AS ORGANIZAÇÕES DA ECONOMIA SOCIAL SÃO PARA AS PESSOAS

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2.1. Marketing das organizações da economia social em Portugal Tem sido desenvolvido no nosso país um trabalho referenciável neste campo do estudo do marketing das organizações da economia social, traduzindo a sensibilização e a própria aplicação que o mesmo já apresenta. Em 1993, publicava-se, em português, o estimulante livro de Peter Drucker, As Organizações sem Fins Lucrativos, com uma tradução de non-profit muito feliz e apropriada. Embora não seja especificamente sobre o marketing, ele envolve inúmeros dos seus aspectos. Em 2001, Francisco Nunes et al., com o apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional e do Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo, divulgaram o estudo O Terceiro Sector em Portugal, um amplo balanço, mas também um contributo para a conceptualização deste domínio. Na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, em torno de José Carlos Pinho e de Isabel Maria Macedo, foram surgindo contributos muito significativos. Os dois investigadores (2006) estudaram a adopção da Internet nas organizações sem fins lucrativos (2006), sobretudo nas maiores e nas mais jovens, como forma de reunir e difundir informação visando a notoriedade da imagem pública mais do que para atrair fundos ou estabelecer networks. Os mesmos Macedo e Pinho (2006) investigaram a relação entre as origens do financiamento e a orientação marketing das organizações portuguesas sem fins lucrativos, na perspectiva, nomeadamente, de Anheier et al. (1997). As suas conclusões apontaram para aquelas, em Portugal, são mais orientadas para os beneficiários do que para doadores, mas as que se mostram mais orientadas para doadores são as que dependem mais de fundos privados. Na comparação entre as mais dependentes de fundos do Estado e as que dependem de verbas autogeradas, verifica-se, curiosamente, que as primeiras são mais «orientadas para o mercado». Helena Alves, como então editor-in-chief da International Review on Public and Nonprofit Marketing, com Walter Wymer (2013), estudou um aspecto metodológico específico, a análise do desenvolvimento de escalas na pesquisa em gestão e marketing sem fins lucrativos. Aquela investigadora da Universidade da Beira Interior possui, para além desta referência, uma considerável bibliografia integrada nesta nossa área.


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Bibliografia

19min
pages 89-97

Anexo – MarketingEcSocScorecard

2min
pages 87-88

3.20. Avaliar processos e resultados, melhorar e voltar a agir

5min
pages 81-85

3.19. Testar decisões tomadas

1min
page 80

3.21. E ainda

1min
page 86

3.18. Comunicar, comunicar, comunicar

1min
pages 78-79

serviços ou acções

1min
pages 76-77

3.16. Definir os preços envolvidos

1min
page 75

que enquadre a nossa missão e intervenções

2min
pages 69-71

3.15. Conceber produtos, serviços ou acções adequados

2min
pages 72-74

3.13. Adoptar um posicionamento adequado

1min
pages 67-68

3.12. Definir alvos

2min
pages 65-66

3.10. Compreender os comportamentos das pessoas

3min
pages 61-62

3.11. Segmentar grupos das pessoas envolvidas

1min
pages 63-64

3.6. Recolher meios adequados

1min
page 54

3.9. Identificar a concorrência

1min
page 60

3.4. Considerar a co-criação

3min
pages 47-49

e as entidades envolvidos

5min
pages 55-57

3.8. Traçar objectivos e metas

1min
pages 58-59

3.3. Pensar e operar em estrela

1min
pages 45-46

3.5. Fazer um plano estratégico de marketing

3min
pages 50-53

3.2. Nortear-se pela sua missão

1min
pages 43-44

numa organização da economia social

2min
pages 41-42

2.2. Marketing social em Portugal

5min
pages 34-38

2.1. Marketing das organizações da economia social em Portugal

7min
pages 29-33

1.4. Marketing e social: um campo ainda mais vasto e diversificado

3min
pages 23-26

1.3. Uma disciplina não isenta de críticas

3min
pages 21-22

1.2. O marketing das organizações da economia social

6min
pages 17-20

Introdução

1min
page 7

1.1. Marketing???

6min
pages 11-16
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AS ORGANIZAÇÕES DA ECONOMIA SOCIAL SÃO PARA AS PESSOAS by Carlos Oliveira Santos - Issuu