AS ORGANIZAÇÕES DA ECONOMIA SOCIAL SÃO PARA AS PESSOAS

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3.5. Fazer um plano estratégico de marketing Um plano de marketing supõe uma sistematização detalhada dos diversos passos e decisões que iremos tomar no decurso de todo o seu processo de concepção, desenvolvimento e implementação, tendo em vista a obtenção dos objectivos determinados (figura 8). Trata-se de um processo racional e articulado, que não deve, contudo, fazer esquecer o salto que é passar de um modelo abstracto para a realidade, assim como a carga de criatividade e flexibilidade necessária à sua concretização efectiva e bem-sucedida. A formulação de um plano como este aconselha a um trabalho de equipa, bem como às referidas dimensões de co-criação, de colaborações e parcerias várias. É algo, neste sentido, que conjuga decisões do topo para baixo, mas também o inverso, através do envolvimento de pessoas que participam directamente nas operações, nas frentes de trabalho em causa, e mesmo noutras, envolvidas nas respectivas situações. O seu alcance pode estender-se pelo longo termo ou pelo curto prazo, acentuando a sua dimensão estratégica ou a táctica. A nossa concepção de plano estratégico de marketing, síntese de várias abordagens de autores credenciados, compreende três grandes fases: fundação, definição e acção (figura 6). Fiéis ao conceito marketing (marketing concept) e à sua centragem nas situações reais e nas efectivas características e necessidades dos destinatários das nossas acções, evidentemente que um plano estratégico começa por uma fase centrada na análise dos problemas e das pessoas envolvidas, bem como na nossa capacidade e interesse em assumirmos a acção em causa. Daí, a perspectiva de se fundar na reapreciação da missão e cultura da nossa organização e na adequação que a acção em causa com elas pode ter. É um aspecto fundamental que já Peter Drucker (1993) sublinhava: «A missão vem em primeiro lugar» (p. 17). Segue-se a análise do problema, bem como a dos possíveis destinatários envolvidos, das parcerias e colaborações participantes, das oportunidades que a acção junto deles pode proporcionar à nossa organização, assim como dos eventuais factores ou entidades concorrenciais, num sentido positivo ou negativo, ou seja, que vão no sentido da nossa acção ou que a podem contrariar ou disputar.


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Bibliografia

19min
pages 89-97

Anexo – MarketingEcSocScorecard

2min
pages 87-88

3.20. Avaliar processos e resultados, melhorar e voltar a agir

5min
pages 81-85

3.19. Testar decisões tomadas

1min
page 80

3.21. E ainda

1min
page 86

3.18. Comunicar, comunicar, comunicar

1min
pages 78-79

serviços ou acções

1min
pages 76-77

3.16. Definir os preços envolvidos

1min
page 75

que enquadre a nossa missão e intervenções

2min
pages 69-71

3.15. Conceber produtos, serviços ou acções adequados

2min
pages 72-74

3.13. Adoptar um posicionamento adequado

1min
pages 67-68

3.12. Definir alvos

2min
pages 65-66

3.10. Compreender os comportamentos das pessoas

3min
pages 61-62

3.11. Segmentar grupos das pessoas envolvidas

1min
pages 63-64

3.6. Recolher meios adequados

1min
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3.9. Identificar a concorrência

1min
page 60

3.4. Considerar a co-criação

3min
pages 47-49

e as entidades envolvidos

5min
pages 55-57

3.8. Traçar objectivos e metas

1min
pages 58-59

3.3. Pensar e operar em estrela

1min
pages 45-46

3.5. Fazer um plano estratégico de marketing

3min
pages 50-53

3.2. Nortear-se pela sua missão

1min
pages 43-44

numa organização da economia social

2min
pages 41-42

2.2. Marketing social em Portugal

5min
pages 34-38

2.1. Marketing das organizações da economia social em Portugal

7min
pages 29-33

1.4. Marketing e social: um campo ainda mais vasto e diversificado

3min
pages 23-26

1.3. Uma disciplina não isenta de críticas

3min
pages 21-22

1.2. O marketing das organizações da economia social

6min
pages 17-20

Introdução

1min
page 7

1.1. Marketing???

6min
pages 11-16
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AS ORGANIZAÇÕES DA ECONOMIA SOCIAL SÃO PARA AS PESSOAS by Carlos Oliveira Santos - Issuu