AS ORGANIZAÇÕES DA ECONOMIA SOCIAL SÃO PARA AS PESSOAS

Page 61

61

3.10. Compreender os comportamentos das pessoas O comportamento das pessoas, sejamos conscientes, é sempre algo muito complexo de analisar, entender ou prever. A nós, contudo, interessa-nos perceber as atitudes e comportamentos que levam os nossos destinatários a dirigirem-se a nós, a adoptarem as nossas indicações, a escolherem os serviços ou produtos que proporcionamos. São inúmeras as abordagens destes aspectos. Quando se trata de proporcionar às pessoas certos processos e meios de tomarem certas decisões e de adoptarem determinadas condutas, há que ter em conta o balanço entre benefícios e custos. Mais à frente, veremos que os custos envolvidos podem ser de muita natureza, não apenas monetária. Por outro lado, mesmo quando os benefícios são superiores aos custos despendidos, nem sempre as pessoas são levadas à acção. É necessário que se conjuguem motivação, oportunidade – ou seja, momento e meios para que a motivação se concretize em actos – e, finalmente, autoconfiança, isto é, a capacidade de a pessoa acreditar que pode, efectivamente, concretizá-los e ter meios para isso. As atitudes, decisões e actos das pessoas dependem da maneira como elas se vêem a si próprias e da percepção que têm dos custos de não as tomarem ou realizarem. Aqui, a sociedade, em geral, e os grupos em que elas se inserem exercem uma forte influência sobre as respectivas condutas. Aspecto importante é que nem todas as pessoas em causa se encontram nas mesmas condições. Os psicólogos James O. Prochaska e Carlo Di Clemente (1987) desenvolveram um modelo, profusamente usado, a este respeito, denominado transteorético ou modelo dos estados de mudança. Chama ele a atenção para cinco estados que definem a situação das pessoas face a determinada acção:

. pré-contemplação – onde a pessoa nem sequer tem a noção de um problema ou assunto que envolva a necessidade de acção; . contemplação – tem a noção, mas não considera ainda nenhuma acção a curto prazo; . preparação – está preparado para uma acção imediata; . acção – envolve-se na acção; . manutenção – procura assegurar a continuação da acção e do comportamento que ela implica.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook

Articles inside

Bibliografia

19min
pages 89-97

Anexo – MarketingEcSocScorecard

2min
pages 87-88

3.20. Avaliar processos e resultados, melhorar e voltar a agir

5min
pages 81-85

3.19. Testar decisões tomadas

1min
page 80

3.21. E ainda

1min
page 86

3.18. Comunicar, comunicar, comunicar

1min
pages 78-79

serviços ou acções

1min
pages 76-77

3.16. Definir os preços envolvidos

1min
page 75

que enquadre a nossa missão e intervenções

2min
pages 69-71

3.15. Conceber produtos, serviços ou acções adequados

2min
pages 72-74

3.13. Adoptar um posicionamento adequado

1min
pages 67-68

3.12. Definir alvos

2min
pages 65-66

3.10. Compreender os comportamentos das pessoas

3min
pages 61-62

3.11. Segmentar grupos das pessoas envolvidas

1min
pages 63-64

3.6. Recolher meios adequados

1min
page 54

3.9. Identificar a concorrência

1min
page 60

3.4. Considerar a co-criação

3min
pages 47-49

e as entidades envolvidos

5min
pages 55-57

3.8. Traçar objectivos e metas

1min
pages 58-59

3.3. Pensar e operar em estrela

1min
pages 45-46

3.5. Fazer um plano estratégico de marketing

3min
pages 50-53

3.2. Nortear-se pela sua missão

1min
pages 43-44

numa organização da economia social

2min
pages 41-42

2.2. Marketing social em Portugal

5min
pages 34-38

2.1. Marketing das organizações da economia social em Portugal

7min
pages 29-33

1.4. Marketing e social: um campo ainda mais vasto e diversificado

3min
pages 23-26

1.3. Uma disciplina não isenta de críticas

3min
pages 21-22

1.2. O marketing das organizações da economia social

6min
pages 17-20

Introdução

1min
page 7

1.1. Marketing???

6min
pages 11-16
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.