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principal fator dE iMpacto é o capital hUMano
from Revista UEM 50 anos
by artesuem
Em que pese o valor da folha de pagamento, por exemplo, a figura humana constitui o principal ativo
A UEM é muito mais que sua folha de pagamento que, em 2019, totalizou R$ 507.732.883,00, ou seja, acima de meio bilhão de reais, alerta o professor aposentado do Departamento de Economia, Joilson Giorno, ao lembrar que a instituição também tem, nas despesas administrativas e de consumo em geral, fatores impactantes na economia.
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Pesquisador ligado ao Programa de PósGraduação em Economia (PCE), Joilson, com o sobrenome recém-convertido de Dias para outro de descendência italiana, pelo alcance da dupla cidadania, diz que o principal elemento de impacto da UEM é muito dificil de medir: o capital humano, que agrega na economia do País e suas pesquisas.
“A produção de capital humano é, sem dúvida, o maior causador de impacto, pois se conseguíssemos separar os efeitos da educação presente em cada pessoa, em especial as com nível superior formados na UEM, poderíamos então medir com mais precisão a força da universidade na economia regional e nacional”, afirma.
Se somarmos as rendas e os impostos pagos de todos os formados pela UEM até hoje, ele diz que teríamos uma medida mais precisa da contribuição da universidade para a economia. Isto porque a UEM produz profissionais nos mais diversos campos de formação que aumentam a produtividade de seu trabalho e ainda ajudam a gerar empregos ao longo de suas vidas.
Possui profissionais de alta competência que ajudam a decidir e a administrar a economia privada (empresários) e pública (administradores e políticos) e, finalmente, reúne profissionais de alto gabarito, que melhoram a qualidade de vida das pessoas com seus trabalhos (saúde, alimentação etc).
Em resumo, a UEM colabora de forma imensa com a sociedade em seus mais diversos aspectos do bem-estar econômico e social. Mas, para o professor, o impacto da folha de pagamento serve para mostrar um pouco deste efeito econômico na economia regional.
“Aqui estamos tratando este valor como um investimento na formação de novos capitais humanos no Estado do Paraná. Usando o Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), de 2014 (o mais recente), temos três coeficientes”, afirma.
Um deles é o impacto total. Ele mede a demanda por bens e serviços nos demais setores da economia de forma direta e/ ou indireta. Valor do índice, 1,217. Outra
Professor aposentado Joilson Giorno: UEM colabora de forma imensa com a sociedade
medição diz respeito ao impacto direto desta demanda, ou seja, o efeito exclusivo do valor da folha sobre os setores onde são despendidos em bens e serviços. Valor do índice 0,569. Um terceiro coeficiente é o impacto indireto, pelo qual são medidos, de forma indireta, os efeitos dos demais setores que, ao atenderem a demanda da UEM, de forma direta, acabam por requerer bens e serviços de outros setores da cadeia produtiva. Valor do índice 0,231.
O impacto induzido (efeito renda) constitui o quarto coeficiente. Ele mede, de forma direta, o efeito da indução da folha da UEM no aumento de renda e salários na economia. Valor do índice 0,417.
Joilson informa que o impacto total estimado dos salários da UEM em 2019 na economia regional foi de R$ 617,0 milhões, distribuídos assim: direto, R$ 288,0 milhões e indireto, R$ 117,0 milhões; sendo o efeito renda (aumento de ganhos para as famílias), R$ 212.
Cada R$ 1,0 milhão expendido tem a capacidade de gerar incríveis 61 novos empregos, ou seja, os R$ 507 milhões da folha da UEM impactaram ou mantiveram o equivalente a 30.927 empregos.
CADA R$ 1 MILHÃO
EXPANDIDO
resulta na geração de 61 empregos
R$ 500 MILHÕES
(valor anual da folha de salários da UEM) provocaram a criação de 30.927 empregos