelo Papa Bento XVI como bispo-auxiliar da Arquidiocese de Curitiba, retornando ao Paraná. D. João afirma que sua nomeação foi uma surpresa, mas sempre estava aberto para seguir os caminhos que Deus lhe mandava. Em 2007 é ordenado por D. Moacyr José Vitti (CSS) e se transfere para Curitiba, para trabalhar com ele.
No começo, relata, era difícil, pois era necessário se desligar de seus amigos e irmãos de congregação para trilhar um novo caminho, trabalhando nas periferias de Curitiba nos acompanhamentos pastorais. Ele permanece em Curitiba até 2013, ano em que foi nomeado bispo titular da Diocese de Toledo, onde permanece até os dias atuais. Segundo D. João, a sua história vocacional nos ensina sobre o convívio com os jovens, o trabalho
Sou o Marcus Vinicius de Jesus Sanita, tenho 20 anos e estou no seminário Maria Mãe da Igreja desde 2020, no 1º ano de Teologia.
Até os meus 18 anos, jamais tinha pensado em ingressar no seminário. Mas, após ser convidado para participar do Encontro de Jovens com Cristo (EJC) e ingressar no grupo de jovens chamado Jovens Unidos Rumo a Cristo (Jurac), as coisas mudaram.
Até o ano de 2019, me dedicava aos estudos para o vestibular de Medicina. Consegui a aprovação numa universidade particular, porém deixei de lado para discernir o chamado de Deus em minha vida. Durante meu último ano na escola senti uma inquietação que me motivava a vir para o seminário. No começo, em contato com meus familiares e com o pároco da minha paróquia na época (Pe. André Fatega), decidimos por adiar meu ingresso no seminário, pois ficamos preocupados em ser apenas uma fuga do contexto em que estava vivendo.
Porém, seis meses depois, minha vontade ainda persistia, e fui encaminhado para o processo de ingresso no seminário. Hoje, sinto-me realizado, me preparando não mais para ajudar na recuperação da saúde física das pessoas, mas sim para ajudá-las na recuperação do seguimento à santidade e a descobrirem o caminho rumo aos céus.
vocacional, e o encontro com as culturas. Isso deve-se ao fato de que, boa parte da sua vida como padre (bem como os anos de sua juventude nos grupos de jovens) foi acompanhando os jovens, seja no seminário ou fora dele. E, também, nas suas diversas experiências pelo mundo afora, teve um encontro com as mais várias culturas que lhe ensinaram grandes lições de vida.
D. João exorta que sejamos abertos a escuta ao chamado de Deus, e que sejamos perseverantes, assim como ele foi nas diversas experiên-
cias e nos diversos caminhos que Deus lhe proporcionava. “Se nós ouvirmos Deus e acharmos que damos conta de responder ‘sim’, o Senhor nos ajuda com o restante. Basta querermos melhor servi-lo e servir ao povo que Ele nos confia”, relata. Aprendamos, pois, a cultivar na juventude o desejo de escuta e de resposta a Deus que chama ao encontro com as diferentes culturas, que nos tiram de nossa zona de conforto e nos impulsionam por novos caminhos, assim como é a vida de D. João Carlos Seneme.
O Projeto Pequeno Amor é grandioso em ações, em conquistas, em ajudar os pequeninos que precisam dos cuidados especiais da UTI Neonatal do Hospital Bom Jesus. Em 2022, com o trabalho, o empenho e a dedicação de todos os envolvidos com o Projeto foi possível realizar um importante sonho: promover as melhorias internas na Unidade. O investimento totalizou R$ 141.621,00.
“Estávamos com intenção de iniciar já em 2020, porém, devido a pandemia, aguardamos um momento mais tranquilo e seguro”, cita a coordenadora do Projeto Pequeno Amor, Franciele Felin. “As melhorias envolveram troca de móveis, piso, cortinas, ar condicionado, comunicação visual, pintura geral, pintura artística, além das melhorias no espaço de trabalho e no ambiente de atendimento aos bebês.
Franciele destaca que essas melhorais vão além do aspecto visual. Conforme a coordenadora, as mudanças refletem também na equipe de trabalho, nos familiares e nos bebês, pois resultaram em um ambiente mais acolhedor, mais tranquilo, que transmite aconchego num momento tão difícil.
“Essa é uma conquista do Projeto, da UTI Neonatal, do Hospital e, não menos importante, de todas as pessoas que sempre acreditaram no nosso propósito e nos ajudaram (comprando nossos produtos, divulgando nossas ações, nos dando apoio quando precisávamos, nas parcerias firmadas), ou seja, todos
são responsáveis por essa conquista”, reforça Franciele.
A coordenadora comenta que a conclusão da reforma marca os cinco anos do Projeto. “É uma conquista de todos que passaram pelo projeto neste tempo. Da gestão anterior – com coordenação da Cláudia Justus –da atual gestão e de todos os voluntários. Os fornecedores envolvidos nas melhorias tiveram um papel fundamental, entendendo o ‘tempo da UTI’, pois nem sempre conseguíamos fazer seguindo nossa programação, uma vez que a prioridade sempre era o bem-estar dos bebês e da equipe. Todos atuaram de uma forma especial, doando amor ao que estavam fazendo. Contamos também com muitas parcerias que viabilizaram toda esta conquista”, acrescenta.
“Ver a Neonatal reformada é uma sensação incrível. É emocionante ver a transformação e quase inacreditável saber que foi possível realizar esta obra sem interromper o excelente atendimento aos bebês. Eu como mãe de Neo fico muito feliz com o resultado, saber que os bebês e os pais podem ser recebidos em um ambiente aconchegante e acolhedor com certeza faz a diferença na confiabilidade que o local, equipe e hospital passaram para os pais dos bebês”, relata a empresária, Karla Funk Szimvelski. Em seus onze leitos, a UTI recebe prematuros de 18 municípios pertencentes a 20ª Regional de Saúde.
O Projeto Pequeno Amor ‘nasceu’ a partir de uma mãe, que teve o filho bebê prematuro internado na UTI Neonatal. Ela decidiu iniciar uma arrecadação de fraldas em prol da UTI. Logo surgiu um pequeno grupo de amigas. O grupo notou que a UTI Neo precisa de mais equipamentos e outros insumos e desde 2017 nunca mais parou de agir. Atualmente são 35 voluntários ativos. As arrecadações do Projeto acontecem através de ações de vendas de produtos (doces, agendas, lanches, vinhos), eventos (feijoada), doações espontâneas da comunidade e empresas.
O Projeto Pequeno Amor envolve trabalho voluntário. Ele surgiu no fim do ano de 2017 e tem como objetivo arrecadar fundos e realizar
ações em prol da UTI Neonatal do Hospital Bom Jesus. “É um ‘divisor de águas’. Temos a UTI Neonatal antes do Projeto e depois do Projeto”, comenta o coordenador da UTI Neonatal, médico João Pedro Pontes Câmara.
A coordenadora de enfermagem da UTI Neonatal, Laura Barbieri Cerón Reis também enfatiza as transformações que o Projeto tem promovido. “O Projeto Pequeno Amor tem um lugar muito especial, desde a equipe, a estrutura física, como a reforma. Agradecemos o empenho nessas ações tão lindas em prol dos bebês. Formarmos uma família e o Projeto faz parte dessa história”, afirma Laura.
Até o ano de 2021, o Projeto conseguiu adquirir para a UTI Neonatal duas incubadoras (sendo uma delas em parceria com a Itaipu Binacional), um CPAP, um Ressuscitador Infantil Babypuff, um Oxímetro, além de diversos materiais de uso diário da Unidade. Todas estas aquisições e conquistas somam aproximadamente R$ 300.000,00.
O Projeto não para! As ações continuam firmes e fortes com o propósito de ajudar a UTI Neonatal. No momento, as iniciativas estão voltadas para compra de novos equipamentos e manutenção dos existentes para que possam garantir condições apropriadas para receber os bebês que passam por lá.
Com recorde na prática de atos envolvendo os serviços de testamentos, inventários e partilhas, e a continuidade do crescimento do número de casamentos e uniões estáveis, marcam a divulgação da 4ª edição do Relatório Anual Cartório em Números, publicação anual dos Cartórios brasileiros que traz os dados compilados de todas as 13.440 unidades distribuídas em todos os municípios e distritos brasileiros.
Ainda vivendo os reflexos da pandemia no País, os Cartórios de Registro Civil brasileiros registraram um total de 1.361.822 óbitos em todo o território nacional, e o menor número de nascimentos – 2.354.305 – desde o início da série histórica do Registro Civil, em 2002.
Também relacionado aos registros de óbitos, os testamentos, realizados em Cartórios de Notas nunca atingiram patamares tão altos no Brasil, superando a marca dos 33,5 mil atos, em clara demonstração da preocupação das pessoas com a segurança e cumprimento de seus desejos pessoais e patrimoniais em caso de falecimento.
Os mais de 213 mil inventários abertos em Tabelionatos de Notas –procedimento realizado logo após a morte de uma pessoa para se apurar os bens, dívidas e direitos do falecido para se chegar a herança –, e as partilhas entre os herdeiros, alcançaram números recordes desde que o ato passou a ser feito em Cartório em 2007, tornando sua realização mais simples, rápida e barata.
A escalada dos Cartórios brasileiros rumo a digitalização das suas atividades alcançou 100% dos atos praticados por todas as especiali -
revela comportamento social dades. Este movimento abrange os cinco tipos de serviços notariais e registrais, que são os Cartórios de Notas, de Protestos, de Imóveis, de Registro Civil e de Registro de Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas. Nos Cartórios de Registro de Civil, a quantidade de certidões de nascimentos, casamentos e óbitos solicitadas pelo site oficial em formato eletrônico – enviada por e-mail – já supera os pedidos de documentos físicos, solicitados via Correios ou para serem retirados na unidade mais próxima. Atos de casamentos já podem ser realizados de forma on-line, e a habilitação de casamento – procedimento de apresentação de documentos – já migrou para o meio digital.
Com o lançamento da plataforma on-line e-Notariado, 100% dos atos praticados pelos Cartórios de Notas já podem ser realizados de forma on-line, por videoconferência com o tabelião, como nos casos de escrituras
de compra e venda de imóveis, doação, divórcios, inventários, partilhas, testamentos, pactos antenupciais, apostilamento e reconhecimento de firma por autenticidade.
Já totalmente digitais antes da pandemia, os Cartórios de Protesto prestam hoje quase que 100% dos atendimentos de forma remota, por meio de suas plataformas eletrônicas, onde é possível pesquisar protesto, enviar títulos para protesto, realizar o pagamento e o cancelamento do ato, assim como fazer a solicitação de certidões negativas e positivas. O Operador Nacional do Registro de Imóveis (ONR), plataforma nacional de Registro de Imóveis instituída pela Lei Federal nº 13.465/2017, atendeu mais de 11 milhões de solicitações de serviços digitais, vindas de 26 estados inscritos. Já a plataforma dos Cartórios de Registro de Títulos e Documentos computa mais de 320 mil pedidos envolvendo atos relacionados a pessoas jurídicas do Brasil.
O Colégio La Salle ao longo dos seus 65 anos de história educacional, consagrou-se pelo ensino de excelência e esta experiência possibilita ofertar sempre Mais Educação, seja no Projeto Curricular ou Extracurricular. Como forma de apoiar e estimular seus estudantes à proatividade e à segurança nos estudos, o Colégio La Salle oferece ferramentas, como por exemplo, a Plataforma Digital Me Salva, Simulados e o Cursinho Prepara Enem.
São ferramentas que têm ampliado o repertório acadêmico e, também preparado os estudantes para os desafios, pós Ensino Médio. “É através dos simulados que os estudantes se familiarizam com as provas, aprendem a administrar o tempo, a controlar a ansiedade, a reconhecerem seus pontos fortes e fracos, a definirem metas e estratégias para melhorarem seu desempenho escolar e resoluções de questões e situações problemas. Assim, estarão mais preparados para prestar vestibulares e poderão se destacar com os melhores resultados”, explica a coordenadora do Ensino Médio, Josiane Protti.
Simulados contribuem para melhoria do desempenho escolar utilizado no Simulado Enem é a Teoria de Resposta ao Item (TRI). “Por esse sistema, é possível estimar a dificuldade em cada questão para medir o conhecimento dos participantes, facilitando a análise da proficiência técnica em cada disciplina”, avalia Josiane.
Os Simulados do Colégio La Salle são organizados e corrigidos pelo Sistema de Ensino Positivo, a 1ª e 2ª série do Ensino Médio realizam até seis Simulados anuais, sendo três Avaliações Integradas, que são avaliações por componentes curriculares trabalhados pelos conteúdos previstos no trimestre e por áreas do conhecimento. Além disso, são três Simulados Enem com base nas competências e habilidades da Matriz Enem.
Estes Simulados são realizados de forma on-line, através da Plataforma Positivo-on e o método de correção
A 3ª série do Ensino Médio realiza quatro Simulados Enem anuais, de forma on-line presencial e impressa, também organizados e corrigidos pelo Sistema de Ensino Positivo e segue a Teoria de Resposta ao Item (TRI).
Após as correções, os resultados ficam à disposição dos estudantes na Plataforma Positivo-on. Neste boletim, o estudante poderá acompanhar o seu rendimento desde a nota geral, quanto os detalhes, como por exemplo, o tempo de resolução de toda prova; tempo de resolução por questões; número de questões corretas e incorretas; desempenho por assunto destacando a porcentagem de desempenho por área do conhe-
cimento e componente curricular. Assim, o estudante tem acesso aos pontos fracos e fortes por área do conhecimento e componente curricular. “Após a análise dos resultados, a própria plataforma oferece dicas e sugestões de estudos”, complementa.
Para além das dicas da Plataforma, o Colégio La Salle garante a orientação pedagógica aos seus estudantes. A coordenadora do Ensino Médio, Josiane Protti, realiza juntamente aos estudantes, uma análise do desempenho nos processos avaliativos e no Simulado Enem. “O objetivo é criar uma rotina de estudos que priorize os assuntos com os quais eles têm mais dificuldade e/ou aperfeiçoamento das áreas em que apresentam um desempenho satisfatório. Nesse processo, os estudantes são conduzidos a refletirem sobre o seu desempenho e recebem orientações de como melhorar seu rendimento escolar e otimizar seu tempo”, destaca.
Quem está prestes a se aposentar precisa ficar atento. A reforma da Previdência estabeleceu regras automáticas de transição, que mudam a concessão de benefícios a cada ano, o que ocorre também neste começo de 2023. A pontuação para a aposentadoria por tempo de contribuição e por idade sofreu alterações. Algumas dessas mudanças começam a vigorar neste ano.
A regra de transição estabelece o acréscimo de seis meses a cada ano para as mulheres, até chegar a 62 anos em 2023. Na promulgação da reforma da Previdência, em novembro de 2019, a idade mínima estava em 60 anos, passando para 60 anos e meio em janeiro de 2020. A idade mínima para aposentadoria das mulheres aumentou para 61 anos em 2021, 61 anos e meio em 2022 e agora, em 2023, chegou ao valor estabelecido pela reforma.
Para homens, a idade mínima está fixada em 65 anos desde 2019. Para ambos os sexos, o tempo mínimo de contribuição exigido é de 15 anos.
A reforma da Previdência estabeleceu quatro regras de transição, das quais duas previram modificações na virada de 2021 para 2022. Na primeira regra, que estabelece um cronograma de transição para a regra 86/96, a pontuação composta pela soma da idade e dos anos de contribuição subiu em janeiro: para 90 pontos (mulheres) e 100 pontos (homens).
Na segunda regra, que prevê idade mínima mais baixa para quem tem longo tempo de contribuição, a idade mínima para requerer o benefício
passou para 58 anos (mulheres) e 63 anos (homens).
A reforma da Previdência acrescenta seis meses às idades mínimas a cada ano até atingirem 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens) em 2031. Nos dois casos, o tempo mínimo de contribuição exigido é de 30 anos para as mulheres e 35 anos para homens.
Quem alcançou as condições para se aposentar por alguma regra de transição em 2022, mas não entrou com pedido no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no ano passado, não precisa se preocupar. Por causa do conceito de direito adquirido, eles poderão se aposentar conforme as regras de 2022.
Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do fim da década de 90, o momento para conquistar o direito à aposentadoria ocorre quando o trabalhador alcança as condições, independentemente de data do pedido ou da concessão do benefício pelo INSS. Isso beneficia os segurados que enfrentam longas filas no INSS para ter os processos analisados.
A Sanepar terminou o trabalho de demolição e descaracterização da antiga Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Paulista, próxima ao centro da cidade de Toledo. A área, às margens do Rio Toledo, será doada à Prefeitura para a transformação em parque municipal. As outras quatro estações – Dom Pedro II, Parizotto, Santo Campagnolo e Industrial – estão em processo de demolição, que deve ser concluído em março, e também serão doadas ao Município para a criação de
parques. A medida segue determinação do Ministério Público.
O trabalho de descaracterização tem investimentos de quase R$ 980 mil. O processo consiste em remover todo o lodo proveniente do tratamento do esgoto, demolir a estrutura de alvenaria e concreto e fazer a colocação de terra e plantio de grama. Na recuperação do local, também é feita a descontaminação e a eliminação de odores por meio da aplicação de cal hidratada.
Entre 2016 a 2018, a Sanepar desativou seis estações de tratamento de esgoto que estavam localizadas dentro do perímetro urbano de Toledo. A desativação atendeu a pedidos da população e ao disposto no contrato de concessão entre Sanepar e o município. Duas novas estações, mais modernas e eficientes, foram construídas em substituição às antigas. Em 2019, foi desativada a ETE Bressan.
Na região Sul, 46 municípios podem receber rádios comunitárias. A cidade de Maripá, a 40 quilômetros de Toledo, é uma delas. É que o Ministério das Comunicações lançou três editais para selecionar entidades para executar o serviço. No total, os certames atingem 216 municípios de 23 estados.
São canais em Frequência modulada (FM) e as outorgas concedidas para as fundações ou associações sem fins lucrativos terão validade de dez anos, sem direito de exclusividade. A inscrição se dá por meio do envio de documentação nos moldes do edital e pelo preenchimento de formulário eletrônico disponível no Portal de Serviços do Governo Federal. No Paraná são 16 cidades habilitadas.
Inscrição de entidades abre caminho para radiodifusão comunitária
No total, o Brasil tem cerca de 5 mil rádios comunitárias em funcionamento. O Serviço de Radiodifusão Comunitária na cidade de Maripá é para o canal 290 – FM 105,9, conforme Edital Nº 209/2022/SEI-MCOM.
O prazo de inscrições é de 60 dias,
O ano começou com imagens impressionantes da abertura do vertedouro da Itaipu Binacional. Vale a publicação destas belas imagens que
reúnem a força da natureza com a capacidade técnica da engenharia. Com a abertura mínima das comportas da calha esquerda foram vertidos 1.400
a contar da data posterior ao da publicação do Edital no Diário Oficial da União, ocorrido no último dia 12 de janeiro. A documentação será analisada pela secretaria de Radiodifusão após o término do prazo indicado. Todo o processo é eletrônico.
m³ de água por segundo, o equivalente à vazão média das Cataratas do Iguaçu. A operação foi realizada no último dia 14 de janeiro.
Mesmo depois de todas as evidências levantadas pela ciência, é grande a parcela da população brasileira que ainda desconfia da eficácia das vacinas contra a Covid-19, assim como acredita que elas não devam ser obrigatórias ou necessárias na proteção e no combate à pandemia. A constatação é de um estudo realizado pelo centro SoU_Ciência, em parceria com o Instituto de Pesquisa Ideia Big Data em novembro do ano passado.
Ao ouvir 1.200 brasileiros maiores de 16 anos de todas as regiões do Brasil, os pesquisadores constataram que 45,9% dos participantes acreditam que os imunizantes contra a Covid-19 devam ser obrigatórios, enquanto parcela semelhante (46,8%) defendem que eles não sejam compulsórios. Vale lembrar que, no Brasil, pais e responsáveis são obrigados a vacinar menores de idade, sob risco de até perderem a guarda em caso de não cumprimento desse cuidado.
Para Soraya Smaili, coordenadora do SoU_Ciência, a informação coletada no levantamento preocupa, “já que revela que o fato de considerar o imunizante um direito individual ganhou um pouco mais de espaço, principalmente nos meses finais de 2022, quando, com a diminuição da pandemia, muitas pessoas passaram a ver o coronavírus como algo leve, e isso reduz a percepção do real risco que ainda existe da pandemia”.
Em agosto de 2021, uma pesquisa conduzida pelo SoU_Ciência também em conjunto com o Ideia Big Data revelou que 95% das pessoas haviam tomado
ou pretendiam tomar as vacinas contra a Covid. “É fundamental a população ter o conhecimento de que foi justamente a vacinação que contribuiu de maneira determinante para essa redução da pandemia”, ressalta a coordenadora do SoU_Ciência.
O levantamento do SoU_Ciência mostrou também que o grau de confiança na eficácia das vacinas é abaixo do esperado. Para 30% dos entrevistados, os imunizantes ainda não reúnem comprovação científica, o que facilita o cenário para a disseminação de falsas informações de grupos antivacinas, por exemplo.
A Copel se prepara para investir R$ 2,182 bilhões em geração, transmissão e distribuição de energia em 2023. A maior parte do investimento destina-se à área que atende o consumidor final –a distribuição de energia no estado do Paraná.
Na área de distribuição de energia, os investimentos para o período de 2019 a
2023 somam R$ 6,6 bilhões. Parte desse valor está sendo aplicada no Paraná Trifásico, programa que está substituindo a rede rural atual por uma rede mais moderna, trifaseada, com cabos protegidos e capacidade de comunicação remota.
Com a iniciativa, a Copel melhora a qualidade no fornecimento de energia para o campo, renova seus ativos e
“A pesquisa mostra que 52% dos entrevistados confiam na eficácia das vacinas contra a Covid-19. Esse índice deveria ser maior e revela uma hesitação por parte dos brasileiros em buscar a proteção vacinal. Como solução a esse cenário, é preciso melhorar a comunicação, com mais campanhas sobre o que já se sabe: vacinas comprovadamente salvam. A população precisa entender que a pandemia só arrefeceu em razão da adesão à vacina e que a redução da proteção pode impactar diretamente nessa queda”, destaca Soraya. A pesquisa conta com 95% de grau de confiança, com margem de erro de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos.
contribui para o desenvolvimento do setor agrário paranaense, um dos mais competitivos do País. Ao todo, serão R$ 3 bilhões em obras no programa. Até agora, o programa entregou mais de 10 mil quilômetros de redes trifásicas, o que representa mais de 40% do total concluído em todas as regiões do estado.
Responsável pela capacidade racional, sensitiva e motora do corpo humano, o cérebro também precisa de cuidados especiais. E quando o assunto é a saúde da “central de comando” do ser humano, especialistas defendem a importância de ficar atento a sinais de alerta e a buscar assistência médica para diagnóstico prévio.
Dentre os problemas mais comuns está o Ataque Isquêmico Transitório (AIT), quando uma artéria cerebral entope ou se rompe provocando um déficit neurológico. Diferente do Acidente Vascular Cerebral (AVC), o ataque isquêmico transitório apresenta sintomas e a recuperação completa dura menos de 1 hora, sem deixar lesões permanentes.
Ainda que a doença tenha aparente baixa gravidade, o ataque isquêmico acende um alerta e precisa ser avaliado por um médico. Professor de Neurologia da Universidade Federal de São Paulo (USP) e secretário da Sociedade Brasileira do Acidente de AVC, João Brainer Clares de Andrade explica que o AIT não causa alterações definitivas no cérebro.
“A área que ficou acometida não sofre, permanentemente, com aquela falta de sangue. Daí o principal motivo para os pacientes não ficarem com se-
Vale lembrar que, mesmo que os sintomas passem, é importante a avaliação médica em caso de suspeita de AIT ou AVC. Os sintomas mais comuns são:
- Perda de sensibilidade em alguma parte do corpo;
- Enjoo;
- Fala enrolada;
- Dificuldade de expressão;
- Incontinência urinária;
- Desequilíbrio;
- Paralisia das pernas ou braços;
- Visão turva; e
- Desmaio.
quelas pós-AIT”, destaca. A explicação, segundo o professor, está no engenhoso aparato de defesa do organismo que tem a capacidade de evitar a formação de trombos.
“O AVC é formado quando os trombos de sangue sobem até a circulação sanguínea cerebral, alcançam uma artéria e entopem uma área de circulação, causando isquemia e morte daquela área cerebral. Formamos esses trombos o tempo todo naturalmente. Mas quando perdemos essa batalha e as enzimas não conseguem destruir essas formações, temos o AIT, ou o AVC, que é quando esse coágulo chega ao cérebro e causa a obstrução”, detalha.
O alerta do professor de neurologia é que a repetição de AIT pode levar ao AVC já que ambos ocorrem pelas mesmas causas. “Tanto que a prevenção é a mesma. Hoje, sabemos que 70% dos AVCs são de causas evitáveis e não estão relacionadas à genética ou condições congênitas, como alteração no funcionamento do coração”, informa.
“É recomendado que a pessoa busque uma dieta baseada mais em peixes e vegetais, retire o consumo exagerado de carboidratos da dieta e o excesso de carne vermelha, e faça checagens anuais para avaliar o ritmo do coração, porque arritmias com fibrilação atrial são relacionadas à origem do AVC”, explica.
Pacientes acima de 50 anos devem ficar atentos às recomendações do neurologista e qualquer pessoa, em caso de sintomas, deve procurar atendimento
Reportagem: Edis Henrique Peres/Ministério da Saúde
médico.
“O AIT pode de fato virar um AVC quando o nosso corpo não consegue destruir os trombos. A lesão permanente pode ser debilitante, desde a dificuldade de visão, fala, compreensão e emissão de palavras, a movimentação do corpo, equilíbrio e sensibilidade. Há pessoas que ficam com uma perda de sensibilidade no braço e outras que ficam acamadas, de acordo com a localização do AVC, o tamanho da área atingida e características pregressas dos pacientes”, ressalta.
Membro da Sociedade Brasileira do Acidente de AVC, João Brainer esclarece que os cuidados passam por medidas simples que podem ser adotadas no dia a dia, como:
- Praticar atividades físicas;
- Adotar uma alimentação saudável;
- Controlar a hipertensão arterial e o diabetes;
- Evitar o sedentarismo;
- Evitar o consumo de ultraprocessados; e
- Abandonar o tabagismo.
Apesar da importância das atividades aeróbicas, como caminhadas, por exemplo, os treinos de fortalecimento muscular reduzem de forma significativa a mortalidade em idosos, mesmo quando realizados isoladamente, ou seja, mesmo quando não estão associados às atividades aeróbicas.
A descoberta foi de um estudo realizado na Universidade de Iowa (Estados Unidos) e publicado British Journal of Sports Medicine, no último mês de setembro. Ao todo, participaram da pesquisa 99.713 idosos, com idade média de 71 anos.
Os treinos de fortalecimento muscular, segundo o estudo, reduziram a mortalidade de forma geral, inclusive por causas como câncer e doenças cardiovasculares. A taxa de redução de óbitos foi ainda maior (cerca de 40%) nos participantes que realizaram exercícios aeróbicos combinados com a musculação.
Entre os que praticavam apenas atividades aeróbicas, essa taxa foi de 32%. Uma das descobertas que mais chamou a atenção dos pesquisadores foi de que os efeitos na redução da mortalidade foram maiores nas mulheres que nos homens.
Segundo Walkíria Brunetti, fisioterapeuta especialista em RPG e Pilates, os treinos de musculação promovem diversos benefícios para a saúde. “O fortalecimento muscular melhora a composição corporal ao reduzir a gordura e aumentar a massa magra. Isso é algo fundamental durante o processo de envelhecimento. Isso porque a gordura aumenta o risco de desenvolver diversas doenças como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares em geral, principalmente infarto e acidente vascular cerebral (AVC)”, pontua. “O aumento da massa magra também é essencial na terceira idade para prevenir a sarcopenia (perda de músculos), que ao lado da osteopenia (perda da massa óssea) aumenta o risco de quedas, fraturas e acidentes, algo que eleva o risco de morte em idosos”, reforça Walkíria.
A musculação é importante também para melhorar a função cardiorrespira-
Treinos de força devem incluir exercícios para todos os músculos, mas precisam de orientação profissional tória, pois aumenta o fluxo de sangue para o coração o que melhora também a função pulmonar. Essa melhora se reflete na melhora de suprimento de oxigênio para o corpo. “Outro benefício observado no estudo é que quando os treinos de musculação são realizados em centros especializados, como clínicas e academias, melhora a interação social dos idosos, algo muito importante para prevenir a depressão que nessa fase da vida é muito comum”, ressalta a especialista.
De acordo com diretrizes internacionais, a frequência mínima de treinos de fortalecimento muscular é duas vezes na semana. Já os exercícios aeróbicos, como caminhadas, devem fazer parte da rotina diária por pelo menos cinco dias na semana.
A perda da massa muscular na terceira idade é global. Ou seja, todos os grupos musculares estão envolvidos na sarcopenia. Portanto, os treinos de força devem incluir exercícios para todos os músculos. O fortalecimento das pernas
previne as quedas, algo crucial para manter a independência do idoso, já que um acidente pode causar uma incapacidade permanente. Um bom exemplo é a fratura de fêmur, altamente prevalente nos idosos.
Por outro lado, a força nos braços e nos músculos que sustentam a coluna também deve ser trabalhada. Muitas atividades da vida diária dependem da força nas mãos e braços, como se segurar em um transporte público, carregar sacolas, abrir latas e potes de vidro, entre outras. Já uma coluna fortalecida pode prevenir a evolução da osteoartrite e dores nas costas em geral.
Há vários benefícios ao associar o Pilates Studio (aquele feito em aparelhos) à musculação. “A musculação aumenta a massa muscular e fortalece os músculos. O Pilates fortalece os músculos com benefícios adicionais como melhora da flexibilidade (amplitude de movimento), equilíbrio e postura. Embora sejam atividades distintas, quando associadas podem potencializar os efeitos na saúde musculoesquelética”, finaliza Walkíria.
Os pais Marcos e Loana, a mana Milena e os padrinhos Matheus e Angélica, homenageiam a Luiza Helena Lomeu Moreira , da Paróquia Sagrada Família (Toledo), que completou seu 1º ano de vida (29/12). Felicidades!
Os pais, Vilmar e Andréa, e a mana Eloá, cumprimentam a Marina que comemora mais um ano de vida (5/02)
Lívia Sofia Santos Corrêa, recebe o carinho dos avós, Solange Goulart e Adão, da Paróquia Santa Rita de Cassia (Toledo) pelo seu 1º aninho de vida (1º/02)
Marina Ester Dries, da Paróquia Menino Deus (Toledo), comemora seus 8 anos (6/02) e recebe os parabéns dos tios, Ana e Paulo, e dos primos Jéssica, Gabriel e Helena
Helena Jukinheski, da Paróquia Menino Deus (Toledo), comemora seus 5 anos (7/02) e recebe as homenagens dos pais, Paulo e Adriana, e da mana Jéssica
Gabriel Augusto Jukinheski, da Paróquia Menino Deus (Toledo), completou 13 anos (18/01) e recebe o carinho dos pais, Paulo e Adriana, e da mana Jéssica
Uma liturgia bem participativa também é feita com a animação das equipes de canto das paróquias e capelas. Este é o Coral São Francisco, da Igreja Matriz da Paróquia São Francisco de Assis (Toledo) –Foto: Juan Pablo Matoso
Vilmar, da Paróquia Menino Deus (Toledo) comemorou mais um ano de vida (6/01) e recebe os parabéns da esposa Andréa, e das filhas Eloá e Marina
Catequizandos Adultos que seguem na sua caminhada receberam os símbolos do Creio e do Rosário em celebrações eucarísticas na Paróquia Sagrada Família (Toledo). Eles são acompanhados pelos catequistas João Paulo, Maria Helena e Ironite
Carlos Gabriel Ferreira Mariano, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Guaíra), comemorou 22 anos e recebe o carinho dos amigos e familiares pelo seu aniversário dia (7/12) e pelo seu serviço na evangelização
Alguns flashes da confraternização dos catequistas da Diocese de Toledo no Encontro de Coordenadores Paroquiais e Decanais, realizado em 3/12/2022. Além da avaliação dos trabalhos realizados ao longo do ano, foram feitas as projeções para o novo período que se inicia.
Homenagem dos familiares e amigos para Maria José Visconsini e Natal Visconsini, que celebraram as Bodas de Ouro (50 anos). Na mesma ocasião, Tatiane Visconsini Diniz e Donizete José Diniz comemoraram Bodas de Prata (25 anos). A celebração ocorreu na Paróquia Santo Antônio, de Formosa do Oeste (3/12). Na foto com o pároco, Pe. Ricardo Pioner, e casais da Pastoral Familiar
Externamos nossa alegria em ter participado da cerimônia em que Pe. Amário Zimmermann recebeu o título de Cidadão Honorário do Município de Marechal Cândido Rondon, entregue pelo Poder Legislativo em 5 de dezembro último. Segundo o vereador Vanderlei Sauer (autor da homenagem), “a entrega desta honraria vem para acolher um cristão que teve uma vida dedicada às boas causas, estando em nosso município por mais de 17 anos à frente de comunidades com inúmeros fiéis, sempre pregando a Palavra de Deus, orientando e aconselhando da melhor forma. Por tudo isso, nada mais justo que torná-lo um cidadão rondonense através desse título”.
Pe. Amário foi ordenado no dia 29 de junho de 1968 e desde 1983, quando veio para a Diocese de Toledo, passou por diversas paróquias, tendo permanecido na Paróquia Santa Margarida, distrito de Marechal Cândido Rondon, por onze anos (2010-2021).
Rendemos graças a Deus pela vida e missão do Pe. Amário Zimmermann que está com 82 anos de idade e completará em junho 55 anos de sacerdócio.
Gerson Barbieri e Cleonice Jukinheski Barbieri comemoraram os 30 anos de casados e recebem homenagem de Adriana e Paulo. Deus os abençoe sempre!
Ervino e Lucimar Canevesi com Pe. Vanderlei, Pe. Inácio e D. Anuar nas comemorações dos 60 anos da Capela Nossa Senhora da Saúde, de Vila Flórida, única capela da Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Vila Nova)
Vantuil Correa (popular Xaíto) e Luzia Maria Correa, da Paróquia Cristo Rei (Catedral), comemoraram 55 anos de casamento (17/01) e recebem as homenagens da sua filha Sandra, da neta Alessandra e do neto Vitor
Está prevista para o dia 10 deste mês de fevereiro, a divulgação dos dados revisados que formam a série histórica de abate de frangos, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na mesma data, serão conhecidos os primeiros resultados das Pesquisas Trimestrais da Pecuária para o 4° trimestre de 2022. A série histórica passou por revisão após ser constatada a necessidade de atualizar os dados entre registro de peso de carcaça e peso do animal vivo.
De acordo com as informações, a atualização só é possível depois da realização de um trabalho da Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC), que ajudou na metodologia IBGE da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais. A série histórica da pesquisa iniciou em 1997 e, a partir desta nova metodologia, foram efetuados ajustes cuja necessidade foi identificada pela Coordenação de Estatísticas Agropecuárias do instituto.
A correção foi realizada com base na série individual dos estabelecimentos, aplicando-se, na maioria dos casos, modelo matemático para transformação do peso vivo em peso de carcaça. Para tanto, baseou-se no estudo disponível no Comunicado Técnico número 582 da Embrapa Suínos e Aves, de outubro de 2021. O “Método para estimar o peso de carcaça fria em função do peso vivo
de frangos de corte” é um trabalho dos pesquisadores Arlei Coldebella, Gerson Scheuermann, Luizinho Caron e do analista Anildo Cunha Junior.
No comunicado, é mostrado que a estimativa do peso de carcaça fria de frangos de corte a partir do peso vivo segue três passos. No primeiro passo, foram levantados dados de peso vivo e peso de carcaça quente (sem pés, vísceras e cabeça). Com esses dados, foram calculados os parâmetros para estimar o peso da carcaça quente em função do peso vivo das aves.
No passo dois, foram utilizados dois trabalhos para obter o coeficiente brasileiro de condenação de carcaças. O coeficiente obtido foi multiplicado pela estimativa do peso de carcaça quente para obter o peso dessa carcaça descontando as condenações.
No passo três, foi calculado o percentual de absorção de água pelas carcaças ao passarem pelo sistema de pré-resfriamento líquido. Com base na absorção, foi proposto um fator para multiplicar pelo peso da carcaça quente descontando as condenações e estimar, então, o peso da carcaça fria. Ao final, foi adicionado o peso de outras partes comestíveis (pés, coração, moela e fígado) ao peso da carcaça fria.
Para subsidiar o trabalho a equipe de pesquisa da Embrapa Suínos e Aves utilizou dados oriundos de avaliações em 20 abatedouros nos meses de janeiro de 2020 a março de 2021 de pelo menos duas linhagens diferentes de frangos, com lotes de ambos os sexos, desde griller (ave com peso médio vivo de aproximadamente 1,5 kg) até frangão, além de utilizar dados internacionais.
O Centro de Pesquisa em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), trouxe uma expectativa positiva ao setor do agronegócio que atua na produção de suínos. Ao menos dois fatores convergem para essa tendência. Um deles está ligado à demanda interna e externa da carne suína. O outro está relacionado ao poder de compra do consumidor.
Os pesquisadores entendem que existem indicativos de aumento na demanda interna e externa pelo produto. Se confirmar, esse fator ajudaria muitos suinocultores do Oeste do Paraná a deixarem os prejuízos para trás, ao mesmo tempo em que poderiam iniciar um novo ciclo de recuperação da atividade.
Na ponta do lápis, o custo de produção de suínos passou R$ 8,00 por quilo vivo até o encerramento de 2022, conforme as contas feitas pela Embrapa Suínos e Aves, que mantém a Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS), responsável pela atualização dos custos de produção destes animais. Deixando os custos de dezembro, o novo ciclo de produção nos galpões apresentaria essa possibilidade de melhora na remuneração. Mas, todos sabem que para isso acontecer, outros fatores influenciam. Logo, é aguardar os desdobramentos da política eco -
nômica que também deve ganhar ritmo.
Com relação à demanda interna por carne suína, os olhares estão voltados ao poder de compra do consumidor. Se os planos para a economia se aquecer derem certo será bom. Contudo, o Cepea alerta no seu boletim divulgado no começo do ano: o poder de compra do brasileiro tende a se manter fragilizado.
Embora essa seja uma notícia nada agradável, ela reflete outro significado: que o consumidor tenderá a adquirir a carne suína por ter menor preço que a carne bovina. Isso ajudaria a explicar como uma situação difícil para o consumidor pode contribuir na sustentação desta cadeia produtiva.
Outros dois elementos nesta análise são importantes de serem
observados. O documento cita “as estratégias da indústria em investir em diversificação e posicionamento do produto suinícola no mercado doméstico”, que devem ser mantidas em 2023; e a procura externa pela carne brasileira. “O USDA estima que as exportações nacionais tenham incremento de 2,7% e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), de 12%. A aposta do setor está na diversificação dos destinos e na consolidação de parcerias firmadas ao longo do ano passado”, pontua.
Vale lembrar que 2023 começou com queda no preço do suíno vivo, especialmente por conta da demanda interna que enfraqueceu. É algo comum para a época do ano, mas que merece atenção na organização de toda a cadeia produtiva para os próximos meses.
Já parou para imaginar a infinidade de materiais que podem ser produzidos em papel? Esse é o objetivo da Tuicial - mostrar que é possível produzir embalagens de maneira ecológica e sustentável.
A certificação FSC® em nossos materiais, garante que o papel utilizado foi fabricado com o manejo florestal correto e o compromisso com o meio ambiente em toda a cadeia de custódia.
Outra certificação que garante as boas práticas de fabricação de nossas embalagens é a BRCGS, que é uma norma global que certifica o nível de competência das empresas quanto à higiene, segurança, legalidade e qualidade das embalagens alimentícias produzidas.
Quer saber mais sobre esta campanha? Fale conosco.
Vou começar a Quaresma renovando meus propósitos de ser bom cristão. Quero pedir ao Senhor que ilumine meus passos. É no momento da escuridão que preciso da Tua ajuda. Peço todos os dias a sua Luz. Pela Tua bondade, eu peço: perdão e misericórdia.
Este é um caminho de conversão que sempre me guia na busca do Senhor. É uma conversão que precisa ser assumida com todas as forças do meu ser para merecer a bondade de Deus.
Todas as vezes que as tentações aparecem eu rezo. Na Quaresma, rezo ainda mais na frente do Santíssimo, sempre pedindo para que eu diga não quando devo dizer não. Depois, sem arrependimento, eu sinto o quanto aquilo me fez bem. É o Senhor que me fortalece. É Ele que me salva dos tropeços. Seus ensinamentos mostram o caminho que devo seguir.
Tenho percebido que nessa caminhada que realizo, é necessária a companhia da paciência e da sabedoria para fazer o discernimento. Muitas
coisas acontecem na nossa vida e as atitudes precipitadas são os maiores erros que podemos cometer. Como posso melhorar como cristão se me falta a paciência e sabedoria? Peço sempre os dons da compreensão e
Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!
Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor!
Salmo 50(51),3-12-13.14.17
do entendimento para seguir essa estrada de conversão.