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Hélder Ferreira
Rita Nunes, 2º ano
Quando pesquisamos a definição de vagina no Google, encontramos: “tubo muscular entre os genitais externos e o cérvix uterino nas mulheres e na maioria das fêmeas dos mamíferos”. Na literatura científica, surge “a porção músculo-elástica do trato genital feminino que permite as relações sexuais, o parto e a passagem do fluxo menstrual”. Mas a vagina também tem uma função essencial no suporte do pavimento pélvico, pois mantém a bexiga anterior e o reto posterior a ela, e fixa o útero na posição certa.
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A Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser é uma doença congénita e a principal causa de agenesia vaginal, que é acompanhada por graus variados de subdesenvolvimento uterino. Deve-se a uma hipoplasia das estruturas derivadas dos canais de Müller e tem uma incidência de 1/5000 mulheres. Os problemas urológicos concomitantes são a razão que levou a equipa do Dr. Hélder Ferreira a desenvolver uma técnica guiada por imagem, com recurso a fluorescência verde, para visualização das estruturas anatómicas.
Atualmente, são usadas várias técnicas de criação de neovaginas e há controvérsia sobre qual será a melhor. A mais utilizada é a de McIndoe, que recorre à disseção do espaço entre a bexiga e o reto para formar uma cavidade, que é preenchida por um molde coberto por enxertos cutâneos autólogos. A técnica de Davydov e a Vaginoplastia Intestinal são também frequentes. A técnica laparoscópica de Vecchietti é simples, minimamente invasiva e tem sofrido melhoramentos nos últimos anos, pelo que é a preferida do Dr. Hélder Ferreira.
Antes da palestra terminar, o orador apresentou vídeos explicativos do procedimento da sua equipa. A plateia mostrou ter estado muitíssimo atenta, como se verificou pela quantidade de perguntas! O Dr. Hélder explicou, por exemplo, que ainda não testou a sua técnica em cirurgias
