DOSSIER
FERRARI PUROSANGUE FRENTE A RIVAIS
Dia de corrida Poucas vezes temos um escaparate deste calibre nestas páginas, mas o lançamento do Ferrari Purosangue é uma razão de peso: é o primeiro SUV da marca italiana e o seu primeiro modelo com quatro portas. Chega com muita energia sem renunciar ao mais puro ADN do Cavallino Rampante. G. ZARZUELA
C
onstrutores com um marcado perfil desportivo como a Porsche, Lamborghini, Aston Martin, Bentley ou Maserati, já iniciaram esta espécie de metamorfose na direção do formato SUV, uma solução que generaliza grande parte da atual tendência de vendas, mesmo nestas marcas. E apesar do choque inicial, fizeram-no com sucesso. Talvez por isso seja mais fácil agora assimilar o lançamento do Ferrari
Purosangue, o SUV da marca desportiva por excelência, que seguramente será um sucesso de vendas à sua dimensão.
O PRIMOGÉNITO Triunfará porque aos seus novos argumentos, baseados num conceito de SUV “suave”, e pese ser o primeiro modelo do construtor italiano com quatro portas, não renuncia à genética inerente da marca de Maranello. Por isso, presume de
725 CV de potência, de prestações vertiginosas e de um chassis com uma afinação exemplar. Provavelmente vai converter-se na referência do segmento ‘super SUV’, ainda que os seus rivais recorram a toda a artilharia pesada para o receber. E tendo em conta o que temos nas páginas que se seguem, podemos afirmar, com segurança, que poucas vezes desfrutámos de um mostruário tão exclusivo como excitante.
FERRARI PUROSANGUE O Purosangue é o primeiro Ferrari de quatro portas e quatro lugares. Mas não é só isso. Também se veste com uma potente imagem SUV que alcança 4,97 metros de comprimento. Alguma coisa parece estar mudar na marca desportiva italiana, mas há que adaptar-se aos tempos e com este modelo a Ferrari crescerá exponencialmente. A coisa promete: fala-se no facto de poder representar 20% das vendas da marca… Mais: equilíbrio quase perfeito de pesos, carroçaria fabricada com partes em carbono (ainda assim pesa 2.033 kg), quatro lugares individuais, bagageira de 473 litros, tração integral, direção às quatro rodas, suspensão ativa, controlo de descidas… Também não poupa nada no motor. Recorre a um descomunal V12 de 6.5 litros em posição frontal que debita 725 CV geridos por uma transmissão automática de dupla embraiagem e oito velocidades posicionada atrás. Acelera dos 0 aos 100 km/h em 3,3 segundos e alcança os 310 km/h. O seu preço ronda os 450 mil euros.
725 CV e 310 km/h
70 Carros