1891 - 1899 Nasce o Estado de Pernambuco. E, com ele, a Secretaria de Finanças O Brasil se tornou uma República justamente em um período em que o estado de Pernambuco, até então província, buscava se adaptar às intensas mudanças em sua economia. Mudanças que foram ainda mais aceleradas com a queda do Império, em 1889. Um ano antes, a escravidão era abolida após décadas de luta. A exploração da mão de obra que movia a indústria açucareira, principal atividade econômica do estado, sofreu um significativo impacto. Pouco antes, o setor já passava por uma pressão em relação à modernização, em especial com a corrida para transformar os engenhos em usinas, contando com generosos subsídios estatais para essa mudança. Em 1889, tínhamos um estado fortemente dependente de um único setor, que, por sua vez, demandava altos gastos para a manutenção de sua estrutura. Pernambuco esperava a promulgação de uma Constituição Federal que diria quais seriam os instrumentos para lidar com esse cenário dos pontos de vista político e econômico. O que finalmente aconteceu em 1891. E a Constituição trouxe um primeiro grande impacto: os estados da federação ganharam uma autonomia inédita em sua gestão, sendo responsáveis por gerar as receitas necessárias para cobrir suas despesas. A partir de então, o Governo Federal não teria mais a ingerência que possuía na resolução desses problemas, como havia sido durante o Império. Pernambuco começou e terminou os trabalhos de sua Constituição Estadual naquele mesmo ano de 1891. Nela ficou regulamentado que o governador eleito poderia contar com quatro secretarias para auxiliar sua administração, dissolvendo a antiga Secretaria-Geral da Província. Os novos secretários seriam escolhidos entre os “cidadãos mais notáveis por
Padre Afonso de Albuquerque e Melo foi o primeiro mandatário da Secretaria de Finanças (1891-1893). Os secretários estaduais eram escolhidos entre os “cidadãos mais notáveis por sua habilitação e experiência em negócios públicos”.
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