1930-1939 Década marcada pela turbulência política vê declínio e reorganização da Sefaz-PE As eleições presidenciais vencidas por Júlio Prestes, seguidas pelo assassinato de João Pessoa e a deflagaração da Revolução do movimento tenentista deram o tom do que seria a década de 1930. Getúlio Vargas chegou à Presidência da República, inicialmente de maneira provisória, levando também o usineiro Carlos de Lima Cavalcanti (1930-1937) ao Governo de Pernambuco, em uma gestão tão turbulenta quanto o momento que o País atravessava. Com o fim da República Velha, as relações econômicas também passaram por sensíveis alterações, que iriam exigir uma eficiência ainda maior da Secretaria da Fazenda, colocando à prova a organização dos anos anteriores. O Governo de Lima Cavalcante foi marcado por uma certa instabilidade, em especial por comportar diferentes quadros ideológicos em sua equipe. A Secretaria da Fazenda, por exemplo, teve sete secretários no período, um para cada ano de sua chefia no Executivo - os cinco primeiros como interventor. Em um primeiro momento, a pasta voltou ao modelo antigo, que englobava outras áreas. Foi unida às da Agricultura e da Viação. Um modelo que já havia sido superado, mostrando-se ineficiente, e elas logo foram separadas, voltando à unidade especializada que foi implementada no Governo de Sérgio Loreto. Então surgiu uma nova e ampla reformulação da secretaria. Houve a adoção da escrituração em partidas dobradas. Também aconteceu uma remodelação do Tesouro, que passou a ser organizado em uma Diretoria-Geral, Tesouraria, Pagadoria, Arquivo, Portaria, Diretoria de Despesa, Diretoria de Receita, Contadoria Geral e Procuradoria Fiscal. A Fazenda também ficou responsável pela gestão da Imprensa Oficial e pelas Docas do Porto. Esse último, por sinal, era um constante gerador de despesas, em especial pela permanente necessidade de obras. Foram necessários diversos empréstimos junto ao Banco do Brasil, mas uma organização mais eficiente da Fazenda conseguiu saldá-los, diminuindo aos poucos a dívida do Estado. Contudo, isso não significou anos de tranquilidade na gestão financeira de Pernambuco. Pelo contrário, os desafios econômicos foram intensos. Tivemos a grande seca de 1932, uma crise na exportação de açúcar após 29