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vEstibUlar dEstina cotas para nEgros

O sistema tornou a UEM mais inclusiva e com mais diversidade

Em 2021, universidade receberá os primeiros acadêmicos ingressantes por meio das cotas raciais

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O vestibular Inverno+Verão 2020 da Universidade Estadual de Maringá (UEM), previsto para os dias 21 e 22 de março de 2021, será o primeiro a contar com reserva de vagas para negros.

A aprovação do Sistema de Cotas Raciais se deu em 2019 em reunião plenária do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, que decidiu pela reserva de 20% das vagas de graduação para negros e pardos. Destas, três em cada quatro vagas serão para negros de baixa renda e uma fica reservada para negros sem esse recorte social.

Há mais de dez anos a questão sobre as cotas raciais vinha sendo debatida na UEM, chegando mesmo a ser levada em votação no CEP, em 2007, que na época optou por aprovar o sistema de cotas sociais, beneficiando estudantes de baixa renda.

“A cota racial é uma política pública de reparação para alcançar a população negra. O modelo é utilizado em algumas universidades brasileiras com sucesso”, argumenta Marivânia Conceição Araújo, uma das fundadoras Núcleo de Estudos Interdiciplinares Afro-Brasileiros da UEM, o Neiab.

Segundo ela, a aprovação das cotas raciais dá a certeza de que a UEM vai ser mais inclusiva e com mais diversidade.

AÇÕES AFIRMATIVAS

Tão importante quanto o acesso ao ensino superior é dar condições para que os estudantes possam concluir o ensino superior. Assim, as ações afirmativas têm um sentido amplo, que não se limitam apenas à reserva de vagas, mas às condições de permanência até a finalização do curso.

Esse talvez seja o maior desafio daqui para frente em relação aos calouros negros e pardos que ingressarem na UEM através do sistema de cotas raciais. Para eles, a Universidade tem a oferecer uma estrutura já consolidada, que engloba diversas ações como a oferta gratuita de refeições para acadêmicos em condição de vulnerabilidade socioeconômica, regulamentada recentemente, ainda durante a atual gestão do reitor Julio Damasceno.

A ação pode atingir até 1% dos estudantes matriculados nos cursos presenciais, de graduação ou de pós-graduação. Em 2019, 181 alunos do câmpus sede e 20 nos câmpus regionais usufruíram deste benefício.

Os alunos selecionados receberam, gratuitamente, duas refeições diárias, almoço e jantar, servidas pelo Restaurante Universitário. Além das marmitas servidas nos diferentes câmpus regionais.

Outra medida importante são as bolsas permanência, que beneficiaram 124 acadêmicos em 2019.

“Com a aprovação das cotas raciais e outras ações afirmativas, a UEM reafirma seu compromisso como universidade pública inclusiva”, afirma o vice-reitor, Ricardo Dias Silva.

A cota racial é uma política pública de reparação, segundo Marivânia Araújo

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