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covid-19 tEsta a organização do hU
from Revista UEM 50 anos
by artesuem
Plano de contingência envolveu ativação de nova ala, específica para o tratamento da Covid-19, com a criação de novos leitos de UTI
Nova ala do HU: estruturada para acolhimento aos pacientes de Covid torna-se aliada no enfrentamento da pandemia
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O surgimento do novo coronavírus e a rápida disseminação mundial impuseram ao sistema brasileiro de saúde o seu mais duro desafio e, mesmo com o País tendo uma rede de prevenção reconhecida mundialmente, o que se viu foi o colapso do sistema em algumas das maiores cidades brasileiras e as centenas de mortes todos os dias sendo o tema das manchetes.
Em Maringá, porém, o hospital da Universidade Estadual de Maringá (UEM), principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) no Noroeste paranaense, mostrou sua organização e um repertório considerável de medidas e práticas para
resistir aos efeitos de moléstias com potencial pandêmico e, ao mesmo tempo, conseguiu a união da universidade, governo do Estado, secretarias de Saúde do Estado e do Município, prefeituras da região por meio de sua entidade, a Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), e entidades locais, como a Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim).
“Em um caso como este, em que enfrentamos um vírus ainda desconhecido e com alto poder de disseminação, foram decisivos os fatos de o Hospital Universitário e a UEM contarem com um padrão de organização de alto nível e a agilidade de vários setores para ampliar a capacidade do HU para evitar o colapso”, destaca a superintendente do HU, a médica Elisabete Mitiko Kobayashi.
De imediato, o plano de contingência traçado pela equipe incluiu, entre outras ações, a separação de portas de acessos para pacientes, isolando a entrada, estacionamento e ala destinada ao atendimento da Covid-19.
Também foram iniciados trabalhos para a ativação de uma da nova ala do hospital, com 8 mil m² e capacidade para mais de 100 leitos hospitalares, que até abril de 2020 ainda não tinha entrado em atividade. O local foi estruturada para dar acolhimento aos pacientes suspeitos ou acometidos pela Covid-19, tornando-se importante aliada do governo e da sociedade no enfrentamento da pandemia.
A ação demandou uma logística complexa que contou com apoio de vários setores da sociedade civil, associações de classe e governos, nas esferas federal, estadual e municipal.
Na segunda semana de maio de 2020, após ter criado dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 15 leitos de retaguarda para internação dos pacientes suspeitos ou acometidos pela Covid-19, a nova ala recebeu o primeiro paciente internado. O fato foi concebido pela superintendente do hospital como uma vitória, considerando que desde março, o hospital vinha internando pessoas afetadas pela doença na ala antiga.
Atualmente, o HU oferece o total de 20 leitos de UTIs para os pacientes graves e 30 leitos de retaguarda, totalizando 50 leitos de internamento para pacientes da Covid-19.
Todo o corpo de servidores da universidade foi mobilizado para atendimento, suporte e combate ao coronavírus em várias frentes de atuação.
Além disso, o governador Carlos Massa Ratinho Júnior autorizou a contratação de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, técnicos em radiologia, psicólogos, técnicos administrativos e outros profissionais para compor o quadro técnico do HU de Maringá – a mesma medida beneficiou também os hospitais universitários de Londrina e Cascavel -, para reforçar o atendimento nas alas destinadas exclusivamente ao tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.
O reitor da UEM, Julio César Damasceno, ressaltou a agilidade da equipe do HU e o esforço do governo do Estado. “A liberação de recursos para a contratação de pessoal vai permitiu a ativação da nova ala do HUM, que permanece reservada ao atendimento de pacientes vítimas da Covid-19, enquanto durar a pandemia”, pontuou.
O governador Ratinho Júnior diz que a pandemia do novo coronavírus em algum momento chegará ao fim, mas os melhoramentos que o Hospital Universitário ganhou nesta batalha vão continuar para benefício da população de cerca de 120 municípios do Noroeste paranaense. “Os hospitais universitários são referências nas suas regiões e em todo o Paraná. Anunciamos novos equipamentos, leitos e os profissionais vão completar essas estruturas modernas que vão ficar para as universidades”, disse.