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Raúl Manarte

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Randy Schekman

Randy Schekman

Entrevista: Raúl Manarte

Maria Inês Teixeira, 4º ano

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Antes de músico, compositor, fotógrafo e psicólogo, é um ser humano. Como descreve esse ser humano? Quais os valores e princípios que determinam a sua vida? Perguntas fáceis, não é? Não sei se determina a minha vida, mas o que determina a minha parte profissional é tentar ter o máximo impacto positivo em pessoas que estão em crises humanitárias. Por incrível que pareça, às vezes uma conversa tem um efeito borboleta que vai desencadear, por exemplo, estares no terreno para o ano ou algo assim do género. Porque tu também não sabes se vais encadear num grupo de ativismo, como nós formamos, e se isso não vai levar a que 500 menores do campo de Moria venham para Portugal. Ou seja, o que eu quero dizer é que nunca sabes as consequências positivas que podem sair de uma ação bem-intencionada, que busca ter um maior impacto possível no terreno.

E como descreve a pessoa que é como ser humano? (repetindo a questão) (soltando uma gargalhada): Não sei… Não sei… Passa à frente! (risos)

Na minha opinião, só um homem de força e coragem é capaz de mergulhar no desconhecido e viajar pelo mundo. Quais são as memórias mais marcantes das experiências humanitárias? Posso contrapor a tua opinião um bocadinho, antes de responder? É preciso muito mais coragem para seres cuidadora informal da tua mãe com alzheimer, muitíssimo mais, porque não são duas semanas ou três meses, pode ser o resto da tua vida. E também chega a um ponto em que, como tudo na vida, já te sentes contente por fazer uma coisa, em que o desafio ou o desconhecido já não é tão grande, apesar de ser um contexto diferente e uma equipa diferente. Não sei se é preciso assim tanta coragem quanto isso, porque nem sempre estás exposta a situações dramáticas, nem sempre ou raramente a tua segurança está em risco. (fazendo uma pausa) As memórias… Por incrível que pareça, acho que as mais impor-

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