Comércio chega a ter 80% dos clientes ligados a UEM Presença da universidade movimenta comércio do entorno e garante ocupação dos hotéis Não dá para falar sobre a importância da Universidade Estadual de Maringá e deixar de lado o impacto gerado pela instituição na economia local. É dinheiro gerado pelos projetos de prestação de serviços, pelas bolsas para estudantes e, principalmente, pela folha de pagamento dos cerca de 3.800 servidores, entre professores e técnicos. Ao mesmo tempo, a presença dos 22 mil alunos matriculados na universidade faz movimentar o comércio de Maringá e das cidades dos outros seis câmpus regionais. Os alunos gastam parte da mesada ou bolsa de estudo em lanchonetes, copiadoras, academias, carrinhos de lanches, bares e restaurantes, especialmente no entorno do câmpus sede. Professores e técnicos, por sua vez, gastam parte dos salários nos mais diferentes ramos do comércio e da prestação de serviços, contribuindo também para a “roda” girar. Paralelo ao incremento da população flutuante, a cidade registra o aumento da população fixa, tendo em vista que muitos alunos oriundos de outros Estados ou outras cidades acabam fixando residência em Maringá. São conhecidos também casos de toda a família ter se mudado para a cidade. Não por acaso, a Zona 7, bairro onde está localizada a UEM, é a região mais verticalizada de Maringá, como consequência da construção de prédios de apartamentos e kitnets para atender estudantes vindos principalmente de cidades do interior do
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Alguns dos comerciantes mais antigos do local: Tereza de Almeida (O Pastel); Antônio Correia (Ká Entre Nós) e Adão Oliveira (Padoka), no sentido horário
Paraná, do interior paulista e do interior sulmatogrossense. QUASE A ZERO “Aqui tudo é UEM”, diz Tereza Grou de Almeida, do “O Pastel”, localizado quase em frente a um dos principais acessos de pedestres ao câmpus. A pastelaria foi um dos primeiros estabelecimentos a se fixar no local cuja distância da Universidade é separada apenas pela avenida Lauro Werneck. Mãe do proprietário do ponto, Sérgio de Almeida Cezar, Tereza admite que em épocas de recesso acadêmico e administrativo, nas ocasiões de greve, ou no ano de 2020 que, por causa da pandemia, não houve aulas presenciais na graduação, o consumo cai quase a zero. Os estudantes são os principais clientes. A comunidade universitária responde por 80% do movimento na pastelaria, afixada ali há exatos 31 anos, completados em fevereiro último.