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Entrevista: Ricardo Toipa Lopes e
cirúrgica, mas que também tivesse uma parte médica, e optei pela ginecologia, porque achei que era uma área que incluía patologias muito interessantes e que integrava também a obstetrícia, que é uma especialidade espetacular, porque está relacionada com o brotar da vida humana. Mas a cirurgia era a minha paixão e dessa forma, foquei-me na abordagem cirúrgica e tentei sempre fazer um esforço e continuo hoje, e espero continuar por muitos anos, a tentar fazer o que de mais atualizado e mais recente existe no âmbito da cirurgia. A cirurgia minimamente invasiva é hoje completamente aceite entre os pares e pelos doentes. O antigo chavão de que “uma grande cirurgia é uma grande incisão” está completamente ultrapassado e isso implica um treino adequado, uma formação e uma disponibilidade de equipamentos, que permitam realizar essas abordagens minimamente invasivas.
Hoje, sente-se realizado? Sinto-me realizado, mas é um caminho longo e muito exigente, apesar de o retorno ser muito interessante.
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Olhando para trás, qual foi o maior desafio ao longo da sua carreira? É difícil identificar apenas um, foram vários. Mas ter tido oportunidade de trabalhar, de estagiar com um dos melhores cirurgiões do mundo na área da ginecologia, o professor Arnaud Wattiez, foi determinante na minha carreira porque é uma pessoa que, além de me mostrar competências técnicas ímpares, me fez aprender muito e pôr em prática essas mesmas aprendizagens.
Terminamos assim a nossa entrevista e agradecemos uma vez mais a sua disponibilidade. Esperamos que os leitores que nos acompanham tenham gostado tanto desta entrevista como nós.

Nobel Lecture
Randy Schekman
Sara Gama, 2º ano

Como costumam dizer os anglo-saxónicos, “last but not least”, a última palestra do X In4Med ficou a cargo do investigador e professor norte-americano Randy Schekman. Recebeu o Prémio Nobel em Fisiologia ou Medicina em 2013 pela descoberta da maquinaria responsável pela regulação do tráfego de vesículas, um dos sistemas de transporte principais das nossas células.
Atualmente, o seu trabalho foca-se na análise bioquímica deste tipo de tráfego em células de mamíferos e, em particular, na biogénese de exossomas e de que forma estes se tornam específicos, adquirindo um determinado tipo de miRNAs. Ao longo da apresentação, foram destacados alguns dos mais recentes resultados alcançados pelo laboratório que Randy Schekman lidera na Universidade da Califórnia e que se revelam bastante promissores.
No entanto, este não foi o único tema apresentado. Sensivelmente a meio da palestra, os holofotes deixaram de estar sobre os exossomas e passaram incidir na doença de Parkinson. Infelizmente, ainda se desconhece muito acerca dos seus mecanismos concretos, daí que há 2 anos tenha sido formada a iniciativa ASAP (Alligning Science Across Parkinson’s), a qual Schekman integra. Constituída por cerca de 100 investigadores de todo o mundo, apresenta como principal objetivo perceber o puzzle extremamente complexo que é doença de Parkinson. A estratégia atual do grupo assenta na realização de estudos nas áreas de Genética e de Neuroimunologia, assim como em tentar compreender os vários circuitos corporais envolvidos na patologia. Para além disso, pretendem apostar na deteção precoce, através da compreensão dos sintomas que melhor parecem prever o aparecimento da doença 20 anos mais tarde. Espera-se que este grande esforço conjunto venha a melhorar o panorama atual nesta área.


Coordenação
Ricardo Toipa Lopes e Cláudia Fernandes
Rita G. Rodrigues, 5º ano
Rita: Lembram-se da primeira vez, que ouviram falar do In4Med?
Toipa: Lembro-me bem. A primeira vez que ouvi falar do In4Med estava no 1ºano e foi num insta story do Cláudio Lopes, de quando ele foi ao In4Med no 1º ano. Mas, na altura, foi muito vagamente, não tinha ideia do que era, não sabia que era um congresso, que era uma atividade do NEM/AAC... ficou-me só mesmo o nome “In4Med”. Depois, no 2º ano, já não sei como foi, mas eu e os meus amigos decidimos inscrever-nos e foi aí que eu comecei a ver o que era realmente o In4Med.
Cláudia: Eu lembro-me também perfeitamente. Estava no 1º ano como o Toipa e a minha madrinha disse-me que tinha ido a um congresso de medicina da nossa faculdade. E eu fiquei muito “chateada” porque não fazia a mínima ideia do que era, nem sabia que existia... e gostava de ter ido. No 2º ano, também me inscrevi como participante. Ainda era o congresso no hospital.
Toipa: Foi a última edição que decorreu no hospital, aliás.
Rita: E nesse primeiro ano, sentiram logo que queriam estar, um dia, na organização do In4Med?
Toipa: Não, acho que foi só quando o In4Med deu o “pulo” para o Convento e ganhou uma maior dimensão, que eu me envolvi mais como participante, e senti isso.
Cláudia: Eu não. Eu, nesse primeiro ano que participei, vi-os lá na receção e achei aquilo incrível. Nem sabia que era feito por alunos de medicina, pensei que era algo profissional. Depois, é que comecei a reconhecer imensas pessoas e fiquei interessada. Até pensei em inscrever-me na Comissão Organizadora logo no ano seguinte, só que perdi as vagas de inscrição. Não me apercebi que tinham aberto e quando soube, já tinham fechado... Por isso, só me inscrevi no ano seguinte.

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Toipa: No meu caso, acho que também teve a ver com o meu crescimento, porque no 2º ano de faculdade, não me via de todo na organização do congresso. Sabia que eram alunos de medicina porque reconheci o Cláudio que estava na Comissão Organizadora e o discurso da Coordenadora Geral, mas na altura, não estava “crescido” o suficiente para querer fazer parte da organização de um evento destes. Só no 3º ano, quando me comecei a envolver mais neste tipo de coisas, é que surgiu essa vontade.
Rita: Chegar ao cargo de Coordenadores Gerais era algo planeado, ou seja, era um objetivo quando se inscreveram na CO pela primeira vez? Ou foram apanhados de surpresa?
Toipa: Eu gostei imenso de estar como colaborador, mas não vou mentir. Claro que queria um cargo no NG. Se me apanhou de surpresa, apanhou, mas por outro lado, eu também estava nas reuniões e pensava: “Um dia, gostava de estar no lugar da Joana.” E acho que foi isso, foi uma combinação: quando uma pessoa é convidada é uma concretização que não se está à espera, apesar de se pensar nisso quando se gosta desta atividade, mas é uma mistura.
Cláudia: Eu não fiquei surpreendida de ter sido convidada para algo, mas pensei que era para Coordenadora de Relações Públicas, porque na altura tinha gostado muito de ser membro de RP e a Viki já tinha dito que podia vir a ter um cargo mais importante, mas Coordenadora Interna não, era muito diferente de RP...
Rita: Mas quando vos convidaram para ser os “chefes”, pensaram: está maluco? Ou foi “yes!!!! Era mesmo isto que eu queria”?
Toipa: Foi as duas coisas (Risos). No momento, eu disse: “ó Meu Deus, será que elas estão a pensar bem? Eu?” Mas, por outro lado, disse “sim!”, eu quero isto, quero agarrar neste projeto e torná-lo algo meu. Acho que foi uma mistura das duas.
Cláudia: Quando me convidaram, fiquei muito feliz porque eu acho que é um cargo que tem muito a ver comigo. A Coordenadora Interna também tem que estar com as pessoas, falar, ouvir, ajudar e animar um bocadinho e acho que isso é muito a minha personalidade. E também já conhecia o Toipa, o que ajudou a aceitar.
Rita: Já que tocaste no ponto de gostar de falar, ouvir, ajudar e animar as pessoas, sentes que esse foi um papel particularmente importante numa altura em que estávamos todos distantes?

Cláudia: Eu acho que sim, porque eu não sou envergonhada e sou uma pessoa que manda piadas ou diz coisas engraçadas e eu acho que era preciso isso. Foi algo que eu vi que não existia na edição anterior ou, pelo menos, não passava tanto para nós, mas que era necessário a nível do núcleo de gestão porque foram muitos desafios e muitas coisas novas. Muitas pessoas também não se conheciam... e eu acho que uma boa base para tudo correr bem é as pessoas darem-se bem, estarem à vontade para ouvir, falar e escutar uns aos outros e passarem por momentos em que nos conhecemos (perdemos meia hora só para falar e nos divertirmos). E acho que isso foi importante. Sinto mesmo que fomos um grupo muito unido porque estávamos à vontade e rimo-nos. Levávamos o projeto a sério, mas não demasiado.
Rita: A decisão de adiar o congresso, de certeza, que foi difícil de tomar, mas como é que arranjaram coragem e ânimo para tomar essa decisão que era necessária?
Toipa: Esta decisão começou, (lembro-me perfeitamente, ainda hoje falei nisto), numa quarta-feira quando fomos ao Convento de São Francisco falar com o Engenheiro Paulo Silva e ele nos diz que o Convento vai fechar e que não teria previsões de abertura. Teria a ver com o desconfinamento. E eu e a Cláudia saímos dessa reunião, olhamos um para o outro e dissemos: “Nós vamos ter de adiar.” A decisão não foi fácil, mas era isso ou cancelar. E acho que era mais difícil cancelar. Obviamente que, a seguir, fomos auscultar todos os departamentos e colaboradores para ter em conta todas as opiniões e, no fim, tomarmos uma decisão consciente e acho que o que custou mais não foi adiar, foi o impacto da notícia.
Cláudia: Sim, até porque foi na altura em que se voltou ao confinamento. Foi muita informação ao mesmo tempo em que nós tivemos de pensar. Mas acho que fomos muito objetivos porque, acima de tudo, era uma questão de saúde pública e nisto, não há volta a dar. O que importa, em primeiro lugar, são as regras que existem e tentar cumpri-las. Então, se não conseguíamos fazer, a única alternativa que nos parecia mais viável, porque queríamos todos continuar este projeto, era adiar.
Rita: Quais as características que consideram fundamentais para alguém se candidatar à CO do In4Med?
Cláudia: Eu acho que toda a gente é bem-vinda a participar, porque muitas pessoas desenvolvem características que nem conheciam, nem sabiam que eram capazes. E com a ajuda do resto do grupo e dos coor-

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denadores, acabam por desenvolver capacidades muito boas e muito importantes. Eu acho que o fundamental é as pessoas quererem trabalhar, quererem dar ideias e sugestões e comprometerem-se a levar isto avante. O In4Med passa muito pelo trabalho de cada colaborador. Cada colaborador tem a sua função e vai ser um “pedacinho” do In4Med. Por isso, o que as pessoas precisam é de empenho, dedicação e compromisso. Não é preciso muito mais qualidades que isso, porque também se adquire. Eu também sinto que mudei muito desde que entrei no In4Med até agora. O In4Med muda as pessoas. Eu, pelo menos, sinto que tenho agora melhores capacidades do que o que tinha antes e algumas até achava que não era capaz. Por exemplo, não é o meu caso, mas há pessoas que não gostam de falar em público. Mas mesmo uma pessoa tímida pode vir para a Comissão Organizadora. As pessoas mudam e cada departamento tem as suas particularidades e adapta-se às qualidades das pessoas. Nós somos todos diferentes, cada departamento é diferente e tem uma qualidade certa para certas pessoas. E as pessoas, no final, acabam por perceber isso. Por isso, o básico é empenho, dedicação e compromisso. Se tivesse de dizer uma palavra só era: compromisso. Mas que, no final, vale a pena.
Toipa: Estiveste tão bem que agora nem sei o que dizer. Concordo totalmente com a Cláudia. Não é a nível de trabalho que nós queremos as pessoas porque quando as pessoas entram para a CO e para o departamento, o departamento faz as capacitações necessárias e específicas para o trabalho que o colaborador irá desenvolver. Por exemplo: no departamento de Imagem, este ano, havia poucas pessoas que percebiam de imagem. Então, houve uma capacitação no início e as pessoas foram capacitadas para realizar o conteúdo de imagem; e no departamento de Fundraising, também houve capacitação para o envio de emails.
Rita: Disseram-nos que este é o melhor congresso nacional, e dos melhores internacionais. Dito por médicos que foram oradores, o que é que isto vos faz sentir? Não vale dizer feliz.
Toipa: (com as mãos no peito) Entusiasmado, estou que nem posso, enche-me o coração! É tão bom, ao fim de um ano com tantas adversidades, receber esse feedback, é mesmo importante não só para mim como para toda a comissão. É um sentimento de dever cumprido, de felicidade enorme, porque chegámos ao final e nos dizem isso! Eu hoje estou aqui e até estou sem palavras, porque compensa mesmo o trabalho que nós fizemos. Eu vou deixar a Cláudia falar.

Cláudia: Em primeiro lugar, é uma sensação de alívio, alívio muito grande, porque quando estamos na organização de um congresso que já é tão bom, que tem dado tão bom nome aos estudantes de medicina, que tem trazido tanto conhecimento, que eu acho que o que devemos poder dizer no final é que mostrámos uma outra face do que é a medicina, do que é ciência, do que é a investigação… Isto é uma grande responsabilidade e chegar ao final e poder ouvir isso, é um alivio muito grande. Uma pessoa pensa sempre em tudo o que pode correr mal e queremos sempre que tudo corra pelo melhor.
É também um orgulho enorme. Cada pedacinho do In4Med é feito por um membro da CO. Quando eu estava na CO, eu fiquei mesmo orgulhosa de mim quando fiz a minha parte. Eu pensei “este evento social aconteceu porque eu trabalhei para isto. Fiz a minha parte”. O que acho que temos de levar daqui é um orgulho enorme de nós próprios e de todas as pessoas que estiveram a trabalhar connosco quase 1 ano. Temos também de pensar nas pessoas que vieram antes de nós, que levaram o In4Med da 1ª à 9 edição, e nós à 10ª.
Um orgulho muito grande por conseguirmos deixar a nossa marca. Darmos oportunidades que o curso de medicina não dá, como as competições, que por si levam à interação com outros congressos, o que também é algo muito bom.
Rita: Como foi feita a escolha dos temas ?
Toipa: É engraçado que eu estive a fazer isso ainda ontem no RA. A seleção dos painéis é feita com base nas sugestões do questionário de satisfação da edição passada, do núcleo de gestão e da comissão organizadora. Isso depois é tudo agrupado e vai a votação na comissão organizadora. Depois, obviamente, há discussão do que podemos agrupar, havendo uma discussão ao longo da reunião e vão-se construindo os painéis. No final ficam apenas algumas sugestões, que serão então votadas.
Claudia: Também tentamos sempre trazer temas que não sejam repetidos, ou se algum tema for repetido , trazer uma nova perspetiva sobre ele. Por exemplo, este ano com a COVID-19, as doenças infeciosas estão na “moda” e permitem-nos trazer coisas novas aos estudantes.
Rita: Qual foi o maior desafio na organização do In4Med?
Toipa: Manter a qualidade de excelência a que estamos habituados. Não haver um decréscimo na qualidade e foi isto que a Cláudia disse

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há bocado. Ao ver aquele feedback, o alívio que sentimos em dizer que continuamos a linha de crescimento do congresso e que não deixamos ninguém desiludido.
Rita: Confirmas Cláudia?
Claúdia: Sim, é mesmo continuar a dar um bom nome ao In4Med. O In4Med tem um excelente nome e eu acho que é mesmo uma responsabilidade muito grande assumir esta… responsabilidade. Darmos o nosso melhor para que continue a ser bom, tudo novo e diferente.
Rita: Falando da minha experiência na aNEMia, por um lado não quero desiludir pelo nível alto em que estava, mas pelo outro não quero deixar de ser quem sou e ser consumida pelo desafio de ficar lá em cima.
Claúdia: Estou a perceber o que queres dizer. Se tiver de dizer a 2º coisa que foi um desafio, foi mesmo a pressão de não me deixar vencer por achar que estou a desiludir os outros. Quando assumimos uma responsabilidade destas , nós vamos dar o nosso melhor e não podemos estar sempre a duvidar de nós mesmo. Isso é um desafio muito grande, mas também depende de como somos como pessoas e dos nossos valores. Mas temos de acreditar que o que estamos a fazer é o nosso melhor, que estamos com um grupo tão bom, estamos tão unidos, temos uma relação tão boa com as pessoas e elas gostam muito de nós, que eu acho que o sentimento de desilusão nos passa ao lado. Nós metemos coisas bonitas uns nos outros e não coisas feias, como a desilusão.
Toipa: Acrescentando ao que a Cláudia disse - O sentimento de medo de desilusão é mais no início, em que estamos a construir a equipa , nos sentimos um pouco sozinhos e ainda estamos a duvidar de nós mesmos. Mas isso é algo que se vai aprendendo, e chegas ao final e dizes: eu consegui. O medo desapareceu completamente. Ao longo do ano vais cada vez mais acreditando que és capaz. O impacto do início da responsabilidade primeiro, depois vais construindo a equipa , vais ficando com pessoas próximo de ti que vão acreditando em ti e tu vais acreditando em ti mesmo. Eu acho que isso se vai construindo e no final já não tens medo.
Claúdia: Acrescento ainda que foram difíceis as reuniões iniciais de CO por Zoom. Por vezes alguém pode estar a dar uma 2ª opinião para o lado, e não conseguimos ver isso…
Toipa: Concordo com a Cláudia. Para além de ser online, este foi um

modelo novo, tivemos de ir aprendendo a tornar as reuniões mais dinâmicas, com mais discussão.
Rita: Quais as alterações que tiveram de fazer para se ajustarem à pandemia?
Toipa: No início, em maio/junho de 2020, tínhamos pensado que podia ser presencial. Depois, no verão, é que percebemos que tínhamos de considerar outros cenários porque não havia condições para ser presencial. Equacionamos então duas possibilidades: palestras online e workshops presenciais ou tudo online. Mas com o decorrer da pandemia, vimos que ter algo presencial era mesmo inviável e tivemos de reinventar o In4Med, para que não fosse só uma reunião ZOOM com os oradores a dar uma aula teórica. Esforçámo-nos mesmo para manter a excelência do In4Med.
Cláudia: Sim, a nossa grande preocupação na pandemia foi manter a qualidade. Não foi fácil. Havia sempre receio que a qualidade fosse inferior por ser online, mesmo muitos membros da CO pensaram que não ia ser possível porque era um congresso que costumava ter pré-cursos presenciais, workshops presenciais, competições presenciais, coffee-breaks presenciais... Aliás, a logística teve de pensar em várias alternativas para os participantes terem um bocadinho do coffee-break, mesmo não sendo presencial. O nosso maior objetivo era ter mais do que palestras e no final, acabamos por conseguir. Não deixámos que a pandemia tirasse mais do que o que já tinha tirado das nossas vidas.
Toipa: Foi difícil, mas foi um trabalho de toda a CO que, no final, fez com que chegássemos a um resultado bonito e incrível. Os workshops não foram presenciais, mas foram dinâmicos; o programa social foi reinventado; o “Doctor Crack My Case!”, uma competição de que todos gostamos, foi adaptado; kits de participante foram enviados para casa; conseguimos, embora com dificuldade, patrocínios; ajustámos a imagem e encontrámos novas formas de divulgação... todos os departamentos foram incansáveis.
Cláudia: Aproveitamos para deixar uma palavra de agradecimento a todos os coordenadores e colaboradores. São amigos que ganhámos e são pessoas que nos surpreenderam imenso pela capacidade de trabalho e de arranjar alternativas. Nunca desmotivaram! Sem os departamentos, não tínhamos conseguido fazer nada e 90% do trabalho também se deve a eles.

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Toipa: No meu discurso, no final do In4Med, fiz questão de agradecer a cada um deles porque o que fizeram este ano foi incrível e inovador (era um trabalho sem precedentes). E o facto de termos trabalhado em conjunto uniu-nos muito também. Ver essa união foi gratificante!
Rita: 3 adjetivos para descrever um e outro?
Claudia: Tenho um: responsável.
Toipa: Simpatia. A Cláudia foi sempre amorosa, esteve sempre lá para mim, esteve sempre com um sorriso na cara. Foi sempre muito amável.
Claudia: o Toipa tem um coração muito bom, é mesmo boa pessoa e isto é meio caminho andado para tudo na vida. 90% de tudo o que fazemos depende da nossa personalidade e o Toipa é mesmo boa pessoa.
Em terceiro lugar, o Toipa é mesmo humilde e para mim isto está no topo de tudo. Ele mostrou uma postura de humildade extrema, de saber ouvir as pessoas, de saber aceitar situações desagradáveis e não deixar que isso o afetasse. Eu acho que humildade é a base de tudo e o Toipa é humilde, boa pessoa e muito responsável.
Toipa: Ai, que tu queres que eu chore aqui no final! Ia dizer responsável para a Claúdia, mas vou optar por apoio. A Claúdia sempre me apoiou, foi o meu porto de abrigo em algumas situações que ela sabe que aconteceram, e sem dúvida que também é muito boa amiga, porque para além de me apoiar como colega, coordenadora interna, apoiou me como uma amiga.
Digo ainda divertida. Ela sempre foi divertida connosco, nas reuniões, nas mensagens (risos). No computador não tenho por hábito mandar emojis e ela ligava-me a perguntar : está tudo bem? E eu: Sim, estou no computador! Esta característica também dava para em algumas situações ir lá para cima, quando estávamos mais em baixo.
Rita: Descrevam o In4Med em 1 palavra.
Toipa: Assim é difícil! Uma pessoa está habituada a ir para as entrevistas com as respostas já preparadas…
Claudia: Eu acho que já tenho a minha palavra: fundamental. o In4Med é fundamental.
Toipa: Vou dizer a visão de colaborador e de coordenador geral: entrega. O que dás ao In4Med, ele dá a ti.
Rita: Muito, muito obrigada por esta experiência e parabéns!

TEAM
OUR
Ana Pessoa Diogo André
Zé Miguel Cabral Nuno Chaves
Inês Serra
Dara Mbanze Diogo Asseiro Ferreira Maria Rosa Maria Inês Rocha Maria Inês Fernandes
Helena Pais Patrícia Matias Ana Rita Ferreira Mariana Tapada
Isabel Araújo
Bruna Santos
Beatriz Mendes
Ana Branquinho Beatriz Simões Ana Rita Silva Francisco Oliveira Inês Lopes Martins Ana Raquel Castro Iolanda Marques Sara João Freitas Joana Névoa Inês Henriques Cristiano Marques Beatriz Guerra Joana Sobral Teresa Santos David Abegoaria Luís Cupido Ana Margarida Almeida Ana Carolina Pereira Maria João Santo Inês Antunes Ana Santos Rita Castanheira Rodrigues Ricardo Toipa Lopes José Carrapato Mariana Lourenço Catarina Gomes Beatriz Campos Pedro Ferreira Máxima Lago Catarina Salgueiro Carolina Sequeira Ana Rita Luís Nuno de CarvalhoAna Carolina Castanheira Ana Luísa ArteiroInês Taborda Joana Silva Margarida Aguiar Ana Francisca Ramos Mariana Afonso Cristiana Francisco Ana Tomás Catarina Costa Aida VieiraDiana Gonçalves Mariana Flores Cláudia Fernandes

Task Force: Alcinda Peixoto, Ana Catarina Silva, Andreia Balbino, António Pinto, Catarina Costa Cardoso, Catarina Silva, Filipa Arvelos da Costa, Guilherme Lindeza, Inês Correia, Inês Sampaio, João Sequeira, Karyna Chornenka, Margarida Leão, Maria Loio, Mariana Saraiva, Mariana Ruão, Matilde Santana, Patrícia Almeida, Rita G. Rodrigues, Sara Soares, So a Pedreiras, Susana Torres

