Sefaz 130 anos

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Importância da Sefaz-PE para o Estado gerou cinco governadores Cerca de 250 metros separam o Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, do edifício-sede da Secretaria da Fazenda. Não se trata de coincidência. A proximidade entre o local de despachos do governador e a sala do secretário da Fazenda tem uma razão estratégica e diz muito sobre a importância, dentro da administração estadual, daquele que comanda as ações da Sefaz-PE. Os secretários da Fazenda são presença constante em reuniões comandadas pelos governadores, mesmo aquelas em que são tratados assuntos específicos de outras pastas. Por um motivo simples: é a Fazenda quem assessora o líder do Executivo sobre a possibilidade de investimentos em toda e qualquer área do Governo. Do pagamento da folha dos servidores à construção de um novo hospital ou escola, passando pela implantação de um novo programa social. Não à toa, essa proximidade com o centro nervoso do poder estadual acaba credenciando secretários da Fazenda a um passo maior dentro da estrutura do Estado. Nos 130 anos de existência da Sefaz-PE, cinco secretários acabaram por se tornar governadores de Pernambuco. O primeiro deles foi Miguel Arraes de Alencar. Cearense do Crato, aos 17 anos, Arraes foi para o Rio de Janeiro estudar Direito. Acabou aprovado em um concurso do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA). Lotado na capital pernambucana, formou-se pela Faculdade de Direito do Recife e cumpriu uma curta, mas ascendente, carreira dentro do IAA. Em 1948, acabou convidado pelo ex-colega do Instituto e então governador do Estado, Barbosa Lima Sobrinho, para comandar a Secretaria da Fazenda. Arraes enfrentou um conturbado momento político, já que Barbosa Lima passou por uma demorada batalha jurídica para conseguir assumir o Governo. Com menos tempo de mandato, o governador contratou uma série de obras rodoviárias, o que dificultou a tarefa de manter as contas públicas equilibradas. O secretário da Fazenda combateu a sonegação, a corrupção funcional e os gastos desnecessários, inclusive cortando despesas na dotação orçamentária, evitando a votação de créditos suplementares e demitindo funcionários que ganhavam salários exorbitantes. Outro fato marcante da primeira passagem de Miguel Arraes na Sefaz-PE foi a modernização nos sistemas de escrituração das contas, que, até então, eram feitas à mão em livros grandes, grossos e pesados. 152


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