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hU crEscE E bUsca novas tEcnologias

Equipamentos de última geração podem ajudar estudantes a se preparar para o mercado de trabalho

Tomógrafo computadorizado com 80 canais: grande avanço no diagnóstico por imagem

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Tecnologia, modernidade e inovação são termos que entraram para o vocabulário de diretores do Hospital Universitário Regional de Maringá nos últimos anos, não só por decisão deles, mas por exigência dos estudantes dos cursos da área de Saúde da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que sabem que ao chegarem ao mercado de trabalho vão encontrar hospitais, clínicas, laboratórios e farmácias utilizando o que houver de mais moderno no campo da tecnologia.

O sinal de alerta para a universidade e a cobrança dos alunos ficaram bem claros na última edição do Congresso Médico de Maringá, promovido por acadêmicos de Medicina da UEM, Uningá e Unicesumar. O tema escolhido não foi por acaso: “A Medicina do Futuro”.

Segundo a superintendente do HU, a professora doutora Elisabete Mitiko Kobayashi, que leciona a disciplina de Ortopedia e Traumatologia desde a primeira turma do curso de Medicina da UEM, o uso de tecnologias modernas é uma exigência do próprio tempo. “O curso de Medicina da UEM é um dos mais conceituados do Brasil e os outros cursos da área de Saúde são todos muito bem avaliados. Assim, precisamos ter um hospital que corresponda a este conceito”.

A superintendente diz que modernização e inovação não se dão somente por meio de aparelhos última geração, mas também na metodologia, no desenvolvimento de processos e rotinas e na mentalidade que a universidade consegue transmitir a seu aluno. “Na área de tecnologia os avanços são muito rápidos, o surgimento de equipamentos modernos ocorre todos os dias, mas não podemos esquecer que quem faz a saúde são pessoas e é nelas que está nosso principal foco. Todos os avanços são bem-vindos, mas nossa função é preparar pessoas com capacidade, compromisso e humanidade, com consciência de que estarão tratando seres humanos”.

ROBOZINHO NA FARMÁCIA De acordo com Elisabete Kobayashi, há possibilidade de o hospital implantar em breve algumas tecnologias criadas por sua própria equipe. No momento, por exemplo, está sendo imaginado um correio pneumático, um sistema de dutos interligando diferentes pontos do hospital para o envio ou recebimento de objetos. Quando acionado, os dutos são pressurizados e impulsionam uma cápsula, fazendo chegar ao destino de forma rápida, segura e eficiente. Muito em breve, a farmácia do HU vai contar com um robozinho que fará a entrega de medicamentos. A inovação ajudará na gestão automatizada dos medicamentos em estoque, possibilitando que um item solicitado chegue às mãos do farmacêutico em segundos.

SIMULAÇÃO REALÍSTICA Um dos sonhos gestados por todas as administrações que o HU já teve é a implantação de um Centro de Simulação Realística, que possibilitará ao estudante treinar com bonecos quase todos os procedimentos a serem empregados em pessoas.

Para o professor doutor Carlos Edmundo Rodrigues Fontes, que já foi superintendente do Hospital Universitário, o treinamento por simulação realística permite um ambiente participativo e de interatividade, utilizando cenários clínicos que replicam experiências da vida real. Fontes conheceu laboratórios de simulação realística em outros países e defende que uma cidade do porte de Maringá precisa ter equipes treinadas, estratégias definidas e estrutura para atendimento em caso de ocorrências envolvendo muitas pessoas.

“O treinamento de equipes em ambiente que simule a realidade vai ser importante para toda a cidade, para a região”, diz. “Temos rodovias com ônibus, caminhões, transporte de produtos perigosos, trem passando pelo centro da cidade transportando etanol e outros produtos perigosos, aeroporto. Torcemos para que nunca aconteça nada de errado, mas precisamos estar preparados para uma emergência. Somos profissionais de saúde e o HU é um hospital de urgência e emergência”.

Carlos Edmundo Fontes aposta no treinamento por simulação realística

Mestrandos desafiados a melhorar Urgência e Emergência

Os alunos do curso de mestrado profissional em Gestão, Tecnologia e Inovação em Urgência e Emergência (Profurg), oferecido pelo Departamento de Medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM), foram desafiados a quebrar paradigmas e apresentar ideias que possam melhorar o desempenho do Hospital Universitário de Maringá na área de urgência e emergência.

Coordenador do mestrado, Carlos Edmundo Rodrigues Fontes diz que o curso é multiprofissional, aberto para profissionais de diferentes, porém correlatas, áreas do conhecimento, como Engenharia, Computação e Administração que já estejam atuando profissionalmente em Assistência na área da saúde.

Segundo Fontes, o Hospital Universitário de Maringá é a principal entrada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Noroeste paranaense e principal hospital universitário do Paraná no atendimento de urgência e emergência. O HU, segundo ele, sempre procurou aperfeiçoar esta área e o desafio feito aos alunos do mestrado é com o objetivo de que os profissionais das áreas correlatas pensem e repensem o setor, buscando não somente apresentarem soluções para a urgência e emergência como também criarem tecnologias que venham a melhorar o desempenho do setor.

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