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Pastoral do Auxílio Fraterno apresenta relatório anual de atividades

Sim, a Pastoral do Auxílio Fraterno, que surgiu na Diocese de Toledo há 30 anos, a partir de experiências concretas, pretende a cada ano prestar contas com o intuito de celebrar e animar nossa caminhada, estimular a necessidade de uma Igreja em saída, tendo como pilar também essencial e não alternativo, secundário ou até dispensável, a caridade fraterna.

Esta Pastoral tem como objetivo “estar voltada ao acolhimento, à partilha dos bens essenciais à vida e à evangelização de pessoas que se encontram em condições desumanas de vida. Através de práticas solidárias e ações sociotransformadoras, a Igreja aceita o desafio da vivência de um amor concreto e ativo em prol da pessoa” (Manual do Auxílio Fraterno, p. 10).

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A Pastoral do Auxílio Fraterno se orienta em base a 4 (quatro) projetos, citados no mesmo manual: 1) Implantação em toda Diocese; 2) Famílias, conhecer para promover; 3) Vida e cidadania; 4) Jesus: Fonte de Vida.

O que move Jesus Cristo no anúncio do Reino de Deus é a compaixão divina do Pai, assumida de forma existencial e com atitude concreta pelo Filho. Deu-se na cruz para nos salvar e este ato supremo de caridade o celebramos na Santa Missa a seu mandato: “Fazei isto em memória de mim”.

Por isso, o Sacramento da Eucaristia de Cristo se torna pleno na resposta, sem meios termos, dos que dele participam pela caridade. “Viver a comunhão com Cristo é totalmente oposto ao permanecer passivo e alheio à vida de todos os dias. Os gestos de Jesus vão muito além de um rito: Olhar para o céu – abençoar

– repartir – distribuir, são passos que a comunidade não pode parar de dar, não apenas como rito semanal, mas como vivência cotidiana, sobretudo onde e quando há multidões famintas” (CF 2023, nº 24).

Muitos textos poderíamos citar, mas não é necessário. É só abrir a Palavra de Deus e deixar de ser indiferente. Crer e praticar são indivisíveis de uma verdadeira e Santa Missa (missão).

Mas vamos nos ater a São Paulo (1Cor 11,17-34). Nos diz sobre o texto a Campanha da Fraternidade 2023: “O ápice da relação estabelecida entre pão e a dimensão salvífica está, sem dúvidas, nos relatos eucarísticos. A preocupação expressa por Paulo reside naqueles que insistem em celebrar a Eucaristia sem se comprometer com o amor mútuo ou com as necessidades práticas e objetivas de cada um. Os versículos 20-21 deixam claro que a despreocupação com as necessidades alheias, invalidam o reto propósito da celebração da Ceia e, dentre tais necessidades, a mais evidente é a fome” (nº 123).

“Temos nos inspirado no texto da CF 2023 porque vimos no seu conteúdo a mesma luta do Auxílio Fraterno ao longo dos 30 anos, para que a conversão aconteça, a missa não seja invalidada pela nossa omissão. O sofrimento do pobre seja amenizado, ele se sinta incluso e nossa fé seja verdadeira rumo à vida plena”.

“Dai-lhes vós mesmos de comer! É uma referência à Eucaristia para além do milagre; está no ensinamento de Jesus que associa à Eucaristia a responsabilidade pela necessidade do outro. A Igreja dos primeiros séculos colocava tudo em comum (cf. At 2,42ss). Jesus assim acresce ao compromisso de repartir e distribuir a Eucaristia a responsabilidade pela fome dos irmãos, o comprometimento sobre as necessidades mútuas” (CF 2023, nº 144)

“Muitos textos poderíamos citar, mas não é necessário. É só abrir a Palavra de Deus e deixar de ser indiferente. Crer e praticar são indivisíveis de uma verdadeira e Santa Missa (missão)”.

São João Crisóstomo, na sabedoria de quem escuta a Palavra de Deus e entende a coerência à qual convida, chamava a atenção: “Muitos cristãos saem da Igreja e contemplam fileiras de pobres, sem se comover, como se vissem colunas e não corpos humanos”.

O santo ainda interroga: “Queres louvar o Corpo de Cristo? Então não o desprezes nos seus membros, isto é, nos pobres” (CF 2023, nº 149).

O que queremos e cantamos nas Santas Missas não pode não nos levar ao compromisso de caridade concreta. São muitos os hinos, tais como:

“É Cristo a forte comida, o Pão que dá vida, o amor comunhão... A Eucaristia nos faz Igreja, comunidade de amor”. Ou ainda, “Diante do altar Senhor, entendo minha vocação; devo sacrificar, a vida por meu irmão”.

Temos nos inspirado no texto da CF 2023 porque vimos no seu conteúdo a mesma luta do Auxílio Fraterno ao longo dos 30 anos, para que a conversão aconteça, a missa não seja invalidada pela nossa omissão. O sofrimento do pobre seja amenizado, ele se sinta incluso e nossa fé seja verdadeira rumo à vida plena.

Agradecemos o apoio, ao longo do ano, do bispo, dos padres, dos agentes da Pastoral do Auxílio Fraterno, das lideranças leigas e das comunidades.

A Cristo Rei, padroeiro da Diocese “Louvor e glória eternamente”.

Pe Hélio José Bamberg Assessor Diocesano da Pastoral do Auxílio Fraterno

Maria Inês Borges Mânica Coordenadora Diocesana

Fraterno

Outras atividades realizadas em 2022

- 101 reuniões pelas equipes paroquiais;

- 256 missas com participação na vida sacramental nas comunidades;

- 787 encaminhamentos realizados, saúde, escola, sacramentos, Centros de Referência em Assistência Social (Cras), empregos, documentação de imigrantes, internamentos na Fazenda Esperança;

- Aporte financeiro do Dízimo e ofertas de missas para instituições de caridade nas diversas comunidades;

- Outras formas de ajuda e atividades: partilha da Palavra, momentos de oração, estudo do documento do Auxílio

Fraterno. Entrega de roupas, calçados, brinquedos, móveis, camas, colchões, fogões, cobertores, louças e passagens;

- Formação com cursos de corte e costura, crochê, artesanais com geração de renda, aulas de música.

“Sabemos que bem mais foi realizado. Estes dados são dos relatórios dos quatro decanatos, feitos ao longo do ano de 2022. O que escrevemos é um pouco para que todos saibam da realidade e estimularmos cada vez mais a dimensão da caminhada a partir do mandato e exemplo do próprio Cristo”. (Pe. Hélio)

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