


E agora, temos Papa. O romano pontífice Leão XIV assumiu uma cruz que ele só sentirá o peso daqui por diante. Um presidente, primeiro-ministro ou rei, conforme o que falam, provocam queda nas bolsas de valores, aumento da cotação da moeda e crescimento da especulação. Já uma Papa, quando dirige sua mensagem, publica exortações e encíclicas, cartas pastorais, promove a reflexão da Palavra, termina por alcançar o mais íntimo do ser humano. Ele consegue chegar ao coração das pessoas, onde estão depositados o vigor de um pulsar que alimenta o organismo todo, mas também recolhe dores e sofrimentos que somente o indivíduo conhece a sua extensão. Tudo o que Leão XIV apresentar será a palavra de um pai espiritual que, muitas vezes, atuará para corrigir seus filhos, mas também agirá no sentido de acolhê-los na misericórdia.
Este início de Pontificado é igualmente um tempo de muito cuidado e atenção. Na ebulição do uso de variados recursos tecnológicos, é necessário depurar o que “aparece” aos olhos para não tomar por verdade notícias falsas relacionadas ao Santo Padre. Aliás, com poucas horas da sua eleição, e a cada dia que se passou nesse primeiro mês de Papado, a
internet foi tomada por uma enxurrada de manipulações de imagens e sons, porém não só isso: o “enxerto” de uma frase em um contexto totalmente diverso da sua origem está sendo o expediente mais usado por grupos interessados em justificar seus discursos e causar confusão na cabeça das pessoas. Esses grupos “descobriram” que pouquíssimas pessoas vão em busca da verificação se, de fato, o Papa disse determinada frase referente àquele momento. São criminosos, que agem sorrateiramente e, portanto, se escondem em perfis também falsos. A manipulação é tamanha que misturam temas, criam novo pensamento e atribuem a quem jamais falou ou mencionou o que está sendo publicado. As pessoas mais atentas, que fazem o exercício da checagem, já não se surpreendem mais.
O radicalismo e a polarização de pensamentos não permitiram enxergar o anúncio do Evangelho nas palavras do Papa Francisco. Ele talvez tenha ido para a sepultura como alguém incompreendido. O tempo se encarregará. Se findou um papado. Contudo um novo ciclo se abre com Leão XIV que é desafiado nesses primeiros passos pelas tecnologias da informação.
“O Papa que a Igreja e a humanidade precisam”
Gratidão e envio: uma nova missão para as Irmãs da Divina Providência
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Doação de sangue: um ato de fé, amor e solidariedade
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O mês de junho é um tempo especial na vida da Igreja: é o mês do Sagrado Coração de Jesus. Um tempo em que somos convidados a olhar, com mais atenção, para o Coração de Cristo, esse coração que arde de amor por toda a humanidade.
O coração, para nós, não é apenas um órgão do corpo. Na linguagem da fé, o coração é o centro do nosso ser, o lugar mais profundo de onde brotam os nossos sentimentos, decisões, sonhos e buscas. É ali que se revela quem realmente somos. E quando falamos do Coração de Jesus, falamos do próprio Amor de Deus que se fez próximo, que se fez homem, que se fez dom total por nós.
O Coração de Cristo é o símbolo da fé cristã. Nele se encontra o mistério da Encarnação – Deus que se fez homem – e o mistério da Redenção – Deus que deu a vida por amor. Do seu Coração transpassado na cruz jorram sangue e água, sinais da vida nova, dos sacramentos, da Igreja, da salvação. É o Coração de Jesus que nos revela o rosto misericordioso do Pai.
No Evangelho de Mateus, Jesus nos convida com palavras que tocam profundamente: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei... aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11,28-30).
É um chamado terno e forte. Ele conhece o peso que carregamos, as dores escondidas, o cansaço da
alma… e nos convida a descansar n’Ele, a aprender com seu coração manso, cheio de humildade e paz.
O evangelista João nos conta que, ao morrer na cruz, Jesus teve seu lado aberto por uma lança, e dele saíram sangue e água. Ali se cumpriam as antigas promessas: do coração ferido do Salvador nasceu a vida nova para toda a humanidade. Ali está a fonte inesgotável do perdão, da graça e da esperança.
Celebrar o Sagrado Coração de Jesus é celebrar o amor de Deus que não desiste de nós, que se entrega totalmente, mesmo quando é rejeitado. É uma oportunidade de renovar nossa fé, de retribuir com amor aquele Amor que tantas vezes é esquecido. Como diz o prefácio da Missa: “Elevado na cruz, do seu lado transpassado jorraram sangue e água e nasceram os sacramentos da Igreja, para que todos, atraídos ao Coração aberto do Salvador, pudessem beber com perene alegria das fontes da salvação”.
Essa mensagem tão antiga, é também muito atual. Vivemos num mundo onde tantas pessoas se sentem perdidas, vazias, fragmentadas… Mesmo rodeadas de conforto e tecnologia, sentem um vazio no coração, uma saudade de algo maior, uma sede de sentido. Essa sede tem nome: é saudade de Deus.
Só no Coração de Jesus encontramos o repouso verdadeiro, a paz que o mundo não pode dar. Como disse Santo Agostinho: “Fizeste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em Ti (Confissões I, 1).
Do Coração de Cristo nasce uma nova humanidade. Uma humanidade reconciliada, curada, animada pela esperança. Precisamos desse Coração para conhecer a Deus, para nos conhecermos, para amar e para reconstruir o mundo com justiça, com fraternidade e com paz.
Por maior que seja o desafio, o amor de Cristo nos fortalece. Se nos apoiarmos n’Ele, seremos capazes de construir um mundo mais humano, mais divino, mais cheio de esperança.
Sagrado Coração de Jesus, eu confio em Vós.
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Para começar essa reportagem de capa sobre a inauguração do Pontificado do Papa Leão XIV, a Revista Cristo Rei busca o pensamento do Cardeal Giovanni Battista Re, na Missa Pro Eligendo Pontifice , a missa que deu início ao Conclave: “Que seja eleito o Papa que a Igreja e a humanidade precisam”. E ele está eleito. Mas o que precisam a Igreja e a humanidade?
É possível pensar, primeiramente, que a Igreja precisa do Papa por uma condição natural de sucessão. Depois, e fundamentalmente, para guiar os fiéis nos caminhos da Salvação, os quais são abertos pelos ensinamentos do Evangelho. Ninguém vai se dispersar se ouvir a voz do seu Pastor. Permanecer no caminho é uma opção que cada um tem o arbítrio de escolher. Mas é necessário, antes de mais nada, ter o desejo de ouvir, e depois discernir, tudo aquilo que ele ensinará.
Jesus, que tem a missão de dar continuidade à Igreja fundada por Jesus Cristo. “Fazer reverência ao nosso Papa, acolhê-lo é justamente assumir esse respeito por essa herança que ele traz a partir de Jesus Cristo. O Conclave não elegeu um ‘presidente do mundo’, mas sim o pastor da Igreja, aquele que conduz a Igreja Católica Apostólica Romana”, salienta o bispo da Diocese de Toledo.
Sua eleição foi tida por muitos como uma agradável surpresa, pela rapidez – três escrutínios –, o que de certo modo demonstrou a unidade dos cardeais em vista de uma pessoa que simboliza justamente esse momento que a comunidade cristã vive.
A perspectiva que se apresenta leva a intuir uma continuidade do movimento reformador de Francisco, a Igreja fundamentada no Concílio Vaticano II e aberta para dar as respostas que o
mundo precisa. A promessa é de um Pontificado de escuta e diálogo, bem como de proteção de toda tradição e a estrutura da fé. “Nas suas palavras iniciais, o Papa Leão XIV repetiu o desejo de uma Igreja aberta para todos. Ao rezar a missa no seu antigo lugar de trabalho, na Congregação dos Bispos, já demonstrou seu jeito simples de ser, mas de se manifestar com firmeza, com clareza”, avalia o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme.
ACOLHER O PAPA
Conforme D. João, para os católicos, o Papa representa São Pedro, ligado a
A Igreja tem desafios? Sim, e muitos. Por isso, nessa edição reportagem de capa, a Revista Cristo Rei convida a pensar em alguns aspectos a serem considerados nessas expectativas de Pontificado de Leão XIV, afinal o Evangelho tem muito a dizer sobre o conceito da Casa Comum, a ecologia integral e crises ambientais, a mediação que a mensagem cristã oferece num mundo polarizado, a palavra de paz em meio a guerras, o ensinamento de Jesus pela acolhida diante da indiferença na imigração, entre outros.
A Revista Cristo Rei também ouve algumas lideranças para compreender como está sendo a acolhida ao Papa Leão XIV, que no dia 8 de junho completa seu 1º mês de Pontificado. Essas lideranças, que estão em diferentes serviços na igreja diocesana, a partir de suas realidades de atuação, apontam de que maneira o Pontificado de Leão XIV pode guiar o povo católico nas suas necessidades de fé.
O Ministro Auxiliar da Comunidade, João Vendramini, da Paróquia Cristo Rei (Catedral), afirma que sente alegria ao falar da eleição do Santo Padre, o Papa Leão XIV. “Quando ele foi anunciado Papa, meu sentimento foi de alegria e de esperança. Tendo a certeza que a escolha pelo colégio cardinalício, assim como nos Atos dos Apóstolos, foi do Espírito Santo e dos Cardeais que o escolheram. Vai ser um Pontificado frutuoso na Santa Igreja de Jesus Cristo. Por ser agostiniano, o Papa Leão XIV é profundo conhecedor das lutas e necessidade da Igreja, e também seguidor dos passos do nosso Santo João Paulo II e do também Papa Bento XVI, prin-
cipalmente no tocante à Doutrina Social da Igreja. Com certeza ‘a esperança não engana’”, considera.
Uma das primeiras audiências do Papa Leão XIV, pós-conclave, foi com os comunicadores, entre correspondentes e enviados especiais para a cobertura jornalística do Conclave e de sua eleição. Além de cumprir uma formalidade, pois a Imprensa do mundo todo esperava por esse momento, o Papa pode apresentar a mensagem do Evangelho para a Comunicação. O Evangelho tem muito a dizer a quem atua nos meios de comunicação: que sirvam à verdade.
“Desarmemos a comunicação de todo preconceito, rancor, fanatismo e ódio; purifiquemo-la da agressividade. Não precisamos de uma comunicação estrondosa e muscular, mas de uma comunicação capaz de ouvir, de acolher a voz dos frágeis que não têm voz. Desarmemos as palavras e ajudaremos
a desarmar a Terra. Uma comunicação desarmada e desarmante permite-nos partilhar uma visão diferente do mundo e agir de modo coerente com a nossa dignidade humana”, afirmou Leão XIV aos agentes de comunicação no dia 12 de maio, exortando-os a “sair da confusão de linguagens sem amor, muitas vezes ideológicas ou sectárias”. Observando os novos tempos de forte presença dos recursos tecnológicos na produção de conteúdos de comunicação, o Santo Padre dividiu sua preocupação com os comunicadores: “Penso, particularmente, na inteligência artificial com o seu imenso potencial que, no entanto, exige responsabilidade e discernimento para orientar as ferramentas para o bem de todos, a fim de que possam produzir benefícios para a humanidade”.
Muitos questionamentos são no sentido de como o Papa Leão XIV deverá tratar da polarização ideológica que os países vivem. Para D. João Carlos Seneme, esse é o grande da Igreja e que o Papa vai incorporar. “Ele já falou muitas vezes de deixar de lado, por exemplo,
essas ideias de discórdia, de ódio, violência, preconceitos, que causam muitas feridas. Um lema programático que o Santo Padre disse é ‘lutar pela paz’. Ele quer dar esse sinal de esperança, de que é possível unir as pessoas em volta do mesmo objetivo que é buscar
MUNDO DO TRABALHO E INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL
Neste diálogo sobre as expectativas do Pontificado que se abre, o coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, Pe. André Boffo Mendes, fez referência a Leão XIII, que deixou uma mensagem muito profunda diante das mudanças nas relações de trabalho, a Carta Encíclica Rerum Novarum” (Das coisas novas) – Sobre a condição dos operários (1891). Os questionamentos eram intensos quanto às profissões que deixariam de existir por conta da Revolução Industrial e a configuração da sociedade. Agora, em 2025, o Papa Leão XIV sinaliza essa referência, incluindo o componente da Inteligência Artificial e os novos questionamentos sobre os empregos. “A Inteligência Artificial traz muitos avanços, é verdade, mas ela vai, seguramente, substituir muitas profissões, assim como abrirá campo para muitas profissões novas no nosso contexto de mundo, especialmente aquelas que precisam e carecem de criatividade e empatia, que são questões que a própria Inteligência Artificial não tem”, observa. “Essa construção do tema que o Papa nos traz é uma luz e a Igreja precisa, sim, estar posicionada”, acrescenta Pe. André.
o amor de Deus e a salvação da humanidade”, avalia. A polarização que leva a guerras denuncia uma sociedade que está doente e presa nas suas próprias verdades, resultando em um pensamento dominante e, por conseguinte, autocrata e de imposição.
Neusa Albarello, que é integrante da coordenação diocesana da Pastoral do Auxílio Fraterno, salienta que recebeu a eleição do Papa com um misto de sentimentos: muita alegria, por termos um Papa para guiar os católicos no mundo, e a
curiosidade. “Tão logo foi divulgado o nome do novo Papa, corri pesquisar sobre a vida e o trabalho pregresso dele”, admite. Neusa tinha a expectativa de que pudesse ser um Papa brasileiro, assim como muitos também pensavam. “Mas fiquei
muito feliz e com o coração cheio de esperança pelas informações que encontrei e pelo tom do primeiro discurso do novo Papa”, diz.
Ela espera que o Papa Leão XIV possa dar continuidade ao trabalho iniciado pelo “amado Papa Francisco, ao qual tinha e sempre terei um carinho e uma admiração muito grande, com seu legado de amor, humildade e de proximidade”. “Seguindo o exemplo do Papa Francisco, o Papa Leão XIV demonstrou, em seu primeiro discurso, a sua preocu-
A participação e o protagonismo das mulheres na Igreja. Como esse tema será abordado por Leão XIV? Na avaliação de D. João é importante tomar o assunto na perspectiva de caminhada, considerando que o Papa Francisco já possibilitou a abertura desse assunto com a presença de mulheres no Sínodo dos Bispos e em outras instâncias de decisões da Cúria Romana. “Esse processo, penso, que não vai parar. Vai ter esse diálogo para
A família é sempre tratada com muito carinho pela Igreja, assim como todos os seus membros: crianças, jovens, adultos e idosos. Mas o individualismo alcançou esse núcleo, assim como o conceito do descarte. Soma-se a isso a realidade de famílias que não encontram espaços para seus filhos nas escolas, no mercado de trabalho e
pação com os menos privilegiados e a promoção da justiça social, pois segundo suas palavras devemos buscar juntos como ser uma igreja missionária, uma igreja que ‘constrói pontes’ a todos que precisam da nossa caridade, da nossa presença, do diálogo e do amor. Essas palavras vêm de encontro à natureza de ação da Pastoral do Auxílio Fraterno em nossa Diocese que é voltada ao acolhimento, à partilha de bens essenciais à vida e a evangelização de pessoas que se encontram em condições desumanas de vida”.
que haja a participação da mulher nas decisões, como já tem, por exemplo, uma religiosa hoje é a responsável pelo Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Isso foi um caso totalmente novo na Igreja. Já é um grande passo. Acredito que ele vai continuar a ouvir aquilo que as mulheres têm para dizer e ensinar”, destaca. Contudo, é importante ressaltar que a maior presença das mulheres
nesses espaços de administração eclesial e de serviço na Igreja, não implica em questões de ordem sacramental ou ministerial, isto é de ordenações de mulheres para o ministério. “São pontos decididos pela Igreja que o Papa Leão XIV não vai entrar por esse caminho”, sentencia. É visível na Igreja que as mulheres ocupam lugares de destaque devido à competência. A Igreja, sim, busca essa valorização evidenciando seu rosto acolhedor.
o desafio da longevidade. A Igreja tem a força de levar ao coração dos governantes o pensamento cristão que é pautado na fraternidade e solidariedade. O que esperar? O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, destaca que a Igreja tem o papel de aconselhar, chamar atenção, de colocar luz, e principalmente, olhando a vida humana den-
tro do projeto de Deus. Os líderes das nações, que participaram da abertura do Pontificado, ouviram essa chamada de responsabilidade de olharem para as pessoas que mais sofrem. O Papa continuará fazendo essa admoestação para que os líderes se empenhem pela vida em abundância, incluindo os mais vulneráveis.
A vice-coordenadora diocesana da Pastoral Familiar, Marisa Ramos dos Santos Cardoso, diz ter recebido a notícia da eleição do Papa Leão XIV com grande expectativa, rogando a Deus para que ele seja iluminado pelo Espírito Santo e que seu magistério impulsione os católicos a viverem cada vez mais as verdades do Evangelho de Jesus Cristo.
Para Marisa, o mundo passa por grandes transformações, motivadas por fatores como conhecimento, tecnologia, mudanças climáticas, transformações que promovem avanços, mas que tam-
bém geram divisões, conflitos de ideias, disputa de poder e provocam a falta do senso de humanidade e o distanciamento de Deus. “A Igreja, em meio a tudo isso, precisa entender a sua importância e seu papel. Espero que o Papa Leão XIV esteja preparado para conduzir a Igreja com olhar atencioso para as diferentes realidades, auxiliando a família no resgate dos valores essenciais para se construir uma fé forte no cuidado com os mais necessitados e a promover o diálogo entre os países para cessar as guerras e promover a paz”, pontua.
A Igreja enfrentará desafios relacionados ao engajamento em temas como imigração, mudanças climáticas, igualdade de gênero e economia justa. Na opinião do coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, Pe. André Boffo Mendes, a imigração é um ponto muito forte que durante a vida do então Cardeal Prevost (hoje, Papa Leão XIV), esteve muito presente. “Ele vai potencializar especialmente essa dimensão humana tão sofrida de pessoas que saem da sua casa, saem do seu país, quase sempre por questões políticas ou de guerra. Acredito que essa atenção é um ponto sinodal que ele vai nos exortar”, analisa. Quanto a questões de igualdade de gênero, direitos LGBTQIA+ e outras si-
tuações sociais, que foram mencionadas no Pontificado de Francisco, quais são as expectativas? “Nós estamos passando por um momento em que a sociedade tem olhado para esse público, para essa minoria com outros olhos, e a Igreja tem acompanhado essa vertente. Papa Francisco várias vezes se aproximou dessas pessoas, disse que a orientação sexual delas não definia o caráter, mas ao mesmo tempo ele deixou sempre muito pontuada a posição da Igreja. O Papa Leão XIV, por exemplo, fez uma fala que, para alguns, foi tida com certa polêmica. Ele disse que uma família tem a sua base num homem e numa mulher, e falou a verdade porque todos nós nascemos a partir disso. Como mencionamos antes,
Esse é um grande desafio da Igreja. Como despertar as vocações para o sacerdócio? Na última estatística da Santa Sé, são 407 mil padres no mundo todo, registrando uma queda de 7 mil deste 2017. Em contrapartida, no comparativo
de 2022 e 2023, a Igreja registrou um crescimento de 1,15% no número de fiéis. “Essas preocupações tendem a crescer na Igreja e onde nós vamos colocar mais força e onde seja possível eleger prioridades”, observa Pe. André Boffo Mendes, coorde-
a questão da ordenação de mulheres, nós falamos agora dos casamentos de pessoas do mesmo sexo. Isso está bem claro na Igreja: o Sacramento do Matrimônio é para um homem e uma mulher, mas a Igreja tem muitas possibilidades, e eu acho que ela assume o seu papel de protagonismo, sim, quando denuncia todo tipo de discriminação e coloca as pessoas como membros possíveis. Se essas pessoas são cristãs, são católicas, elas são bem-vindas. A Igreja é para todos. Não é porque temos um novo Papa, mas essa é uma discussão que sempre haverá na Igreja e ela já se posicionou e só vai reafirmando no seu dia a dia e escritos no novo Pontificado”, diz Pe. André.
nador diocesano da Ação Evangelizadora. Se de um lado existe o problema mundial da secularização, ou seja, pessoas que estão perdendo a fé ou se identificando com outros movimentos, também há espaço onde a fé quer crescer.
O Pontificado do Papa Leão XIV gera muitas expectativas para a ação evangelizadora, afinal seu magistério determinará os caminhos a serem percorridos também pela Igreja no Brasil. Em razão do falecimento do Papa Francisco, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, obviamente, cancelou a Assembleia
Geral, em abril deste ano, que deveria apresentar as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE), cujas reflexões ecoariam inclusive na Diocese de Toledo. No planejamento da Igreja no Brasil, as novas DGAE entrariam em vigor para o quadriênio 2025-2029. Consequentemente, a Diocese de To-
Na Pastoral Vocacional, a chegada do Papa Leão XIV acontece em meio aos caminhos que serão perseguidos para animar as vocações para a Igreja. Em nível mundial, o número de fiéis católicos apresentou crescimento e, ao contrário, o número de padres reduziu. Na Diocese de Toledo, por exemplo, são diversas iniciativas de animação vocacional, como encontros masculinos e femininos para adolescentes e jovens, eventos de pré-seminário, presença dos seminaristas nas celebrações, enfim, ações que visam o despertar vocacional.
“Meu sentimento é de esperança. Com certeza, ele vai olhar para as novas gerações, e mais que isso: conectá-las. É o que temos trabalhado muito enquanto Pastoral Vocacional”, comenta William Bonfim, membro da
ledo tomaria esse documento como base para elaborar e aprovar o 15º Plano Diocesano da Ação Evangelizadora, em Assembleia que estava programada para o dia 31 de agosto deste ano. A decisão diocesana, portanto, é aguardar 2026 para fazer aprovação do novo Plano Diocesano.
coordenação diocesana da Pastoral Vocacional. Para William também é necessário que o novo Santo Padre dê continuidade ao incentivo à sinodalidade, ao conceito da “igreja em saída” e a pastoral de Conjunto. “Ele vem ao tempo oportuno em que vivemos. Papa Francisco deixa um legado e agora a esperança vem com o Pontificado do Papa Leão XIV para que tenhamos um pastor que nos conduza ao fortalecimento na fé. Já vemos fiéis retornando, se dedicando cada vez mais. Ele vai nos ensinar e nos confirmar nos caminhos de Jesus”, almeja. William também entende que os Cardeais pensaram nas necessidades da Igreja para esse tempo. “Desde o Conclave até agora, conhecendo um pouco mais quem era o bispo Prevost, percebo que é um pastor que tem cheiro de ovelhas”, observa.
No dia 17 de maio, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Marechal Cândido Rondon, celebrou a Missa de envio das Irmãs da Divina Providência, que dedicaram 56 anos de serviço pastoral e missionário à comunidade desde 1969.
A celebração aconteceu na Matriz e foi presidida pelo bispo diocesano de Toledo, D. João Carlos Seneme, contando com a concelebração do pároco, Pe. Sérgio Augusto Rodrigues, e do Frei Levi Jones Brotke (FMM), presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) Núcleo de Toledo.
O momento foi marcado pela gratidão e reconhecimento à trajetória das irmãs que, ao longo dos anos, se dedicaram ao cuidado, à evangelização e à promoção da fé, tornando-se verdadeiro sinal da providência de Deus entre o povo.
Estiveram presentes a Ir. Beatriz, superiora provincial, bem como as Ir. Sueli Maria, Ir. Dionice, Ir. Teresiana, Ir. Maristela, e as duas irmãs que residiam na Casa Betânia e atuavam na comunidade: Ir. Círia e Ir. Maria Marta.
Embora não deixe de ser uma despedida, após o serviço missionário realizado desde 1969, é também um
envio ao novo lugar de atuação para as religiosas. Por isso, renova-se o compromisso de continuar a missão confiada por Cristo, inspirando
novas vocações e reafirmando que a providência divina segue conduzindo cada passo. Que Deus as acompanhe nesta nova etapa!
O bispo da Diocese de Toledo, D. João Carlos Seneme, nomeou o Pe. Jociel Cristiano de Almeida como novo assessor diocesano da Pastoral da Saúde. A coordenação diocesana permanece sob a responsabilidade de Célia de Sá Steim, de Marechal Cândido Rondon, que já vinha atuando de forma destacada, especialmente na mobilização dos leigos da Diocese para o engajamento neste serviço essencial da Igreja.
A Pastoral da Saúde tem como missão promover, educar, preservar, cuidar, defender, recuperar e celebrar a vida por meio de ações que favoreçam uma vida saudável e plena para todo o povo de Deus. O trabalho desenvolvido inclui tanto a dimensão da atenção direta à saúde, quanto a animação espiritual e o incentivo à participação comunitária.
A Pastoral também contribui com conteúdos para a Revista Cristo Rei e tem se destacado na divulgação e realização de ações relacionadas às datas comemorativas ligadas à saúde nos âmbitos municipal, estadual, nacional e internacional. Sobretudo, o serviço da Pastoral da Saúde se fundamenta na formação de leigos para esta missão que se concretiza na realidade das comunidades de fé e na sociedade onde estão inseridos.
O bispo diocesano deseja que a Pastoral da Saúde continue sendo uma presença concreta de Jesus, o Bom Pastor, junto aos doentes, aos que estão sob atendimento nas instituições de saúde, às famílias e às comunidades. Ele reforça que a Pastoral da Saúde busca atender a pessoa de forma integral nos aspectos físico, psíquico, social e espiritual. Por fim, roga a intercessão de Nossa Senhora da Saúde e de São Camilo de Léllis pelo bom êxito desta missão.
A atuação da Pastoral da Saúde está profundamente enraizada no Evangelho. A parábola do Bom Samaritano (cf. Lc 10,25-37) é uma inspiração do que representa o cuidado com o outro: ao encontrar um homem ferido à beira do caminho, o samaritano não o ignora. Move-se de compaixão, aproxima-se, cuida de suas feridas, oferece abrigo e garante sua recuperação. Essa atitude expressa o coração do ministério cristão — ver no outro, sobretudo no que sofre, o rosto de Cristo.
Inspirada por essa parábola, a Pastoral da Saúde, conforme os objetivos definidos pela Igreja no Brasil, busca ser expressão do amor misericordioso de Deus, promovendo a dignidade da vida e a solidariedade. É uma pastoral da presença, que caminha com os enfermos e suas famílias, promovendo saúde, esperança e fé, assim como se empenha na sociedade. Os seus agentes são incentivados a participar
dos conselhos de direitos nos municípios, como o Conselho da Saúde, por onde passam as políticas públicas de atendimento ao cidadão.
Assessor Diocesano: Pe. Jociel Cristiano de Almeida
Coordenadora Diocesana: Célia de Sá Steim
Vice-coordenadora: Madalena Lopes Vieira Schmidt
Primeiro Secretário: Vitor Gabriel Veridiano Nabão
Segunda Secretária: Edicléia Felipeto Zarpelon
Primeira Tesoureira: Joelci Fernandes da Silva
Segunda Tesoureira: Marlene Martim de Oliveira
Animadoras Espirituais: Ivanete Verdi e Rosani da Silva Fazolin
Pesquisadora e Publicidade: Solange Graciele Welter
Com a eleição do Papa Leão XIV, um leitor atento enviou à Revista Cristo Rei uma dúvida bastante pertinente. Ainda que simples, trata-se de uma questão litúrgica importante que merece orientação da Igreja.
A dúvida é a seguinte: “Por que o padre não diz ‘Papa Leão XIV’ durante a missa? Já tivemos um Papa Leão I. Estarei rezando pelo outro Papa, e não por este que foi eleito agora”? O tema é importante e serve como orientação, pois talvez você também tenha essa dúvida. E, então?
Essa pergunta se refere especificamente ao momento da Oração Eucarística nas celebrações. Por isso, é preciso entender, primeiramente o que é a Oração Eucarística. Ela é o centro da Missa, em que a comunidade, unida a Cristo, louva a Deus, recorda a Salvação, oferece o sacrifício e se alimenta do Corpo e Sangue do Senhor.
O Documento 43 – “A Eucaristia: Fonte e Ápice da Vida Cristã”, da CNBB, afirma com clareza que ela não é uma oração privada do sacerdote, mas uma oração da Igreja inteira, presidida por ele em nome do povo de Deus. Embora seja pronunciada pelo sacerdote presidente, a Oração Eucarística é oração de toda a assembleia. É necessário, portanto, que os fiéis estejam atentos, participem com fé e unam-se com as aclamações e o silêncio reverente.
Sabendo disso, agora a atenção está na Oração Eucarística I onde,
por exemplo, reza-se: “Em comunhão com o vosso servo o Papa (Nome), o nosso Bispo (Nome) e todos os que guardam a fé que receberam dos apóstolos...”.
Ao pronunciar os nomes do Papa e do Bispo, a Igreja manifesta sua comunhão com os pastores legítimos, em oração pela sua missão. Nomear o Papa e o próprio bispo é um modo de pedir por eles. Mas então, o padre reza na missa “Em comunhão com o vosso servo o Papa Leão” ao invés de “Papa Leão XIV”. A base da explicação vem da Instrução Geral do Missal Romano (IGMR).
Consultado sobre a questão, o Pe. Sérgio Augusto Rodrigues, que é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica, explica com base nessa Instrução do Missal Romano e no Cerimonial dos Bispos, assim como nos estudos feitos pelo Prof. Dr. Pe. Eduardo Bina, que na Liturgia não se
utiliza o número ordinal ao mencionar o Papa. Por que isso?
Mesmo que o Papa tenha um número ordinal (como Leão XIV), na Liturgia ele é sempre referido pelo nome próprio que escolheu quando foi eleito. O que conta no momento da Oração Eucarística é sua presença viva no serviço da Igreja. Portanto, ao rezar na missa “pelo Papa Leão”, os fiéis rezam verdadeiramente pelo Papa atual, Leão XIV, e não pelo Papa Leão I ou qualquer outro. A liturgia, com sua linguagem própria e tradicional, expressa a unidade da Igreja com aquele que, no presente, serve como sucessor de Pedro.
Portanto, o uso do número ordinal — como “XIV” — serve apenas para fins históricos, para distinguir entre Papas que adotaram o mesmo nome ao longo dos séculos. Na história da Igreja, Leão I foi o 45° Papa. Por sua vez, Leão XIV é o 267º Papa.
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No próximo dia 20 de julho, a Diocese de Toledo celebrará com grande alegria o Jubileu dos Catequistas, um momento especial de encontro, formação e espiritualidade para todos aqueles que dedicam sua vida à transmissão da fé. Inspirados pelo lema do Ano Santo de 2025 – “Peregrinos da Esperança” – os catequistas diocesanos são convidados a viver uma jornada de renovação vocacional, comunhão e envio missionário.
A programação terá início pela manhã e será marcada por uma profunda experiência de fé. Haverá momentos de oração, adoração ao Santíssimo Sacramento e uma formação conduzida pelo Pe. Jordélio Ledo (CSS), reconhecido escritor de textos catequéticos amplamente utilizados na Diocese de Toledo. Sua presença trará luzes importantes para a missão catequética, reafirmando a identidade e a beleza dessa vocação a serviço do Evangelho.
À tarde, os participantes serão convidados a vivenciar momentos de cultura, partilha e fraternidade. Estão previstas apresentações culturais, dinâmicas de integração e a tradicional caminhada jubilar, que simbolizam o caminho de fé trilhado por cada catequista em suas comunidades. O ponto alto do dia será a Santa Missa de Envio, presidida pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, que enviará os participantes com novo ardor para a missão evangelizadora.
Essa celebração é um verdadeiro chamado à esperança, especialmente para os que atuam na Catequese em tempos desafiadores. Pe. Roberto Lopes de Souza, assessor diocesano da Animação Bíblico-catequética, e Fernando da Rocha, coordenador diocesano, reforçam o convite para
que todos os catequistas se unam neste momento tão significativo. “É tempo de nos fortalecermos na fé, na alegria do serviço e na perseverança da missão”, destacam. Catequista! Procure a coordenação paroquial da sua comunidade e faça já sua inscrição! Venha celebrar o dom de ser catequista e reafirmar sua entrega à missão com o coração cheio de esperança. Recordando São Paulo:
A
Catequese convida você! Assista
“Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração” (Rm 12,12).
A Diocese de Toledo recebeu com entusiasmo o anúncio de que sediará, em 2026, a 13ª Junta Internacional do movimento católico Hogares Nuevos – Obra de Cristo. O encontro reunirá casais representantes de 18 países onde o Movimento está presente e será realizado entre os dias 30 de abril e 3 de maio, no Centro de Formação – Instituto João Paulo II, em Toledo. A decisão foi anunciada durante a 12ª edição da junta, realizada recentemente na Guatemala, pelo próprio fundador do movimento, Pe. Ricardo Facci.
A realização da 13ª Junta Internacional em solo brasileiro reforça a relevância e vitalidade do movimento Hogares Nuevos na Diocese de Toledo, sinal de uma Igreja viva, missionária e comprometida com a formação das famílias segundo os valores do Evangelho.
Segundo Eduardo De Carli, membro do movimento e integrante da Paróquia São Cristóvão, que participou do evento junto com sua esposa, Magda, o anúncio trouxe uma alegria imensa para a comunidade local. “É uma honra para Toledo sediar esse encontro, principalmente por ser o único município do Brasil onde Hogares Nuevos está
presente. É uma grande oportunidade de partilhar a espiritualidade do Movimento e fortalecer o compromisso com a evangelização das famílias”, afirmou. Tânia e José Luis Simon, também da Paróquia São Cristóvão, estiveram juntos quando da escolha da Diocese de Toledo para sediar o evento internacional.
Durante a 12ª Junta Internacional na Guatemala, os temas abordados refletiram esse protagonismo, com discussões sobre o papel dos leigos na Igreja e o futuro do Movimento. O encontro internacional acontece a cada
dois anos e é um momento importante de avaliação das ações nos diferentes países, além de ser espaço de oração, formação e planejamento.
“A próxima junta será ainda mais significativa, pois marcará a última edição conduzida pelo Pe. Ricardo Facci como coordenador geral do Movimento”, explica De Carli. “Em razão da idade, ele deve deixar a função de liderança em 2027, então escolheu pessoalmente o Brasil, mais especificamente Toledo, para esse momento de transição e renovação”, revela.
A expectativa é que entre 40 a 50 representantes do Movimento no mundo estejam em Toledo durante os
quatro dias de evento. A preparação já começou, com a reserva do espaço e o envolvimento da comunidade local para acolher com carinho os participantes. “Queremos que todos se sintam em casa, porque essa é a essência do Movimento: levar Jesus para dentro dos lares, e de Maria, rainha da
família”, salienta. Hogares Nuevos, que significa “Lares Novos”, nasceu na Argentina há mais de 42 anos e tem como missão principal transformar os lares em verdadeiras igrejas domésticas, colocando Jesus e a Virgem Maria no centro da vida familiar. Reconhecido pelo Vaticano, o Movimento atua de forma organizada com casais e também com os filhos das famílias, promovendo formação espiritual contínua. Seu carisma destaca o protagonismo do leigo na missão evangelizadora, embora conte com a colaboração de padres e religiosas consagradas.
Além dos preparativos para a Junta de 2026, o Movimento continua sua caminhada de evangelização. Neste ano de 2025, dois encontros de formação para casais estão agendados: um nos dias 7 e 8 deste mês de junho e outro no final do ano. Eduardo aproveita para convidar novos casais a se aproximarem da espiritualidade proposta por Hogares Nuevos. “Estamos abertos para acolher quem quiser conhecer melhor o Movimento. A vivência é muito rica e tem feito muito bem para nossas famílias e para a comunidade”, salienta De Carli.
A participação em retiro de espiritualidade é essencial para a vida cristã. Leigos, e até mesmo os padres, recebem essa orientação para que se “retirem” por um tempo das coisas do dia a dia e se dediquem em um período de silêncio e de interiorização, conduzido pela Palavra de Deus e pela oração.
Este ano, o retiro do clero da Diocese de Toledo foi orientado pelo bispo da Diocese de Franca (SP), D. Paulo Roberto Beloto, que abordou aspectos da vida sacerdotal, sobretudo da vida de oração, de intimidade com o Senhor e de escuta da Palavra.
“Eu quis, além de tratar dos temas normais que fazem parte de um retiro, que estão ligados mais à vida e ao ministério de um sacerdote, falar um pouco sobre a esperança que não decepciona. É o que Paulo nos fala (cf. Rm 5)”, salientou D. Paulo Roberto ao destacar a inserção do tema do Jubileu neste retiro.
“Numa sociedade como a nossa, com tantos desafios, tantos conflitos, tantas interrogações, nós não podemos perder de vista um futuro melhor, de paz, de justiça, de amor, de fraternidade. Lembro da Constituição Pastoral Gaudium et Spes (1965) que nos diz: ‘o destino futuro da humanidade está nas mãos
daqueles que souberem dar às gerações razões de crer e de esperar’. É uma reflexão para todos: o que nós, bispos, os padres, as nossas lideranças, mas você também que é pai, você que é mãe, você que é professor, que é médico e outras profissões, o que estamos transmitindo?”, provocou D. Paulo, em entrevista para a Voz da Diocese de Toledo.
Neste sentido, D. Paulo sublinha a importância da responsabilidade em deixar uma herança espiritual pauta-
da nos ensinamentos de Jesus e nas reflexões que estão postas por conta dos desafios atuais. “Que mundo nós estamos deixando? Nós, como cristãos, queremos deixar esse mundo marcado pela fraternidade, pelo amor, pela paz. Aqui está a razão da nossa esperança: sempre acreditar. Devemos prestar atenção na solidariedade ainda existente. Quantas pessoas que lutam por um mundo mais justo, mais humano e de paz. Devemos buscar as três virtudes: fé, esperança e caridade”, pontua. Para o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, que também participou deste momento, o retiro é uma pausa para que “falemos menos, escutemos mais, e para que tenhamos consciência da missão de que nós somos investidos, não por nossas condições humanas, mas pelo amor e pela caridade de Deus que nos ama”.
A Paróquia São Cristóvão, de Toledo, já vive o clima das festividades do padroeiro. Neste mês de junho, serão realizadas várias atividades que visam chamar os devotos para a espiritualidade, bem como incentivá-los à participação na grande festa marcada para o dia 20 de julho.
O tema “Com São Cristóvão, caminhemos como peregrinos da esperança no Ano Jubilar” acompanhará as equipes paroquiais que estão envolvidas na visita da imagem do Padroeiro às capelas, setores pastorais, comunidades e postos de combustíveis. As visitas acontecerão no período de 13 de junho
Maria Valentina Menuci e João Miguel Caetano Dias
Rei e Rainha da Festa de São Cristóvão 2024
Representando
Nossa Senhora de Fátima, de Novo Sobradinho
a 13 de julho, acompanhadas do lema “Servir com alegria, levando Cristo a todos os caminhos” (cf. Rm 12,11). É uma maneira de propagar a devoção e incentivar as pessoas à participação nos festejos de São Cristóvão.
Essa proposta une a figura do Padroeiro, como portador de Cristo (símbolo do nome dele e de sua missão), ao
Pedro Henrique
Gaffuri Lorenti e Mariana de Araujo
Brandão Menuci
Representando os setores: Nossa Senhora de Fátima, São Pedro e São Paulo, Nossa Senhora Aparecida, Comunidade São Judas Tadeu e as Capelas São Miguel, de São Miguel; e São Paulo, de Linha São Paulo
sentido peregrino e missionário do Ano Jubilar. Além disso, é um chamado à alegria no serviço, típico da espiritualidade jubilar e do testemunho cristão.
Ainda como motivação, integra a programação uma Festa Junina, no Salão Paroquial, a ser realizada no dia 14 deste mês, com início após a missa da Catequese.
DE 11 A 19/07 – Novena de São Cristóvão, às 19h, na Igreja Matriz
DIA 20/07 – Festa de São Cristóvão
7h30 às 12h30 – Procissão e bênção dos veículos
10h – Missa solene em honra a São Cristóvão
12h – Almoço com Costelão ao fogo de chão
14h – Coroação do Rei e Rainha da Festa
15h – Ação entre amigos dos dizimistas
16h30 – Ação entre amigos da comunidade
A tradição de celebrar o Dia de Nossa Senhora de Fátima, em 13 de maio, levou inúmeros devotos ao agradecimento a Deus pelas graças alcançadas. O carinho manifestado a essa devoção mariana teve como locais de grande concentração Toledo, Maripá e Vila Nova.
No Seminário, dedicado à Virgem de Fátima e mantido pelos Frades Menores Missionários, em Toledo, a celebração foi presidida pelo Frei Amarildo Cupertino Pereira (FMM). O religioso enfatizou em sua homilia que “de Fátima, continua o eco na Igreja e em cada coração”. “Maria nos exorta a ouvir e seguir o Filho Jesus: tenham fé, continuem a rezar; ouçam o Senhor”. Segundo ele, celebrar Nossa Senhora de Fátima é voltar a uma fé simples que busca Deus. “A oração do Santo Rosário é responsabilidade nossa. Celebrar Nossa Senhora de Fátima é dizer que somos responsáveis pelo anúncio da verdade, da justiça, da esperança”, afirmou. Durante a celebração foram admitidas cinco pessoas ao aspirantado leigo franciscano que buscam trilhar o caminho de fé como leigos consagrados. Outro grupo entrou no período do postulantado.
Já na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Vila Nova, o pároco, Pe. Inácio Scherer, conduziu a celebração que contou ainda com um momento devocional ao depositar flores aos pés da imagem da Padroeira. As crianças também tiveram uma bonita participação, representando os pastorinhos de Fátima. Em Maripá, a procissão e missa contaram com a presença da comunidade de fé que se reuniu na Igreja Matriz para a celebração eucarística. As festividades tiveram a visita de membros do movimento das Equipes de Nossa Senhora (ENS).
Líderes da Pastoral da Pessoa Idosa receberam formação da Secretaria de Estado da Saúde, por meio da 20ª Regional de Saúde sobre dois temas: o conhecimento acerca do Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional e a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa no Paraná. A Caderneta 60+, do Governo do Estado, contém as principais informações a serem compartilhadas entre todos os profissionais que possam vir a atender o indivíduo, em qualquer local da Rede de Atenção à Saúde. A avaliação dos atendimentos é de responsabilidade dos agentes da saúde dos municípios, mas os agentes da Pastoral da Pessoa Idosa poderão ser a ligação do público com os profissionais da saúde nesse processo. Além deste tema, Almir Michelin, da
coordenação nacional da Pastoral da Pessoa Idosa (PPI), e o coordenador estadual, Roberto Schulka, acompanharam a Assembleia Formativa e Eletiva da PPI diocesana. O evento contou com 25 participantes. Eles apresentaram três metas para o Biênio de 2025/2026, sendo: realizar o acompanhamento e registrar os dados da visita domiciliar no sistema eletrônico da Pastoral de, no mínimo, mais 12 pessoas
Nas comemorações dos 33 anos da Casa de Maria – Unidade de Toledo, as crianças ganharam um presente que auxiliará na formação pedagógica. São as lousas digitais, equipamentos modernos que inserem a garotada em uma nova metodologia de aprendizagem. Por meio de parceira com o Rotary Club de Toledo Integração, a Casa recebeu oito kits de lousas digitais. Com isso, todas as salas estão equipadas. Profissionais da empresa que forneceu os equipamentos
idosas por paróquia; capacitar e registrar no sistema no mínimo seis novos líderes por paróquia; e implantar a PPI em duas novas Paróquias por Diocese no Brasil. Por uma necessidade formal, apresentou-se a necessidade de mudança na coordenação diocesana. Leani Lutz, que vem realizando este serviço de modo admirável, precisa por força estatutária, passar a coordenação para outra pessoa. Conforme prevê o estatuto, uma lista tríplice está de posse do bispo diocesano a quem cabe a decisão.
explicaram todo o funcionamento prático, maneiras de uso e de conservação. O Biopark Educação também está como parceiro do projeto ao ministrar o 1º módulo da Formação Permanente dos Educadores Sociais. Até o fim do ano serão sete encontros. Nas festividades de aniversário da casa, além do tradicional bolo, a comunidade rezou na Catedral Cristo Rei pelos 33 anos de presença da Casa de Maria na cidade de Toledo.
A Igreja São Cristóvão (Toledo) teve a iniciativa de reunir zeladores de capelinhas, homens e mulheres devotos de Nossa Senhora sob seus diversos títulos, para rezar junto da imagem peregrina da Padroeira do Paraná. A imagem de Nossa Senhora do Rocio permaneceu com a comunidade de fé, na celebração do último dia 3 de maio.
O pároco, Pe. Marcos Denck da Silva, presidiu a celebração em que sublinhou a presença dos Zeladores e Zeladoras de Capelinhas na comunidade, os quais mantêm a tradição de fazer a imagem mariana peregrinar pelas casas. E chegando nos lares, todos são convidados à oração do Santo Terço. A Capelinha fica um determinado período na casa e depois segue pela vizinhança. Neste encontro dos devotos, eles manifestaram o carinho pelo gesto simbólico de depositar flores junto da imagem de Nossa Senhora do Rocio.
A Diocese de Toledo foi sede do 1º Encontro Provincial dos Tribunais Eclesiásticos, no último dia 16 de maio. Em pauta, houve a partilha dos trabalhos realizados nesta estrutura da Igreja que visa o atendimento das necessidades dos católicos nas respectivas dioceses, bem como os processos em curso e levantamento de temas atuais na área do Direito Canônico para estudo. O próximo encontro já ficou agendado para o dia 13 de agosto na Diocese de Foz do Iguaçu.
Participaram deste encontro, realiza-
do na Paróquia São Cristóvão, em Toledo, membros do Tribunais da Província Eclesiástica de Cascavel, sendo o bispo da Diocese de Foz do Iguaçu, D. Sérgio
de Deus; Pe. Clodoaldo Isidoro Frasseto, Vigário Judicial da Diocese de Foz; Diácono Paulo Sérgio, Notário da Diocese de Foz; Pe. César Poggere, Vigário Judicial da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão; Frei Claudimir, também da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão; Pe. Eucácio Alba, Vigário Judicial da Arquidiocese de Cascavel; Pe. Lianor Moreschi e Pe. Rosevaldo Bahls, da Arquidiocese de Cascavel; Pe. Marcos Denck da Silva - Vigário Judicial da Diocese de Toledo e Rosane Ribas - Notária da Diocese de Toledo.
Ano Jubilar é um tempo de muita alegria, mas também é tempo de lembranças históricas. Assim acontece com a Comunidade de Ouro Preto de Toledo, que tem suas origens por volta de 1950, com a chegada dos recém-casados Julia e Joaquim Zapello. Uma trajetória que marca os 75 anos da comunidade neste mês de junho, durante as festividades do Padroeiro Santo Antônio.
Julia era residente na comunidade vizinha de São Roque da Memória, e Joaquim fazia parte de uma comitiva de trabalhadores trazida pela família Campagnolo para ajudar nos trabalhos de colonização de Sol Nascente, que na época era conhecida como Campina. Eles se casaram em uma capelinha que, pela descrição, seria hoje a Catedral Cristo Rei, e o casamento foi assistido pelo Pe. Antônio Patuí.
Deixaram São Roque da Memória até chegarem a um lugar onde tinha o encontro de duas nascentes, lugar perfeito para se viver e ali construíram um ‘ranchi-
nho’ para morar. Em meados de 1952, chegaram o casal João e Helena Brunner, de Londrina, e com eles famílias de funcionários. Com eles, esta região conheceu o plantio de café. Assim, o povoado foi batizado pelo próprio João Brunner de “Ouro Preto”, a forma como o café era conhecido na época devido ao seu alto valor comercial.
O vilarejo cresceu e construíram um local para alfabetizar os filhos dos moradores, que nos finais de semana abrigava os fiéis para rezar o Terço e receber missas esporádicas. Por volta de 1960, houve a construção da primeira capela em madeira. Mais adiante a segunda capela, maior, porém, ainda em madeira. E
em 1984 houve a inauguração da Capela que a comunidade celebra até hoje. No início, a capela era dedicada a Santo Expedito, imagem doada por João Brunner. Porém, com a recuperação de um menino, filho de Alberto Manica, que caiu em um poço e teve ferimentos graves, a história devocional mudou. O milagre aconteceu e assim Santo Antônio passou a ser o Padroeiro da Comunidade.
As comemorações pelos 75 anos da comunidade tiveram início em 2022, com a série de homenagens a algumas pessoas dedicadas à construção da comunidade. A primeira homenageada foi dona Julia Zapello, que hoje está com 94 anos. Em 2023, foi a vez de Teresa Zapello, representada por seu irmão Sebastião Zapello; Waldir Martignoni, representado por sua irmã Claci Martignoni; e Rita Scain, além do primeiro professor Olivo Cielo. No ano passado, Jeremias Guesser, incentivador do esporte toledano, principalmente o futebol feminino; Ernesto Guesser e Orildo Scain, como lideranças, além de Ademar Menegom, o pedreiro construtor, foram os home-
nageados, sempre durante a Festa do Padroeiro, em junho.
A Oração do Jubileu, rezada nas celebrações eucarísticas, fortalece a fé e renova a esperança. Uma capelinha com a imagem do Padroeiro está em peregrinação, passando em todas as casas dos moradores de Ouro Preto que agora, após plebiscito, tornou-se o 11º Distrito com o nome de “Ouro Preto de Toledo”.
Ó Trindade Santa, nós te louvamos pelos 75 anos da Comunidade de Ouro Preto. Por tudo, nós vos damos graças! Pelo Vosso infinito amor manifestado em nossa história. Pelos nossos Pioneiros que se dedicaram generosamente a edificar nossa Comunidade. Nós vos damos graças pela fé professada, celebrada e vivida, ao longo desses 75 anos. A vós confiamos o amanhã de nossa Comunidade, com a esperança que brota da fé. Renovamos hoje, o compromisso de caminhar unidos na evangelização, com novo ardor missionário, nos diversos espaços da Sociedade de Ouro Preto. Confiantes no amor de Cristo que nos impele, nós suplicamos as vossas bênçãos, neste Jubileu, pela intercessão de Santo Antônio.
A devoção a Santa Rita de Cássia é marcada por histórias de pessoas que tiveram experiências marcantes de fé em diferentes momentos decisivos da vida. Na conclusão da celebração eucarística, presidida pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, na Igreja Santa Rita de Cássia, em Toledo, um testemunho ganhou destaque.
Foi lido o testemunho emocionante de uma mulher que contou a história do nascimento do filho, que passou por complicações com poucas horas de vida. O bebê precisou percorrer mais de 400 km, entubado em uma ambulância, em busca de um leito, acompanhado do pai. O médico alertou do grande risco, e pediu se ela tivesse fé, que rezasse.
Naquele mesmo dia, outra criança nascia, filho de um casal cheio de fé. O pai desta criança se aproximou para rezar junto aos pais desesperados pela situação e levou o nome desta criança em situação crítica de saúde em oração na Paróquia Santa Rita de Cássia (Toledo). A mãe do bebê, ainda no leito hospitalar, aos prantos entrou em oração.
Assim que teve alta, seguiu em direção a Londrina, no Norte do Estado, onde estava o filho na UTI. O caminho foi feito em lágrimas. A chegada marcou o início de uma jornada de repouso em uma cadeira de hospital, com pontos da cesárea nem bem cicatrizados. Foram sete dias até alta da UTI para o quarto. Esse relato ocorreu na missa em que se completou um ano do nascimento do bebê, em 22 de maio. A criança não tem sequelas, é forte e saudável por intercessão de Santa Rita de Cássia.
Antes, na homilia, D. João Carlos disse aos fiéis: “Onde tudo parecia terminado, Santa Rita encontrava um sinal de esperança, de recomeço. Ela nos ensina a permanecer no amor de Jesus. Quantas vezes carregamos
nossas cruzes – doenças, dificuldades na família, filhos distantes da fé, desemprego, solidão? Santa Rita entendeu que por trás do sofrimento está a graça de Deus, se o acolhermos com fé”.
Na Solenidade da Ascensão do Senhor (1º de junho em 2025), celebramos o 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais com base na Mensagem que o saudoso Papa Francisco deixou para a ocasião: “Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações” (cf. 1 Pd 3,15-16).
A Mensagem propõe uma comunicação que seja capaz de falar ao coração e suscitar atitudes de abertura e amizade; capaz de apostar na beleza e na esperança mesmo nas situações aparentemente mais desesperadas; de gerar empenho, empatia, interesse pelos outros. Publicada anualmente em 24 janeiro deste ano, Dia de São Francisco de Sales – padroeiro dos jornalistas e escritores, a Mensagem é também inspiração no serviço eclesial a todos os comunicadores que atuam na Pastoral da Comunicação.
Nossos agentes da Pascom, são conhecidos carinhosamente por pasconeiros, pessoas de diferentes idades dedicadas a comunicar o Evangelho pelos variados meios e tecnologias de comunicação. É uma
Pastoral que está a serviço de todas as pastorais e movimentos da Diocese de Toledo. Mas para isso tudo acontecer, a Pascom se estrutura em quatro eixos, sendo a Espiritualidade, Formação, Articulação e Produção. Cada eixo tem sua finalidade própria de promover a oração, partilha e estudos, sejam eles do magistério da Igreja aos demais conteúdos, inclusive técnicos da comunicação. Neste sentido é fundamental o planejamento das ações em que serão levados a efeito os textos, vídeos, transmissões e demais conteúdos de evangelização.
Os trabalhos evoluíram e Evelin destaca que, na comunidade, a prioridade, além da evangelização – que é o fundamento da Pascom – é catequizar. “A missão de todos os cristãos é catequizar. Então, nós utilizamos as redes sociais para informar, registrar e catequizar”, revela. Isso revela a importância de fazer uma estratégia de comunicação em cada paróquia, considerando conteúdo, produção, meios e períodos de divulgação da mensagem.
Neste serviço de evangelização está a pasconeira Evelin de Oliveira, da Paróquia Sagrada Família, de Toledo. “Eu me encantei por essa Pastoral, me identifiquei e, desde então, pessoalmente e enquanto equipe, nós começamos a caminhar”, conta.
Na Paróquia, os trabalhos da Pascom tiveram, digamos assim, um primeiro “ensaio” com as transmissões das missas durante o período de restrições de acesso aos locais públicos por conta da pandemia de Covid-19. Percebendo que esses “ensaios” aconteciam em mais paróquias, a Diocese de Toledo decidiu por unir todas essas pessoas para dar vida à Pastoral da Comunicação e promover uma caminhada harmônica.
Outra experiência que ela compartilha ao contar a história da Pascom paroquial, é a criação dos Grupos de Trabalho. Dentre eles, o GT Espiritualidade envolve todos os pasconeiros. “Nos reunimos todos os meses neste GT para o fortalecimento de fé. Nesse dia nos reunimos na Casa Paroquial. Nós temos a graça de nosso pároco ser bem ativo. Para todos os encontros alguém prepara um momento de espiritualidade e também de partilha, onde tomamos café juntos e conversamos. É um momento em que nos fortalecemos em fé e enquanto equipe”, salienta. E assim, os demais GTs configuram o rosto da Pascom paroquial. Pelo GT Articulação, o caminho é traçado com base nas deliberações da Assembleia Paroquial. “Já o GT Transmissão está com um trabalho bem bacana. A nossa igreja comporta 900 pessoas e as missas da Catequese têm dobrado a necessidade de lugares. O que fizemos? Foi criada a transmissão em tempo real para o Salão Paroquial, onde as pessoas podem participar da celebração de uma maneira mais plena, fazer o ofertório, comungar e ficarem mais confortáveis. Nós expandimos essa experiência para momentos pontuais, por exemplo, como Domingo de Ramos e Sexta-feira Santa. Sempre que há necessidade, o GT Transmissão entra em cena para poder colaborar para que as pessoas participem da celebração de uma maneira mais confortável”, destaca.
Falar de Pascom é falar da preocupação da Igreja para que a mensagem de Jesus Cristo seja pronunciada e chegue às pessoas da forma necessária. Muito se fala sobre a presença da Igreja nas redes sociais e as novas formas de evangelizar. Mas a partilha da Evelin nesta edição da Revista Cristo Rei deixa muito claro que é importante ter um olhar atento à realidade de cada lugar para que a mensagem do Evangelho chegue com qualidade ao destinatário.
A Mensagem do 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais está de posse dos comunicadores que atuam na região diocesana de Toledo e participaram do encontro com o bispo diocesano, D. João Carlos Seneme. Numa organização da Pastoral da Comunicação (Pascom), os profissionais que atuam em rádios, jornais e nas mídias digitais participaram da celebração eucarística na Igreja Sagrada Família, em Toledo.
A Mensagem, publicada em 24 de janeiro deste ano pelo Papa Francisco, alerta sobre a desinformação, notícias falsas e a “dispersão programada da atenção” através de sistemas digitais que, ao traçarem o perfil do usuário, de acordo com as lógicas do mercado, alteram a percepção da realidade. O texto exorta aos comunicadores, anunciar a verdade com caridade, sem polarizações. “Sede testemunhas e
promotores de uma comunicação não hostil, que difunda uma cultura do cuidado, construa pontes e atravesse os muros visíveis e invisíveis do nosso tempo”.
Outro trecho do documento pede que a comunicação seja feita com mansidão, com proximidade. “Eis o estilo dos companheiros de viagem, na pegada do maior Comunicador de todos os tempos, Jesus de Nazaré, que ao longo do caminho dialogava com os dois discípulos de Emaús, fazendo-lhes arder os corações através do modo como interpretava os acontecimentos à luz das Escrituras”.
Na celebração eucarística, o bispo diocesano D. João Carlos Seneme, entregou uma cópia
da Mensagem do Papa Francisco para esta ocasião a cada trabalhador ou trabalhadora da comunicação, e conferiu o rito de bênção a uma imagem de Nossa Senhora da Comunicação. No Salão Paroquial atendeu aos profissionais numa coletiva de Imprensa.
Conforme anunciado na edição anterior da Revista Cristo Rei, o dia 3 de agosto pretende ficar na história dos adolescentes e jovens da Diocese de Toledo. Será celebrado o Jubileu da Juventude, no contexto do Ano Santo. Para o dia 3, a comissão organizadora prepara a acolhida aos grupos de Servidores do Altar a partir das 8h da manhã. A partir dos 8 anos de idade, os adolescentes e jovens, que realizarem sua inscrição através da sua paróquia, serão recepcionados no local, de acordo com sua faixa etária.
Durante toda a manhã haverá momentos de animação, espiritualidade e oficinas temática. O assunto abordado será sobre o “Sentido da Vida: olhar o futuro com esperança”. Após o almoço haverá uma peregrinação até a Catedral, onde toda a comunidade está convidada para a celebração da
Santa Missa às 15h e, na sequência, às 16h30, acontecerá o Show com o cantor católico Diego Fernandes.
Ainda neste mês de junho serão abertas as inscrições. Portanto, fiquem atentos aos prazos de inscrição, em sua paróquia.
Diego Fernandes, que estará no Jubileu da Juventude no dia 3 de agosto em frente à Catedral Cristo Rei, é um cantor e compositor de música católica. Ele é conhecido por suas músicas inspiradoras e emocionais que falam de amor, fé e esperança. Algumas das músicas mais populares de Diego Fernandes incluem: Templo Vivo; Dança do Avivamento; Livre Acesso; O melhor pra mim; Folha em branco; Já deu certo; entre outras. Conheça mais músicas do artista digitando o nome dele no YouTube ou no Spotify. Para encontrá-lo no Instagram basta digitar @diegofernandes1.
Uma caravana da Diocese de Toledo, em espírito de comunhão e fé, participou das comemorações do Jubileu de Ouro do Encontro de Casais com Cristo (ECC), realizado no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP).
As Paróquias representadas neste evento nacional foram Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora Aparecida, ambas de Guaíra; Santa Rosa de Lima, de Nova Santa Rosa; Santo Antônio, de Formosa do Oeste; e São Roque, de Nova Aurora. De Toledo, participaram as paróquias São Pedro e São Paulo, Sagrada Família/Panorama, Catedral Cristo Rei, Menino Deus e Santa Rita de Cássia.
JUBILEU DE OURO DO ECC
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) destaca os jubileus como momentos de graça e renovação espiritual. O Ano Santo de 2025, proclamado pelo Papa Francisco com o tema “Peregrinos da Esperança”, convida os fiéis a uma profunda reflexão sobre a fé e a esperança cristãs.
COMPROMISSO DO ECC
O Jubileu de Ouro é celebrado com
cinco anos de atraso devido a circunstâncias adversas da pandemia, mas mantém seu profundo significado. Este período é uma oportunidade de renovação dos compromissos matrimoniais e da espiritualidade conjugal, reafirmando a missão evangelizadora das famílias.
O ECC reforça seu compromisso com a evangelização das famílias, promovendo a unidade e o amor cristão no seio familiar. Que este jubileu seja um tempo de bênçãos e renovação para todas as famílias participantes, fortalecendo os laços de amor e fé que sustentam a comunidade cristã.
Em todas as paróquias estão sendo realizadas as atividades alusivas ao Jubileu 2025. A visita aos enfermos é uma dessas atitudes cristãs que se intensifica neste período de convocação para os cristãos serem efetivamente peregrinos da Esperança. A vivência deste Ano Santo tem sido essencial para o testemunho da fé na Diocese de Toledo.
Em Marechal Cândido Rondon e em Toledo, os coroinhas e acólitos da Paróquia Sagrado Coração de Jesus e da Paróquia São Cristóvão, respectivamente, visitaram idosos e enfer-
mos em suas casas e levaram consigo alguns objetos que deixaram como lembrança deste gesto cristão: um terço, um cartão com uma mensagem de fé. Os coroinhas rondonenses confeccionaram cuidadosamente esses objetos durante uma oficina, como expressão de carinho e oração por aqueles que foram visitados. Em maio, eles estiveram em pelo menos 30 casas e, em uma delas, participou o diácono Luciano Bendlin, de Curitiba, testemunhando esse momento de fraternidade e oração. Confira as atividades realizadas em outras paróquias.
Paróquia Nossa Senhora da Glória - Quatro Pontes
Paróquia Sagrado
Coração de Jesus
Marechal Cândido
Rondon
e
O envio para a atividade missionária é acompanhado da bênção na Igreja
As pregações deste Ano Santo estão acontecendo nas comunidades de fé. Em cada uma delas, os pregadores ensinam sobre o tema “Peregrinos da Esperança”, a partir da inspiração bíblica da Carta de Paulo aos Romanos: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5). Além dos ensinamentos deste que é o tema do Ano Santo, eles orientam os fiéis quanto ao programa das peregrinações, que passa pelas inscrições, aquisição voluntária do kit peregrino, uso do Manual do Peregrino, a participação na Novena da Esperança nas modalidades pessoal, familiar e comunitária, bem como os detalhes sobre o dia da peregrinação em cada paróquia, e como obter a indulgência jubilar.
Os pegadores são candidatos ao diaconato permanente, ministros da Catequese, seminaristas e lideranças das comunidades. Em linguagem própria para adultos e outra exclusiva para crianças, eles abordam os conceitos do Ano da Graça do Senhor que chegou para todo o mundo católico: um tempo de misericórdia aos mais fracos, esquecidos, desamparados, doentes e humildes, em que Jesus se apresenta como razão da esperança.
Em cada encontro, os participantes se envolvem em uma atividade na qual refletem profundamente sobre
as situações de desesperança com que se encontram na vida pessoal, familiar ou comunitária, assim como os sinais de esperança para essas situações ou pessoas.
Em forma de um barco de papel, os participantes penduram o material produzido em uma cruz e pensam como se sentiram em ancorar o seu barco à cruz de Jesus e como cada um pode ser sinal de esperança para os outros na comunidade. Por fim, os pregadores jubilares apresentam as orientações para as peregrinações.
Neste mês de junho, conforme cronograma, acontecem as peregrinações da Paróquia São Roque, Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Toledo), Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Maripá), Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo), Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes (Guaíra) e Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Guaíra). Também estão programadas as iniciativas do 6º Sinal da Esperança (acolhimento e defesa dos migrantes) e os cultos ecumênicos pela paz (1º Sinal da Esperança).
Seu evento é único, nosso Show também.
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Solenidade de Pentecostes | 8 de junho de 2025
Leituras: At 2,1-11c; Sl 103(104),1ab.24ac.29bc-30.31.34; 1Cor 12,3b-7.12-13; Jo 20,19-23
Caríssimos irmãos e irmãs, hoje celebramos a Solenidade de Pentecostes, o dia em que o Espírito Santo se derramou sobre os discípulos e deu início à missão da Igreja. É o cumprimento da promessa de Jesus: “Não vos deixarei órfãos” (Jo 14,18). O Espírito veio como fogo, como vento, como sopro de vida nova.
Mas não se trata apenas de um fato do passado. Pentecostes acontece hoje, aqui, agora – quando o nosso coração se abre para ser morada de Deus, e quando a comunidade se reúne em oração e escuta. Por isso, somos convidados, hoje, a abrir o coração para o Espírito Santo e deixar que Ele nos renove, nos una, nos envolva em seu amor e nos envie.
A primeira leitura nos apresenta uma cena decisiva para a vida da Igreja: os discípulos estavam reunidos no mesmo lugar, em oração, perseverantes, mesmo diante do medo e da incerteza. O que os sustentava não era força própria, mas a promessa de Jesus: “Ficai na cidade até que sejais revestidos do poder do alto” (Lc 24,49). Eles não sabiam como isso aconteceria, mas permaneceram juntos, em comunhão e em escuta.
E então, o céu se abriu: o Espírito Santo desceu como vento impetuoso e línguas de fogo, soprando sobre a Igreja nascente, gerando vida nova, coragem e missão. O medo se transformou em ousadia, o silêncio virou anúncio, e os corações se abriram ao mundo. O mais belo é que todos, de diferentes línguas e culturas, compreendiam a mensagem – porque o Espírito nos ensina a falar a linguagem do outro, a sair de nós mesmos e sermos pontes de comunhão.
distribui dons a cada um, não para o orgulho pessoal, mas para o bem de todos. Cada um aqui tem uma missão. E ninguém é tão pequeno que não tenha algo a oferecer.
O Espírito nos dá sabedoria, escuta, fé, paciência, coragem, serviço. Somos diferentes, mas pertencemos ao mesmo corpo: o Corpo de Cristo. Por isso, não devemos competir ou nos comparar, mas servir com aquilo que temos.
Você reconhece o dom que Deus te deu? Está colocando esse dom a serviço da Igreja, da comunidade, da sua família? O Espírito Santo nos impulsiona a viver em comunhão, cada um contribuindo com o que é e o que tem.
No Evangelho, Jesus ressuscitado aparece aos discípulos e sopra sobre eles o Espírito Santo. Esse sopro nos fala de vida nova, reconciliação, paz e missão. E Jesus os envia: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio”.
O Espírito Santo não nos foi dado para ficarmos parados. Ele nos envia ao mundo como testemunhas vivas. Nos envia para perdoar, acolher, escutar, transformar. Nos envia para ser presença de Cristo na vida dos outros.
- Temos deixado o Espírito agir? Ou temos trancado o coração com o medo e o cansaço?
- Reconhecemos o dom que Deus nos deu?
- Temos colocado os dons que Deus nos deu a serviço da Igreja, da comunidade e da nossa família?
Pentecostes nos ensina que a experiência do Espírito acontece onde há oração, unidade e disponibilidade. Não se trata de esperar passivamente, mas de cultivar um coração atento e sedento de Deus. O Espírito age onde há abertura, onde há fé, onde há espaço. Quantas vezes nos fechamos, por medo, por mágoa, por orgulho. Vivemos trancados em nós mesmos, esperando que algo mude por fora. Mas o Pentecostes começa por dentro. É dentro de nós que Deus quer soprar seu Espírito.
Deixar-se conduzir pelo Espírito é romper com o comodismo, com a paralisia espiritual, com o “sempre foi assim”. É deixar-se incendiar por esse fogo divino que purifica, aquece e ilumina. É viver uma fé que não se contenta em apenas “ir à missa”, mas que transborda em missão, anúncio e transformação.
DONS DIFERENTES, UM SÓ ESPÍRITO
Na segunda leitura, São Paulo nos lembra que o Espírito
Talvez você esteja cansado, machucado, trancado por dentro. Mas hoje Jesus entra de novo na sala do nosso medo e diz: “A paz esteja convosco. Recebei o Espírito Santo.”
Irmãos e irmãs, o Espírito quer renovar nossa vida de oração, quer nos ensinar a escutar mais, a servir mais, a perdoar mais. Deixe-se conduzir. Confie. Reze. Silencie. Ouça. O Espírito fala com quem está disposto a escutar. Que este Pentecostes não passe em branco. Que o Espírito renove nossa fé, reacenda nossa missão e nos faça caminhar com coragem no seguimento de Jesus. Na simplicidade do seu coração eu te convido a rezar: Vinde, Espírito Santo! Renovai a face da terra, começando por mim. Amém.
Leitura Diária
Dia 9 (Maria, Mãe da Igreja): Gn 3,9-15.20 ou At 1,12-14; Sl 86(87); Jo 19,25-34
Dia 10: 2Cor 1,18-22; Sl 118(119); Mt 5,13-16
Dia 11: At 11,21b-26.13,1-3; Sl 97(98); Mt 10,7-13
Dia 12: 2Cor 3,15-4,1.3-6; Sl 84(85); Mt 5,20-26
Dia 13 (Santo Antônio de Pádua): 2Cor 4,7-15; Sl 115(116B); Mt 5,27-32
Dia 14: 2Cor 5,14-21; Sl 102(103); Mt 5,33-37
Solenidade da Santíssima Trindade | 15 de junho de 2025
Leituras: Pr 8,22-31; Sl 8,4-5.6-7.8-9; Rm 5,1-5; Jo 16,12-15
Na Solenidade da Santíssima Trindade, a liturgia nos convida a mergulhar no mistério trinitário: único Deus em três pessoas. São pessoas distintas que existem em uma íntima relação e realizam a obra comum conforme sua propriedade pessoal. Deus é pedagógico e vai se revelando aos poucos, por amor e graça, como veremos ao longo das revelações nas leituras deste domingo.
Neste mistério de amor, somos envolvidos em cada liturgia, do seu início ao seu término e, da mesma forma, ao longo de nossa vida como filhos adotivos de Deus. Pelo Batismo, somos mergulhados na Trindade por meio da fórmula batismal e, ao morrermos, partimos deste mundo em nome do Pai, que nos criou; do Filho, que nos redimiu; e do Espírito Santo, que nos santificou. As leituras e o Evangelho nos revelam os três âmbitos da ação das pessoas da Trindade na história da Salvação.
A primeira leitura do livro dos Provérbios nos conduz à contemplação do rosto do Pai, fonte e origem da criação. Nele, descobrimos a beleza do universo criado e seu infinito amor por cada um de nós. A Sabedoria, junto de Deus, é o Verbo revelado por João, que se encarna para estar mais próximo do ser humano e revelar toda a verdade. Neste caminho de fé, existimos como dom de Deus, chamados a viver sempre em relação, jamais isolados. Seu amor infinito, ao transbordar, cria todas as coisas pela Palavra, para que existam num jardim belo e harmonioso, ordenado para o amor e para o bem.
filhos de Deus. Precisamos estar abertos ao futuro e perceber que o fim não é a morte, mas a vida – vida que triunfa e revela que todo aquele que tem a esperança está em paz na sua relação com Deus. Por isso, já redimidos por Cristo, devemos buscar diariamente a santidade, com o coração aberto as obras do Espírito Santo.
Diante do amor, todas as palavras e conhecimento cessam. O Espírito Santo é o mestre interior, que age para santificar a humanidade. A Sabedoria criadora do Pai é plenamente revelada após o evento da Cruz – ápice do amor de Deus pela humanidade. Da Cruz, recebemos o Espírito da verdade, como luz que nos guia pelos caminhos, nos faz compreender as verdades e vivê-las em profundidade. Corações fechados e endurecidos impedem o fluir da vida e tornam-se inoperantes no mundo, causando violência, discórdia e divisão.
O chamado a vivermos envolvidos pela Trindade é um convite a manter os corações abertos, para que sejam inundados pelo Amor através da ação do Espírito Santo. Aqui nasce o verdadeiro testemunho: uma vida aberta ao dom, disposta a transbordar de amor aos irmãos, especialmente aos que mais sofrem.
- Estamos vivendo nossa fé inspirados e envolvidos pela Santíssima Trindade?
Através da beleza da criação reconhecemos a sabedoria do Pai e percebemos a grandeza incomensurável de sua obra criadora. Conhecemos, por meio de nossa experiência com toda a criação, as verdades do mundo e das coisas. Por isso, só podemos conhecer o Pai por meio de seu Filho, Jesus Cristo, que veio ao mundo para revelar a sabedoria do Pai – que é o amor infinito, a graça e a comunhão.
- Temos buscado contemplar a beleza da criação, acolher a salvação que brota da Cruz e propagar o Amor de Deus?
- Qual tem sido nosso testemunho desse grandioso mistério de Amor, em nossas comunidades e na sociedade?
Com o nosso pecado, desfiguramos a beleza da criação e rompemos a comunhão com Deus. Para restaurar essa comunhão e a ordem original, Jesus entrega sua vida na Cruz. Um ato de amor infinito, que transborda sobre toda a humanidade. Pela cruz, somos redimidos e salvos. E, dela, o Espírito se derrama sobre os corações, a fim de reconduzi-los ao amor e a concórdia. Diante das tantas tribulações que enfrentamos em nossos dias, estar unidos a Cristo e ao Pai, pelo Espírito Santo, nos reconforta e nos concede a esperança de uma vida vivida no amor.
A Carta de São Paulo aos Romanos nos convida a confiar na ação salvífica de Cristo. Assim como Ele passou por sofrimentos, também nós passaremos; porém, a fé nos dá a certeza de uma vida feliz junto de Deus. Em Jesus, encontramos as forças necessárias para superar as divisões e viver na unidade dos
Toda a Liturgia nos convida a examinar nossas atitudes e ações, e a refletir se estamos sendo, neste mundo, sinal de Cristo, capaz de atrair os irmãos a uma experiência de amor e de unidade. Num mundo marcado por polarizações e divisões, a Igreja permanece como ponto de unidade, pois reavivada pelo Espírito Santo, continua a testemunhar, em nosso tempo, o amor e a salvação em favor dos irmãos. Sejamos, em nossas comunidades, testemunhas do Amor trinitário, acolhendo e transbordando de amor aos nossos irmãos. Somente assim poderemos cuidar e favorecer a contemplação da beleza da criação de Deus. Caminhemos envolvidos pela Trindade, revelando, por meio de nossas atitudes, o Pai criador, o Filho redentor e o Espírito Santo santificador. Não fujamos da Cruz, mas sejamos acolhedores das fragilidades do nosso tempo, para transformá-las pelo Amor.
Dia 16: 2Cor 6,1-10; Sl 97(98); Mt 5,38-42
Dia 17: 2Cor 8,1-9; Sl 145(146); Mt 5,43-48
Dia 18: 2Cor 9,6-11; Sl 111(112); Mt 6,1-6.16-18
Dia 19 (Corpus Christi): Gn 14,18-20; Sl 109(110); 1Cor 11,23-26; Lc 9,11b-17
Dia 20: 2Cor 11,18.21b-30; Sl 33(34); Mt 6,19-23
Dia 21 (São Luís Gonzaga): 2Cor 12,1-10; Sl 33(34); Mt 6,24-34
“Quem
Leituras: Zc 12,10-11.13,1; Sl 62(63),2abcd.2e-4.5-6.8-9; Gl 3,26-29; Lc 9,18-24
Após termos celebrado a Solenidade de Corpus Christi, manifestando a nossa fé na presença real de Cristo na Eucaristia, temos hoje a Liturgia do 12º Domingo do Tempo Comum, que nos leva a refletir sobre o fundamento da nossa fé cristã, respondendo à pergunta: Quem é Jesus para mim? Resposta que não cabe em ‘chavões’ desprovidos de uma intimidade pessoal com Cristo. É fato que ninguém é capaz de viver a espiritualidade cristã de maneira isolada. No entanto, a experiência comunitária é composta a partir da experiência de fé individual, que enriquece e fortalece o povo de Deus, a caminho, como “Peregrinos de Esperança”.
O Profeta Zacarias, ao falar do grande pranto que haverá em Jerusalém, quando o povo tomar consciência do erro cometido (cf. Zc 12,11), manifesta que é Deus quem derrama o espírito de graça e de oração, que conduz o ser humano ao arrependimento e à mudança de vida.
Como é belo o Sacramento da Reconciliação que regenera e fortalece o penitente arrependido. Cabe aqui o cuidado pessoal de cada cristão para não se acostumar ao pecado, de modo que a busca do Sacramento da Confissão não seja uma mera busca de aliviar o ‘peso da consciência’, tornando-se apenas um cumprimento de um preceito. O espírito de graça e de oração que Deus envia sobre cada um de nós é a oportunidade que temos de nos unirmos a Cristo, fazendo parte da nova criação.
o homem velho, mas sim, nos tornamos novas criaturas. Essa ação criadora em Jesus Cristo, se sacramentaliza com o Batismo que nos insere na vida da comunidade cristã onde, em comunhão com a santa Mãe Igreja, temos a graça de receber os demais sacramentos, a partir da fiel observância do dia do Senhor, com a participação na Missa Dominical, comungando o Corpo de Cristo, seguindo o mandamento da Igreja de nos confessarmos pelo menos uma vez por ano, exercitando a prática do jejum e manifestando nossa gratidão a Deus, com o Dízimo.
- Quem é Jesus para as pessoas com as quais convivemos?
- Qual nossa resposta para essa pergunta que Jesus fez aos discípulos?
- O quanto temos participado da vida de fé, em nossas comunidades?
Conforme a Sagrada Escritura, Deus é a origem de todas as coisas existentes, criando do ‘caos’ o ‘cosmos’. Ao dar a vida ao ser humano, o abençoou para que se multiplicasse e dominasse sobre a criação. Porém, o ser humano, ao distanciar seu coração de Deus, percorre um caminho inverso, gerando o ‘caos’ no ‘cosmos’. Eis o tema da ecologia integral que faz parte da reflexão cristã, trazendo à nossa consciência o compromisso para com toda a criação na nossa relação com Deus, com nós mesmos e com os demais seres criados.
Deus que nos criou por amor, nos concedeu o dom da vida, exatamente neste momento da história da humanidade. Louvamos, agradecemos e bendizemos a Deus por todos os que nos antecederam, e pedimos pelas gerações futuras.
Cada pessoa, na sua particularidade, faz parte do todo que é a comunidade. Em Cristo, formamos um único corpo, onde cada um é importante. Comparações, julgamentos, desigualdades e injustiças não correspondem a obra do Criador.
Assim como Deus criou o ser humano, tendo como primeiro homem Adão, em Cristo realiza-se uma nova Criação. Não mais
A Palavra de Deus deve ser anunciada com clareza a todas as pessoas. Tão importante quanto a boa preparação de quem anuncia a Palavra, é também a importância da preparação de quem recebe a Palavra. São múltiplas as experiências de fé e cultivo da religiosidade dentro da comunidade. Uns já deram passos significativos vivenciando o mandamento do amor que Cristo nos deixou, outros ainda tendem a viver segundo o comportamento dos pagãos. Deus nos fala a todo momento, e por meio dos acontecimentos. É fato que, para ter uma espiritualidade viva, que oriente as ações cotidianas, é necessária uma autêntica experiência pessoal com Cristo. Não podemos nos satisfazer com a experiência de fé que recebemos na infância. Devemos crescer e amadurecer, permitindo a ação do Espírito Santo em nós. Quem se abstém de cultivar sua espiritualidade, pela vivência da fé cristã, facilmente se revolta contra Deus, ou abandona a Igreja, atribuindo a outros o seu fracasso. Muito mais que nossos antepassados, temos ao nosso alcance a Palavra de Deus, o que não quer dizer que hoje seja mais fácil viver essa Palavra. Somente amando verdadeiramente a Jesus, podemos reconhecê-lo como o “Cristo de Deus”. Com a intercessão da Sagrada Família, Deus nos conceda o espírito de graça e de oração, para ‘perder’ a nossa vida por Cristo.
Leitura Diária
Dia 23: Gn 12,1-9; Sl 32(33); Mt 7,1-5
Dia 24 (Natividade de São João Batista): Is 49,1-6; Sl 138(139); At 13,22-26; Lc 1,57-66.80;
Dia 25: Gn 15,1-12.17-18; Sl 104(105); Mt 7,15-20;
Dia 26: Gn 16,1-12.15-16 ou mais breve 16,6b-12.15-16; Sl 105(106); Mt 7,21-29;
Dia 27 (Sagrado Coração de Jesus): Ez 34,11-16; Sl 22(23); Rm 5,5b-11; Lc 15,3-7
Dia 28 (Imaculado Coração de Maria): Is 61,9-11; 1Sm 2; Lc 2,41-51
Solenidade de São Pedro e São Paulo – Dia do Papa | 29 de junho de 2025
Leituras: At 12,1-11; Sl 33(34),2-3.4-5.6-7.8-9; 2Tm 4,6-8.17-18; Mt 16,13-19
A Liturgia deste domingo nos aproxima das primeiras comunidades cristãs, dos apóstolos e da identidade da própria Igreja. Pedro e Paulo são certamente grandes exemplos de fé, “colunas” da Igreja e estímulo para nosso testemunho cristão diante de tantas situações adversas. Eles foram gigantes da fé no seu tempo, porque realizaram com todas as suas forças a missão deixada por Cristo.
OS
Os apóstolos e os primeiros cristãos, membros das comunidades nascentes, precisavam ter muita coragem, e clareza da própria fé, para se manter fiéis a Jesus. A passagem do livro dos Atos dos Apóstolos vem contextualizada pela política imperialista romana e por seu representante o rei Herodes. Os membros da Igreja eram presos, torturados e alguns até mortos, como é o caso de Tiago, filho de Zebedeu, irmão de João.
A espiritualidade martirial, que sustenta a perseverança daqueles que são perseguidos e testemunham sua fé com amor a ponto de entregar a própria vida, está alicerçada na configuração a Cristo e à sua Paixão. Pedro foi preso e a Igreja orava continuamente a Deus por ele. Embora bem vigiado pelos guardas, o anjo do Senhor acordou-o e disse: “Levanta-te de pressa!” As correntes caíram-lhe das mãos e ele saiu andando. Comparando a vida dos primeiros cristãos e o início da Igreja com a caminhada cristã dos dias de hoje, devemos nos encorajar para uma vida sempre mais autêntica. Não desanimar diante das adversidades. Ao contrário, elas devem nos fortalecer e servir de oportunidade para nosso crescimento. Também nós somos peregrinos de esperança! A experiência deste Ano Jubilar em nossas famílias e comunidades, propicie maior escuta da Palavra, experiência de reconciliação e esperança de paz e vida em abundância para todos.
“COMBATI O BOM COMBATE”
Olhando para o futuro, ele tem esperança de receber a coroa da justiça. Também aqui ele faz uso de linguagem própria das lutas e disputas esportivas daquele tempo. Assim como o atleta vitorioso recebia a coroa da vitória, Paulo receberá a coroa da justiça, que é símbolo da imortalidade, da vitória, da alegria. Deus, justo juiz, recompensará a ele e a todos os que esperam e lutam com amor para que o projeto de Deus seja conhecido e aceito no mundo.
“TU ÉS PEDRO”
Há poucas semanas assistimos encantados e esperançosos a “chegada” do Papa Leão XIV. Em cada tempo presenciamos novos sucessores de Pedro, novos apóstolos, novas exigências da evangelização. É preciso manter-se fiel àquele que nos chama e envia, Jesus Cristo, o Messias, o Filho do Deus vivo. A Igreja é de Cristo e a missão que nos deixa é por ele confiada. Missão essa de continuar a sua obra de ligar a terra ao céu, de edificar a sua Igreja através dos sinais concretos do Reino entre nós.
- O que mais chama nossa atenção em São Pedro e São Paulo?
- Reflitamos sobre como, ainda hoje, existem tantas prisões e lutas a serem combatidas. Onde podemos combater um bom combate?
- Neste Dia do Papa, rezemos por ele e nas suas intenções.
À Igreja e a Pedro é confiado o poder das chaves, isto é, de interpretar as palavras de Jesus, de adaptar os ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece. Jesus quer que a comunidade dos seus seguidores reconheça e professe claramente sua fé. Daí vem o comprometimento com uma causa que vale a pena. É assim que nasce a Igreja, comunidade consciente e missionária, porque sabe onde está seu fundamento e reconhece os motivos de sua esperança.
Paulo, assim como Pedro, esteve na prisão. O texto da segunda leitura pertence ao chamado “testamento de Paulo” quando ele escreve ao seu amigo Timóteo. Estando preso, ele aproveita para fazer uma revisão de sua vida, olhando para o passado e para o futuro. Para ele, tudo é graça de Deus e agora chegou a hora de apresentar seu legado. O apóstolo tem a “certeza do dever cumprido”, isto é, de ter sido fiel, até o fim, guardando a fé e testemunhando-a como num combate. Olhando para o passado, Paulo toma como exemplos o soldado que lutou com risco e seriedade: “Combati o bom combate”, e o atleta que corre no estádio: “Terminei a minha corrida”. Mas o fundamental para ele é ter corrido em vista da evangelização, e conservado a fé.
Aprendamos com os apóstolos São Pedro e São Paulo, pois eles nos ajudam entender nossas fraquezas e nossa força como cristãos. Pedro achava que Jesus não devia sofrer e morrer. Na hora difícil, nega-o. Paulo perseguia duramente os cristãos. Ambos exerceram sua missão apostólica e missionária com coragem e criatividade. São exemplos de convertidos, de “cristãos bem-sucedidos”. Que eles nos inspirem em nossas ações e intercedam por nossas comunidades e projetos pastorais.
Dia 30: Gn 18,16-33; Sl 102(103); Mt 8,18-22
Dia 1º/07: Gn 19,15-29; Sl 25(26); Mt 8,23-27
Dia 2/07: Gn 21,5.8-20; Sl 33(34); Mt 8,28-34
Dia 3/07 (São Tomé): Ef 2,19-22; Sl 116(117); Jo 20,24-29
Dia 4/07: Gn 23,1-4.19;24,1-8.62-67; Sl 105(106); Mt 9,9-13
Dia 5/07: Gn 27,1-5.15-29; Sl 134(135); Mt 9,14-17
As crianças, ao serem inseridas na comunidade cristã, precisam encontrar um espaço favorável para o seu despertar da fé. Momentos de convivência são muito importantes, pois permitem que elas sejam envolvidas num ambiente de acolhida e de trocas.
Os festejos juninos se apresentam como espaços para a expressão da fé de forma lúdica, favorecendo a partilha e a celebração comunitária. Propomos uma abordagem sobre a história das festas e dos Santos juninos, além uma reflexão sobre essas festas na Catequese.
Os festejos juninos são uma mescla de costumes populares e da forte influência religiosa, marcadas por símbolos, danças, pratos típicos e brincadeiras. A origem das festas juninas remete às festas populares europeias, trazidas pelos portugueses, quando da colonização do Brasil. Os povos indígenas do Brasil, antes da chegada dos portugueses, também tinham rituais durante o mês de junho, ligado à agricultura, costumes que se fundiram ao religioso dos jesuítas.
Os portugueses, por serem de tradição católica, trouxeram às comemorações Santo Antônio (dia 13/06), São João (dia 24/06) e São Pedro e São Paulo (dia 29/06). Quando a Igreja nos apresenta esses Santos, com vida exemplar no seguimento a Jesus Cristo e de vivência da fé, lembra que esse é o caminho para todos os batizados. Nesse sentido, os festejos juninos devem ser para nós, e em especial para a Catequese, momentos para relembrar esses cristãos que, pecadores como nós, superaram dificuldades e limites humanos para melhor servirem a Deus.
Santo Antônio, franciscano, nascido em Lisboa (Portugal), em 1195 e falecido em 1231, em Pádua, na Itália, é lembrado pela clareza de ensinamento e profundidade de seus sermões. Foi declarado “Doutor da Igreja” e teve a vida marcada pela dedicação às pessoas, especialmente os necessitados e doentes. É lembrado pela Igreja no dia 13 de junho. São João Batista, o último dos profetas, foi escolhido para preparar os caminhos do Senhor. Pregava o Batismo de conversão. Filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, foi precursor de Jesus Cristo, anunciando a todos que o Salvador estava chegando. Viveu como nômade, batizando inclusive a Jesus no rio Jordão.
São Pedro, o primeiro Papa da Igreja, era natural de Betsaida, da Galileia, exerceu o ofício de pescador. Ouviu o chamado de Jesus e o seguiu. Recebeu
“Diante de tamanha riqueza de testemunhos, torna-se necessário que as festas juninas na Catequese sejam pensadas para preservar esta espiritualidade, bem como, evangelizar e promover acolhida e convivência. Deve-se ter critério na escolha, tanto das músicas, como das brincadeiras.
de Jesus o nome Pedro, recebendo as chaves da Igreja – “Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18). Foi preso e em 67 d.C., levado ao tribunal e condenado. Escolheu ser crucificado de cabeça para baixo por não se considerar digno de morrer como Cristo. São Paulo, chamado Saulo, era judeu, nasceu entre 6 e 9 d.C., em Tarso. Recebeu educação nas tradições religiosas e era perseguidor dos seguidores de Jesus. A caminho de Damasco, foi cercado por uma forte luz e questionado: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9,4). Daí em diante viveu pregando que Jesus é o Filho de Deus! Mesmo preso escreveu cartas para povos e povoados. Foi decapitado pelo ano 64 dC.
Diante de tamanha riqueza de testemunhos, torna-se necessário que as festas juninas na Catequese sejam pensadas para preservar esta espiritualidade, bem como, evangelizar e promover acolhida e convivência. Deve-se ter critério na escolha, tanto das músicas, como das brincadeiras. Atividades podem ser adaptadas: pescaria e correio elegante da oração, gincanas, jogos, teatros sobre a vida dos santos e roteiros próprios para quadrilha e terços. Façamos desse período alegre um terreno fecundo para a evangelização.
Greicy Jhenifer Tiz e Vera Lúcia Lazzari Trentini
Integrantes da Coordenação Diocesana da Animação Bíblico-catequética
A coluna deste mês da Educação Financeira para a Vida (EFV) tem como objetivo informar você, leitor, de que, quando se trata de investimentos que realmente são seguros e estão ao nosso alcance, devemos sempre nos lembrar de algumas frases que podem até parecer clichês, mas não são: “Não confie em promessas de rendimentos milagrosos” e “Não, não há investimento algum que fará seu capital dobrar de valor em poucos meses”.
Segundo dados da nossa Bolsa de Valores (B3), em dezembro de 2024 foram registrados 5,3 milhões de investidores em renda variável e 90,6 milhões de investidores com saldo em renda fixa — números que representam um aumento de 96% em comparação com os dados de 2020. Tal informação demonstra que muitos brasileiros passaram a compreender que é extremamente necessário pensar nas nossas finanças pessoais com a inclusão de investimentos financeiros como forma de gerar renda extra, segurança ou rentabilidade futura.
Porém, longe dessas estatísticas ligadas à B3, infelizmente encontramos uma parcela significativa de brasileiros que ainda insistem em acreditar e investir em golpes financeiros camuflados de “investimentos” — no caso, falsos investimentos.
Por falsos investimentos, entende-se os esquemas fraudulentos que enganam diversas pessoas ao prometer retornos financeiros irreais ou garantidos. Eles podem surgir de várias formas, geralmente associados a promessas de lucros altos e certos, falta de transparência, ausência de informações claras e pressão para tomar decisões rápidas.
PIRÂMIDES E O “TRIGRINHO”
Trazendo essa definição para o nosso dia a dia, com certeza, você, leitor, conhece ao menos uma pessoa (ou até mais) que já falou sobre pirâmide financeira,
“Investir significa aplicar dinheiro de forma planejada, com análise de riscos e buscando retorno financeiro ao longo do tempo, como ocorre com ações, títulos públicos ou fundos. Já as apostas esportivas e os jogos de azar envolvem especulação e sorte”.
apostas esportivas (bets) ou o famoso “jogo do tigrinho” perto de você.
Se alguém apresentar a você um esquema em que os participantes são recrutados para investir dinheiro com a promessa de retornos financeiros exponenciais, sendo que os lucros vêm principalmente da entrada de novos investidores, não se engane: trata-se de um esquema de pirâmide financeira. Esse tipo de negócio torna-se insustentável com o tempo, pois os retornos passam a ser cada vez menores até cessarem completamente. Sinais de alerta quanto a esse tipo de proposta incluem: promessas de lucros excessivamente altos, estrutura hierárquica complexa e foco exagerado na entrada de novos participantes (você precisa convidar, você convence outras pessoas).
Mais recentemente, tem crescido o número de pessoas atraídas por promessas de dinheiro fácil por meio de plataformas de apostas on-line, também conhecidas como bets
Muitos desses sites e perfis em re-
des sociais se apresentam como “oportunidades de investimento”, prometendo lucros rápidos, altos e garantidos, mas, na prática, escondem grandes riscos e, muitas vezes, armadilhas, como o vício.
A grande diferença entre um investimento real e as bets está na natureza da atividade. Investir significa aplicar dinheiro de forma planejada, com análise de riscos e buscando retorno financeiro ao longo do tempo, como ocorre com ações, títulos públicos ou fundos. Já as apostas esportivas e os jogos de azar envolvem especulação e sorte — sem planejamento ou estratégia financeira.
Além disso, o mundo das bets atrai muitos jovens com uma linguagem sedutora, promessas irreais (“viva de apostas!”, “fature R$ 10 mil por mês sem sair de casa”) e ostentação nas redes sociais. Essa propaganda cria a ilusão de que apostar é uma forma legítima de ganhar dinheiro, quando, na verdade, a maior parte dos apostadores perde dinheiro, e em situações extremas, encontramos brasileiros já viciados ao ponto de perder salário, valores poupados uma vida toda, tudo por acreditar nessa ilusão.
Na hora de pensar em investir, educação financeira de qualidade sempre será a melhor forma de consulta.
A combinação entre falta de educação financeira, ganância e propaganda enganosa cria o cenário ideal para o crescimento dos falsos investimentos. Por isso, é fundamental desconfiar de tudo o que promete dinheiro fácil, sem esforço e com retorno rápido, pois ao se deixar levar por falsas promessas, ao contrário do que se espera, a perca de dinheiro se torna uma certeza.
Jéssica Karine de Oliveira Gomes
Professora universitária, mestre em Ciências Contábeis e integrante da Equipe EFV
Com o “Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor” teve início o Tempo Pascal, que se encerra com o Domingo de Pentecostes. Por 50 dias a Liturgia foi nos conduzindo pelas sucessivas aparições de Jesus. Nestes dias, mediante o sopro do Senhor, todos os Apóstolos receberam o Espírito Santo; Tomé reconheceu o Senhor e fomos incluídos entre os que acreditam mesmo sem ver; Pedro teve a oportunidade de rever sua negação, demonstrar seu amor e, por isso, o Senhor lhe confiou o seu rebanho; o Senhor revelou-se como o Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas e deu-nos um novo mandamento de nos amar não como a nós mesmos, mas como Ele nos amou a ponto de dar a vida; prometeu enviar o Espírito Santo e deu-nos a paz que só Ele poderia nos dar e, subindo ao céu, confirmou que enviaria o Espírito conforme o Pai havia prometido.
Durante esse tempo passado entre a Ressurreição e a Ascensão do Senhor, a providência de Deus esforçou-se por ensinar e insinuar não apenas aos olhos, mas também aos corações dos seus, que a ressurreição do Senhor Jesus Cristo era tão real como o seu nascimento, paixão e morte.
O Senhor, neste Tempo Pascal, foi provando e comprovando a sua ressurreição, para que os Apóstolos e discípulos não tivessem dúvida disso. Os Santos Apóstolos e todos os discípulos ficaram muito perturbados com a tragédia da cruz e hesitavam em acreditar na ressurreição. De tal modo, eles foram fortalecidos pela evidência da verdade que, quando o Senhor subiu aos céus, não experimentaram tristeza alguma, mas, pelo contrário, encheram-se de grande alegria.
Como naquele tempo, este tempo
pascal é hoje, marcado pela alegria profunda dos nossos corações, fé na ressurreição do Salvador e fidelidade renovada ao nosso Batismo.
Cristo prometeu, por várias vezes, a efusão do Espírito Santo, promessa que realizou primeiro no dia da Páscoa e, em seguida, de maneira mais marcante, no dia de Pentecostes. Repletos do Espírito Santo, os Apóstolos começaram a proclamar as maravilhas de Deus (At 2,11).
Os que creram na pregação apostólica, e se fizeram batizar, também receberam o dom do Espírito Santo.
No dia de Pentecostes, o Espírito da promessa foi derramado sobre os dis-
cípulos, “reunidos no mesmo lugar” (At 2,1), o esperando, “todos eles perseveravam na oração em comum” (At 1,14). Na primeira comunidade de Jerusalém, os fiéis se mostravam “perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42). A oração da Igreja, fundada na fé apostólica e autenticada pela caridade, é alimentada pela Eucaristia.
O Espírito Santo que conduz a Igreja a Verdade plena, suscita formulações novas que exprimirão o insondável mistério de Cristo, atuando na vida, nos Sacramentos e na missão de sua Igreja. “Ninguém será capaz de dizer: “Jesus é o Senhor”, a não ser sob influência do Espírito Santo (1Cor 12,3). Cada vez que começamos a orar a Jesus, é o Espírito Santo que, com sua graça proveniente, nos atrai ao caminho da oração.
É o mesmo Espírito que atua em todos e com todos. Na comunhão do Espírito Santo, a oração cristã se torna oração da Igreja. O Espírito que ensina a Igreja, e lhe recorda tudo o que Jesus disse, vai também formá-la para a vida de oração.
A celebração da Ascensão do Senhor faz memória da ida definitiva de Jesus para junto do Pai. Tal celebração, em um tom de despedida, não significa abandono dos discípulos, mas confiança de que, a partir de então, eles serão suas testemunhas até os confins da terra, guiados pelo Espírito Santo.
Celebrar a partida de Jesus para o Pai é senti-lo eternamente presente em nossa vida e na comunidade cristã. Ele não se afastou. Fez sua morada em
nosso meio, pois é o Deus-conosco. Cabe agora às comunidades mostrá-lo presente mediante o testemunho. Cabe agora à comunidade ir ao encontro dele na Galileia: repetindo suas palavras e ações em favor dos excluídos, exercendo a mesma autoridade de Jesus, que quer salvar a todos. Ele está sempre presente no meio de nós, em nossas comunidades, pois a glória de Deus é estar conosco e nós o glorificamos quando o reconhecemos e manifestamos como razão da nossa esperança.
Enquanto aguardamos o retorno glorioso do Senhor, como comunidade de seus discípulos missionários, manifestamos que a Ascensão do Senhor já é nossa vitória. “Fazei-nos exultar de alegria e fervorosa ação de graças, pois, membros do seu corpo, somos chamados na esperança, a participar da sua glória” (cf. Oração do Dia).
Em todos os batizados, desde o primeiro ao último, atua a força santificadora do Espírito que impele a evangelizar. O povo de Deus é santo em virtude desta unção. O Espírito o guia na verdade e o conduz à salvação.
No Pentecostes, o Espírito faz os Apóstolos saírem de si mesmos e transforma-os em anunciadores das maravilhas de Deus. Além disso, o Espírito Santo infunde a força para anunciar a novidade do Evangelho. Invoquemo-Lo hoje, bem apoiados na oração, sem a qual toda ação corre o risco de ficar vã, e o anúncio, no fim das contas, carece de alma. Jesus quer evangelizadores que anunciem a Boa-Nova, não só com palavras, mas sobretudo com uma vida transfigurada pela presença de Deus (cf. Evangelii Gaudium, 259).
O ESPÍRITO CONTINUA AGINDO NA IGREJA PELA CELEBRAÇÃO
O Espírito consolador é derramado
“Celebrar a partida de Jesus para o Pai é senti-lo eternamente presente em nossa vida e na comunidade cristã. Ele não se afastou. Fez sua morada em nosso meio, pois é o Deus-conosco. Cabe agora às comunidades mostrá-lo presente mediante o testemunho”.
em nós na Páscoa de Jesus. Ele nos é dado no ato supremo da entrega de sua vida, cujo memorial celebramos em cada liturgia. Em Pentecostes, celebrando a plenitude deste incomparável ato amoroso de Deus, ele nos é enviado como um novo sopro, vento forte, fogo abrasador que nos tira da dispersão e, com sua força unificadora, nos reúne em uma assembleia de irmãos, um corpo plural com variados dons e ministérios para ouvir a Palavra e viver a alegria da partilha e da comunhão. Assim, a unidade perdida em Babel é reconstruída.
É no Espírito que professamos nossa fé, proclamando em alta voz que Cristo é o Senhor e sua obra é maravilhosa. Na Solenidade de Pentecostes é dia de pedir que o Senhor realize em nós um novo Pentecostes. Que Ele venha em socorro de nossa fraqueza, faça-nos renascer para o projeto de Deus, procurando falar a linguagem do Espírito para o mundo de hoje e concretizar a evangelização com gestos concretos de solidariedade, de justiça e de paz.
É o Espírito que transforma o pão e o vinho nos sinais da Páscoa de Cristo e nos une, como cristãos, em um só corpo, revestindo-nos da força do alto para renovarmos a face da terra, enchendo-a de paz, de reconciliação, de solidariedade, de esperança e de alegria duradoura.
Cada celebração é, portanto, um novo Pentecostes, festa da Nova Alian-
ça selada no amor, na nova lei que é o Espírito!
Pentecostes é a festa da plenitude da Páscoa. O espírito profético de Jesus torna-se o grande dom da Igreja, tornando-a comunidade da proclamação e do testemunho!
Bendizemos ao Pai porque o Espírito Santo abriu e revelou a todos os povos, raças e nações o mistério que estava escondido desde sempre e reuniu todos na alegria da libertação. Somos hoje revestidos da força deste Espírito para sermos testemunhas alegres e corajosas do Cristo ressuscitado. Há muitos sinais de sua ação, renovando a face da terra.
O saudoso Papa Francisco, na sua Carta Apostólica sobre a formação do Povo de Deus, nos alerta que “é a comunidade de Pentecostes que pode partir o Pão na certeza de que o Senhor está vivo, ressuscitado dos mortos, presente com sua Palavra, com seus gestos, com a oferenda de seu Corpo e de seu Sangue. Daquele momento em diante, a celebração se torna o lugar privilegiado, não o único, do encontro com Ele. Sabemos que, somente graças a esse encontro, o homem chega a ser plenamente homem. Só a Igreja de Pentecostes pode conceber o homem como pessoa, aberta a uma relação plena com Deus, com a criação e com os irmãos” (Desiderio Desideravi, 33).
Celebramos a Páscoa de Jesus Cristo presente em pessoas, grupos e comunidades que vivem fielmente uma aliança de amor com Deus e que se entregam à ação vigorosa do seu Espírito.
Pe. Sérgio Augusto Rodrigues Assessor diocesano da Pastoral Litúgica
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A Linha Originale inclui a Farinha de Trigo Originale, de qualidade superior, que se destaca pela pureza. Feita com a parte mais nobre do grão, é uma farinha forte, com alto teor de proteínas, excelente hidratação e ótimo rendimento. Ideal para quem busca versatilidade e performance na cozinha.
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Neste Ano Jubilar da Esperança, a Igreja nos convida a voltar o olhar para a família como sinal vivo da fidelidade de Deus. Em meio às incertezas do mundo, a família cristã permanece como lugar privilegiado da esperança, onde se aprende a amar, perdoar e confiar.
O Papa Francisco nos lembrava: “A esperança não desilude, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações” (cf. Rm 5,5). A família, mesmo em suas fragilidades, é espaço onde esse amor se torna concreto. Ali, nos gestos simples – um abraço, uma oração partilhada, o cuidado com os filhos – nasce a certeza de que Deus caminha conosco.
A Pastoral Familiar tem como missão sustentar e animar esses lares, tornando-os casas de acolhida, escuta e misericórdia. No Regional Sul 2 da CNBB, essa missão se estrutura por meio da Comissão Regional, formada pelo Bispo Referencial, D. Carlos José de Oliveira (Bispo de Apucarana), assessor eclesiástico, Pe. Glauco de Camargo Pinto (Diocese de Ponta Grossa), e o casal coordenador regional, Cloves e Milene Angeleli (Diocese de Toledo), além dos coordenadores provinciais setoriais (pré, pós, casos especiais, serviço e defesa da vida), núcleo de formação e equipes diocesanas.
Essa organização favorece a comunhão entre as dioceses, a formação dos agentes e a articulação de ações pastorais em sintonia com a realidade das famílias. Famílias que rezam juntas, que se perdoam, que enfrentam desafios com fé, são faróis de esperança para toda a sociedade.
Não há evangelização eficaz sem famílias evangelizadas e evangelizadoras. Neste tempo de graça, sejamos ousados na missão: formemos famílias que irradiem luz e coragem, que testemunhem que a esperança cristã nasce no coração do lar.
A presença de Deus no lar torna a convivência mais harmônica
“Quando uma família se torna sinal do amor de Deus, ela testemunha que a esperança cristã não é uma ideia abstrata, mas uma força viva que sustenta, anima e projeta o futuro”.
Em cada família fiel, silenciosa e perseverante, pulsa a certeza de um futuro melhor. Porque ali, mesmo em meio às tempestades, habita a Esperança. E a Esperança não engana (Rm 5,5).
Ao compreender que “a Esperança mora na família” se tem clareza de que Deus está no lar e vem em socorro às fragilidades humanas. Trazendo Deus para dentro da casa, a família se torna casa de misericórdia, pois escolhe amar, servir e recomeçar a cada dia com a força divina. O lar se transforma num espaço sagrado onde a fé é transmitida com gestos, a misericórdia se expressa no perdão, e a esperança se renova com a presença uns dos outros. É nesta simplicidade do cotidiano, que
a fidelidade de Deus se revela concreta e transformadora.
Quando uma família se torna sinal do amor de Deus, ela testemunha que a esperança cristã não é uma ideia abstrata, mas uma força viva que sustenta, anima e projeta o futuro. Por isso, neste Ano Jubilar da Esperança, somos chamados a redescobrir e valorizar nossas famílias como berço da vida, escola de humanidade e sementeira do Reino.
Essa é a missão que nos é confiada: “cultivar em nossas casas a esperança que nasce do Evangelho e floresce na convivência”. Que cada família seja, com ousadia e humildade, sinal profético de um novo tempo. Um tempo em que, sustentados pela graça de Deus, possamos afirmar com fé e convicção: a Esperança mora na família - casa de misericórdia e futuro da humanidade.
Cloves e Milene Angeleli
Casal Coordenador da Pastoral Familiar no Regional Sul 2 (Paraná) Paróquia Nossa Senhora do Carmo – Diocese de Toledo
A liderança cristã se fundamenta na essência do servir. Para todo o líder leigo, seja ele de pastoral ou movimento eclesial, promover o encorajamento e a valorização das pessoas e dos grupos liderados, é responder a um dos ensinamentos mais profundos de Jesus Cristo (Mt 20,27): “Quem quiser ser o primeiro dentre vós, seja o vosso servidor”. Este princípio, claramente, não é apenas uma sugestão, mas uma exigência para todos que desejam continuar a missão de Cristo em meio às comunidades cristãs ao longo da história.
A liderança dentro da Igreja deve buscar uma participação responsável e madura de seus membros. Um líder deve atuar como facilitador, promovendo um espaço onde todos sejam ouvidos e respeitados em suas singularidades e contribuições. Ao favorecer a corresponsabilidade e a troca de ideias, a liderança se alicerça em um serviço genuíno ao progresso espiritual da comunidade.
Construir uma liderança saudável e eficaz exige um compromisso com a formação contínua e atenção à pessoa. É necessário cultivar novas oportunidades de aprendizado, encorajar a comunicação aberta e o diálogo respeitoso, e promover uma cultura de responsabilidade compartilhada. A realização deste ideal implica
“A liderança dentro da Igreja deve buscar uma participação responsável e madura de seus membros. Um líder deve atuar como facilitador, promovendo um espaço onde todos sejam ouvidos e respeitados em suas singularidades e contribuições. Ao favorecer a corresponsabilidade e a troca de ideias, a liderança se alicerça em um serviço genuíno ao progresso espiritual da comunidade”.
Para saber mais sobre os Conselhos de Pastoral Paroquiais, não deixe de baixar as Normas diocesanas para os CPPs, apontando a câmera do seu celular para o QR Code.
em formas menos autoritárias e mais fraternas de atuação, alinhadas com o Evangelho.
A pergunta que surge é: o que significa ser chamado a um serviço de liderança? Este chamado deve emergir de um lugar de humildade e consciência do peso dessa responsabilidade. Os desafios são muitos, mas a energia necessária para viver essa vocação provêm da disposição de servir e da conexão com Deus. É necessário preparar-se para exercer uma liderança com autoridade, mas isso não deve ocorrer de maneira independente, mas sim ancorada na tradição, na oração e na busca pela sabedoria divina.
por Deus. Esse exemplo destaca que a verdadeira força de um líder vem da humildade e da entrega a um propósito maior.
Um paralelo significativo ao discutir a liderança no contexto eclesial pode ser encontrado na experiência do jovem Salomão. Quando convocado por Deus para assumir a liderança sobre o povo, Salomão reconheceu a enormidade do seu chamado e o peso dessa responsabilidade. Em um momento de oração, quando questionado por Deus sobre o que desejaria, Salomão não pediu poder ou sucesso pessoal. Em vez disso, pediu sabedoria para liderar o seu povo de acordo com a vontade divina (1Rs 3).
A oração de Salomão, que se tornou agradável a Deus, destaca a importância da consideração de que a verdadeira liderança não provém de habilidades ou conquistas pessoais, mas é um dom de Deus. Esse entendimento é crucial para qualquer líder eclesial contemporâneo. A sabedoria, que ele buscou, não era um mero conhecimento intelectual, mas um entendimento profundo das dinâmicas humanas e da vontade divina. Salomão, ao se considerar um “menino” inexperiente, demonstrou uma disposição para se deixar guiar
Em suma, a liderança no contexto eclesial deve ser compreendida como um chamado ao serviço desinteressado, ancorado nos ensinamentos de Jesus Cristo. A substância da liderança cristã não reside em dominar ou exercer controle, mas em servir e promover o crescimento espiritual da comunidade.
Diante das complexidades e desafios do mundo contemporâneo, é essencial que os líderes eclesiais cultivem um ambiente de diálogo, corresponsabilidade e respeito mútuo, evitando os extremos do autoritarismo e do permissivismo. A construção de comunidades mais fraternas, menos autoritárias e mais alinhadas aos princípios do Evangelho é um compromisso que deve ser constante.
Portanto, ao se assumir responsabilidades de liderança dentro da Igreja, deve-se sempre registrar que a missão é refletir o amor e o serviço de Cristo. Com coragem, fé e um coração disposto a aprender, alguns leigos são chamados a guiar, com sabedoria e compaixão, seus irmãos em conselhos ou outras instâncias, construindo uma comunidade de fé que exerce o verdadeiro propósito de ser luz e sal neste mundo.
Pe. André Boffo Mendes Coordenação diocesana da Ação Evangelizadora
Se alguém da sua família teve câncer de estômago, intestino ou outras doenças digestivas, fique atento: a regra de iniciar exames como a endoscopia ou colonoscopia após os 40 anos pode não se aplicar ao seu caso.
Nestes casos, os especialistas recomendam começar a investigação 10 anos antes da idade em que a doença surgiu no familiar. Isso porque muitas dessas condições têm um componente hereditário e podem se desenvolver de forma silenciosa.
Procurar um especialista e fazer o acompanhamento adequado é essencial para prevenir complicações e garantir um diagnóstico precoce.
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Em meio às muitas vozes que ecoam na sociedade atual, há uma que continua a chamar com doçura, profundidade e verdade: a voz de Jesus Cristo, presente na Eucaristia. Para os jovens que caminham na Pastoral da Juventude, a Eucaristia é mais do que um rito: é encontro, é missão, é identidade. Em um tempo marcado por rupturas e incertezas, a celebração do Corpo e Sangue de Cristo nos convida a redescobrir o sentido profundo da fé que nos une e nos envia.
Corpus Christi “é um memorial de imenso benefício para os fiéis, deixado nas formas visíveis do pão e do vinho” (Santo Agostinho). Esta frase ressoa com força entre nós, jovens da Igreja, porque revela um amor que se fez visível, concreto, acessível: o próprio Jesus, que se oferece por nós, que se entrega diariamente no altar, que nos alimenta e nos envia.
Os jovens de hoje vivem uma busca incessante por sentido, por verdade, por amor autêntico. Somos uma geração inquieta, conectada, mas também muitas vezes ferida, desiludida, cansada. Celebrar Corpus Christi é, para nós, olhar para o altar e encontrar ali o centro da nossa existência. Celebramos a presença real e substancial de Cristo. A PJ tem uma espiritualidade que nasce da encarnação do Verbo, da escuta, da partilha e da presença de Deus na realidade concreta da juventude. Inspirada no seguimento de Jesus de Nazaré, essa
espiritualidade encontra na Eucaristia o ponto alto da vivência da fé. Na Missa, os jovens da PJ não apenas “participam” como espectadores. Somos sujeitos desse mistério. Trazemos nossas dores, nossas alegrias, nossos sonhos e nosso compromisso com os pobres, com os pequenos, com os marginalizados. A Eucaristia não é alienação, mas impulso para a missão. Não é fuga, mas envio.
Para nós, isso significa uma constante renovação do chamado a sermos sal da terra e luz do mundo. A juventude precisa de encontros transformadores com Cristo, e o altar é o lugar onde esse encontro se dá de forma mais plena. É ali que se gera uma juventude nova, com um coração moldado pela caridade e pela esperança.
“A Eucaristia não é alienação, mas impulso para a missão. Não é fuga, mas envio. Para nós, isso significa uma constante renovação do chamado a sermos sal da terra e luz do mundo. A juventude precisa de encontros transformadores com Cristo, e o altar é o lugar onde esse encontro se dá de forma mais plena”.
Corpus Christi é dia de reparação. Reparação pela falta de fé generalizada, pela falta de caridade e o olhar voltado aos que mais necessitam. Reparação para aqueles que não respeitam e não procuram conhecer a Eucaristia, para aqueles que
não creem, que não adoram, não esperam e não amam.
Essa reparação é um chamado à juventude: que sejamos fiéis adoradores, que testemunhemos com a vida a centralidade da Eucaristia em nossa caminhada. Essa reparação também se traduz em ações concretas. A juventude é chamada a ser ponte entre a fé celebrada e a fé vivida. Isso se dá no engajamento social, no compromisso com os pobres, na defesa da vida, na construção de uma sociedade mais justa e fraterna. A Eucaristia nos impele a não sermos indiferentes diante do sofrimento do outro. Como dizia São João Paulo II: “A Eucaristia compromete quem a recebe.”
Como jovens da Pastoral da Juventude, somos chamados a viver com intensidade esse mistério e a deixar que a Eucaristia transforme nossa vida, nossos grupos, nossas comunidades. Que transforme nossa forma de amar, de servir, de lutar. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu permaneço nele” (Jo 6,56). Que essa permanência seja nossa força. Que sejamos, cada vez mais, jovens apaixonados pela Eucaristia. Jovens que creem, que adoram, que esperam, que amam.
E que em cada Missa, em cada procissão, em cada tapete feito com carinho, o mundo possa ver: Jesus está vivo. E caminha com a juventude.
Eloisa Meinerz da Silva Coordenadora diocesana de Comunicação da Pastoral da Juventude
A “vivência” de um Ano Jubilar nos compromete verdadeiramente a mudanças. Se pelo Sacramento da Reconciliação nos sentimos leve, amados, felizes, com um ardor de ser e viver diferente (...), muito mais intenso serão estes sentimentos quando alcançada a indulgência plenária, onde a pena de nossos pecados será apagada.
Quando o Papa Franscisco (de saudosa memória), declarou o Ano Santo da Esperança, ele nos propôs vivenciar a esperança, não apenas a espera, mas “esperançar”, levar e ser a esperança para as pessoas.
Como Peregrinos da Esperança, cristãos comprometidos, atentos ao nosso carisma de evangelizar os ambientes, somos responsáveis pela ação que o próprio Pontífice muitas vezes nos pediu, e sua voz ainda ecoa, de sermos uma Igreja em saída.
O agir cursilhista deve expandir a presença da Igreja no mundo, saindo de nós mesmos, assim como Deus também saiu de si mesmo em Jesus e Jesus saiu de si próprio em todos nós, sem sair d’Ele, permanecendo com Ele e n’Ele, dando uma resposta concreta à missão que a Santíssima Trindade confiou a cada um de nós. É levar a esperança a todos. Ir ao encontro daquele que, por razões que não nos cabe julgar, teve sua dignidade ferida, que se encontra desesperançado.
Neste sentido, resgatar a dignidade humana, torna-se um compromisso assumido pelos cursilhistas de nossa Diocese, na perseverança das atividades já realizadas, com ainda maior ânimo nos momentos de formação,
“O agir cursilhista deve expandir a presença da Igreja no mundo, saindo de nós mesmos, assim como Deus também saiu de si mesmo em Jesus e Jesus saiu de si próprio em todos nós”.
de orações e nas ações.
Como ação concreta para o ano de 2025, as propostas para os grupos de perseverança do GED Toledo, definidas em Assembleia Diocesana, são as seguintes:
1 - Identificar uma família que precise ter sua dignidade restaurada em quaisquer que sejam as áreas (social, econômica, cultural, financeira...); que esteja procurando auxílio e atuar propondo ajuda e acompanhamento, buscando intermediar o auxílio das redes de proteção e apoio das autoridades já constituídas e com recursos humanos e materiais.
2 - Atuar junto às instituições, organizações, asilos, lares, orfanatos e desenvolver ações que resgatem a dignidade humana nesses espaços,
sempre respeitando os limites, sem imposições de credos ou culturas, levando como cartão de visitas nosso testemunho de vida, mostrando e vendo o rosto de Cristo para e nos irmãos.
“Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5). As palavras de nosso patrono São Paulo Apóstolo são, para nós, palavras de ânimo, de que a esperança que temos em Deus não nos decepciona, pois é baseada no amor d’Ele e nos é dada pelo Espírito Santo.
Ser Igreja na vida das pessoas, estar e ser presente no conforto, na orientação, no consolo, nas alegrias, é esperançar. Um Ano Santo só pode ser vivenciado quando eu me inundo dele. Como passar por este tempo oportuno ignorando-o? Não nos deixemos enganar, aproveitemos.
Josiane Bucalão Coordenadora diocesana do Movimento de Cursilhos de Cristandade
Estamos tratando, nas últimas edições, sobre o cuidado com a Casa Comum. Vimos a preocupação da Igreja ao longo dos anos sobre esse problema, e depois vimos a drástica previsão para os próximos 50 anos, com o aumento dos gases do efeito estufa e o aquecimento global. Seguimos nessa perspectiva, mas com olhares esperançosos.
Em novembro deste ano, o Brasil sediará o evento conhecido como COP30, ou seja, 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. Neste evento, em linhas gerais, serão tratados temas de grande relevância, como o financiamento climático, a justiça climática e a transição energética, discutindo a atual conjuntura climática, em busca de soluções para as emergências, revisando planos e metas, e estabelecendo novos compromissos.
“As COPs são reuniões de alta complexidade, organizadas pelas Nações Unidas, que convergem as preocupações de vários países do mundo, num âmbito de discussão, para que sejam feitas negociações e reflexões acerca do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas”.
Essa será uma oportunidade de os líderes mundiais, além de tratar dos assuntos citados acima, discutirem sobre o Protocolo de Quioto (CMP20), o Acordo de Paris (CMA7), bem como ter as sessões do Órgão Subsidiário de Assessoria Científica e Tecnológica (SBSTA63) e do Órgão Subsidiário de Implementação (SBI 63).
HISTÓRIA DAS COPS
As COPs – abreviação de Conference of the Parties (Conferência das Partes) – são reuniões de alta complexidade, organizadas pelas Nações Unidas, que convergem as preocupações de vários países do mundo, num âmbito de discussão, para que sejam feitas negociações e reflexões acerca do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas. Quando olhamos para a importância das COPs, vemos que é nesse contexto que surgem os grandes acordos capazes de estabelecer medidas para conter a crise climática em escala global. Elas surgiram a partir da Conferência
de Estocolmo, realizada em 1972, e, em especial, a Cúpula da Terra, realizada em 1992, no Rio de Janeiro (RIO-92/ECO-92). Essa cúpula consagrou o conceito de Desenvolvimento Sustentável, discutiu um modelo de crescimento econômico mais adequado ao equilíbrio ecológico e menos consumista. Nesse evento, saíram problemáticas que dizem respeito à culpa dos danos ambientais, sendo de responsabilidade dos países desenvolvidos, conscientizando para que os países em desenvolvimento recebessem apoio financeiro e tecnológico para darem passos mais significativos em busca de um desenvolvimento sustentável.
Ainda, a Rio-92/Eco-92 elencou três processos naturais de alto risco, são eles: desertificação; perda da biodiversidade; e, mudanças climáticas. Diante disso, foram criadas três convenções, focadas na erradicação de cada um desses problemas, embora a mais conhecida seja sobre as
mudanças climáticas: Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
Foram a partir das COPs que surgiram os grandes acordos globais e os protocolos, como por exemplo:
• Convenção de Basileia, que regula o gerenciamento de resíduos perigosos, visando proteger a saúde das pessoas e do Meio Ambiente, criado em 1992;
• Convenção de Estocolmo, que trata de poluentes orgânicos persistentes, que pretende proteger a saúde humana e o Meio Ambiente dos poluentes orgânicos, criado em 2001;
• Convenção de Roterdã, que regula o comércio internacional de produtos químicos perigosos, em vigor desde 2004;
• Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres, que é um tratado internacional, que objetiva garantir que o comércio global de fauna e flora silvestres não ameace sua existência, em vigor desde 1975;
• Acordo de Paris, que visa combater as mudanças climáticas, aprovado em 2015, limitando o aumento da temperatura global;
• Protocolo de Quioto, que objetiva reduzir a emissão dos gases do efeito estufa, combatendo o aquecimento global, promulgado em 1997.
Diante disso, vemos a importância dessas reuniões, e esperamos ser produtiva a COP30 que acontecerá no Brasil, trazendo acordos, tratados e convenções, que melhorem nossa qualidade de vida e protejam nossa Casa Comum.
Marcus Vinicius de Jesus Sanita Assistente de Integração da Cáritas Diocesana de Toledo
Uma das competições de futebol mais aguardadas para envolver adolescentes e jovens estudantes das redes pública e particular de ensino do Paraná já tem data marcada. Os Jogos Escolares do Paraná (JEPs) Bom de Bola estão programados para o período de 21 a 25 de julho, com disputas em diversos municípios, como em Toledo, onde a Secretaria de Esportes e Lazer já vem preparando a organização do evento. O torneio terá duas categorias, sendo uma de 12 a 14 anos e outra de 15 a 17 anos, tanto no masculino quanto no feminino. Os classificados vão para a Fase Re-
gional, com as disputas programadas para o período de 4 a 7 de setembro. Para os municípios que fazem parte do Núcleo Regional de Educação de Tole-
do, a Fase Regional terá a cidade de Terra Roxa como anfitriã. Já para os classificados do Núcleo Regional de Assis Chateaubriand, os confrontos serão em Formosa do Oeste.
No caso de Toledo, as inscrições seguem abertas até dia 14 de julho e devem ser feitas por meio de formulário disponível no Portal da Prefeitura na internet. No ano passado, as equipes de Futebol Feminino de Toledo trouxeram as medalhas da competição. O ouro veio na categoria 15 a 17 anos, e a prata na categoria 12 a 14 anos, ambas com o Colégio Estadual Senador Atílio Fontana.
A Agência do Trabalhador de Toledo passou a contar com uma nova ferramenta de automação de atendimento via WhatsApp. O sistema, operado por um bot, centraliza diversas informações e serviços, oferecendo mais agilidade e praticidade à população.
De acordo com o diretor da Agência do Trabalhador, Rodrigo Souza, a novidade atende a uma demanda crescente por informações fora do horário de expediente. “Antes, muitas pessoas procuravam a agência sem saber exatamente onde encontrar as informações. Agora, tudo está no WhatsApp: cursos abertos, horários de funcionamento, empresas atendidas, lista de vagas, dados sobre seguro-desemprego, entre outros”, explicou.
3196-3940, mas durante o horário de expediente da Agência, é possível também tirar dúvidas com um atendente humano. A nova tecnologia já impactou positivamente o volume de atendimentos. Nos quatro primeiros meses de 2025, foram registrados 45 mil atendimentos virtuais, contra 26 mil no mesmo período do ano passado.
O atendimento é automatizado pelo WhatsApp (45)
Segundo Rodrigo, cerca de 80% dos serviços podem ser realizados remotamente, como preenchimento de currículos, candidatar-se a vagas de trabalho, inscrições em cursos e solicitações de informações. A única etapa que ainda exige a presença do trabalhador é o primeiro atendimento, que envolve a autenticação de documentos, conforme normas do Ministério do Trabalho.
A valorização da história do Oeste do Paraná está sendo incentivada em Guaíra por meio de uma iniciativa que envolve alunos do Colégio Estadual Presidente Roosevelt e a Diretoria de Turismo, da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Cultura. O projeto “Conheça Guaíra” reúne alunos da 1ª série do Curso Técnico de Guia de Turismo, com o objetivo de inseri-los na prática desta atividade tão importante para a economia local. Eles já se preparam para o mês de setembro quando será realizado o 1º City Tour, que propõe visitas aos atrativos naturais de Guaíra, com a condução oficial de um guia de turismo, segundo informou a Prefeitura.
que completou 90 anos em novembro de 2024.
Esta é a primeira turma do curso técnico oferecido pelo Estado. Dentre os locais que os estudantes visitaram na cidade, está a famosa Igrejinha de Pedra – Nosso Senhor do Perdão,
A visitação aos principais pontos turísticos de Guaíra, sob orientação das professoras: Lanna Duarte e Claudia Friedrich, visa contribuir para o aprendizado dos estudantes do curso técnico, permitindo que eles tenham maior clareza do espaço em que vivem. Além de perceberem as oportunidades turísticas que a cidade oferece, os alunos conseguem ter maior clareza das técnicas e habilidades que a profissão exige para atuação, desde a recepção e gerenciamento de grupos, ao conhecimento aprofundado do destino turístico e interação com os turistas.
A história de Guaíra tem suas raízes ainda no Brasil colônia e nas disputas en-
tre portugueses e espanhóis pelo domínio territorial, com presença de indígenas. Entre batalhas travadas e o ciclo da erva-mate, os livros registram a importância da Companhia Matte Larangeira (se escreve com “G” devido ao sobrenome do fundador, Thomas Larangeira), mas também os períodos da Marcha para o Oeste e a influência arrebatadora na economia, com a formação do Lago de Itaipu, até a nova dinâmica cultural dos tempos atuais. Fatos marcantes, o Turismo pode oferecer, não só para Guaíra, mas para as demais cidades da Região Oeste do Paraná que são ricas por suas histórias de arte, religião, gastronomia e tradições.
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Luzinete Rossato e Tereza de Souza foram as sortudas do mês de maio, ganhadoras de R$ 20 mil cada na Promoção Aplicação Premiada da Sicredi Progresso PR/SP. Até o momento, foram seis ganhadores.
As associadas fizeram aplicações em um dos três produtos participantes da Promoção: Capital Social, Depósito a Prazo e LCA e, com isso, geraram cupons eletrônicos para participarem da campanha que segue de março até dezembro.
Luzinete conta que ficou sabendo da notícia por meio da visita das gerentes em casa. “No começo não estava acreditando, mas depois ficamos muito felizes. Minha filha vai se formar no mestrado na Itália e, agora, temos mais certeza dessa viagem para a formatura. É só alegria”, conta a associada.
Tereza também recebeu a visita em casa e achava que era para uma atualização do endereço. “Foi
uma surpresa, aos poucos foi caindo a ficha. Tenho o costume de guardar e ir fazendo um ‘pé de meia’, mas quando acumula um pouco eu aplico. Quero continuar sendo associada por muitos anos, no Sicredi tem gente como a gente, em que posso confiar”, afirma a associada.
As associadas são de Toledo/PR, da Agência Sicredi Progresso localizada na Vila Pioneiro.
O próximo sorteio da Promoção Aplicação Premiada será realizado dia 4 de junho com novos ganhadores. Até dezembro, serão realizados mais 14 sorteios de R$ 20 mil, ao todo 20, além de um sorteio extra de três carros 0km, um FIAT Strada Freedom, um Toyota Corolla Cross XRX Hybrid e uma RAM Rampage Laramie.
Se você é cantor, compositor ou faz parte de uma banda e está em busca de visibilidade e reconhecimento artístico, atenção: as inscrições para o 49º Festival de Inverno (Festin) – Interpretação e Composição, encerram-se no dia 13 deste mês de junho. O festival, programado para o período de 22 a 26 de julho, no Teatro Municipal de Toledo, é um dos mais tradicionais eventos culturais da região e promete mais uma edição repleta de talento, emoção e celebração da música em suas diversas expressões.
Promovido pela Prefeitura de Toledo, por meio da Secretaria da Cultura, o Festin visa incentivar o desenvolvimento artístico e o aprimoramento da cultura musical local e regional. A oportunidade é única para artistas, de diferentes faixas etárias e estilos, mostrarem seu trabalho e concorrerem a premiações em dinheiro, que chegam a R$ 3 mil.
Festival reúne intérpretes de diferentes idades e estilos musicais
OU PRESENCIAIS
O 49º FESTIN está dividido em duas grandes categorias: Interpretação e Composição, com subdivisões por faixa etária e estilo musical.
Na Categoria Interpretação, os participantes podem concorrer nos estilos Popular, Sertanejo ou Gospel, distribuídos nas faixas etárias: Infantil (7 a 12 anos), Juvenil (13 a 17 anos) e Adulto (a partir de 18 anos).
Já a Categoria Composição é voltada para maiores de 18 anos, também nos estilos Popular, Sertanejo e Gospel, e conta ainda com a categoria Bandas, que permite a inscrição de grupos de três a dez integrantes, incluindo instrumentistas.
As inscrições podem ser realizadas de duas maneiras: on-line, por meio de formulário no Portal da Prefeitura (www.toledo.pr.gov.br), ou mesmo presencialmente, no Teatro Municipal de Toledo, das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h.
Uma atenção especial para quem vai concorrer na categoria Interpretação: por conta da grande procura, é necessário reservar a música previamente na Secretaria da Cultura, evitando duplicidade de repertório.
Vale lembrar que somente serão aceitas músicas em língua portuguesa, podendo conter expressões em outros idiomas. Não serão aceitas músicas que contenham conteúdo erótico ou palavras de baixo calão.
Após o período de inscrições, os participantes passarão por uma etapa
de pré-seleção, que avaliará critérios como afinação, ritmo, interpretação e, no caso da categoria Composição, também a letra da canção. O resultado dessa etapa será divulgado até as 23h59 do dia 4 de julho.
Além do prestígio de se apresentar em um dos palcos mais respeitados da música regional, os participantes ainda concorrem a premiações em dinheiro, valorizando cada categoria e estimulando a qualidade artística dos candidatos. Ela será conferida do 1º ao 5º colocado em cada categoria. Para se ter uma ideia, os primeiros colocados das categorias infantil (7 a 12 anos) e juvenil (13 a 17 anos), receberão R$ 2 mil. A categoria Adulto (Popular, Sertanejo e Gospel), assim como da categoria Composição e bandas, vai premiar o primeiro lugar com R$ 3 mil.
Neste mês de junho, a Pastoral da Saúde da Diocese de Toledo se une à campanha de doação de sangue, reforçando, junto à toda comunidade diocesana, a importância deste gesto de solidariedade e amor ao próximo. Para o cristão católico, a doação voluntária de sangue é mais do que um ato de cidadania — é uma expressão concreta de fé, caridade e compromisso com a vida.
A fé cristã nos convida a sermos sinais da misericórdia de Deus no mundo, especialmente junto aos que sofrem e necessitam. Doar sangue é partilhar o dom da vida, é estender a mão a quem depende dessa atitude generosa para ter esperança e seguir lutando. “Quem doa, doa-se”, ou seja, entrega não apenas um bem material, mas entrega amor, cuidado e fraternidade.
A Pastoral da Saúde da Diocese de Toledo, em comunhão com os princípios do Evangelho, convida todos os fiéis, ligados ou não a movimentos e pastorais, a abraçarem essa causa, lembrando que para quem doa são apenas alguns minutos, mas para quem recebe é uma vida inteira.
Em nossa Diocese, a Unidade de Coleta e Transfusão, mais conhecida como Banco de Sangue, está sediada em Toledo e conta com uma equipe de 30 profissionais, entre zeladoras, recepcionistas, técnicos administrativos, de enfermagem e de laboratório, assistente social, psicóloga, enfermeiros, médicos e bioquímicos.
As ações desenvolvidas incluem a co-
leta de sangue e a distribuição de hemocomponentes para os 19 hospitais da 20ª Regional de Saúde, além do atendimento complementar à cidade de Cascavel. A unidade atende todos os hospitais dos 18 municípios da regional, seus doadores e também supervisiona a Unidade de Coleta de Marechal Cândido Rondon.
Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos (desde que a primeira doação tenha sido feita antes dos 60 anos). Para menores de 18 anos é obrigatório o acompanhamento do responsável
legal. É preciso pesar no mínimo 51,5 kg, apresentar documento de identificação oficial com foto, estar em boas condições de saúde, alimentado, hidratado e descansado.
O processo de doação é composto por cinco etapas, a começar pelo agendamento que pode ser feito pelo QR Code nesta página, ou pelo WhatsApp (45) 98821-3171. Em seguida, na recepção da unidade, é feito cadastramento do doador, contando com verificação de impedimentos e possibilidade de cadastro para doação de medula óssea. Feito isso, acontece a triagem médica, uma consulta clínica e hematológica.
Você também pode ser doador de medula óssea. Para isso, é necessário ter entre 18 e 35 anos de idade (o doador permanece no cadastro até completar 60 anos e pode realizar a doação até essa idade). Procure o hemocentro mais próximo e apresente-se com documentação pessoal e o cartão SUS atualizado. É necessário, também, estar em bom estado geral de saúde e não apresentar nenhuma
A coleta, propriamente dita, dura de seis a 12 minutos, conforme orientação médica. Após a coleta, o doador recebe lanche. Por fim, a reidratação conclui o processo. Tudo isso leva entre 40 a 60 minutos. O sangue doado é separado em quatro hemocomponentes, passa por testes sorológicos em laboratório de Curitiba e, após liberação, é distribuído para transfusão. Cada hemocomponente tem validade específica e há critérios rigorosos de armazenamento e segurança.
doença impeditiva. No momento do cadastro, são coletados apenas 5 ml de sangue, e os dados do doador passam a compor o banco nacional, podendo beneficiar receptores no Brasil ou em outros países.
É realizada uma pesquisa de compatibilidade entre doador e receptor. Quando verificada a compatibilidade, a doação pode ocorrer de duas formas, sendo
Algumas condições podem impedir temporariamente a doação, como: quadros infecciosos, febre, cirurgias, tatuagens recentes, gestação e comportamento de risco. Já situações como hepatite viral após os 11 anos, diabetes insulinodependente, epilepsia, hanseníase, doenças renais crônicas, câncer e doenças transmissíveis pelo sangue, como HIV, impedem a doação de forma definitiva. O intervalo entre uma doação e outra para homens é de dois meses, e
por meio de punção no osso da bacia (procedimento cirúrgico, realizado sob anestesia, com duração aproximada de 90 minutos e é aspirada uma quantidade de medula que não compromete a saúde do doador); ou por meio de aférese (procedimento semelhante à doação de sangue, sem necessidade de internação ou anestesia). Caso não seja possível ser um doador, seja um incentivador da doação!
para mulheres são três meses.
Vania Frigotto
Assistente Social e Diretora da Unidade de Coleta e Transfusão de Toledo
Vitor Gabriel Verediano Nabão
Membro da Coordenação
Diocesana da Pastoral da Saúde Paróquia Nossa Senhora
Aparecida – Terra Roxa | PR
Pe. Moacir Piovesan, pároco da Paróquia São Vicente Palotti (Palotina) com os jovens que realizam acompanhamento vocacional em Palotina, juntamente com o Pe. Sérgio Lasta que assessorou uma semana formativa – Foto: Adriana Weber
SENHORA APARECIDA, DE GUAÍRA
Crianças participaram ativamente da celebração
Peregrinos partem às 6h da Igreja Nossa Senhora de Fátima (Vila Nova) e da Capela Nossa Senhora da Saúde (Vila Flórida) – 4/05
Comunidade se envolve nas Pregações Jubilares realizadas na Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida – Guaíra (16/05)
Procissão, missa e festa marcaram as comemorações do Padroeiro São Vicente Pallotti, em Palotina
e recebe o carinho dos pais, avós e tios
INVESTIDURA DE COROINHAS E HOMENAGEM ÀS MÃES
No dia 10 de maio, a Paróquia São Pedro celebrou um momento especial com a investidura dos novos coroinhas e acólitos, bem como a renovação do compromisso daqueles que já servem no altar. Visível a fé, alegria e o entusiasmo de crianças e jovens que se colocam a serviço da Liturgia. Durante a celebração, também foram realizadas homenagens ao Dia das Mães
O maratonista de 74 anos, que TOMA T-ZEUS 30 E DIMAFLEX TODOS OS DIAS, vem se superando e conquistando novos troféus. Os resultados reforçam a eficácia desses produtos, como aliados essenciais para quem busca performance, saúde e longevidade.
Alívio para suas articulações: reduz dores, melhora a mobilidade e flexibilidade, e combate a fadiga muscular para você viver com mais disposição!
Mais energia e disposição no seu dia: aumente a resistência física, reduza o cansaço e viva com mais ânimo, saúde e qualidade de vida.
Nas celebrações do 4º Domingo da Páscoa (Domingo do Bom Pastor), a Igreja Nossa Senhora de Lourdes (Tupãssi), prestou homenagem aos Dizimistas, agentes da Pastoral do Auxílio Fraterno e ao Dia das Mães.
Em seguida, foi servido o café da manhã de partilha, organizado pela Equipe do Dízimo – Fotos: Pascom
Fiéis fazem peregrinação de Quatro Pontes à Capela São José – Paróquia Nossa Senhora da Glória
Equipe de assadores dos Costelões para a Festa do Seminário Maria Mãe da Igreja
Celebração Eucarística pelo aniversário do Seminário
Maior Maria Mãe da Igreja, da Diocese de Toledo, presidida pelo reitor, Pe. Juarez Pereira de Oliveira e concelebrada pelo diretor espiritual do Seminário, Pe. Mauro Cassimiro, e pelo reitor do Seminário Menor São Cura d’Ars (Quatro Pontes), Pe. Marcelo Ribeiro da Silva
Izamara e Kaiane, alunas de Educação Física da Unioeste (Marechal Cândido Rondon), com a coordenadora da Pastoral da Saúde, Célia Steim, em recente encontro formativo da Pastoral
Fotos: Juan Matoso
Seminaristas das etapas Discipulado e Configuração do Seminário Maria Mãe da
A Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo) se prepara para a peregrinação do Ano Santo neste mês de junho. A flâmula do Jubileu foi entregue ano passado às lideranças da paróquia pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme – Foto: Regiane Zanutto
FELICIDADES
Rendemos graças ao Senhor pela presença e testemunho sacerdotal do Pe. Amário Zimmermann, que comemora 85 anos de vida (30/06) e o 57º aniversário de sua ordenação presbiteral
Pe. Geraldo Marino Ferreira, pároco da Paróquia Menino Deus, Ecônomo da Diocese de Toledo e assessor diocesano para os Ministros Auxiliares da Comunidade (MAC) completa o 25º aniversário de sua ordenação presbiteral (17/06).
Felicitações ao vigário paroquial da Paróquia São Pedro e São Paulo (Toledo) e diretor espiritual do Seminário Maria Mãe da Igreja, Pe. Mauro Cassimiro, que comemora 23 anos de sacerdócio (29/06)
Cumprimentos ao Pe. Laudemir da Rocha, pároco da Paróquia São Francisco de Assis (Toledo) e assessor diocesano da Pastoral da Sobriedade e dos Grupos de Famílias, que comemora o 24º aniversário de ordenação presbiteral (30/06)
A Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Toledo) está em preparação para a peregrinação do Ano Santo. A flâmula do Jubileu foi entregue ano passado às lideranças da paróquia pelo bispo diocesano, D. João Carlos Seneme – Foto: Regiane Zanutto
O pároco da Paróquia São Roque (Nova Aurora) e assessor diocesano da Pastoral Familiar, Pe. Nelton Hemkemeier, completa 26 anos de sacerdócio neste dia (12/06)
O pároco da Paróquia São Cristóvão (Toledo), Pe. Marcos Denck da Silva, completa o 22º aniversário de ordenação presbiteral (21/06). Ele também é chanceler da Diocese de Toledo e vigário judicial do Tribunal Eclesiástico Diocesano
1ª Feira Mariana, da Congregação Humildes Servos da Rainha do Amor e as crianças da catequese da Paróquia São Vicente Pallotti (Palotina) – Foto: Adriana Weber
O pároco, Pe. Moacir Piovesan, da Paróquia São Vicente Pallotti (Palotina), com o reitor do Seminário São Vicente Pallotti, Pe. Juliano Dutra , o diretor espiritual, Pe. Egidio Trevisan, com seminaristas na missa em honra à Padroeira da Capela Nossa Senhora de Fátima, juntamente com representação da Santa e dos pastorinhos – Foto: Adriana Weber
Sábado 17/05
Catequizandos que participam do itinerário catequético de inspiração catecumenal receberam os Sacramentos da Eucaristia e da Crisma na Igreja São Cristóvão (Toledo), com os catequistas Pedro e Angelita
Ainda da Sexta-feira Santa deste ano, o fotógrafo Gustavo Boeing captou o rito de apresentação da Cruz, pelo Pe. Dionisius Rangga (SVD), pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Mercedes), com acompanhamento de coroinhas e a reflexão dos fiéis
5º Encontro Diocesano para Jovens, com o tema “Jovens, sejais peregrinos da esperança”, realizado em 26/04, no Seminário Santa Mônica (Toledo), numa organização do Movimento de Cursilhos de Cristandade (MCC). O encontro foi marcado por momentos de estudo, adoração e confraternização em preparação ao Cursilho Jovem que acontecerá em julho (17 a 20/07)
Nos dias 2, 3 e 4 de maio, os jovens Guilherme Luís Weber de Souza, Laura Ricarda Ebeling Lautert, Deyse Victoria Garcia e Willy Michael Paulini Lima representaram a Diocese de Toledo no 7º Encontro Macrorregional para Jovens Cursilhistas da Região Sul, realizado em Passo Fundo (RS). Com o tema “Jovens Cursilhistas: um sinal de esperança no mundo”, o evento reuniu lideranças juvenis dos estados do Sul em momentos de formação, espiritualidade e partilha, fortalecendo o compromisso dos jovens com a missão da Igreja.
O Governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), vai iniciar o cadastramento de propriedades com cultivo de uvas no Paraná. O objetivo é ter conhecimento da localização e características de todos os pomares para, com vistas, planejar ações preventivas e educativas, visando reduzir a deriva de agrotóxicos.
Essa foi uma das propostas apresentadas durante reunião com produtores e autoridades de Marialva. “Nós precisamos buscar sempre o caminho da convivência e da convergência”, disse o presidente do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater), Natalino Avance de Souza, salientando que o governo também conversa com os produtores de grãos, que utilizam herbicidas no manejo das culturas. “Estamos tentando o equilíbrio, pois não podemos fechar os olhos para a principal cultura de exportação, mas temos que cuidar da uva, que é tão importante para o Estado e para Marialva, maior produtor de uva no Estado”, afirmou.
A Associação Norte Paranaense de Pesquisa e Fruticultura (Anpef) propõe um cadastro dos herbicidas com informações da influência sobre as culturas sensíveis e uma fiscalização preventiva.
De acordo com o diretor de Defesa Agropecuária, da Adapar, Renato Young Blood, o trabalho realizado pela entidade na verificação dos bicos de equipamentos de aplicação de herbicidas conseguiu reverter, naquela região, a situação de 90% considerados ruins para 90% seguros. “Conseguimos redução na severidade da contaminação em decorrência da deriva, mas a incidência ainda continua alta”, avaliou. Por isso acentuou que novas me -
didas estão sendo estudadas com o intuito reduzir a aplicação dos produtos hormonais próximo a propriedades com produção de uvas. Razão pela qual reforçou a necessidade de cadastramento das propriedades, assim que o processo iniciar. “Estamos na luta junto com os produtores, mas queremos
Em 2023 o Valor Bruto de Produção (VBP) da uva no Paraná foi de R$ 261,7 milhões, totalizando 45,8 mil toneladas da fruta. A cidade que mais produziu uva em 2023 no Estado foi Marialva, no Noroeste, com um VBP de R$ 70,4 milhões e uma produção de mais de 10 mil toneladas. Seguida por Uraí (Norte) com VBP de R$ 10,9 milhões e 1,6 mil toneladas, e Rosário do Ivaí (Vale do Ivaí) com R$ 10,1 milhões e 1,5 mil toneladas. Em Toledo, a produção é baixíssima, mas mesmo assim, em seu território está instalada uma vinícola.
que o trabalho seja realizado de forma equilibrada e consensual”, disse. O Estado também pretende intensificar trabalhos em unidades de referência, com o objetivo de demonstrar a eficácia de produtos não hormonais no controle de ervas daninhas, o que favorece também a produção de uvas. “Dá para fazer diferente”, afirmou.
A deriva de agrotóxico também atinge a produção de sericicultura no Paraná. O Estado chegou a oferecer o pagamento de um apoio emergencial no valor de R$ 5 mil para cada produtor rural que registrou prejuízos em sua lavoura na Adapar. Outro projeto de apoio está em andamento e conta com uma série de ações que une pesquisa, extensão rural e defesa agropecuária, para melhorar a produção da seda no estado e evitar novos prejuízos com a deriva. Natalino Avance admite que a situação que os produtores de seda enfrentam preocupa, especialmente, porque estão na agricultura familiar.