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Como será a Ação Evangelizadora da Diocese de Toledo em 2023?
Animação litúrgica e animação missionária são as duas grandes dimensões apontadas como prioridades para a Ação Evangelizadora da Diocese de Toledo ao longo deste ano de 2023. Você que acompanha a Revista Cristo Rei se recorda muito bem que estas urgências de atenção pastoral são resultado da Assembleia Diocesana realizada em novembro do ano passado, no Centro de Formação Instituto São João Paulo II. Na ocasião, houve a participação de 158 agentes eclesiais, entre membros do clero diocesano, religiosos e leigos. O período acentuado de isolamento social é o que prejudicou oportunidades mais concretas de experiências com os pilares do Pão e da Missão, e por isso a estratégia de atuação foi reformulada para dar prosseguimento a esta realidade.
Essas prioridades contemplam o conjunto de quatro pilares que compõem a grande tarefa de formar comunidades eclesiais missionárias, descritas nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e, por conseguinte, do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora. “A comunidade eclesial missionária é como se fosse uma casa que precisa ser sustentada por quatro pilares: Palavra (animação bíblica), Pão (animação litúrgica), animação fraterna da comunidade (Caridade) e animação missionária (Missão). Tais pilares são os caminhos que temos a percorrer para contemplar a comunidade eclesial missionária”, explica o coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, Pe. André Boffo Mendes.
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Desafios Para As Comunidades
Tendo presente essas prioridades, no âmbito local, as Paróquias seguem o
Após avaliação da realidade, desafios são apresentados com pistas de ação mesmo percurso de unidade, refletindo com seus membros como fazer para que as pessoas consigam entender melhor o rito da Santa Missa, como valorizar a experiência do Domingo e como motivar as lideranças para que se autocompreendam como missionárias? “Nota-se que aqueles que frequentam as celebrações encontram dificuldades em entender a dimensão do rito celebrado. Nosso desafio é explicar a Santa Missa sem torná-la uma aula. A Santa Missa é um rito para ser vivido”, comenta Pe. André.
Além disso, soma-se o desafio para os cristãos da valorização do Dia do
Domingo. “O Domingo, para nós cristãos católicos, é o dia da Ressurreição, o dia da família. No âmbito da fé, o Domingo é um dia diferente de todos os outros. Além disso, ele oferece a contemplação do Ano Litúrgico. Atualmente, essa dimensão está um pouco desgastada dentro do contexto de sociedade. Entendemos a complexidade das pessoas que trabalham aos domingos, mas não podemos relativizar”, acrescenta.
O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, reforça essa reflexão salientando que o Domingo é um dia de pertencimento do fiel com a comunidade. “Nas comunidades os fiéis se identificam pelo amor ao próximo, observam a necessidade do outro, partilham e rezam juntos. Por isso, a celebração do Domingo é para fortalecer esses laços e também promover o crescimento da consciência de comunidade”, observa.
A O Mission Ria
No aspecto da dimensão missionária, a Diocese de Toledo mantém sua experiência com a Igreja irmã, a Diocese de Brejo, localizada no Maranhão, e a partilha com a Igreja no Paraná na Missão Católica São Paulo VI, em Guiné-Bissau (África). “Mas muito mais do que fazer ações missionária é refletir sobre ‘Como eu sou missionário?’, uma pergunta para todos nós pensarmos”, completa Pe. André.
Para colaborar com as comunidades, a Diocese de Toledo divulgará ao longo do ano alguns materiais audiovisuais que explicam partes da Santa Missa, tanto para adultos quanto para crianças, bem como a relevância do Domingo. Numa parceria com as Pontifícias Obras Missionárias (POM), a Diocese de Toledo organiza uma agenda de encontros com as lideranças para uma espiritualidade missionária. “Fazer missão não é só entender o que precisa ser feito, mas é ter uma espiritualidade missionária”, salienta o coordenador da Ação Evangelizadora.
Conforme D. João, as atividades programadas para este ano têm a
As prioridades
AÇÃO LITÚRGICA (PILAR DO PÃO)
- Formações litúrgicas nas Paróquias, tendo por base a Carta Apostólica Desiderio Desideravi, do Papa Francisco;
- Investir no aspecto mistagógico da Santa Missa, promovendo a compreensão dos seus ritos;
- Catequese como meio de inserção litúrgica (explicação dos ritos, símbolos e sacramentais);
- Resgate do real sentido do Domingo para os cristãos;
- Melhor preparação das Celebrações da Palavra;
- Salientar aos cristãos que as mis- finalidade de que cada pessoa se reconheça membro da Igreja, inclusive se autocompreenda como missionária. “Eu sou missionário quando vou à Igreja e participo da Eucaristia; sou missionário quando visito uma pessoa doente; participo do momento de oração de alguém que faleceu, e outras formas de missão. sas da semana não devem substituir o Domingo;
Tudo isso faz parte. E depois essa missão vai alargando horizontes até chegar na missão que chamamos de ad gentes, que vai para outros lugares. O que precisamos ter consciência é de que fazemos parte da Igreja, por meio do Batismo e participação nos demais Sacramentos”, salienta o bispo diocesano.

- Publicidade para valorização do Domingo.
AÇÃO MISSIONÁRIA (PILAR DA ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA)
- Prioridade na dimensão testemunhal missionária das lideranças;
- Incentivo aos meios de comunicação como instrumentos de evangelização e missão;
- Despertar a Infância e Adolescência Missionária (IAM) nas paróquias e valorizar onde ela já está presente;
Pela Ucrância, pela vida
Assustados com o horror da guerra, mas muito solidários e generosos, os católicos paranaenses reuniram doações que alcançaram um total de R$ 494.463,28 por meio da Campanha “Pela Ucrânia, pela vida”. Realizada de março a agosto do ano passado, a campanha foi uma iniciativa da Cáritas Brasileira Regional Paraná, em parceria com a CNBB Regional Sul 2 e a Metropolia Católica Ucraniana São João Batista, em resposta emergencial e humanitária às vítimas da guerra. O primeiro montante foi repassado em julho daquele ano para a Cáritas da Ucrânia, perfazendo a quantia de R$ 341.683,32. Mas para fazer a transferência, a Cáritas pagou R$ 62.550,93 entre taxas bancárias, tarifa de envio e retenção de Imposto sobre Operações
Relatório de Emergências da Cáritas Internacional
- Mais de 6,6 milhões de pessoas estão deslocadas na Ucrância, fugindo das zonas de combate.
- Pelo menos 4,8 milhões de pessoas refugiadas da Ucrânia foram registradas em toda a Europa, quase todas são mulheres, crianças e idosos, em 44 países daquele continente.
- 17,7 milhões precisam de assistência humanitária
- Valorizar a juventude missionária e fomentar as diferentes expressões juvenis;
- Nas preparações para os Sacramentos (Batismo e Matrimônio), ressaltar o caráter missionário do cristão;
- Formações sobre missionariedade para os Conselhos de Pastoral Paroquial e das Comunidades (CPP/CPC);
- Ir ao encontro das minorias e periferias existenciais; fomentar pequenos grupos em perspectiva de descentralização;
- Compromisso de membros das pastorais, movimentos e afins no acompanhamento de afastados.
Financeiras (IOF). O saldo restante ficou para alavancar a campanha e disponibilização para as solicitações de apoio às famílias de migrantes ucranianos que chegaram ao Brasil e estão sendo atendidas nas comunidades por meio da Cáritas.