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UnivErsidadE prEpara plano para avançar na intErnacionalização

Desde 1997, o trabalho visando intensificar as parcerias com o mundo foi institucionalizado

Modelo de internacionalizaçào da UEM pode servir de espelho para outras instituições

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A UEM está dando um passo ainda maior no processo de internacionalização em decorrência do convite feito pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela comissão Fulbright Brasil para um curso de capacitação neste segmento. Respaldado pelo Conselho Americano de Educação e pela consultoria americana, o curso deve trazer como resultado uma mudança de paradigmas em relação ao tema e a formulação de um planejamento estratégico nos próximos anos.

Além da UEM, apenas as universidades federais de Goiás e do Pará foram convidadas para esta experiência, vindo a se juntar às instituições de ensino superior aprovadas num convite da Capes, órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTIC).

Para selecionar as três, a Capes utilizou os critérios de “potencial de internacionalização” e “empenho da pesquisa em pós-graduação”.

PARCERIA COM 171 UNIVERSIDADES EM 34 PAÍSES

O curso começou no final de 2019 e se resume a um laboratório de internacionalização coordenado pelos profissionais do Conselho Americano de Educação. Durante um ano e meio, estas universidades brasileiras terão orientações sobre como estruturar um plano que as insiram no contexto internacional e como pôr as ações em práticas a partir da realidade de cada uma.

No caso da UEM, as atividades para abrir os horizontes com o objetivo de se conectar a outras realidades no mundo do conhecimento, fazendo parcerias com universidades de cinco continentes, teve início há muito tempo, mas apenas no começo da década de 1997 é que foram institucionalizados, com a criação do Escritório de Cooperação Internacional (ECI).

A UEM tem 171 universidades parceiras no mundo, em 34 países de cinco continentes, além de cerca de 10 mil artigos científicos internacionais indexados nas principais bases de dados. A indexação se refere aos títulos de periódicos selecionados, impulsionados pela internet, disseminando os dados sobre os respectivos artigos ordenados, trazendo os resumos aos leitores.

Responsável pelo ECI até final de outubro de 2020, a professora Sandra Schiavi entende que esta capacitação vai resultar no modo de repensar a internacionalização, inclusive na questão dos paradigmas.

Isso implica, resume, em discutir o que é a internacionalização, o quanto este processo tem importância para a construção do ensino, da pesquisa e da extensão, e ainda o quanto será relevante visando a articulação dos três eixos.

No quesito ensino, por exemplo, significa pensar a formação do aluno no contexto global, acarretando a reformulação do currículo, a reflexão sobre como os problemas do mundo atual se inserem na graduação e, entre outras coisas, saber qual será o perfil do estudante para lidar com situações como a crise migratória, as doenças endêmicas e a interação dos comércios entre países.

Para Sandra, isso pode envolver parcerias com universidades estrangeiras, na busca de conhecer novas metodologias. A troca de experiências, decorrente desta cooperação, é uma possibilidade de “olhar para além do nosso quintal”, descreve a professora.

Economista pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), lotada no Departamento de Administração (DAD) da UEM, Sandra acumula experiência com ênfase em organização industrial e nova economia institucional. Ela tem doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com estágio de doutorado (sanduiche) na ENITIAA, sigla para a Escola Nacional de Engenheiros Técnicos da Indústria de Alimentos, da Université de Nantes, na França.

Pós-doutora na Kansas State University, nos Estados Unidos, a professora também dá aulas nos programas de pós-graduação em Administração (PPA) e em Economia (PCE) da UEM. Sandra, que recentemente foi nomeada pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, antecipa que até o final de fevereiro de 2021 a instituição deverá ter um plano de internacionalização, com visão, objetivos, metas e planos.

Ainda segundo ela, a ideia do governo federal é que a UEM e as federais de Goiás e do Pará sejam disseminadoras do aprendizado transmitido pelo laboratório de internacionalização, repassando as informações às instituições de ensino superior que ficaram de fora do curso.

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