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Conversão: um meio para enfrentar a fome
A solução para a fome pede conversão. Há muitos modelos econômicos que produzem barreiras e impedem o acesso de pessoas em situação de vulnerabilidade aos recursos básicos para se alimentar, e essas mesmas pessoas tentam sobreviver com auxílios pontuais, seja por meio da ajuda dos próprios familiares, da sociedade em geral ou dos governos.
Alimentar-se é um direito básico e pleno para o ser humano. Sem a comida “não tem quem se sustente em pé”. O sentido de permanecer de pé, nesse caso, ganha o contorno da dignidade. Com barriga vazia a saúde fica debilitada, não se tem forças para trabalhar e a capacidade para aprender fica comprometida. Num país tão rico, mesmo a fragilidade dessas pessoas sendo tão grande, há quem olhe para elas com a lente do preconceito. Trocar pela lente da caridade ao próximo ainda é um desafio.
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Ao iniciar o ano e adentrar no Tempo Quaresmal, todo cristão católico está diante do imperativo do Senhor: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). No contexto dessa expressão, Jesus havia recebido triste notícia da morte de João Batista, o precursor que anunciava a presença do Messias. Sem mesmo ter um momento para esse luto, já é chamado pelos discípulos que observavam uma multidão se aproximar. Jesus deixou de lado sua própria angústia por compaixão das pessoas que estavam com fome pela falta de alimento, mas também pelas injustiças da época. Ali, abriu os olhos dos discípulos para que percebessem que, uma vez aprendido com o Mestre, eles mesmos teriam condições de alimentar aquela multidão.
O elemento chave, mais uma vez, é a compaixão. Sem ter compaixão de uma pessoa que passa fome, pouco o ser humano sabe o que ele é verdadeiramente. Quando alguém se fecha em si e não é capaz de ajudar aquele que bate à porta pedindo um alimento, então a sociedade como um todo precisa rever seus conceitos morais e éticos. É impossível alguém não se sentir tocado com a cena de uma mão estendida pedindo socorro.
Com muita sobriedade e refletindo sobre as próprias condições que cada um tem para ajudar a quem precisa, será possível experimentar o poder transformador de uma Quaresma com reais propósitos e compromissos de conversão. Boa leitura e bom ano!
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