Edição Especial - Cobertura do X In4Med

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Debate

Paulo Tavares: Intervenções Gonçalo Sabrosa, 2º ano

O Dr. Paulo Tavares é especialista em hematologia e entomologia médica. Trabalha como responsável pela Unidade de tumores do aparelho locomotor do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra (CHUC). Defende que a canábis não necessita de testagens de segurança e eficácia, por ambos os aspetos estarem comprovados há bastante tempo. A seu ver, esta não se trata de um medicamento, por não ser uma molécula simples, mas sim um conjunto de substâncias variável, e deve ter uma legislação diferente de outras plantas. A monoterapia de canabinóides é referida como sendo menos eficaz do que uma terapia em conjunto e o doutor sobrevaloriza a produção natural desta planta. Em Portugal, acredita que haja locais que permitam o seu bom desenvolvimento natural. É realizada uma analogia ao vinho, devido à existência de anos vintage, nos quais é feita uma colheita diferente e melhor. Ambos são produtos de composição variável de ano para ano. Opõe-se ao medicamento criado, por este apenas revelar a constituição de um dos canabinóides utilizados: 18% THC e menos de 0,01% de CBD. Ao longo da sua experiência, sempre contactou com percentagens iguais de THC e CBD, pelo que receia problemas de segurança. Na sua óptica, a canábis medicinal deve ser comparticipada e usada como auxiliar da quimioterapia. Administrando numa dose inferior à que provoca riso, combaterá náuseas características da quimioterapia e uma subsequente malnutrição.

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