AS ORGANIZAÇÕES DA ECONOMIA SOCIAL SÃO PARA AS PESSOAS

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1.4. Marketing e social: um campo ainda mais vasto e diversificado O artigo de Kotler e Levy (1969) abriu uma ampla relação entre o marketing e diversas dimensões sociais (figura 3), que não se reduz, exclusivamente, à sua aplicação às organizações da economia social, tendo, embora, conexão com elas. No referido artigo de Kotler e Zaltman (1971), os dois académicos cunharam uma nova disciplina, o marketing social, sustentada pela possibilidade de aplicar o marketing às mudanças e melhoria de comportamentos sociais dos cidadãos. Tratava-se de compreender os problemas que, nesse campo, dificultavam a vida dos mesmos, desde os comportamentos de saúde (fumar/não fumar; prevenir doenças; fazer exercício físico; combater a obesidade…) aos da violência doméstica, do crime, do abandono escolar, das atitudes no trânsito, etc., etc., e de formular para eles estratégias que mobilizassem a participação voluntária das pessoas, superando as barreiras e incentivando os benefícios que elas teriam na mudança de comportamentos negativos e na adopção de procedimentos sociais positivos, incluindo a criação de produtos e de serviços que para tal contribuíssem. Em breve, diversas instituições internacionais como a Organização Mundial de Saúde, a FAO ou o Banco Mundial começaram a adoptar o marketing social e, actualmente, esta disciplina tem uma vasta presença no mundo, nomeadamente em países como Canadá, Nova Zelândia, Estados Unidos da América ou Inglaterra, que desenvolveram significativos processos de políticas públicas incorporando o marketing social (ver Santos, 2008 e 2016). Activistas e académicos desta área encontram-se representados em diversas instituições nacionais ou internacionais (Quadro 5). A par do exercício do marketing nas suas próprias instituições, as organizações da economia social, envolvidas que estão na melhoria do bem-estar das pessoas, têm, evidentemente, interesse em conhecer e adoptar o marketing social nas suas acções que visem a melhoria dos comportamentos sociais dos seus beneficiários.


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Bibliografia

19min
pages 89-97

Anexo – MarketingEcSocScorecard

2min
pages 87-88

3.20. Avaliar processos e resultados, melhorar e voltar a agir

5min
pages 81-85

3.19. Testar decisões tomadas

1min
page 80

3.21. E ainda

1min
page 86

3.18. Comunicar, comunicar, comunicar

1min
pages 78-79

serviços ou acções

1min
pages 76-77

3.16. Definir os preços envolvidos

1min
page 75

que enquadre a nossa missão e intervenções

2min
pages 69-71

3.15. Conceber produtos, serviços ou acções adequados

2min
pages 72-74

3.13. Adoptar um posicionamento adequado

1min
pages 67-68

3.12. Definir alvos

2min
pages 65-66

3.10. Compreender os comportamentos das pessoas

3min
pages 61-62

3.11. Segmentar grupos das pessoas envolvidas

1min
pages 63-64

3.6. Recolher meios adequados

1min
page 54

3.9. Identificar a concorrência

1min
page 60

3.4. Considerar a co-criação

3min
pages 47-49

e as entidades envolvidos

5min
pages 55-57

3.8. Traçar objectivos e metas

1min
pages 58-59

3.3. Pensar e operar em estrela

1min
pages 45-46

3.5. Fazer um plano estratégico de marketing

3min
pages 50-53

3.2. Nortear-se pela sua missão

1min
pages 43-44

numa organização da economia social

2min
pages 41-42

2.2. Marketing social em Portugal

5min
pages 34-38

2.1. Marketing das organizações da economia social em Portugal

7min
pages 29-33

1.4. Marketing e social: um campo ainda mais vasto e diversificado

3min
pages 23-26

1.3. Uma disciplina não isenta de críticas

3min
pages 21-22

1.2. O marketing das organizações da economia social

6min
pages 17-20

Introdução

1min
page 7

1.1. Marketing???

6min
pages 11-16
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AS ORGANIZAÇÕES DA ECONOMIA SOCIAL SÃO PARA AS PESSOAS by Carlos Oliveira Santos - Issuu